"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Velhas divergências...

Baseada em coisas pequenas - e inevitáveis - do cotidiano que nos chateiam, hoje eu retomo a  questão acerca das emoções negativas - que tanto podem nos levar a situações desagradáveis de maiores dimensões como também podem servir como ferramenta para o nosso crescimento em todas as esferas.

E eu nem me refiro a grandes mágoas...


São aqueles pequenos conflitos que insistem em nos tirar do salto e que de tão corriqueiros muitas vezes não percebemos o quanto são benéficos na medida em que nos chacoalham proporcionando constante revisão e consequentemente amadurecimento como processo sem fim.

Podemos ter raiva ou estar em dia mais vulnerável e nos sentirmos ofendidos com algum comentário frio e insensível, por exemplo, e transformar tal evento em algo positivo – ou não – em nossas vidas.


Vamos combinar que lidar com emoções negativas no nosso cotidiano, não é uma tarefa assim tão fácil, principalmente porque mexe com nosso ego mesmo quando é algo menos complexo e que tenha a ver apenas com aquele momento de sensibilidade extremamente aguçada e melindrosa.


De fato, não é nada agradável lidar com RE-sentimento, mas não tem outro jeito, a psicologia nos ensina que, do mais conflitante ao mais simples, só tratando na sua origem é que podemos impedir um mal maior.


Armadilha mesmo é remoer ou simplesmente deixar pra lá por criar sempre uma lacuna.


E como essa ira pode se manifestar a qualquer momento em nossas vidas devemos estar atentos à forma como ela se manifesta em nós para ser cuidada e sanada.


E sem que alguém saia ferido! Afinal, já se está buscando sanar uma ferida.


A cilada é sempre o tal REMOER pois uma vez que se instala a emoção negativa e não a canalizamos através de atitudes positivas, a tendência é crescer certa animosidade entre pessoas...


E não se resolve o problema.


Daí o alerta do bom senso para a ira “mal curada” que fatalmente dá espaço a essa animosidade - entre outras emoções negativas - podendo se instalar inclusive a amargura que vem a ser um “prato cheio” para outras tentações; observando que o toque não é para engolir a raiva, e sim, canalizá-la de maneira produtiva!


Afinal essa história de engolir por questões culturais do tipo deixa pra lá, é que provoca doenças psicossomáticas as mais diversas.


Vendo sob esse prisma passamos a entender melhor que esses acontecimentos chatinhos não são de todo, ruins.


Aliás, as emoções, em si mesmas, não são boas ou ruins, porém a forma como lidamos com elas aponta para o termômetro de nossa saúde espiritual.


Enfim...


Ao abrir os olhos para o Evangelho, enxergamos nele toda uma riqueza de aconselhamentos para uma vida de qualidade, a começar pela nossa saúde emocional e psicológica, para que os relacionamentos funcionem de maneira saudável.


Interessante essa seqüência: primeiro cuidar da nossa saúde mental e psicológica, para que haja uma vida saudável em todos os sentidos.


E é maravilhoso perceber como um simples versículo encerra ensinamentos incríveis que nos desafiam a cada momento a agirmos de maneira adequada, nos induzindo a rever conceitos e valores, não conforme normas denominacionais que frustram e impedem de agir livremente, MAS de maneira que o foco seja sempre a lucidez, o bom senso e a constante reconciliação.





“...nem haja alguma raiz de amargura, que, brotando,


vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”

Hb 12.15





4 comentários:

Ricardo Alexandre disse...

Uauhhh! O que é isto?!
Que grata surpresa, gostei muito do seu estilo.
Parabéns pelo blog.

Bereiano.

Regina Farias disse...

Valeu, bereiano!
Fique à vontade.

Ricardo Mamedes disse...

Olá Regina,

Os pequenos desencontros cotidianos são uma realidade: maus entendidos, contrariedades, breves conflitos, etc. Perigoso mesmo é quando esses conflitos se transformam em ira, e esta, em fel, bile fermentando.

Amargura então é terrível!

A Palavra da Verdade nos leva a "lagos plácidos". A calmaria que sobrevém à tempestade.

Em suma, a graça aplaca a natureza pecaminosa, traz equilíbrio, longanimidade, temperança, nesse processo gradativo que nos faz aceitáveis ao Criador.

Ótimo texto.

NEle.

Ricardo

Regina Farias disse...

Ricardo
Que bom quando as pessoas "captam a mensagem" e, assim como você, complementam com sabedoria o que eu tento colocar na escrita.

Esse seu complemento é perfeito:

"...a graça aplaca a natureza pecaminosa, traz equilíbrio, longanimidade, temperança, nesse processo gradativo que nos faz aceitáveis ao Criador".

Só a GRAÇA faz isso!!!

Abs...