"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

Translate

domingo, 17 de agosto de 2014

E assim caminha a (des) humanidade...

'...abriu um sorriso terno e ainda ensaiou alguns passos do forró junto aos filhos,
com autêntica firmeza e doçura'. 


Riso?! Bem, Renata pode. Marina não.
Lula chorando é falsidade?!
Dilma não deveria ter vindo?!
Hã?!

Povo besta, viu?!
Extremos. Supervalorização. Banalização.

Uns ouviram vaia. Outros, aplausos. Palmas confundidas com vaia. E vaia, com palmas?!
Enfim...

Nossa, o cabelo dela está muito branco. Natural ou modismo?!
Muito jovem pra ter cabelo branco...
¬¬
Enfim... (Parte dois)

O trágico e o cômico dão-se as mãos sem qualquer vestígio de constrangimento.
Pessoas das mais variadas convicções, acionando freneticamente, o seu botãozinho de pesos e medidas julgadoras, se achando as formadoras de opinião à primeira imagem que surge.

Ele é um bravo guerreiro da Nova Roma. Digamos isso em coro! Não, cantemos o Hino. Cheios de paixão. Em última homenagem... Afinal, a parte que diz do nosso Pernambuco ser o coração do Brasil onde corre o sangue de heróis é bem a cara dele!

Ah, que nada! Essa comoção é fake. Produzida pela TV.
Que mané guerreiro. Ele é só um político. Pra que isso tudo?! Um coronel moderno travestido de salvador da pátria, isso sim! (E ainda se usa essa expressão ‘salvador da pátria’?! Funciona, isso?!!!)

E o povo lá...
Com sua simplicidade e o sincero coração imune à saraivada da crítica pela crítica dessa nossa insistente e obstinada natureza humana.  

E o povo lá... 
Alheio ao dedo apontado para si e para seu herói. Chorando. Sem medo do ridículo. Expondo, sem reservas, todo o sentimento de um luto inesperado que desencadeia nessa comoção, própria não apenas de quem tem paixão, mas acima de tudo, de quem tem compaixão. Porque compaixão não depende de ideologia nenhuma. Não precisa de convicções. E isso é que é normal e saudável. Necessário e urgente. Nesse mundo tão cheio de convicções e tão desprovido de amor.

Enfim... (Parte três)
O que não é normal - na minha humilde opinião - é colocar na fogueira, sumariamente, quem pensa diferente.Ou melhor, quem ri diferente. E ainda chamar isso de democracia.

(Não, eu não sou eleitora de Marina.)

Regina Farias.


TEXTO RELACIONADO:


quinta-feira, 31 de julho de 2014

O Vento sopra onde quer.



É impressionante como fala mais alto o religioso que habita a alma do dirigente receoso da fatal redução numérica que assola os átrios dos seus templos. Causa-me estranhamento, particularmente, um pastor como o Ed René Kivitz (tem que ver o video antes pra se situar aqui), usar de retórica ao indicar três versos isolados na carta aos hebreus, na tentativa de afirmar a legalidade divina dos templos. Ora, o autor de hebreus diz pra não deixar de 'congregarmos' (10:24.25), não diz pra ser numa denominação. Depois, no verso 7 do capítulo 13, fala dos 'guias', mas naquele contexto, no qual o povo era 'simples', ignorante, dependente de um mentor. Além disso, ele cita o verso, mas CONVENIENTEMENTE, evita o verso seguinte: Jesus Cristo, ontem e hoje , é o mesmo e o será para sempre. Também o autor manda tratar 'os guias' com respeito, não como modelo. E, claro, tendo seu exemplo DE FÉ, e não, como chefe de tribo. É o que ele diz também no verso 17 do capitulo 13.

Para ilustrar tudo ele ‘fecha’ sua introdução com a passagem do evangelho segundo Mateus em que Jesus diz sobre uma situação conflituosa entre irmãos, para afirmar que é com o guru da igreja que se resolve em última instância. O que não é verdade. O que Jesus diz àquele povo é que se alguém cometer alguma falta, se resolve o conflito procurando o faltoso para entrar em um acordo. Não se conseguindo uma solução (naquilo que era algo bem particular entre aqueles dois e que, em princípio, não interessa a mais ninguém), leva-se a uma terceira pessoa que seja imparcial e que sirva como MEDIADORA.  Se ainda assim, a intransigência imperasse, que se dissesse à igreja, aos irmãos, aos que compunham a comunidade. E assim, todos ficariam sabendo de onde partiu a intransigência, mesmo uma das partes querendo muito desfazer o impasse estabelecido, mas sempre com o mesmo intento anterior. Nunca o de julgador nem de sentenciador. Em nenhum momento Jesus instrui a levar a uma cúpula superior hierárquica e espiritualmente para que esta resolva a pendenga.

Em outras palavras: quando Jesus manda levar à 'igreja', não se refere a uma instituição onde há um 'organismo', uma espécie de sinédrio moderno, uma equipe religiosa que funciona como autoridade hierárquica e espiritual. Mas, claro, há sim, um grupo de pessoas que pode dar uma dica, um conselho. Inclusive, agrupamento é isso. Encontro onde uns socorrem outros, onde um dá suporte a outro. Esse era o ajuntamento da ‘igreja’ primitiva NA PRÁTICA. Não tem a ver com chefia e muito menos com celebração, liturgia, ritual. Isso tudo foi  invenção posterior de quem queria retomar os costumes judaizantes. E retomou pra valer, diga-se de passagem.

Na minha opinião, o mais nauseante nem é o 'pé da letra' do religioso, que fica se apegando a passagens bíblicas de maneira conveniente à sua doutrina denominacional. O que eu vejo como mais grave é sair creditando isso tudo a Jesus. Como se Jesus tivesse determinado uma igreja/instituição fundada por Ele. Como se tivéssemos que dar continuidade a uma ‘igreja histórica’ pelo fato de Jesus ter dito em determinado exemplo, para levar o caso à igreja em última instância.

Outra coisa bem curiosa é a aplicação da velha técnica do deus castrador, usando-se de  meias verdades para culminar na afirmação denominacional que fala da mão pesada de um Deus rigoroso, inflexível,  tirano. Isso não poderia faltar por ser infalível para manter o rebelde em potencial no seu devido lugarzinho.

E o pregador segue no estilo ‘meias verdades’, inventando rótulos tais como usuário, corpo vivo de Cristo, rol de membros, comunidade, auditório... Discriminando quem é quem a seu bel prazer. Separando bem o joio do trigo, com toda autoridade espiritual concedida só não se sabe por quem. Sim, porque enquanto isso, Jesus olha para TODOS com O MESMO OLHAR.

E pegar o exemplo dos JUDEUS para justificar a ideia de 'igreja' chega a ser de uma contradição gritante. Justamente os judeus, a quem Jesus CONDENOU com veemência pelos seus rituais, suas reuniões sistematizadas, robotizadas, hipócritas e sem compaixão. Os judaizantes da velha panelinha exaltada até aos dias de hoje...

E a forçada que se dá com esse lance da ‘igreja virtual’, é por causa do pânico instalado ao  verem os bancos santos se esvaziando enquanto as profanas redes sociais estão lotadas. Tá bom de criarmos uma nomenclatura pra esse tipo de pânico. Afinal, já tem um monte de ‘dirigente’ com essa mesma síndrome. Devem estar, nesse momento, consultando o chefe da tribo sobre que medidas urgentes podem tomar. Sim, pois há um papa gospel em cada terreiro. Devem estar decidindo: ‘vamos carregar na pregação repressora’. Afinal, o principal sintoma dessa síndrome é a ânsia do retorno ao legalismo.

Ora, ninguém tem o poder de impedir a ação de Deus onde quer que seja. Nós todos somos e podemos ser influenciados de maneira positiva por meio dessa poderosa ferramenta chamada internet. Infelizmente, esses religiosos desesperados com seus argumentos teológicos/bíblicos/doutrinários/denominacionais não conseguem alcançar algo simples e básico dito por Jesus a um Nicodemus até bem intencionado (será? :P) que O VENTO SOPRA ONDE QUER.

Entretanto, o desespero é tanto, que no vídeo da postagem que inspirou essa minha fala, o pastor se inflama, ironiza, debocha e 'racionaliza' quando pergunta a um rapaz a quem ele ouve, e o rapaz responde que ouve o Espírito Santo. Isso me reporta aos judaizantes irados quando se deparavam com a simplicidade de Jesus quanto às coisas do Reino...

Ah, o apóstolo Paulo agora pra puxar as duas orelhas de uma só vez, a estes em cima de seus púlpitos ‘dando uma de Pedro’ com seu Anti -Evangelho puro. O mesmo Pedro, que apesar das suas notórias vaciladas permeadas de religiosidade, soube dizer ao confuso Cornélio prostrado aos seus pés: “levanta rapá, sou homem igual a tu”!

Religioso de carteirinha contraditório sempre finda por se denunciar... Diz, abertamente, que sua religião é o cristianismo, mas namora o exemplo de reunião judaica. Bem no estilo. Autodenomina-se ‘bispo’ e responsável pela vida dos membros. Tudo isso constituído por Deus. Mas, detalhe: tem hora que não sabe tomar decisões. Tem que perguntar a outro - de preferência hierarquicamente superior – e apenas da sua própria denominação se está agindo corretamente. Uma ‘autoridade espiritual’ da SUA igreja; de outra não tem nenhum valor pra aconselhar-lhe em nada.

Inclusive, aqui se pode espinafrar-lhe à vontade, já que, segundo ele, não vai servir de nada. O que importa é ele se consultar com o chefe maior. Afinal, que fique bem claro: ele só se submete a uma hierarquia espiritual. Um irmão de outra tribo não pode dar-lhe conselhos. O orgulho denominacional agradece e  dispensa já que tal ‘irmão’ não tem ‘autoridade espiritual’ pra isso. (Chega a ser hilário).

A grosseria travestida de irreverência fica por conta da analogia tosca do soldado com a menina sentada ao seu lado com uma bíblia em cima da saia curta. Note-se a ênfase para a saia curta. O nome que se dá a isso é moralismo velado. Se a saia é comprida a menina é cheia de ‘virtude’. Tá certo. Vai vendo. Ironiza o “TO GERAL” da menina, mas não se liga que soberba, orgulho e prepotência, é dizer que não escuta outra pessoa a não ser as 'autoridades espirituais' de sua igreja. Nem atenta para a multiforme Graça  que nos diz que  a menina da 'geral', de repente, está muito mais livre e acessível para ser de Cristo, do que quem está PRESO a regras denominacionais.

E, assim, enquanto ele debocha da menina, o Espírito de Deus vai agindo... O Espírito que ATUA no nível da consciência. Na conscientização. A partir da conscientização - que veio do Espírito de Deus – é que começamos a dar ouvidos ao que falam ao nosso redor, é que prestamos atenção ao que está se dizendo; é quando se passa, verdadeiramente,  a ter uma vida ética, honesta e fraterna diante da comunidade em que vive. Não tem absolutamente N.A.D.A. a ver com chefe, com guru, com 'autoridade espiritual'. Quando agimos de modo que sabemos que desagrada a Deus, o Espírito Santo é quem nos dá as coordenadas de como sair daquele vacilo. Desculpe-me, mas eu não preciso dessa orientação pastoral segura que ele apregoa. Não há nenhuma autoridade espiritual de nenhum pastor que funcione num comportamento de um indivíduo! Isso é tarefa de Deus e mais ninguém! No máximo, a pessoa confusa pode pedir um conselho e, coitada, se for a um desses moralistas de plantão, vai se encher é de culpa e remorso.

A ironia máxima é criticar quem é orgulhoso e prepotente por não se submeter ao crivo de uma hierarquia eclesiástica, enquanto se coloca (e aos seus pares) acima de Jesus desde o início da pregação até o final. Encoraja-nos a pedirmos discernimento a Deus... Até me surpreendi por um segundo, já que foi o único momento lúcido. Mas foi só um segundo já que o que veio em seguida foi proselitismo DESCARADO! Que, aliás, já havia começado lá no início também. Porém, o ápice do discurso anti-evangelho acontece quando ele diz: “Aqui é o meu lugar”.  E, em seguida, aconselha o ouvinte a tomar uma decisão 'sem forçação de barra'. E a isso que ele fez desde o início da pregação, dá-se o nome de quê mesmo?! Pra fechar com chave de ouro essa pérola de pregação, Ed René Kivitz encerra com uma verdadeira ‘judiação’ lembrando que mostrou o MAPA do lugar, do espaço físico em que se deve adorar. Ali é onde Deus vai abençoar! Segundo suas próprias palavras, a Bíblia ensina-lhe a ser de um LOCAL, de UMA INSTITUIÇÃO.

Lembro-me de ter escolhido ficar na Episcopal justamente porque no final do 'Cursilho de Cristandade' que participei durante quase 4 dias, o pastor falou; 'quem não tem uma igreja seja bem vindo, se quiser ficar com a gente, será recebido de braços abertos. Quem já tem sua igreja volte pra ela e pregue o Evangelho'. Me apaixonei ali na hora rss Uma igreja onde ‘dirigentes’ são cheios de falha, e, portanto, não os quero para serem meus gurus. Claro que dou graças a Deus por ter colocado certas pessoas na minha vida quando ainda verdinha na fé; mas também por as ter retirado quando Ele viu que eu já podia começar a andar com meus próprios pés; conforme a consciência concedida pelo Espírito que me convenceu a seguir, SEMPRE, O Único Modelo que vai me ensinar, continuadamente, para que serve estar em ajuntamento e para que serve o Amor que ele tatuou em meu coração; de maneira que eu não me deixe empedrar por doutrinas aclamadas por dirigentes apavonados por um sistema religioso que tem a ‘função’ histórica de transformar evangelização em profissão.

(Adaptado a partir de comentário feito AQUI)


sexta-feira, 20 de junho de 2014

O CHATO DA VEZ



O brasileiro 2014 é o chato da vez.
Para o brasileiro 2014 nada está bom.
Nada presta.
Existe sempre um motivo para reclamar.
O brasileiro 2014, o chato da vez, desaprendeu a elogiar.
Esse novo modelo brasileiro não sabe ver o lado bom das coisas.
Que chato!

Tudo que eu leio no Twitter, em sites e blogs, a respeito do Brasil, é sempre negativo. Críticas de todos os lados e para todos os gostos. Do mais preparado jornalista ou cientista político ao zé mané que postou qualquer asneira no Facebook, após formar sua opinião em uma mesa de bar.

Não tem quem aguente mais. Gostaria de ver tanto entusiasmo e dedicação assim em outubro nas eleições. Essa ‘criatividade’ exacerbada parece mais uma postura de quem não tem experiência em protestar. Povo que durante toda a História foi pacífico ao extremo e agora quer empurrar um elefante pelo gargalo de uma garrafa de coca cola.

Para mim, protestar é percorrer um caminho em busca de resultados, e não uma manifestação desorganizada e desajustada sem visar nenhum propósito, como as vaias a Dilma (presidente da Nação!), o quebra-quebra aleatório, etc. Isso, para mim, é uma vergonha e grande falta de educação!

De fora do país ninguém entende nada... O Brasil é um país democrático e um lugar de paz. É possível fazer muita coisa de forma inteligente. Nossa cultura e nossas leis permitem isso.

A grande verdade é que a responsabilidade de todo esse sofrimento de um povo como o brasileiro, é do próprio povo. Esse ‘povo’ resolveu acordar agora em forma de ‘gigante’ ao invés de crescer de forma estruturada e madura. Todo gigante é desengonçado e seus movimentos são desproporcionais ao meio.

Todos os dias, escuto e leio críticas aos roubos milionários de políticos brasileiros corruptos. Mas, todos os dias, vejo e tomo conhecimento de cidadãos brasileiros que dão um ‘jeitinho’ para conseguir uma vantagem aqui e ali, seja de um Real em uma compra na feira, ou de uma ‘carteirada’ por ser ou conhecer uma autoridade.

Eu não tenho dúvida alguma de que esse mesmo sujeito (ou ‘sujeita’), no lugar de qualquer desses políticos ladrões faria o mesmo, pois cada um faz aquilo que está ao seu alcance; cada um joga com as cartas que tem na mão.

Ninguém quer fazer o que é justo, mas todos querem justiça.

Que saudade do brasileiro que sabia fazer piadas sem ser grosseiras, ao invés das que vemos hoje em formato americano que desce goela abaixo na garganta dos brasileiros (stand up comedy, roast, etc.).

Que saudade do povo amigo que sabe fazer festa. Do povo risonho, cativante, carismático. Só restou o chato da vez...  O brasileiro 2014.

Contrariando todo esse sentimento que está sendo pulverizado eu prefiro continuar pensando positivo e acreditar que essa é apenas uma fase passageira de amadurecimento da cultura da nossa pátria.


(LEONARDO AUGUSTO FARIAS ROCHA - meu filho, há dois anos morando nos 'esteites'.)


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Irai-vos e não pequeis



Um dos maiores equívocos do SECTÁRIO é achar que não ir à balada nem ver futebol seja garantia de céu. Considera ‘não fazer isso e aquilo’ uma medida de espiritualidade. (Cl 2:20,21,22,23). Quanta tolice. Mera vaidade. Infantilidade espiritualóide. Além, claro, de perder a oportunidade de curtir momentos agradáveis ao lado de pessoas que ama...
Outro equívoco GROTESCO é acreditar em bonificação espiritual pelo fato de não usar alguns termos convencionados como chulos. Além de grande engano, é UM prato cheio para a hipocrisia. Quantos religiosos não dizem palavrão, mas usam de linguagem muito mais depreciativa do que um palavrão, MAIS pedante, MAIS arrogante, MAIS pretensiosa e MAIS ofensiva em frases indiretas, constrangendo e ameaçando de maneira velada, cheios de raiva xiita, de orgulho, DE JUSTIÇA PRÓPRIA e de si mesmo!
Jesus, em Seus dias missionários, em nenhum momento reprime as emoções. Além de ter experimentado todas as emoções humanas, Ele diz apenas pra a gente ir resolvendo as broncas no caminho.
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” – disse o apóstolo Paulo.
Quando Paulo diz ao povo de Éfeso acerca da santidade do cristão, estimulando-o a colocar de lado ‘o velho homem’, ele não distribui um pozinho mágico para que se reprimam as emoções negativas. Ele dá dicas terapêuticas de COMO LIDAR com esse tipo de emoção.
Ele não diz que não é para a pessoa irar-se. Ele diz para a pessoa se irar JUSTAMENTE PARA NÃO PECAR!
Daí a sequência:
Primeiro ele diz: “irai-vos...”
Depois diz: “...E NÃO PEQUEIS!”

É óbvio que não nos deparamos com situações assim com tanta frequência, mas caso aconteça de os ânimos se exaltarem, a pessoa se expressa é por meio de palavras contundentes MESMO! O que inclui, SIM, o velho e terapêutico palavrão. Isso é perfeitamente SAUDÁVEL.
Pois quando eu resolvo a pendenga ali mesmo E VIRO A PÁGINA, não estou dando espaço para alimentar sentimentos de amargura que me adoecem e desencadeiam em atitudes ruins para comigo e para o meu semelhante.
E, se eu não resolvo a questão pra bancar a ‘santinha graças a Deus’, na realidade, estou canalizando emoções ruins de maneira inadequada e nociva para nossa saúde. NA PRÁTICA, ‘relevar’ é muito civilizado. No sentido mais pejorativo da palavra. Isso, sim, é pecar.
Assim, Paulo ‘fecha’ essa questão, ensinando mais uma vez SOBRE CULTO RACIONAL, COMO SEMPRE DE MANEIRA PRÁTICA E LÚCIDA, dizendo ainda:
- Não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.
Quantas vezes vamos dormir com raiva quando poderíamos ter chamado a pessoa em questão para esclarecer o mal entendido! Nosso orgulho, nosso recalque e nossa vaidade nos impedem de zerarmos tudo. Então seguimos valorizando e alimentando aquela emoção negativa. Quando a situação é muito grave chegamos a adoecer física e emocionalmente, inclusive provocando desarmonia entre outras pessoas.
O autor de Hebreus (12.15) alerta sobre a ‘raiz de amargura’ que, brotando, nos perturba o coração. Então, por meio dessa raiz de amargura, muitos são contaminados.
Isso, sim, é dar lugar ao diabo.
Portanto, fiquemos BEM atentos ao doutrinamento que MASCARA nosso comportamento como sendo santinhos e falsos piedosos diante dos homens, mas que não consegue JAMAIS esconder a nossa verdadeira face diante de Deus.

TEXTO RELACIONADO:



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Beleza



A História nos conta que, desde que o mundo é habitado por gente, se tem notícia dos adornos que homens e mulheres colocam em seus corpos para se tornarem mais atraentes. Nos dias atuais, com o avanço da Cosmética contra a natural ação do tempo e da agressiva ação externa, podemos lançar mão de muitos produtos cujo uso nos beneficia não somente em relação à higiene corporal, como no cuidado com os agentes externos agressivos (que podem causar não apenas manchas senis como câncer de pele), havendo ainda os inúmeros produtos que agem de forma saudável no retardamento do avanço do tempo. São cosméticos de todas as marcas e preços que beneficiam nossas unhas, nossa pele e nossos cabelos.

Sou capaz de apostar que não existe uma pessoa que não tenha lançado mão de certos truques para melhorar a aparência de alguma forma. Digo isso, porque muitos que seguem usos e costumes de determinadas doutrinas, repetem mecanicamente a vaidosa, equivocada e paradoxal afirmativa: ‘eu não tenho vaidade’. Ora, pode usar a indumentária exigida pela religiosidade, mas vaidade tem, sim. Abra os armários dos banheiros e observe se não tem uma gama de produtos de beleza, mesmo que sejam singelos xampus sem álcool, sabonetes perfumados, hidratantes, sais de banho, cremes clareadores de dentes, bloqueador solar e vários perfumes com fragrâncias diferentes.

As pessoas, de tão bitoladas na performance doutrinária, se policiam e se punem quanto à beleza exterior, e findam por confundir vaidade com o cuidado com o corpo. Aliás, essa vaidade que apregoam, não passa de mais um ponto doutrinário do kit faça isso, não faça aquilo, pois, afinal, a vaidade que desagrada a Deus está ligada às coisas do coração. Inclusive, o simples fato de inchar o peito e dizer, orgulhosamente, não tenho vaidade já consiste em vaidade, uma vez que a pessoa acredita que essa posição a faz melhor diante de Deus, o que não é verdade. Trata-se de mais um equívoco doutrinário que usa exterioridades como ‘virtudes’.

É óbvio que nenhum tratamento de beleza esconde um coração feio, maldoso e desagradável. Mas, bora combinar que as roupas exigidas pela doutrina, também não conseguem esconder um coração com essas mesmas características. Deus não olha para a exterioridade e, sim, para as intenções e atos advindos do coração. Além disso, não há nenhum mérito em nós, para que Deus nos faça Seus queridinhos. Ele usa de Sua compaixão e Sua misericórdia não pela bondade que, eventualmente, habite em nós, mas pela bondade que habita n’Ele.

Portanto, tratamento de beleza, adereços e roupas de boa qualidade têm seu devido valor, uns apenas como enfeites e não sendo condenáveis por isso. A questão é que algumas mulheres supervalorizam como sendo seu estilo de vida, sua segurança, sua arma. Então, nem tanto ao céu nem tanto ao mar. Usemos tudo com moderação e bom senso e está tudo certo.

Muitos líderes machistas (que usam excelentes loções pós barba!!!), se baseiam em narrativas de cartas do NT (1Pe 3.3 e 1Tm 2.9), para impor suas teses doutrinárias, mas a ideia ali não foi desvalorizar a aparência exterior da mulher, e sim, chamar a atenção para as suas qualidades internas como sendo o que há de mais importante. Pois, as mulheres mais influentes se exibiam com seus adornos, distraindo e desviando o foco. Como acontece ainda nos dias de hoje. Observando o texto dentro do seu devido contexto, entendemos claramente que o que ali é dito não serve, de maneira nenhuma, como regra religiosa. E, menos ainda, como medida de salvação. O bom senso é que deve ser sempre o fiel da balança. Em qualquer lugar, espaço ou situação.

Por outro lado, as narrativas bíblicas nos falam tanto sobre beleza interior, como sobre beleza exterior. Muitas mulheres da Bíblia se destacam. Sara, Rebeca, Raquel, Abigail, Bate-Seba, Rute e Ester usaram seus truques de beleza. A rainha Ester fez um verdadeiro tratamento de beleza. No seu livro podemos encontrar a descrição de um completo concurso de beleza. Esse ‘banho de lua’ que usamos atualmente e que inclui depilação, esfoliação, hidratação, não tem nada de novo. A rainha Ester já fazia uso desse ‘truque’ com os óleos aromáticos e especiarias importados da Pérsia. (Et 2.12). Os exemplos bíblicos são vários, mas ressalto o de Ester porque sua história faz parte da obra salvadora de Deus na História. E nem por isso ela reprimiu seus atributos de beleza exterior.

A aparência da mulher cristã deve ser complemento de seu espírito interior, e beleza é mais do que um rostinho bonito e atraente ou o hábito de andar na última moda, seguindo as tendências atuais. Boa higiene, pele bem cuidada, saúde dos dentes e dos cabelos como sendo reflexo de uma alimentação equilibrada, trajes adequados à ocasião e modos apropriados, dão elegância e graça, sendo uma forma exterior de exibir um estilo interior.

Portanto, manter uma boa aparência, limpa, bonita e apropriada, é responsabilidade de toda mulher cristã. Afinal, convenhamos, uma mulher desleixada com a própria aparência não pode ser exemplo de cristã. E não se trata de marketing ou algo forçado, mas de coerência. Além do mais, o rosto da mulher é, em geral, o espelho do seu coração. Pois, quando ela confia no amor de Deus, suas feições se suavizam e as rugas se atenuam. Aquela expressão típica de quem está aflita e preocupada não faz parte dessa imagem, já que a paz e a alegria interiores refletem-se naturalmente na expressão facial. Aliado a isso, ações e atitudes indicam claramente onde está a segurança da mulher.

Se o seu coração está firmado na verdadeira paz que excede todo entendimento e na alegria que vem de Deus, independentemente das circunstâncias, sua aparência exterior vai refletir o entusiasmo e uma profunda sensação de bem-estar. E, claro, nenhum truque de maquiagem consegue esse tipo de feição. Pois, a verdadeira beleza - que não desaparece nem com o tempo - vem de dentro e se manifesta pela entrega total a Jesus.


Euzinha e meu cabelito he he


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ainda acerca da Conversão ao Evangelho...

O reino de Deus não é uma igreja nem um grupo de pessoas, é um projeto de vida comunitária de amor, serviço, misericórdia e paciência. Não vive a dinâmica do reino quem se isola, nem quem de modo automático se congrega, mas quem existe em relação simples e verdadeira com seu próximo. (Martorelli Dantas)





O que eu percebo muito por aí, é que as pessoas associam conversão à denominação e suas práticas religiosas visíveis, palpáveis, ‘pegáveis’, 'molháveis'. E isso remonta não apenas a um século de existência, mas desde que o homem habita o mundo. Na ‘igreja primitiva’, então, temos a situação emblemática dos hebreus convertidos que estavam desistindo da fé na Graça de Deus em Cristo e voltando aos velhos ritos, práticas, crenças e legalismos do judaísmo, em paradoxo com o sentido da expressão ‘hebreu’ que determina um estado CONSTANTE de progressão. 

Hoje em dia não é muito diferente, só muda o pano de fundo. Entretanto, o que o Evangelho nos diz, é que fazer a confissão de que Jesus Cristo é Deus, nos torna membros da Igreja de Jesus. Que Jesus Cristo é a encarnação da Graça de Deus; que Jesus é a encarnação da glória de Deus. E o verbo se fez carne e habitou entre nós - disse João no início de sua narrativa. Isso não é apenas uma afirmativa que se deva dizer amém de forma mecânica e sem aplicação útil na própria existência. Isso tudo encerra um novo estilo de vida. 

Daí começa a conversão. Conversão genuína não confunde. Primeiro que a pessoa entende, de imediato, que se trata de uma experiência pessoal e intransferível, totalmente independente de programação e ritual religioso. É, ao mesmo tempo, um ato imediato e inconfundível, como também um processo para a vida toda, visto que a natureza humana tem um terrível hábito de se corromper, de se engessar, de voltar atrás nos velhos e carcomidos hábitos, como enfatizado mais acima. 

Essa conversão traz, em si, o arrependimento. Muitos religiosos, devido a uma forte herança judaico/católica, confundem ‘arrependimento’ com o fato de se deixar certos hábitos que algumas doutrinas religiosas colocam como sendo desagradáveis a Deus e, então, mecanicamente, passam a seguir uma listinha de regrinhas doutrinárias, habituando-se com aquela mesmice e repetição, crentes que aquilo é conversão. E isso é um grande equívoco. Pior: isso é um engessamento, uma cilada, um impedimento. Deus não está interessado em nossas exterioridades. Ele olha para o coração e suas intenções. É lógico que quando nos alinhamos à Sua vontade, passamos a ser mais sensatos e coerentes, refletindo isso no nosso exterior, mas NUNCA como regra de salvação ou virtude

Arrependimento do velho homem engloba toda uma maneira de ser e pensar que passa, não por religiosidade imposta pelo homem, mas pelo crivo de Jesus que nos ensina a nos relacionarmos com Deus, com o semelhante e com nós mesmos. Trata-se de uma mudança completa nos conceitos e nos valores, conforme a mente de Jesus, para exercermos o único ministério por Ele a nós confiado: o da reconciliação. 

Passou disso é religiosidade.

---------
Comentário feito no grupo de FB 'Consultando a Bíblia', na postagem do Nilton Furlan onde ele pergunta:

"Vocês acham que a conversão é imediata? 
Ou em alguns casos, haverá um processo para essa pessoa passar, para aí, sim, vir a conversão? 
Ou, na verdade, não trata-se de conversão, mas de esclarecimento"?



TEXTO RELACIONADO:


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Tua graça me basta





  • Permitam-me fazer umas colocações, à luz da Palavra, em cima de alguns pontos importantes QUE EU LI AQUI
    Primeiro. Deus age na vida de cada um de forma soberana. A Graça é multiforme. O Espírito sopra onde quer. Ponto. Isso é muito claro e evidente desde que o mundo é mundo! Falar das maravilhas de Deus, de suas bênçãos e de curas pessoais é imprescindível e somos indesculpáveis quando não vemos Deus agir, como diz Paulo aos romanos, pois Ele está presente em TUDO, não apenas na História, mas em cada beleza vista na criação desse mundão a se perder de vista.

    Segundo. Não há NENHUMA garantia de que uma pessoa ‘é de Deus’ por ela vir me dar um SUPOSTO recado sobrenatural, ainda que se cumpra aquilo que foi falado. Por outro lado, atentemos para muitos casos que são ENGANOS e que não há qualquer base para afirmar que aquilo vem de Deus. Todo cuidado é pouco com a disseminação maluca da superstição religiosa que assola os átrios dos templos.


    Já foi dito de púlpito de igreja ser o ‘Espírito de Deus’ falando que algo ia acontecer de uma determinada forma, com riqueza de detalhes, e aconteceu justamente o oposto! Isso aconteceu inúmeras vezes e continua acontecendo. Os ‘profetas’ de púlpito continuam com suas falácias, mas seus ouvintes, coitados, não são doidos pra contestar sua santidade e contato direto com o divino. E assim se proliferam os equívocos, as crendices, os doutrinamentos confusos. Principalmente quando as ‘profecias e revelações’ são duras e deprimentes, que já caem matando o cara de susto, medo e depressão, mesmo antes da hora que o profeta determine a sentença (do tipo SACANAGEM MESMO! Pronto falei!), usando de crueldade com jargões do tipo: ‘vou te colocar no fundo de uma cama’, ‘vou te recolher’, ‘vou colocar um câncer’ (Affff detesto essa expressão ‘Deus recolheu’, invenção igrejista bem macabra).


    O que Paulo nos alerta é que somos indesculpáveis por não conhecermos – nós mesmos! - os atributos invisíveis de Deus. Pois, Ele não apenas se manifestou na História, como também na beleza e na criação do mundo.


    Ele diz:


    - Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.


    Portanto, isso é uma consciência pessoal. Assim como a nossa relação com Deus é pessoal. Quando alguém diz: Deus mandou eu te dizer isso e isso e aquilo... DESCONFIE! Deus não manda recado. Isso é enganação, crendice, superstição religiosa. Veja bem! Não estou dizendo que Deus não usa pessoas para o que Ele bem entende. Ele usa QUEM e O QUE Ele quiser. Até uma mula, DIZ O CLICHÊ BÍBLICO! 


    A natureza – que Ele mesmo criou – está repleta de ferramentas para que Ele utilize da forma como lhe apraz. Principalmente quando estamos no meio de tristezas, angústias, solidão e lágrimas. Ele sempre nos envia alguém para nos CONFORTAR, nunca nos deixa sozinhos. E mesmo quando estamos isolados, fisicamente, pela circunstância, Ele ‘dá um jeito’ de nos confortar. Essa é a terceira questão que eu quero colocar. Pois nem sempre porque alguém me consolou significa que esse alguém seja ‘um homem de Deus’. Mesmo tendo sido ‘enviado por Deus’, não significa exatamente que seja ‘um homem de Deus’. Deus usou Balaão para abençoar seu povo e nem por isso Balaão era um homem de Deus. Caifás profetizou acerca de Jesus e estava longe de ser um ‘servo de Deus’. Cláudia, esposa de Pilatos, o alertou em sonho sobre Jesus e não consta nas narrativas que ela tenha se convertido e muito menos virado uma santa serva do Senhor. E, nos dias de hoje, não é diferente. 

  • Isso de santificar pessoas e lugares é muito perigoso! Lembremos que só existe UM Caminho. Não há vários caminhos. Esse negócio de que Deus requer uma coisa diferente de cada um é enganação doutrinária. O que Deus requer de nós é uma coisa só pra TODOS: que O amemos acima de tudo, com todas as nossas forças e ao próximo como a nós mesmos. O resto é invenção religiosa. E o TESTEMUNHO que se dá de Jesus é SOMENTE no chão da existência, no curso da vida, aonde vamos lavando os pés uns dos outros. Isso é viver o Evangelho. Isso é dar bom testemunho de Jesus. Esses ‘testemunhos’ cheios de sinais, e fogo, e labaredas, e tiros, e shows pirotécnicos que o inconsciente coletivo ouve e aplaude, faz parte da crendice popular que só cresce mais e mais... Enquanto Jesus diminui, diminui, diminui... É o anti-Evangelho nas igrejas em nome do Senhor Jesus.

    Quando fariseus e saduceus tentam a Jesus, pedindo um sinal dos céus, Ele é curto e grosso:

    - Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos? Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. 


    E, deixando-os, retirou-se. (Ver Mateus 16, cap2, verso4).


    No caso deles, tratava-se de uma provocação, é certo. Mas quantos de nós fazemos isso na Igreja?! Senhor, me dá um sinal. Aí Deus fica silencioso. Muitas vezes ouço pessoas, até lúcidas, dizerem isso. Ou, então, quando vem o tal ‘sinal’ (que a pessoa pediu foi a Deus), obviamente ela vai dizer que foi Deus que lhe deu aquele sinal, afinal foi a Ele que ela pediu! 


    Mas Jesus está ali dizendo, CLARAMENTE, que não se vive de sinais e sim, de discernimento. 

    Então Jesus se refere ao ‘sinal’ de Jonas, analogamente ao que aconteceria a Ele próprio; que Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um peixe e Ele estaria três dias e três noites no coração da Terra; que muitos se arrependeram com a pregação de Jonas; que assim como ele havia sido um sinal para Nínive, Jesus seria o sinal para essa geração. (‘Essa geração’ refere-se ao tempo de Jesus terreno em diante)


    (Ler Mateus 12: 38.42)


    Até a rainha do Sul veio dos confins da Terra para OUVIR a sabedoria de Salomão, pois naquele tempo se cria pelo ‘ouvir a palavra’, já que a grande maioria das pessoas era analfabeta. Hoje temos a Bíblia escrita no nosso idioma para aprendermos de Jesus. 


    (Ler1Rs 10:1.10)


    É isso que Jesus lhes diz: foi dado um ‘sinal’ por meio do acontecimento com Jonas para que muitos cressem. Tipo assim: quer que eu desenhe? E Deus desenhou. 

    Da mesma forma que tem pessoas como a rainha citada que percorreu grandes caminhos porque soube que havia um homem muito sábio que sabia acerca do Senhor e ela queria testá-lo e VER COM OS PRÓPRIOS OLHOS. A bíblia diz que não houve pergunta difícil que ela fizesse que não tivesse sido respondida. E não deu outra, ela saiu de lá adorando ao mesmo Deus, pois ela PROVOU e viu que era bom, pois bem aventurado o homem que nEle se refugia, como diria o salmista. (Sl 34.8). Isso inclui confiar, crer, saber e decidir. Sem que seja necessário nenhum sinal! Jesus disse tudo isso aos descrentes e provocadores. E continua dizendo àquele que só crê vendo. Que mesmo diante de tantos sinais de milagres, de curas, de libertações bem visíveis, aqueles ainda queriam outro ‘sinal’. Eles não estavam buscando a Verdade. Estavam duvidando do poder de Jesus. Como ainda hoje...


    E assim fazem muitos hoje em dia. Querem sinais de que Deus é com eles. Querem uma prova que possam VER e PEGAR. 


    Enquanto a fé é a CERTEZA daquilo que não se vê.


    Façamos nossas escolhas!




  • "Fiz uma aliança com Deus: 
    que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. 
    Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, 
    que me dão instrução abundante 
    e tudo o que preciso conhecer 
    tanto para esta vida quanto para o que há de vir." 
    (Martinho Lutero)

    quarta-feira, 23 de abril de 2014

    Jugo desigual + Licença para pecar antes de batizar = Fé neurótica & crentes hipócritas.



    Baseados em versículos soltos do NT* versus Lei Mosaica, ainda vemos, em pleno século XXI, denominações cristãs exigindo, de  seus membros, que se casem apenas com pessoas de ‘sua doutrina’. Os pais, por sua vez, pressionados por essa imposição, afligem seus filhos com tais exigências. Trazendo essa regra à risca para dentro de seus lares, dão continuidade a uma inadequação familiar advinda da religiosidade instalada em nome de Jesus.

    Por acaso a Idade Média é aqui?!

    É claro que não existe família perfeita, mas é claro também que, baseados em determinação rígida e usando versículos bíblicos aleatoriamente, não temos exatamente um perfil determinado de família saudável. Os exemplos estão aí aos montes, saltando aos nossos olhos, para nos provar isto. Ora, os jovens não são tolos e, obviamente, quando começam a se encontrar e percebem diferenças muito grandes nos valores e conceitos, eles mesmos nem chegam a se afinar com facilidade. O santo não bate - ouve-se com frequência. O bom senso diz que a própria divergência já se constitui um bloqueio natural, sendo desnecessária a atuação do guru espiritual para ditar normas doutrinárias sobre uma relação que se inicia.

    Alguns aspectos são fundamentais como sinalizadores de uma união em potencial. Isso não se discute. Mas isso não compete aos pais, menos ainda à religião, e tão somente ao casal. Tudo se inicia na atração que se torna um estágio durante toda a vida conjugal. Atração esta, associada ao romantismo que se instala, produzindo o contentamento mútuo que, por sua vez, capacita o casal a ter zelo um pelo outro, promovendo segurança e lealdade. Assim, a amizade  instala-se gradativamente, à medida que o casal vai compartilhando os mesmos pensamentos. Junte-se tudo isso ao amor ágape que está ligado diretamente à ação, à vontade, à vida prática e tem-se um relacionamento em conformidade com a vontade de Deus. Ponto. Passou disso é imposição religiosa. 

    Muitos pais colocam um fardo de expectativas religiosas em cima dos ombros dos filhos de tal maneira que nem percebem a crueldade de tais imposições que provocam danos terríveis à psiquê desses jovens. Esses mesmos pais, por sua vez, já estão adoecidos na alma, sendo frágeis, susceptíveis e vulneráveis, por lhes ter sido repassada ao longo da vida, uma verdadeira cartomancia bíblica onde a orientação para a existência está no púlpito/consulta. E a ansiedade em  ver desejos pessoais atendidos começa a gerar uma série de equívocos. Tudo em nome de Deus. Então, instala-se o caos: Deus disse isso. Deus disse aquilo. Deus mandou eu te dizer... E por aí vai. Tudo com base no sentimento e na vulnerabilidade circunstancial. ‘Eu senti que foi comigo’.  ‘Me senti de te falar’. E tudo fugindo do bom senso, da lucidez, do discernimento, da sensatez. Enfim, de tudo que, de fato, tem a ver com Deus. Sem contar que muitas mães, por não terem o domínio no comportamento do filho, aproveitam para manipular o que foi dito de púlpito, na tentativa de disciplinar pelo medo, inventando ‘profetadas’ e ‘revelamentos’, sempre colocando um pesinho sádico na mão de Deus.

    Eu poderia citar vários e vários casos dessa doideira que daria um livro. Sei de vários casos específicos de meninas que vêm abrir o coração comigo. Tem um caso bem recente, que só não digo que é cômico porque, em si, é trágico. O rapaz com quem ela se relacionava foi ‘orientado’ a afastar-se dela porque ela é católica. ‘Orientado’ é eufemismo, pois chega a ser patética a apelação da mãe usando até de chantagem sobre a própria saúde física para que o rapaz se afastasse da moça. Como se ambas as denominações não confessassem o mesmo Jesus Cristo. Já começa daí a característica seitária. A parte que seria cômica fica por conta da restrição feita a quem ainda não se batizou na água mágica que purifica de todo pecado. Ele está aproveitando para ‘ficar’ com as outras meninas, sem relacionamento afetivo nem emocional. Puro sexo, mas não sexo puro. Putaria, dito em português claro. Relacionamento normal com uma menina católica, nem pensar. Isso não tem salvação, vai pra o inferno.

    Por acaso esses pais pensam que o único abuso que provoca sérios distúrbios é só o abuso sexual?! Quem assim raciocina precisa rever seus conceitos urgentemente. Sob pena de presenciar seu filho e sua filha enveredando por uma rua sinuosa, escura e sombria que conduz a um sinistro abismo de conflitos interiores, muitas vezes sem volta. Daí o abuso emocional talvez ser mais grave ainda que qualquer abuso físico, em alguns aspectos. E a armadilha está na disfunção gradual e velada, que se inicia na suposta segurança do lar.

    Mas, como adquirir formação saudável e equilibrada de pais equivocados, assustados e pressionados por uma constante cobrança religiosa? Infantis espiritualmente, orientam de maneira igualmente infantilizada acerca do Deus neurótico e coletivo que ‘a doutrina’ lhe apresentou, repassando essa herança maluca.  Sem conhecer a Deus pessoalmente nem poder amadurecer nesse relacionamento, como repassar aos filhos uma maneira correta, segura e serena de relacionar-se com Deus?

    O filho, por sua vez, mesmo sabendo que chega o momento de andar com os próprios pés, de buscar novas informações, de filtrar o que era lenda, tabu e crença para poder respirar em paz, ainda assim enxerga um ‘cordão umbilical’ firme e resistente. Então, fica aquela salada na mente do jovem preso. E, por mais que ele receba ‘informações externas’, já está instalado um tremendo complexo de culpa, advindo da pesada carga de terrorismo que recebe do púlpito e que tem o enorme poder de aprisionar e engessar. Alie-se a isso, toda um gama de energia emotiva e afetiva que envolve os laços familiares. Então, ele se rende à confusão sentimental daqueles ambientes que, supostamente, lhe dá segurança.


    Resumo da ópera: sem querer desagradar a mãe ( que, geralmente, é quem pega no pé), o filho treme de medo de um castigo dos céus, vivendo uma vida totalmente fake tentando despistar os próprios temores e vontades. Pra completar, é informado de que Deus vai pegar leve com quem ainda não se batizou. Isso é um flagrante incentivo (in)direto para o filho macho, advindo de uma cultura religiosa machista. Então, ele abre mão do relacionamento saudável rejeitado pela mãe, e ainda tem a benção dela para ‘ficar’ por aí sem compromisso. Enquanto não se batiza. Crente que Deus passa a mão na cabeça, já que a própria mãe o faz. Se bem que – bora combinar - lá no fundo da alma, algo lhe diz que ele está errado. Assim como diz também, à mãe, a mesma coisa. Mas ambos se calam e consentem no engano. E ele segue. Inventando uma realidade paralela para não se culpar, não se cobrar, e assim, não sofrer. Engavetando todos os sonhos e planos, mentindo para si mesmo. Repetindo silencioso e angustiado mantra que quer ser ‘servo de Deus’. Seguindo para o monte, onde o oráculo lhe dirá o que deve e o que não deve fazer. Neuroticamente. Paranoicamente. Esquizofrenicamente. Em nome de Jesus.

    RF.


    * 2Coríntios 6: 14-16

    Paulo disse que não tem como juntar opostos de maneira harmoniosa. Ele pode ter se referido a associações de negócios e/ou relacionamentos com pagãos. Entretanto, era mais provável que ele estivesse se referindo a associações com falsos apóstolos, a quem ele considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a igreja de Corinto. (Adaptado de A Bíblia da Mulher - EMC -SBB - 2ª Edição- 2003- pag 1469)

    (Ver também: 1Co 3.16; 6.19 - 2Co 11:13.15 - Lv 26.12 - Ez 37.27).


    sexta-feira, 18 de abril de 2014

    Discurso Tendencioso



    Enviaram para mim o texto abaixo para que eu o examinasse conforme a perspectiva de Jesus.

    Muitas vezes queremos ajudar as pessoas a entenderem certas passagens bíblicas, no entanto, por estarmos muito apegados à mãe-denominação, findamos por fazer alguns acréscimos, no  intuito de fazer proselitismo e puxar tudo para a própria sardinha, sem nos darmos conta de que nossos discursos são verdadeiras heresias. É assim como eu enxergo nesse texto, daí fazer algumas ressalvas, pincelando em negrito, conforme cada parágrafo.

    Adianto que não se trata de nada pessoal, até porque nem coloquei a autoria, interessando-me unicamente pelo teor, pela ideia colocada. Aliás, como sempre faço. Espero estar refutando corretamente. Caso não esteja cem por cento dentro da Verdade, por favor, quem tiver algo a comentar nesse sentido, fique à vontade. Obviamente, isento de qualquer ranço denominacional. Porque tal ranço, em vez de luz, convenhamos, é treva.

    Eis o texto fracionado que assim se inicia:

    ‘O tipo de pecado que a Bíblia menciona como imperdoável não é simplesmente da categoria do furto, da mentira, ou do adultério e da imoralidade sexual. Estas coisas são sérias e graves e podem envolver o pecado imperdoável; mas não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável’.

    Em Jesus, não existe nenhum comportamento que pode ‘envolver pecado imperdoável’. Baseados na lei mosaica - cujas regras eram severas em relação à sexualidade - os acusadores trouxeram uma mulher adúltera para ser apedrejada diante de Jesus, testando-o.  Este, por sua vez, disse, SIMPLESMENTE, que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. Quando Jesus diz isso, ele nivela TODOS os pecados a um único patamar. Não existe pecadinho nem pecadão. Na mesma circunstância, Jesus nivelou também a todos, pois Ele nos vê (a todos) com a mesma compaixão. O curioso, é que a narrativa diz que, com a resposta de Jesus, TODOS foram saindo, A COMEÇAR PELOS MAIS VELHOS. (Na minha leitura, os mais velhos tinham tido chance de 'acumular' mais pecados e eram habituados a repassar suas convicções arraigadas para os mais jovens).

    ‘Na Congregação Cristã de Corinto um cristão foi excluído da comunhão por sua imoralidade e falta de evidência de arrependimento (I Co 5:1-5). Este irmão cometera o grave pecado de incesto: abusou sexualmente de sua madrasta. Talvez ela já estivesse separada de seu pai; mas a antiga lei dada a Israel, que no aspecto moral não mudou para os cristãos, dizia: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai” (Lv 18:8).’

    Em primeiro lugar, não houve uma sistematização religiosa/denominacional na igreja primitiva que concedesse esse título à igreja. Portanto, nunca houve uma ‘Congregação Cristã em Corinto’. Isso é uma colocação TENDENCIOSA para induzir as pessoas a pensarem que Jesus atua apenas na ‘Congregação Cristã’ enquanto denominação religiosa. Ao contrário, a partir de Jesus, Deus não habita mais em casas feitas por mãos humanas. A partir de Jesus, passamos a ter uma relação pessoal com Deus. Em Corinto - assim como em outras localidades - as pessoas se reuniam em casas, não para criar uma doutrina religiosa com um nome, mas para se ampararem umas nas outras, para servirem umas às outras. Com o passar do tempo as pessoas foram incorporando heranças ritualísticas judaicas e fazendo os acréscimos que a História nos conta, desfazendo o que Jesus fez e inventando um anti-Evangelho.

    Quanto ao ‘grave pecado do incesto’, Paulo tratou nessa passagem, de um caso específico em que ele ficou impressionado com a banalidade com que a comunidade aceitava um homem que envolveu-se com a esposa do pai, sendo que isso era tabu na cultura grega. O rigor era tão grande nesse sentido que nem mesmo entre os gentios se tolerava esse comportamento. Algo que era resolvido com sumária pena de morte, estavam fazendo vista grossa.

    Entretanto, isso não significa que caiba à ‘cúpula do Sinédrio’ atual, sair determinando quem vai para o inferno. A obediência que Paulo fala não diz respeito a normas igrejistas. Ele sabia – e falava – que não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo. Ele mesmo nos ensinou que a lei do Espírito da vida, em Cristo, nos livrou da lei do pecado e da morte.

    ‘No entanto, este homem foi readmitido mais tarde na Congregação, mostrando assim, que não havia cometido o pecado imperdoável contra o Espírito Santo (II Co 2:1-11). O pecado imperdoável é um pecado deliberado contra a operação manifesta do Espírito de Deus.

    (...)

    No blog do Douglas tem um texto simples e fácil de assimilar que nos ajuda nessa confusão religiosa sobre ‘Blasfêmia contra o Espírito Santo’.

    ‘Diferente de alguns que oram pelos “desviados que não pecaram” [absurdo!], Tiago apóstolo recomendou que “aquele que traz um desviado de volta cobre uma MULTIDÃO de pecados” (do que pecou evidentemente; Tg 5:19, 20 (...)

    Tiago NUNCA recomendou que “aquele que TRAZ um desviado de volta cobre uma multidão de pecados”. Traz pra onde? Ora, minha gente,  em nenhum momento ele se refere a um local. Isso, sim, é um absurdo! Ele não faz qualquer alusão a ‘trazer de volta’ para nenhuma panelinha religiosa que se considere a Nova Jerusalém aqui na Terra. Até porque sua colocação inicial é: ‘se algum entre vós se desviar DA VERDADE’. Sendo tudo no nível da mente, da consciência. Jamais subordinando ninguém a lugares, a espaços físicos.

    E isso, fazendo alusão ao autor de Provérbios (10.12), quando este diz que O AMOR encobre todas as transgressões. Em nenhum momento ele convoca seu rebanho a converter alguém a um sistema religioso, a uma regra denominacional. Inclusive, um pouco antes, no capítulo dois, ele ressalta que é a MISERICÓRDIA que triunfa sobre o juízo. E não o contrário. 

    Por fim, o rigor de Paulo na disciplina à distância jamais pode ser confundido como incentivo a colocar alguém na marginalização religiosa. Ele mesmo falou que a lei jamais realizaria um bem na pessoa, visto que a natureza humana está irremediavelmente caída. Daí ser impossível que a lei nos salve. Ao contrário, ele diz que onde a lei impera não há Graça.


    ---------


    *Resumo da ópera:


    "Em princípio, seriam três equívocos básicos.


    No primeiro parágrafo o autor lista alguns pecados, afirmando que "estas coisas são sérias e graves e PODEM ENVOLVER o pecado imperdoável". Entretanto, ele bem SABE que nenhum destes PODE ENVOLVER o pecado imperdoável. Afinal, logo em seguida, ele mesmo afirma que "não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável".

    Na referência sobre o incesto do segundo parágrafo, ele lança mão de uma sutileza bastante tendenciosa quando INTITULA a comunidade que ia se formando em Corinto, como sendo preliminar de uma denominação atual.

    E, no último parágrafo, onde a ênfase é para a expressão DESVIAR-SE DA VERDADE, ele afirma que Tiago recomenda sobre "TRAZER um desviado de volta", usando-se, novamente, de um jogo de palavras tendencioso e conveniente. Ora, não há recomendação para se TRAZER alguém para algum LUGAR. Até porque, conversão se dá no nível da consciência. O ‘desviar-se’ a que Tiago se refere é da VERDADE. E nunca desviar-se de uma denominação".

    Esse foi meu comentário no Facebook quando 'perdi' um amigo de infância que ficou lá na infância tomando dores e advogando causa, sem conseguir alcançar que minhas LIVRES colocações nada têm de pessoais e que são, TODAS, a partir do que eu leio.