"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sábado, 20 de abril de 2013

Inflexibilidade e dureza... De Jesus?!






Há um risco enorme em se distorcer completamente as palavras de alguém quando se coloca, convenientemente, apenas uma parte do que foi dito. Isso é muito grave, seja em que situação for, porque, conforme o que adicionamos quando vamos nos expressar, estamos levando adiante afirmações que podem influenciar de forma perversa (per - verso : em caminho contrário, do outro lado, do lado oposto) na vida de alguém porque não tivemos o devido cuidado no manejo daquela palavra, acrescentando e subtraindo conforme a nossa limitada compreensão. 

Isso acontece com muita frequência e nas mais diversas situações, causando toda sorte de males. Em uma conversa informal gerando fofoca, por meio de uma (des)informação técnica culminando em erro médico, num diálogo aparentemente despretensioso do cotidiano com pitadas de malícia ou, simplesmente, levando adiante uma notícia deformada e tendenciosa sem antes fazer uma checagem de sua origem e do seu contexto geral. E, em relação às palavras de Jesus, não é diferente. Pegamos um punhadinho de versículos soltos e cometemos dois sérios erros: primeiro o da pretensão de traçar o caráter de Jesus; e, segundo - com esse perfil traçado - condenar as pessoas em Seu Nome.

E, assim, seguem os judaizantes de hoje. Continuando tão equivocados quanto a nação judaica antes de Jesus, que acreditavam que o Messias viria para derrotar seus inimigos. E que reinaria a vitória e a paz entre eles, os supostos abençoadinhos que viviam se esforçando em performances para encobrir seu coração perverso. Bem atual... Um 'povo eleito' completamente corrompido: líderes aceitando suborno, sacerdotes ministrando com olho no benefício pessoal, profeta fazendo comércio, oprimindo os pobres sem dó nem piedade. E todos praticando RELIGIOSAMENTE, as regrinhas que lhe davam falsas garantias de vida eterna. Enganando a si mesmo e aos outros com sentimentos religiosos de segurança, fazendo as ofertas queimadas, com seus azeites e seus sacrifícios religiosos conforme os cerimonialismos da época. Enquanto o Senhor dizia que não queria nada daquilo, e sim, misericórdia, humildade, justiça, obediência, enfim tudo que estava faltando. E o profeta (Mq) falou de uma nova e eterna aliança que Deus faria em breve, conclamando a todos - líderes e povo - ao arrependimento sincero, pois a prosperidade havia endurecido a mente daqueles que se equivocaram com as falsas seguranças. 

Então, Jesus esclareceu o que o profeta havia dito a respeito dessa onda de corrupção moral. (Lucas 12: 51.53) Porque os homens falavam em paz quando eles mesmos – o povo de Deus – provocavam a dissensão e imoralidade ética e espiritual, não havendo um amigo sequer que se pudesse confiar, principalmente dentro da própria casa, da própria família, entre os próprios componentes de seu convívio. Reinava uma desconfiança geral na comunidade, refletindo em casa (ou vice versa), onde filho desprezava pai, filha se levantava contra a mãe, contra a nora e a sogra, mostrando que não havia confiança e amizade nem mesmo dentro da própria casa de tão corrompido que o povo estava. E o profeta (Mq) já falava dessa paz que haveria de vir, com restauração e bênçaos aos arrependidos sinceros, referindo-se ao nascimento do Messias e do Seu reinado.

Outro versículo que muitos usam sem atentar para o pano de fundo do acontecimento:

'Tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo,, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio'. (Jo 2:14.16)

Essa passagem é emblemática, desencadeada pelo que vinha acontecendo há muito tempo no meio do povo de Deus que havia se corrompido por completo. E, ali, Jesus presenciou os comerciantes vendendo ‘gato por lebre’ enquanto o cordeiro imaculado era o único que servia para a queima e oferta. Estes desonestos estavam ludibriando os pobres ignorantes e oferecendo cordeiros ‘manchados’, e isso - entre outras coisas - levantou a ira de Jesus. Aliás, como se diz o jargão: foi a gota d' água diante do quadro que ora se apresentava, considerando que o que deixava Jesus irado eram a religiosidade pretensiosa e a falta de compaixão. 

Alguns religiosos inflexíveis confundem o caráter de Jesus com a própria natureza e os pacotes doutrinários que eles mesmos estabelecem, atribuindo-Lhe um perfil 'enérgico e duro' para com os que não querem seguir seus ensinamentos. Entretanto, as narrativas dos evangelistas nos apontam, claramente, que Jesus só era ‘enérgico e muito duro’ com os que se usavam do nome de Deus para, fazendo-se de santinhos e piedosos, explorarem os inocentes. Jesus só era ‘enérgico e duro’ com aqueles religiosos que, cheios de si mesmo, não agiam com misericórdia para com ‘os de fora’. Jesus era enérgico e duro com os que se arrogavam mais espirituais. Jesus era enérgico e duro com os que se assentavam nos tronos das sinagogas, enquanto suas vidas denunciavam sua hipocrisia. Jesus era ‘enérgico e duro’ com os que comercializavam a fé. E, aqui, o comércio não se limita apenas ao dinheiro; pois escravizar mentes por meio do terror e da opressão também era e continua sendo um tipo de barganha abominável a Deus, uma vez que causa enorme estrago na dimensão da mente e das emoções. Em relação A ISSO o vocabulário de Jesus era inflexível e duro. E continua sendo. Afinal, as multidões continuam ‘seguindo-O', dizendo-se Seus ‘servos’, exaltando Seu Nome. Seus lábios honrando Seu Nome… Mas seus corações distantes DELE. Posto que próximos demais dos próprios acréscimos e decréscimos religiosos invalidando a Palavra de Deus.

Finalmente – enfatizando a colocação correta de um texto dentro do seu devido contexto – a murmuração dos judeus, associada a total perplexidade era porque Jesus apresentava-lhe uma forma completamente diferente de tudo que eles já haviam vivido, de tudo que seus antecessores haviam lhe repassado e que dizia respeito a suas convicções, seus credos, seu formato religioso de adoração. ( João 6: 28.71) Igualzinho como se vê hoje! As pessoas estão engessadas e presas a um padrão religioso repassado ao longo do tempo e se escandalizam com o novo. E Jesus era a novidade. O novo. O renovo! A Nova e Eterna Aliança em pessoa! Toda a segurança que eles tinham estava sendo questionada, indo tudo por água abaixo. O que Jesus apresentava-lhes era muito forte. Isso esmorece qualquer um. Sua incredulidade partia de seu engessamento religioso, seus costumes, suas leis religiosas que lhe garantiam o céu. Seu esforço pessoal, igualzinho como nos dias atuais!!! Eles seguiam cerimônias da lei judaica que lhes davam segurança (ilusória). Então Jesus chega e diz que não foi Moisés quem deu pão. E que ‘o pão que desce dos céus’ (referindo-se a ele mesmo) este sim, é o pão que dá vida ao mundo. Isso não tem absolutamente NADA a ver com ‘sã doutrina’ denominacional. Isso tem a ver tão somente com Jesus. E foi o que Ele disse de forma contundente. Você vem ou não? Simples assim. Isso não tem nada a ver com esforço pessoal, mas com fé, unicamente, não estando vinculado a ‘um corpo de doutrinas’.

Há um contradição terrível quando se afirma que a salvação é misericórdia divina e ao mesmo tempo se dizer que é necessário ‘MOSTRAR TODO MEU ESFORÇO’. Ora, nenhum esforço é capaz de conseguir salvação. O sacrifício já foi feito. Agora é só descansar e crer no que está feito. Ou então seguir com as próprias convicções religiosas. Jesus não se surpreenderá mas também não lançará maldições. Ele esclarece -  e testa -  como fez com o jovem riquinho ao aproximar-se d'Ele e perguntar-Lhe ‘o que eu posso fazer’ para ganhar a vida eterna. Jesus devolve a negociata sutil dizendo pra ele vender tudo e distribuir com os pobres e depois voltar e segui-Lo. Ele foi embora e Jesus não disse ‘volte aqui agora senão vou lançá-lo no fogo do inferno’. Jesus simplesmente esclareceu deixando-o à vontade, mas ele não quis. Afinal, o que ele queria era saber O QUE ELE PODIA FAZER para merecer a vida eterna. Naquele eterno paganismo da natureza humana de que FAZENDO ALGO - um esforço, seja qual for! - teremos um benefício em troca. 

Não estou dizendo que não há juízo. E é óbvio que ele faz parta da história redentora. O 'detalhe' é que o juízo não é um atributo do homem. E, sim, uma forma de manifestação da reação de Deus à perversidade. Reação... De Deus! Ainda bem...



'Na Cruz, o juízo e a misericórdia encontram-se e ambos saem vitoriosos'. 

Dirigiram-se, pois a ele, perguntando:
- Que faremos para  realizar as obras de Deus?
Respondeu-lhes Jesus:
- A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.
(João 6: 28.29)


Comentário feito AQUI 




terça-feira, 16 de abril de 2013

Igreja Primitiva




Isso de se dizer que tal instituição religiosa vive conforme a Igreja Primitiva é de uma tolice sem dimensão. O cristão moderno, por mais que seja bem intencionado, jamais alcançará aqueles moldes. E não é porque naquela época houvesse perfeição. Lembremos que eram homens com a mesmíssima natureza humana de qualquer época! A natureza humana era a mesma de hoje: pessoas normais que mesmo tendo andado, literalmente, com Jesus, ouvindo Seus ensinamentos de Sua própria boca, mesmo assim vacilaram na fé, erraram feio no caminho, se equivocaram nos ensinamentos, pregaram o 'desevangelho'. Discípulos que se apartaram por divergirem e outros que receberam puxões de orelha no momento certo.

Ainda assim, muitos líderes e fiéis dos dias de hoje jamais alcançarão aquele estilo de vida, e não apenas porque tudo aconteceu em outra realidade completamente diferente da atualidade. Não apenas porque era outro o contexto em que os primeiros cristãos se convertiam em meio a rígidas exigências de uma lei que, à época, era meramente religiosa. A ousadia e a autoridade conferidas por Deus, de unir judeus e gentios em um mesmo ‘compartilhar do pão e do vinho’, era o propósito de uma nova existência, um novo caminho jamais imaginado e que lhes rendeu mudanças e alterações radicais nas suas convicções, nos seus costumes e cerimonialismos vãos e totalmente desnecessários.

Mas não, não é apenas por isso que há enorme diferença.

Para mim, além de tudo isso que citei, a grande diferença que os coloca a anos-luz de distância dos cristãos da igreja primitiva é porque muitos destes que se arrogam seguir esse molde, nunca saíram do seu pedestal, não tiveram a HUMILDADE daqueles que erraram, vacilaram, se equivocaram e VOLTARAM atrás em suas convicções. Estes, ao contrário, continuam com dura cerviz, batendo no peito e dizendo ‘eu sou a igreja verdadeira’!

Diga-se de passagem, que essa metáfora do pão e do vinho para uma genuína e concreta vida cristã primitiva em comunhão (comum união) foi determinante para anunciar o Evangelho que ‘se propagou de forma milagrosa desde suas raízes judaicas em Jerusalém até o centro do Império Romano’. UNINDO inimigos ferrenhos de longa data, com costumes e crenças completamente diferentes em uma mesma ‘igreja’ - Judeus e gentios. Pelo poder da Cruz!

Enquanto nos dias atuais se vê algo completamente diferente, onde doutrinas estranhas baseadas em versículos soltos são introduzidas na igreja para separar as pessoas…

O Livro de Atos (além dos 4 evangelhos) nos conta coisas incríveis de como Deus agiu no meio do Seu povo para colocar abaixo os empecilhos religiosos que impediam os discípulos de agir como cristãos genuínos. Como na maravilhosa passagem em que Pedro, com suas rígidas regras judaicas enraizadas no coração, é favorecido três vezes com a mesma visão em que não há nada impuro! Porque todas as coisas que há, foi Deus que as fez, todas!. Ainda que o homem, em seu limitado pensar, considere algumas coisas ‘impuras’.

Observe-se que, no mesmo Livro de Atos, ao visitar os novos cristãos GENTIOS, Tiago adverte-os acerca daquelas práticas de idolatrias da sua antiga cultura religiosa. Mas principalmente advertindo-os de que nada daquele esforço religioso e cultural serviria para a salvação. Da mesma forma que, ao longo de suas cartas, Paulo trata com os judeus e os gentios, conforme suas raízes culturais, com muita habilidade e sabedoria, sempre no intento de levá-los a um denominador comum, uma convivência em amor e comunhão.

Vejamos, portanto, o contexto de tudo que é narrado, para não cairmos na cilada de elaborar uma doutrina baseada em versículos isolados. E, principalmente, termos bastante cuidado e responsabilidade ao dizer que tem o ‘aval’ de Deus.

Finalmente, na Igreja Primitiva não havia um poder centralizado. Jesus jamais ‘comissionou’ seus discípulos a saírem em cada lugar implantando uma igreja e determinando um chefe. Tudo acontecia naturalmente, sem evangelismos programados, no nível do coração, da mudança constante no ser, no pensar, no agir, nas ações continuadas que beneficiassem toda a comunidade como um ajuntamento para adoração e para compartilhar a vida terrena da forma menos desigual possível.

Não havia um Vaticano, um Brás, um trono, uma cidade santificada ou uma Nova Jerusalém.

E quem deu introdução a tudo isso que se vê hoje em dia não foi Paulo. Não, não foram os discípulos. Foi todo um conjunto de práticas humanas com forte influência no sistema romano e nos costumes gregos.

Não, decididamente, não imitamos a Igreja Primitiva. Infelizmente…

Mas sempre há tempo de se buscar lá dentro do próprio coração, resgatar a fé simples e original que deu início à Igreja Primitiva. Começando a quebrar os velhos paradigmas que se formaram a partir da religiosidade enraizada. Sair do ‘corpo de doutrinas’ e OUSAR na desconstrução e no retorno à singeleza na qual Jesus dizia a pagãos de todos os tipos:

- A tua fé te salvou!

E, como bem diz um pregador, todas as vezes em que a minha igreja disser que ‘os de fora’ estão todos perdidos, irei me lembrar que 'JESUS DISSE que muitos publicanos, pecadores e meretrizes precederiam os mais rigorosos filhos da mais estrita e legalista religião da terra – o judaísmo dos dias de Jesus e dos dias atuais nas mentes de muitos ‘crentes’.

E que também ELE DISSE que muitos haveriam de vir dos quatro cantos da terra a fim de assentarem-se com Abraão, Isaque e Jacó na mesa da Festa do Reino, enquanto muita gente com pedigree religioso ficaria de fora.

Porque Jesus é SUMO SACERDOTE segundo uma Ordem sacerdotal não religiosa, e que não se prende a nenhuma genealogia sacerdotal, cultural, étnica, moral ou religiosa'.

Comentário feito AQUI <--- nbsp="">


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Estou em Jesus

Religioso rejeita a existência que nos desnuda e nos tira do nosso 'eu' . 
É  mais cômodo seguir uma dúzia de regrinhas religiosas...
É mais fácil a religiosidade que aprisiona a mente.
 Porque amar dá um trabalho enorme 
à desconstrução das sistematizações.
É bem melhor ( e mais visível) exibir filactérios.
Por isso o religioso diz:
'Quem não se converter, segundo o nosso padrão, vai ser queimado'.
E Jesus lhes diz: 
Vocês não sabem de que espírito são.
RF.



sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Perdão






Para mim, é no perdão onde começa a genuína comunhão com Deus. 


Não atentamos (nos fazemos de desentendidos) para o 'ASSIM COMO' da oração que Jesus nos ensinou. 

Isso é muito sério! 



E nos versículos seguintes -14 e 15 - Jesus ainda enfatiza, pra deixar bem claro e não restar qualquer dúvida:



Porque SE perdoardes aos homens as suas ofensas vosso Pai celestial vos perdoará; SE, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. 

Esse 'assim como' e esse 'SE' são condições para que Deus nos perdoe. Está muuuuito claro!!!

Em Lucas, Jesus mostra que o número de vezes para perdoar um irmão arrependido é ilimitado: 

'E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe'. (17:3.4)

Também no exemplo da pergunta de Pedro, Jesus responder 'setenta vezes sete', indica infinidade de vezes! Tantas quantas forem preciso!

Resumo da ópera: exercer misericórdia com o nosso próximo é pré-requisito para receber o perdão de Deus. Ponto!

E é claro que não é fácil! Mas aí é onde recorremos a Deus! Entregando-LHE nossas mágoas verdadeiramente, sem reservas, além de reatar a relação que estava 'arranhada' vamos passando por um impressionante processo de cura. No final das contas é um processo que beneficia a todos. 

Como eu amo esse Jesus prático, ético, curativo, perfeito, que nos impulsiona na busca de soluções saudáveis que nos façam amadurecer em todos os sentidos e possamos (con)viver sem nos ofendermos, nos acusarmos, apontarmos o outro, para que, enfim, possamos viver em harmonia... Ainda que divergentes! E, quando acontecer de vacilarmos e voltarmos a ofender, e acusar, e apontar, e julgar... Recuarmos! Começando tudo de novo, num mesmo processo, pra vida toda...

O que eu observo, e me deixa mais apaixonada por esse Jesus maravilhoso, é que nas suas exigências nada tem de religioso, não tem nada a ver com performance, com exterioridades. Seu zelo, seu cuidado, seu amor infinito é em relação às doenças das nossas almas que nos viciam, nos oprimem e nos aprisionam, impedindo-nos de colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. 

Eita, Jesus!!! ;)

Comentário feito AQUI  <--- nbsp="">