"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

COEXISTIR...


'No essencial: unidade. no não essencial: liberdade. em todas as coisas: caridade'


Os cristãos fundamentalistas* que aprisionaram o Espírito de Deus entre as quatro paredes de sua religiosidade pretensiosa, ENLOUQUECEM com essa 'ideia'.

Eles, sim, são os escolhidinhos porque seguem  rigorosamente uma cartilha denominacional...

(E seguem?! tsc tsc tsc)

Alguns destes, certamente, irão se surpreender quando lá chegarem...



RF.


*Contraditório... Como assim, é de Cristo e é fundamentalista?!




Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco
a mim, me convém conduzi-las; 
elas ouvirão a minha voz. 

Palavras de Jesus!





quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Comentário de um anônimo





'Pelo visto a senhora nao prestou tanta atencao ao filme...a empregada que se refere como conselheira e irma de LUIZ GONZAGA...Como voce sempre enxerga o mal em tudo...esquece dos detalhes¹... em Sangrando e sendo curado.'

Comentário ainda não moderado porque eu ainda vou identificar o IP do(a) nobre anônimo(a).

Enquanto isso...
Anônimo(a), apresente-se! Atirar a pedra e se esconder é COVARDIA.
De qualquer forma, valeu pelo toque. De fato, eu não prestei atenção a (mais) esse detalhe². Ela é irmã dele?! Que legal! Pois não é que esse detalhe³ me passou batido?! Mas, quer saber? Faz muuuuuito tempo que eu relaxei e não tô dando muita bola pra detalhe (4). Ainda bem...

E neste caso específico não faz a menor diferença eu não ter enxergado este detalhe(5). Afinal, o foco está na importância da pessoa como conselheira. Se ela é irmã, tia, avó, Neymar, o papa ou a rainha da Inglaterra, o rótulo já passa a ser mero detalhe(6). E isso não significa ‘enxergar o mal em tudo’. Ou seja: não altera a ideia central da mensagem e da minha leitura pessoal do filme. Eis o precioso detalhe!(7) Entendeu? Ou quer que eu desenhe?

Como você sabe que eu enxergo o mal em tudo? Quem é você, mascarado(a)?

Escute a sua própria ‘voz’ e observe a sua frase:

‘...como você sempre enxerga o mal em tudo...’

Frase maldosa, tendenciosa, ditadora e sem nenhuma relação com o texto; considerando ainda que os termos ‘sempre’ e ‘tudo’ denotam extremismos que não condizem em nada com a mensagem do mesmo.

Seja pelo menos inteligente procurando analisar o texto, e não, a autora. E mostre a sua cara!

Você está enganado(a) eu não enxergo SEMPRE o mal em TUDO. Mas aprendi a enxergar o mal. Aprendi na porrada porque eu fui muito ingênua durante muito tempo na vida. Mas aí fui presenteada com tal discernimento... Inclusive, em alguns casos, este mal vem de forma anônima. E de fato, eu dou sim, alguns vacilos. Eu erro pra caramba, cometo meus enganos, mas sou corajosa para admitir, sou audaciosa para me mostrar e valente para dar a cara a bater. Já você, não pode dizer o mesmo. Não é?

Ah! E decida-se, finalmente, pelo pronome de tratamento a usar comigo. ‘Senhora’ ou ‘você’. Pra mim, tanto faz. Desde que não esteja ferindo nenhum código do Direito.

A propósito, vai uma dica: evite ofensa, injúria, calúnia e difamação, principalmente pública, pois mesmo sendo você anônimo(a) eu tenho como descobrir seu IP. Aí a gente pode até parar nos tribunais. Exagero?! Pode até ser, mas da mesma forma que não sou detalhista, uma pitada de drama também faz parte... E não que isso  não possa ser perfeitamente evitado. Basta se conter a inveja e/ou a raiva gratuita. Contendo esses dois sentimentos abomináveis, quem sabe, de repente, você se priva de suas opiniões pessoais fúteis e inverídicas e talvez até consiga enxergar o seu próprio telhado de vidro

A propósito, que mal lhe fiz? Se esse breve comentário acima, gritando mágoa nas entrelinhas, é fruto de um mal entendido resultante de algum veneno, estou aqui para conversar sobre qualquer assunto. E se eu tiver cometido alguma ofensa com a sua pessoa eu saberei me retratar e pedir perdão. E, finalmente, se for apenas antipatia pessoal, não posso fazer nada em relação a isso, apenas exigir respeito.

E, bora combinar, para quem critica aquele que só vê o mal, você não fica muito atrás, considerando que o texto fala justamente de CURA DA ALMA. Veja você a ironia. Não se ligou nesse detalhe(8) rss Bom! Vá se tratar e depois volte para ler sem levar para o lado pessoal. Ou então, faça o seguinte: Se você acha que eu vejo SEMPRE o mal em TUDO nem leia meu blog. E, detalhe (9): me esqueça.

Assim, sem querer ser extremista - mas já sendo!- não vejo outras alternativas pra você. Aprenda a fazer crítica com maturidade e imparcialidade ou esqueça que meu blog existe. Até porque, o blog é meu, eu posto o que me aprouver e modero o comentário que eu quiser.

Regina Farias.


Momento Pasquale.
Detalhe(10): no texto, após colocar reticências (...) dá-se um espaço e inicia-se com letra maiúscula.

- Ai, ai, quanto mais eu rezo... - Diria a Madre Superiora.



Arrogância denominacional



Captei a seguinte PÉROLA ali no Blog do meu amigo Ricardo:
Eliseu: Uma arvore só é considerada boa se suas raízes forem profundas e não cair ao longo dos anos.(...) Vou parar por aqui, porque Cristo disse; Não jogueis pérolas Santa aos……………..
Tchau JOSÉ !!!
José: árvore boa é a que dá bons frutos. Você poderá encontrar isto lendo a bíblia (Mateus 7:17,18). Se for ler, não se preocupe, não é esta letra que vai te matar. E você está perdoado de sua ignorância mesmo que não possa enxergá-la.






(Não sei bem porque, mas esse fragmento de ‘diálogo’ me lembra a parábola do fariseu e o publicano...)


Meu Deus! É impressionante como já vi esse filme!

Se alguém fala com autoridade sobre essa imposição denominacional que reina na mente de alguns ‘dirigentes’ reacionários, a atitude é SEMPRE sarcástica, arrogante, pretensiosa e indelicada.

Encerrar uma fala direcionada a uma determinada pessoa, rotulando-a veladamente de PORCO baseado num versículo isolado (bem típico… ) é, no mínimo, uma atitude infantilóide.

Os porcos constituíam o mais forte exemplo de sacrilégio para os judeus.
Os porcos ilustram TUDO o que era depravado, impuro e abominável;
Os porcos descrevem os que se dedicam a odiar a Deus.

Mas isso, estes que saem atirando nas pessoas… De repente, coitados, até nem sabem! Porque, para eles, esse conhecimento é proibido! ‘A letra mata’!

E então, com outras LETRAS inventadas pela própria cartilha, saem tentando MATAR todos os que reagem à sua cegueira religiosa. E não apenas matar mas, principalmente, condenar ao fogo do inferno.

Por outro lado, por mais que se cresça em números, fascinando os olhos dos que valorizam a quantidade, o certo é que essa INQUISIÇÃO INGLÓRIA COM BASE NA SANTA IGNORÂNCIA está cada vez mais enfraquecida. Justamente dentro destes mesmos números!!!

Esta estúpida Inquisição Denominacional já não faz mais nenhum sentido existir nos dias de hoje pois vivemos em época onde TODOS podem ter acesso à informação.

Como bem diz um comentarista mais ou menos assim: ‘depois de vários anos vim saber o que é Graça POR MEIO DA INTERNET’.

Ora, o Espírito de Deus é livre, soberano! Ele age como quer e onde quer. Não existe NENHUMA força denominacional que o retenha pra si!!!

Ainda assim, é triste...

É TRISTE (e irônico) ver como existem pessoas fundamentalistas usando o nome de Jesus, colocando palavras em Sua boca! É lamentável ver pessoas que se dizem ‘escolhidas’ e que se arrogam à exaustão em suas defesas doutrinárias, afastando-se cada vez mais da única coisa que realmente importará ‘naquele dia’…

‘Naquele dia não se perguntará quais eram as suas doutrinas, nem como era a sua forma de batismo, nem qual era a sua religião, nem quantos trabalhos cristãos você fez, nem se perguntará pela sua estatística de ‘quantos você converteu para Deus na Terra’. Perguntar-se-á se você viu Jesus por aí, com fome, maltratado, com sede, preso, doente, lá no ‘brejo da Cruz’. E as pessoas vão dizer. ‘Senhor, nós nunca te vimos assim’! E Ele vai dizer: ‘Sempre que vocês deixarem de atender a um ser humano nesse estado de degradação, de prisão, de dominação, de infelicidade, de angústia e de miséria, vocês deixarão de atender a mim’. É uma pena que Mateus 25 não seja levado a sério por nós. Não se esqueçam: é com base no amor ao próximo que se estabelecerá o critério ômega do juízo’. (Caio Fábio)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Correr atrás do vento





"Então, vi que TODO trabalho e TODA destreza em obras
provêm da INVEJA do homem CONTRA O SEU PRÓXIMO.
Também isto é vaidade e correr atrás do vento".

Este versículo acima (caps meus) faz parte do capítulo quatro do livro de Eclesiastes, onde o sábio, por meio de suas próprias experiências (então, vi...) enfoca o valor do trabalho em equipe, da cooperação, do companheirismo, da amizade, da comunhão com os outros.

Ressaltando que o objetivo egoísta de 'se dar bem', ter fama, popularidade e trabalhar muito apenas para obter mais do que os outros é um impulso fútil e que não tem nenhum valor em si. "Nem mesmo o prestígio proporcionará felicidade e contentamentos duradouros".
.........

O breve comentário acima, eu fiz há dois dias no Blog do Irlandês. Fala da INVEJA, esse descontentamento com o que se tem, numa sociedade cada vez mais consumista que estimula a pessoa a uma "escalada contínua em busca de algo melhor, mais fácil e mais opulento".

Aí, numa espécie de sequência, lá estava eu ontem lendo uma ‘Quem’ na sala de recepção do dentista de minha sobrinha. É somente quando eu leio esse tipo de revista. (Abafa rss). Mas, casualmente, e provando que se tira coisa boa de (quase) tudo,  abri numa matéria que falava sobre a busca frenética pela fama em detrimento de outros valores. Automaticamente, associei ao texto do blog. É impressionante como isso sempre me acontece. Como se a atestar um raciocínio anterior...

A reportagem era com a estonteante Ana Paulo Arósio, mesmo com alguns quilinhos a mais e os cabelos esvoaçantes. Modelo e atriz que dominou altas campanhas publicitárias, foi capa de revista constantemente e ainda participou de ‘Forever’ (1991 - Walter Hugo Khouri), marcando sua estreia no cinema. Abandonando a carreira justamente quando escalada para protagonizar a personagem Marina em Insensato Coração (2011), foi acusada por Gilberto Braga de ter atitude anti-profissional. Ora, ela tinha suas razões pessoais e não cederia a imposições globais que seduzem e induzem à obediência cega.

Eu já gostava dela, mas tornei-me sua fã ao ler suas considerações. Palavras sábias de uma linda mulher centrada, serena e firme nas colocações. Discorrendo sobre esse lance do artista ter o glamour como obrigação, identifiquei-me imediatamente com o que ia lendo. Ela falando dessa paranoia de você ter que estar sempre bem, sempre cuidando obsessivamente da aparência, sem muito espaço para a vida emocional.  E arremata: ‘não é apenas em função do dinheiro e da fama que a gente tem que viver’.

Há uma linha tênue que separa a ambição saudável da competição invejosa. E, para isso, o meio artístico é campo fértil. Ora, como alude a mesma edição da citada revista, o artista é flagrado em cenas da vida real na praia com familiares, correndo na orla vestido com a camisa do seu time preferido, descalço no shopping porque o sapato apertou, caminhando nas ruas com o filho vestido de super herói de sua preferência ou fazendo caminhada com o(a) parceiro(a) nem um pouco conhecido, como qualquer mortal.

São (ou deveriam ser) pessoas normais com comportamento normal. Entretanto, o que se percebe é que há sempre uma resposta a uma cobrança de um público (não menos neurótico) que exige uma postura ‘diferente’ por parte do seu ídolo. O ídolo, por sua vez, se apavona com essa cobrança, sobe no salto e começa a se enxergar acima do bem e do mal. Veja, por exemplo, a atitude arrogante da Rita Lee em show que lhe rendeu um senhor processo...

O artista precisa estar sempre lúcido, não ceder aos deslumbres para não sair do foco. Afinal, antes de tudo, ele abraçou uma profissão cujos ‘ossos do ofício’ exigem constante concentração. Ele não pode se permitir viajar na maionese achando que sua vida é só palco e mídia, deixando que os holofotes o ceguem e incham o ego, confundindo os reais valores da existência. Não é fácil, mas apenas em constante vigilância nesse sentido, ele evita cair na cilada da mera competição invejosa que garante sua popularidade. E não é que popularidade seja ruim. Ruim é fazer disso o objetivo principal, pois que facilmente se esvai e logo se é esquecido. Não é à toa que, há séculos, já dizia o sábio que ‘isso é correr atrás do vento’.

RF.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sangrando e sendo curado...

Eterno Gonzaguinha...

Quando eu soltar a minha voz,  por favor  entenda, que palavra por palavra, eis aqui uma pessoa se entregando...

Caramba! Para mim, esse fragmento de poesia - tristonha mas curativa - reflete exatamente o que aconteceu. Foi assim que eu visualizei a chegada de Gonzaguinha naquele ambiente que seria permeado de flashbacks. Numa regressão terapêutica, ele simplesmente se entrega àquela busca por respostas a uma enorme inquietude interior.

Tudo começa quando, impulsionado pela madrasta,  o esperançoso filho vai ao encontro do pai para poder se encontrar. Ele ainda não sabia disso pois seu coração estava cheio de amargura. Porém, à medida em que conversavam, diferenças amenizadas, arestas aparadas... A amargura se esvaía. E eles nem atinavam para isso! E, quanto mais barreiras iam sendo naturalmente rompidas, maior leveza se instalava. E os laços se reintegrando... E os reais valores aflorando... E o menino foi ficando em paz. Analogamente, talvez ele nem soubesse que essa era a ideia: ir em busca do pai e aquietar o coração. Porque essa sempre foi e sempre será a grande sacada da vida.

Gonzaguinha... Olhar perdido, entristecido, introspectivo. Sem mãe, sem pai, sem família, sem infância, sem referências. Entregue a amigos do pai enquanto o pai perseguia um estranho sonho.

Gonzagão. Este era o seu pai. Famoso. Reverenciado. Adorado pelo povo. Este homem obstinado que atravessou as fronteiras dos corações dos quatro cantos do Brasil, mas não abriu o próprio coração nem tampouco alcançou o coração que importava alcançar. O do filho.

Este era o pai de Gonzaguinha que seria desde sempre, o centro de suas crises existenciais. A mãe, não. Era caso resolvido. Já estava ausente. Já havia ido embora para sempre. Fica apenas a triste saudade. Sua grande frustração era a certeza de um pai omisso e egoísta tão presente e tão distante. Este pai, que ainda adolescente,  persegue sua meta esquecendo-se dos valores principais, obcecado em provar que não era um ‘sem eira nem beira’.

E, assim, enquanto se desenrola a história da vida do pai, se revela na alma do filho a ânsia de todo ser humano: sarar as feridas, remir as dores, reatar os laços, resgatar a vida. E isso só se consegue quando se está decidido, pois que  é efetuado o querer em nosso coração.

E isso foi o que quis o poeta. Ele sai de um falso habitat e segue rumo às suas raízes. Enfrenta a capa de superioridade de um pai envolto no glamour e consegue conduzi-lo ao foco de sua perseguição, trazendo à tona sua emoção mais escondida. É quando tudo acontece. É quando cai a ficha. É quando ambos se curam de suas feridas mais doridas. O pai que reconhece, se humilha e, simplesmente, pede perdão. Eis o clímax! Momento denso. Desconcertante. (A forte impressão que me causa é que a plateia em cheio para de respirar no exato momento, em perfeita sintonia de orquestração, ao mesmo tempo gritante e silenciosa).

Há, ainda, a preciosa figura da conselheira que, muito mais do que uma simples doméstica, desempenha com maestria o papel de sábia conciliadora. De um lado, trata de acalmar o coração do filho, revoltado com um pai meramente provedor;  de outro lado, sacode o pai artista/sonhador chamando-o a razão para o que há de mais precioso na vida.

Aliás, são duas as mulheres marcantes nesse reencontro. A primeira - lá do início - faz papel de intermediadora como querendo se redimir. Ela diz: seu pai precisa de você – mesmo sem nunca ter percebido o quanto ele precisou do pai e sem sequer imaginar que assim estaria unindo a ambos.

Tudo é um processo. Impressiona o desenrolar dos conflitos interiores do filho que culmina com o pedido de perdão por parte do pai desconfiado, omisso e egoísta. Não há segredo nem mágica. Há disposição, entrega, desarmamento total. O perdão e o amor fecham a questão.

Há o filho que insiste em procurar o pai, ainda que todo desmontado, ferido, mas em busca de respostas. E por amor, unicamente. O pai, por sua vez, após um longo período de teimosas racionalizações para o glamour em que vive, finalmente cai em si e, reconhecendo as tremendas vaciladas, diz: filho, me perdoa. Pronto, ali toda a dor se neutraliza. Porque há CURA.

Filme de fotografia impecável, a irônica reflexão fica por conta do final, onde um singelo juazeiro dá sombra aos dois que se reconciliam em frente à casa abandonada do poderoso coronel que provocara o pai de Gonzaguinha a sair mundo afora. Para ‘provar’ o que era vão...

RF.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

É disso que eu falo...




Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso da mala pesada de uma mão para a outra. 

E para os vacilantes e de joelhos fracos, que sabem que não se bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça admirável. 

E para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive caindo para fora da empada. 

E para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com falhas hereditárias e talentos limitados. 


E para os vasos de barro que arrastam pés de argila. 


E para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é um grave desapontamento para Deus. 


E para gente inteligente que sabe que é estúpida.


E para discípulos honestos que admitem que são canalhas. 


O evangelho maltrapilho é um livro que escrevi para mim mesmo e para quem quer que tenha ficado cansado e desencorajado ao longo do Caminho. 



(BRENNAN MANNING em 'Evangelho Maltrapilho')

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sujo e mal lavado




O marido chega em casa às pressas pois está um tanto atrasado para assistir o noticiário de sua preferência. Acomoda-se no sofá e grita:
- mulheeerrr, cadê a TV??
A mulher entra na sala esbaforida mas muito segura de si:
- ah, marido, levei hoje cedinho pra vender porque o irmão disse hoje lá na igreja que quem não desse o dízimo até amanhã não seria salvo.

Parece piada. Antes fosse...
Mas é a mais pura e cada vez mais corriqueira realidade. Isso é crime e tem nome: coação. E o tom velado de ameaça de quem diz dá quem pode? E, claro, com o cuidado em mudar para o nome de 'oferta', pois como sugere a expressão, se está ofertando, ninguém está obrigando.

Me chama à atenção essa piada porque quem a conta vive numa terrível prisão religiosa que pratica outros tipos de coação. 

É a história do 'sujo falando do mal lavado'. Gente que critica o fiel que vende a TV para pagar dízimo com risco de não ser salvo é a mesma gente que sofre pressão psicológica terrível para se batizar até tal dia sob pena de não ser salvo. Gente que usa todo tipo de roupa e linguagem circulando por aí no seu dia-a-dia, mas quando bota o pé dentro do suposto lugar santo, estão mudadas as indumentárias e o modo de portar-se.

Tem um monte de designação para o que as denominações por aí fazem para conseguir dinheiro e fiéis, que são verdadeiros casos de polícia. Para não citar várias designações com risco de repetição e redundância, vou sintetizar em uma só que, a meu ver, abrange tudo:

Pressão psicológica - Coloca a alma da pessoa em uma prisão invisível. Sua principal armadilha consiste em ludibriar o raciocínio, onde a driblada lucidez é substituída pelo auto-engano; assim, a vítima, eternamente angustiada, passa a experimentar situações constantes de estresse vivendo em distorcido mundo paralelo criado para sabotar sua própria consciência. 

E tem uma sequência que eu chamo de círculo vicioso, pois tal opressão que vai se instalando, ao mesmo tempo é aliviada na medida em que a pessoa se dirige ao local em que toma um pseudo-banho espiritual que lhe diz 'Deus está aqui'. E, quando ela volta pra casa, reinicia-se todo aquele processo instalado anteriormente que a prende cada vez mais em um emaranhado de normas, regras, proibições e obrigações. É um  'TENHO QUE' para todos os movimentos, até ao próprio respirar. Daí, segue-se outra fase: a do fingimento. Sim, pois não dá pra suportar tanta carga, então fingir é a válvula de escape. É quando as máscaras caem bem. Mas caem na face. E grudam. Estabelece-se então no indivíduo uma ingenuidade (tolice) que o encaminha às cegas a uma patologia que os dirigentes chamam de conversão.

E o mais absurdo de tudo é quando, nessas denominações em nome de Jesus, impera a meninice espiritual que beira a pretensão. É quando o pregador diz que a salvação só é encontrada naquele espaço físico. Ponto máximo da alucinação provocado pelo ópio do denominacionalismo. Mira fácil: o cabisbaixo, fragilizado, sugestionado. Inicia-se o processo da doutrinação que seria hilária se não estivesse em jogo a saúde psicológica do indivíduo...

Fica no ar pesado algo indizível porém perfeitamente claro: de um lado o autoritarismo do opressor travestido de bondoso intermediário de Deus; de outro, o constrangimento do dizimista/ofertante psicológico que, vendo-se nu e miserável, acaba cedendo e comprando uma fórmula repleta de efeitos colaterais e reações adversas que vai transformá-lo em um ser estereotipado, mais doente do que antes. Mas com aparência de feliz e realizado vez que no baú do seu kit espiritual estão todas as máscaras necessárias. Conforme a situação.





terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cristianismo pagão


Igreja: fábrica de robôs.



Que cristãos na era apostólica erigiram casas especiais de culto, isso está fora de cogitação... 

O Salvador do mundo nasceu em um estábulo e subiu aos céus desde um monte. 

Seus Apóstolos e sucessores até o século III pregaram nas ruas, mercados, montes, barcos, sepulcros, cavernas, desertos e nas casas dos seus convertidos. 

Contudo, milhares de igrejas e capelas caras foram e continuam sendo construídas em todo mundo para honrar o Redentor crucificado que nos dias de sua humilhação não possuiu nenhum lugar onde repousar a cabeça! (Philip Schaff)


Do livro 'Cristianismo Pagão' de Frank A. Viola)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Jesus era feio?! COMO ASSIM?!




O comentário abaixo é apenas um entre os mais de trezentos recheados de sandices dos 'crentes' cheios de ira contra a Sandy Gospel. 
Tudo bem que Jesus estava mais para os moldes muçulmanos, como exibiu há algum tempo o History Channel, mas chamá-lo de feio é, no mínimo, forte demonstração de preconceito de raça e de etnia.


Ricardo Amaral disse:
7 de novembro de 2012 às 1815
Jesus era FEIO!
“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.”(Isaías 53:2)
Enquanto pessoas ignorantes derem valor a aparência e não a mensagem, milhares estarão louvando com LÚCIFER e pensando q estão louvando ao SENHOR!
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;”
1 Timóteo 4:1-2
É UMA VERGONHA para todo aquele se considera evangélico quando uma figura publica diz uma asneira como essa. Humilha não apenas nós mas também o evangelho e o nome do Senhor!
Com Deus não se brinca. Está na mão de Deus agora e ela vai dar conta.

  • Regina Farias disse:
    O seu comentário está aguardando moderação.
    Pronto, estava demorando! Apologia à feiúra e ao excesso de tecido adiposo. Além de um monte de robozinhos, todos monstrengos, ogros e ‘ogras’ rsss
    Religião fundamentalista tem dessas pérolas!
    Que asneira é essa?! Dizer que Jesus era feio com base em um versículo fora de contexto?! Ali o profeta está narrando o quadro dramático em que antecedia o sofrimento vicário de Jesus.
    Ele não tinha a beleza nórdica que o catolicismo pinta, mas dizer que ele era feio, usando este versículo como base, incorre no mesmo erro, pois NA VERDADE Jesus fora desfigurado pelo sofrimento. Daí a narrativa!!!
    E mais: Quem disse que Deus não gosta do belo? Ele preparou um jardim LINDO E MARAVILHOSO para o homem. O homem foi quem tratou de torná-lo feio. E tornar-se feio, consequentemente!!!
    UMA VERGONHA é usar versículos soltos para dizer que Deus disse isso ou aquilo, e, principalmente, em nome de Deus, ameaçar/intimidar as pessoas.
    Quanta pretensão no mesmo espaço!
    Vamos todos aproveitar o gancho e todo mundo – pastor e ovelhas – caminhar e modificar urgente o tipo (E A QUANTIDADE) da alimentação que é o melhor que se faz! DIETA JÁ!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vida com Deus

(Imagem de autoria do Zé Luís Jr*)


Tenho aprendido a cada dia que vida com Deus não tem ABSOLUTAMENTE NADA a ver com religiosidade, cerimonialismo ou (menos ainda!) fanatismo. E sim, com a busca de uma vida prática saudável em todos os sentidos, onde se procura viver as relações de forma ponderada. Para isso, o primeiro passo  é nos desarmarmos e acalmar o coração, ironicamente, o nosso maior inimigo nessa busca. Pois o ministério que Jesus nos confiou (a todos, indiscriminadamente) foi o da RECONCILIAÇÃO. Com Ele, com nós mesmos e, consequentemente, com os outros. Essa é a ideia! Tão desconcertante de tão simples - diria o pregador...

Não temos nenhuma obrigação de adotar clichês como postura de verdadeiro cristão ou usar certos chavões religiosos para ganhar o céu. O que vale é se há a intenção prática no nosso coração ou se estamos participando de uma farsa coletiva para bajulação/negociação divina. Jesus dispensa rispidamente os bajuladores e clama por mais 'samaritanos' que não supervalorizam as leis, regras, normas e apenas têm o gesto simples, eficaz e necessário, no momento necessário e pronto. O resto é invenção do homem religioso. No dia em que cair a ficha do religioso de carteirinha, ele vai entender o quanto seu enorme esforço por ser/parecer bonzinho e certinho é vão e patético.

Se observarmos com cuidado, veremos que em suas cartas, Paulo fala de vida prática cristã. Gosto de bater nessa tecla, porque muitos veem Paulo como mais um religioso fariseu, seguindo essa falsa visão de seus escritos. Entretanto, na sua missão apostólica, sua ênfase sempre foi de apresentar instruções para uma vida cristã SINCERA no cotidiano, e não para uma vida religiosa, dentro dos moldes do líder da igreja. Inclusive, isso de pegar umas falas do apóstolo, para, a partir delas, montar uma igreja/doutrina supostamente do agrado de Jesus é, na realidade, atitude de natureza paganista.

Não perdemos nossa individualidade quando 'nos filiamos' a determinada instituição religiosa. Deus não é um tirano religioso. Aliás, foi Ele mesmo que nos concedeu essa individualidade preciosa! Adestramento é para animais, que não têm raciocínio, consciência, lucidez, senso crítico. Prerrogativas estas, que são presente de Deus a cada um, pessoalmente! E não, coletivamente, para um dirigente reacionário comandar. Senão, qual o sentido desse 'presente'? Portanto, façamos o uso CORRETO do que nos foi dado de GRAÇA.

Líderes extremamente respeitados também podem nos decepcionar. É por isso que Deus não considera posições e tipos de atuação (Rm 2.11) Uma coisa é o respeito pelo ofício, outra coisa é a fidelidade somente a Cristo. Ninguém espere de mim, reverenciar a quem quer comandar minha vida pessoal.
RF


LEITURA COMPLEMENTAR:

Todo fundamentalista é pagão, porque é confinador de quem é inconfinável, que é Deus. O fundamentalismo pratica a mais estúpida tentativa que o ser humano pode fazer sobre o Criador, que é tentar domesticar Deus. Ou, então, querer dizer até onde Deus vai, o que Deus pode e o que não pode fazer, ou a quem deve ouvir. O fundamentalismo entende que Deus está a serviço da religião, e isso é paganismo cego, inverte a ordem universal, na qual todas as coisas existem para Deus e em Deus. E Deus é aquele que tem a absoluta liberdade de ser, sem jamais explicar porque Ele resolveu ser o que Ele é.
Esses grupos todos que falam de maneira obcecada e fanatizada sobre fé, em geral, são os mais inseguros e os mais resistentes, porque não têm capacidade de aceitar qualquer encontro com qualquer coisa que eles não acreditam, sob pena de que isso sacuda e enfraqueça os fundamentos, sobre os quais não admitem que se façam perguntas. A maior luta de Jesus foi contra os fundamentalistas. Foi o fundamentalismo que matou Jesus. O fundamentalismo que não aceita que o milagre seja feito no dia de sábado, que diz que Jesus não pode tocar nas coisas que ele toca, comer a comida que come, conviver com as pessoas com quem convive. (Caio Fábio)


domingo, 4 de novembro de 2012

ORAI SEM CESSAR





Quando o Evangelho vai se estabelecendo verdadeiramente em nosso ser, passamos a orar bem menos essa oração determinada pelo denominacionismo, e, paradoxalmente, procurando sempre orar sem cessar. Pois, à medida que vamos nos despindo da religiosidade imposta que nos cega e nos robotiza coletivamente, a ficha vai caindo e vamos enxergando a simplicidade e a eficácia do Evangelho em nossa vida prática. É quando começamos a aprender que não é para ficarmos o dia inteiro repetindo petições/barganhas/súplicas direcionadas a Deus, mas tão somente compreender que orar sem cessar (1Ts 5.17) nada mais é do que adotar um estilo de vida que reflete a nossa relação pessoal com Deus. E, consequentemente, com o próximo, que nada tem a ver com o irmão da mesma igreja, e sim, com o nosso semelhante, que está acima de todas as regras religiosas, como diz Jesus, claramente, ao legalista religioso, na parábola do samaritano.

No 'orar sem cessar' está estabelecida uma conversa CONSTANTE com Deus.
E isso não é mágica nem tampouco paranoia, fanatismo, obsessão... Pelo contrário! Isso é lucidez. Tenho aprendido que somente quando desistimos da religiosidade imposta, passamos a entender que isso sim, é estar pertinho de Deus. Mais que pertinho. Ligado. Conectado.

Nesse processo que é constante, sem fim, interminável, pela renovação da nossa mente, sendo transformados de glória em glória, não sentimos saudade do tempo de nossa meninice espiritual; seguimos em frente, deixando pra trás o que já não nos serve, desistindo das coisas de menino, esquecendo das coisas que para trás ficam, como diria Paulo em suas cartas.

Na verdadeira comunhão, há uma conexão sem fim, uma adoração reverente na nossa vida prática, nas nossas ações. É um 'estar' contínuo, independente de lugares físicos e sem que seja necessário nenhum ato ou palavra pré-estabelecida pela cartilha denominacional; não se trata de nenhuma obrigação ou momento programado como diz a música de Gil 'Se eu quiser falar com Deus "TENHO QUE'... Ora, não tenho QUE nada! É só falar com Deus e pronto. A alma é que tem que estar prostrada 24 horas por dia! Quem tem genuína intimidade com Deus tem comunhão ininterrupta, e O LOUVA de forma espontânea e sincera, sem as amarras da religião. E O LOUVA, não (apenas) com oração feita e cântico programado, mas no cotidiano, na prática, nas escolhas, no modo de ser, e pensar, e agir. É isso que honra a Deus e é disso que falo...

Por outro lado, há aquele momento, geralmente nas madrugadas, que Ele próprio nos acorda com alguém em mente, para orarmos por esse alguém. O mesmo Espírito Santo que ora por cada um de nós com gemidos inexprimíveis, nos acorda no meio da noite pra orarmos por alguém... E ainda nomeia a pessoa! Ele, o Espírito de Deus, especifica, claramente para qual pessoa devemos orar. Depois é que a gente vai saber quem e o porquê. E muitas vezes nem sabe, apenas cumpre. 'Mixxxxxxtério', como diz, brincando, um colega blogueiro. Mas é mesmo algo inexplicável! E assim é nosso Deus conosco. Apenas nos acalma o coração quando não entendemos algo. Pois, de fato, só entendemos 'em parte'...

Não deixemos nossos encontros sinceros de oração, mas não façamos da oração um simples hábito. Façamos, sim, dos nossos hábitos, uma oração.


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mãos ao alto, você está preso!


Um dia, andava normalmente em meu Caminho da vida, tranquilo, franco, sereno e galgando pouco a pouco os degraus que todos precisamos acessar para se achegar à Deus.

Sentia-me um pouco como Adão antes da queda. Cada dia era uma descoberta. Sons, odores, luzes... Tudo novo e pleno. Enquanto caminhava ouvia a voz de Deus que me admoestava, me guiava, me amava!

Era uma revelação linda e única. Éramos mais que amigos nos conhecendo, mais ainda que pai e filho. Tudo transcendia completamente das revelações simples e superficiais que mantemos aqui. A palavra que melhor define isso e que me vem à mente é: ‘surreal’!

Até que um dia, como Adão também fez, fui buscar uma ‘trilha’, ou ‘atalho’ no meio do Caminho que andava. Curioso como criança, fui atrás das trilhas que vira, envolvendo-me por lugares aparentemente diferentes, onde o cenário parecia menos vívido, opaco e um tanto morto também.

Até que uma figura como que humana, me aguardava numa esquina escura. Fingi que não o vi, afinal papai ensinou a não falar com estranhos. E esta figura agia mesmo com estranheza. Saltou em minha frente como num filme de Bruce Lee com algo nas mãos gritando: “Mãos ao alto!”

‘Um ladrão’, imaginei! Mas curiosamente, essa figura de gente, notadamente homem, não se vestia como bandido. Cabelo baixo, bem penteado para o lado e com gel, sem brilho molhado para não ficar ‘cheguei’!
Terno bem cortado num tom sóbrio entre o cinza e o chumbo. Barba feita, mas com bigodes, gravata de seda, sapato modelo italiano. Na verdade ele estava muito bem vestido.

Depois do choque inicial, notei que no lugar da ameaçadora arma em riste, existia na verdade um livro negro, com capa de couro legítimo, laterais em dourado, num tamanho suficientemente notável.

Disse-me a figura:
-Já mandei por as mãos pro alto!
-Por quê? Não fiz nada, nem tenho nada aqui comigo, senão meu Deus que levo no coração!
-Deus? Impossível!
-Por quê?
-Porque Deus anda com grandes homens... Líderes de povos, cabeças de grandes grupos, notáveis, vultosos!
-O senhor é?...
-Um pastor... E você está preso!
Tratou logo de por um par de algemas em meus pulsos e catequizar meu relacionamento com Deus. Disse que seria o melhor pra mim e que um dia, quem sabe até poderia agir como ele.

Nunca foi o que eu quis.
Queria orar pedindo ao meu Deus que me livrasse, mas minha oração teria que esperar, primeiro teria uma leitura devocional, depois ofertas, logo em seguida o balé com uma coreografia linda, a banda de música, o teatro e então veio o sermão com voz alta e imperativa.

Minhas algemas me apertavam até que alguém disse;
‘Agora curve sua cabeça numa breve oração silenciosa e logo após, abrace seu amigo do lado.

Mal curvei minha fronte e alguém com sorriso de comercial de crema dental abraçou-me forte... Nem orar podia!

Que pena, terei que esperar a próxima reunião, só assim poderei pedir...
LIBERDADE!

(Wendel Bernardes)


W.

Já vi esse filme sinistro (trash meio horror, meio comedia barata)

Também fui assaltada mas recuperei meus bens rssss

Com todo respeito e admiração pela análise tragicamente perfeita, eu só faria uma mudança na sequencia abaixo:

"...primeiro teria uma leitura devocional, depois ofertas, logo em seguida o balé com uma coreografia linda, a banda de música, o teatro e então veio o sermão com voz alta e imperativa".

Começaria assim:

Primeiro teria um teatro...

R.