"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Bíblia é livro para criança!



"Porei inimizade entre ti e a mulher, 
entre a tua descendência e o seu descendente. 
Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar... 
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; 
o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: 
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz... 
E isto vos servirá de sinal: 
encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura... 
disse (Jesus): Em verdade vos digo que, 
se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, 
de modo algum entrareis no reino dos céus." 
(Gn 3.15; Is 9.6; Lc 2.12; Mt 18.3)



Criança! Está no centro da Bíblia! 

No jardim a Trindade nos prometeu a Criança! 



O antigo testamento conta como Deus formou e conduziu um povo que a Criança, nascendo de mulher, pelo poder do Altíssimo, fosse trazida para a história, a fim de abençoar a humanidade. 

O novo testamento conta como a Trindade formou e conduz o povo que leva a Criança a toda a humanidade para abençoar a nossa história, fazendo-a terminar em salvação.

E a Criança, que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens, portanto, sem perder a "criancitude", disse que quem quiser viver sob o reinado dos céus tem de se tornar criança. 

Criança é a fase do ser humano onde o Pai é tudo, sabe de tudo, e pode tudo!

Criança confia no Pai, e não tem medo da vida, porque o Pai pode tudo! 

Criança usa a sabedoria do Pai, e não tem medo do desconhecido, porque o Pai sabe tudo, de tudo! 

Criança usa o discernimento do Pai, e sempre sabe o que é certo e o que é errado, porque o Pai discerne tudo!

Criança desfruta do sustento do Pai, e não tem medo do infortúnio, porque o Pai tem tudo.

Criança ama o Pai com tudo! 

Criança obedece o Pai em tudo!

Criança depende do Pai em tudo e para tudo! 

Criança descansa no Pai! 

Criança, nos braços do Pai, está salva; é segura; se gosta, porque se sente amada; e é feliz!

O Deus Filho se fez criança para que todo o ser humano criança se deixe fazer.

O FIlho se fez criança para nos mostrar o Pai! O Pai que é tudo e, tudo, a nós, em nós, e, para nós, quer, e graças ao Filho, o pode ser.

A Igreja é a parte da humanidade que, por meio do Filho, foi adotada pelo Pai, e habitada pelo Espírito; recuperando, assim, a "criancitude". 

A Igreja é a parte da humanidade que sabe, que ser adulto é ser criança que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens.

A Igreja proclama: O Pai nos mandou o Filho, o Filho nos leva de novo ao Pai e o Espírito nos faz nascer de novo, e faz, de nós, filhos, nos faz crianças de novo, crianças como todo ser humano deveria ser. 

A Igreja convida: vem ser criança com a gente! 

A Bíblia é o livro, cujo centro é a Criança! A Bíblia é o livro da Criança, para que crianças voltemos a ser... E para sempre. A Bíblia é livro para criança!


Por Ariovaldo Ramos 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Denominacional de carteirinha



Imagem cedida pelo Zé Luís


Sabemos que muitos frequentam uma igreja pela tradição familiar para ter uma 'garantia espiritual'. É a história da confiança no 'templo do Senhor'. Outros passam a frequentar pelas circunstâncias, mas  desenvolvendo a mesma ilusão (para não dizer doutrina) da confiança no templo, na denominação, no deus-denominação e no líder representante de Deus.

Vemos exemplos de pessoas de uma mesma família se convertendo ao mesmo tempo a uma determinada denominação, geralmente quando estão vivenciando na pele um grande drama familiar. Uma coisa a se pensar é que a curiosidade do fato fica por conta de que os familiares que estão fora do contexto desse drama, fora dessa fragilidade emocional, quase nunca são influenciados. 

Comigo aconteceu de ser influenciada apenas parcialmente; desde muito jovem cheguei a ser metralhada de todas as formas com o velho proselitismo que perdurou durante anos e anos martelando na minha cabeça. E, apesar do terrorismo velado, meu senso crítico sempre falava mais alto do que a pesada carga de medo e culpa impregnada nas profetadas que, eventualmente, eu ouvia. Eu creio que o que mantinha certo equilíbrio era meu senso de questionamento desde garota, meu temperamento irreverente e 'do contra'; ainda que de maneira bem intimista, debatendo com os meus próprios botões. Sim, pois eu sempre me perguntava, aflita, debaixo dos meus lençóis, que Deus era aquele que me angustiava me oprimindo o peito e me adoecendo a alma em vez de me fazer bem.

Quando me converti AO EVANGELHO - há dez anos e totalmente FORA de qualquer muro religioso -  ENCANTEI-ME com os inúmeros ministérios da IECB e logo me filiei a ela, no afã e na imensa alegria da ocasião em trabalhar nos tais 'ministérios'. Com a continuidade, fui amadurecendo na fé e substituindo minha empolgação inicial pelo meu acirrado senso crítico que me fez esfriar em relação a essa coisa de ministério. Passei a enxergar melhor o que se passa nos bastidores do evangelismo programado e não concordei com o que vi. Não tem nada a ver com desilusão ou desânimo. Sou adulta e conheço a natureza humana. Eu não quero é fazer parte de algo que não condiz com meus valores.

Vejo muitos dizerem que devemos estar filiados, de carteirinha e tudo, que quem se furta a isso é porque não quer ter responsabilidades na igreja e blá blá blá. Eu, particularmente, não concordo com isso. Sou responsável para com o próximo, e não para com 'o próximo' determinado pela organização igrejista. Da mesma forma que vejo pessoas trabalhando nos ministérios para agradar, bajular, se projetar, ter algum benefício próprio, deixando pra depois o 'zelo' pelo próximo. Como também me enoja o apavonamento dos líderes que se alimentam desse comportamento fiel de seus súditos.

É uma pena que muitos engessados religiosos acreditam que se alguém se pronuncia em sentido oposto ao da maioria, não está 'agindo com amor'. Está sendo agitador, perseguidor, rebelde, e mais um monte de adjetivações convenientes. Na verdade, essa 'maioria', foi induzida a falar assim sem questionar. Essa é a parte mais triste, pois fomos adestrados a abaixar a cabeça e nos submetermos às doutrinas estabelecidas desde que o mundo é mundo.

Todos nós herdamos, fortemente, da cultura católica, no sentido de recebermos o prêmio celestial se seguirmos fielmente determinadas normas. Isso se disseminou de formas diferentes, mas idênticas na sua essência.

O tempo passou, as ramificações denominacionais surgiram inevitavelmente, e o homem continuou fazendo vista grossa ao que Jesus alertou acerca dos perigos das tradições, posto que são invenções dos seres humanos. Pois, quando essas tradições entram em choque com as Escrituras, em geral, a primeira reação é preservar o que foi criado pelo homem.

Sabemos que um calendário litúrgico varia de denominação para denominação. Sabemos que esse calendário representa a sequência de tradições empregadas pela Igreja Primitiva, como um meio de relacionar nossa fé em Deus à nossa vida e atividades diárias. Ok, tudo bem. Entretanto, a questão não é a tradição em si. Jesus observou os ritos judaicos. A questão está sempre em torno dos vícios (hábitos, costumes) gerados e transmitidos por essa tradição, INVALIDANDO a Palavra de Deus. Esse é o ponto.

Tenho acompanhado bem de pertinho a vida fundamentalista de alguns religiosos que eu tanto amo. Assisto- os viverem na própria pele as consequências de doutrinas que vão contra o Evangelho. Entretanto, eles não têm força nem coragem para se pronunciar e, muito menos, migrar para outra denominação. Sei lá, sair daquela prisão, daquela opressão, dar o grito de liberdade, ser feliz de verdade. A forte impressão que me causa é que reina uma crença maluca sobre salvação eterna estar ligada a uma Nova Jerusalém aqui na terra.

Por outro lado, tenho observado, por meio da internet, que as novas gerações estão se pronunciando e, mesmo dentro das quatro paredes da igreja, estão colocando a boca no trombone e deixando claro que não aceitam mais o pacote doutrinário que enfiaram goela abaixo durante décadas. Nos meus comentários acerca disso em blogs de amigos eu sempre digo que, a princípio eu estranho um pouco, mas, no final admiro quem quer permanecer nela, confiante na correção desses erros.

É como falei exatamente dias atrás em conversa por e-mail com um líder dessa denominação cristã:

'Por tudo isso, eu admiro pessoas como vocês. Porque ficaram no meio do furacão e não se neurotizaram. Mantendo a lucidez e o bom senso. E melhor! Botando a boca no trombone pra arrumar a casa, ainda que se expondo e dando a cara a tapa. Vocês sim, é que são corajosos, uns valentes diante de Deus.  Não tenho a menor dúvida de que tamanha autoridade vem do Senhor Jesus. Glórias, pois a Deus, eternamente'!

RF

TEXTOS RELACIONADOS:



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Contendas





A repetição mecânica da oralidade como em telefone sem fio é algo que tem conduzido o religioso ao ATREVIMENTO de manipular a Palavra de Deus, colocando palavras em Sua boca! E, mais grave ainda: usando sua própria boca e afirmando que é Deus quem está falando.

Quem disse que expor ideias se constitui em contenda?
Quem disse também que divergência é sinônimo de contenda?
Quem disse que pedir esclarecimento é contender?
E quem foi que disse também que Deus não opera na contenda?
Quem aqui na terra tem o poder para dizer em quais momentos Deus pode operar, realizar a Sua obra?
Quem tem o medidor da soberania de Deus?

Paulo alerta sobre contenda ao povo de Filipos, dentro da realidade de um povo progressista e onde as mulheres eram avançadas para a época, tendo grande independência, podendo se reunir, manter seus próprios negócios e discutir na igreja. (Atos 16:13.14) Consequentemente, teve um caso específico de conflito de opiniões na construção da igreja: a desavença que se estabeleceu entre Evódia e Sínteque. Elas eram, igualmente, cooperadoras de Paulo no Evangelho. Porém, em dado momento, colocaram seus assuntos pessoais acima da necessidade da comunidade, provocando desarmonia no meio.

Vamos pensar! Não custa nada!
Optar pelo que é mais proveitoso e agir com moderação não são significados de passividade e aceitação silenciosa.

A discórdia entre as duas mulheres era simplesmente por causa do modo de pensar de cada uma. (Onde não cabe o pacificador indicado em Mt 5.19). Entretanto, Paulo apela para que a liderança local as AUXILIE a encontrar um ponto de concordância, sem, contudo, deixar de ressaltar que:

‘… juntas se esforçaram comigo no evangelho…’ (Conferir em Filipenses 4. 3)

Em outra situação, o puxão de orelha muito bem dado por Paulo, fica por conta da CRIANCICE dos crentes de Corinto em brigar pela preferência deste ou daquele dirigente religioso. Demonstrando claramente serem infantis espiritualmente (carnais), Paulo mostrou-lhes - usando de metáforas (leite e alimento sólido) - que eles haviam de crescer para chegar ao profundo conhecimento do mistério revelado por meio do Cristo crucificado.

Algumas pessoas equivocadas - devido ao pacote de normas que lhes foi enfiado goela abaixo – usam com frequência a falsa premissa de que Deus só pode operar se estivermos todos em ‘unidade’ confundindo tudo. Aí silenciam, abaixam a cabeça, se fazem de boazinhas, piedosas, passivas. Fazem-se de submissas para mostrar a Deus que não participam daquela 'confusão'. 

Como se Deus não conhecesse os reais desejos do coração de cada um, seja caladinho ou se pronunciando...

Para completar a salada com base no terrorismo religioso, alguns ainda arrematam com Lucas 11.17. Ora, é claro que, se duas pessoas inflexíveis não concordam em um determinado ponto, e nenhuma das duas está disposta a ceder, gera-se uma crise que, inevitavelmente vai desencadear em ruptura.

Pode demorar horas, dias e até décadas.

A própria História nos conta tudo…

RF.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Médico de homens e de almas






Lucas - o médico gentio - amigo e companheiro de Paulo em suas viagens, foi o autor de Atos. Ele fez os seus registros com riqueza de detalhes sobre os lugares por onde passaram, sendo testemunha ocular da propagação do Evangelho.

Dos apóstolos, ele foi o único não judeu. E, assim como Paulo, ele também não conheceu a Jesus pessoalmente. Tudo que ele escreveu foi adquirido através de pesquisas, ouvindo testemunhas, os discípulos e os apóstolos. Sua primeira visita a Israel teve lugar quase um ano depois da Crucificação. 

Sua amizade com Paulo caracterizava-se pela forte identificação em relação à amplitude do sacrifício da Cruz. Isso os aproximava mais, porque ambos pregavam a salvação para gregos e gentios. Em contrapartida, ambos tiveram muita dificuldade com os primeiros apóstolos, porque estes afirmavam que Jesus tinha vindo apenas para os judeus.

Se observarmos atentamente suas características literárias, vemos o evidente estilo narrativo que apontam o Livro de Lucas e o Livro de Atos a serem lidos como uma composição única. Um registro cuidadoso de acontecimentos históricos muito bem elaborados, no qual ele demonstra um profundo conhecimento da literatura e idiomas gregos.

Como historiador, ele pesquisou os acontecimentos para oferecer um relato confiável aos seus leitores, de maneira que estes se informassem sobre o que ele mesmo havia aprendido sobre a fé cristã de forma bastante lúcida e por meio de uma vida prática. E, principalmente, com o desejo de que seu público tivesse também uma vida cristã sólida e dedicada. 

Não era nada fácil apresentar outro estilo de vida, dentro daqueles engessados moldes, dentro daquele contexto pagão, cheio de vícios, rituais e estranhos costumes religiosos. Seus escritos demonstram sua dedicação àquele ministério, onde ia sendo desenvolvida uma teologia na qual os primeiros judeus cristãos se tornaram um povo de Deus mais inclusivo, ao acrescentar gentios cristãos à Igreja que ia se formando. Sem esquecer seu propósito em deixar bastante claro para as autoridades que aquele 'movimento' que ora se formava, não se constituía em nenhuma ameaça política. 

Iniciava-se, então, a Igreja Primitiva. Sem placa e sem o espaço físico específico de adoração, marcas muito comuns tanto no mundo pagão como na cultura judaica.

Dois amigos, ambos impetuosos, preparados intelectualmente e comungando a mesma verdade. Protagonizando as mais diversas situações em que pessoas de todos os credos e classes sociais precisavam conhecer a verdade e, os que já conheciam,  de encorajamento na fé. 

Em Atenas, diante dos grandes filósofos gregos que chamaram Paulo de ‘tagarela’, ele não se intimidou e disse, em meio ao seu discurso: 

‘Deus não habita mais em santuários feitos por mãos humanas’  

Frase contundente e ousada para a época e que até aos dias de hoje, muitos religiosos - tendo estudo ou sendo simples – não conseguem entender e insistem em querer aprisionar Deus dentro de suas quatro paredes doutrinárias.

Lucas, o evangelista mais preparado intelectualmente, deixa bastante claro por meio de suas narrativas, que a mais importante manifestação do Espírito Santo na vida do cristão é que ele será testemunha da vida de Jesus e dos Seus mandamentos.

Na vida prática. E não, dentro de determinados padrões religiosos.

RF.


Obs.: 'Médico de homens e de almas' é o título de uma excelente obra de autoria da romancista Taylor Caldwell, que trata da extraordinária vida de Lucas.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Férias: tudo de bom e mais alguma coisa...



Início de tarde de 18 de dezembro de 2012. Chegada em Nova York totalmente inusitada. Experiência única. Tatuada no coração. Sem foto ou narrativa que traduza beleza ímpar. Esforço grande em tentar passar o que se vivencia em  férias desse naipe, daí a teimosia em colocar no papel. Coisas de quem ama escrever... (E de quem gosta de atender a pedidos rss)

Quase 40 dias de emoções. Surpresas. Encantamento.

Primeiro, bora combinar que não avistar a bagagem na esteira não é bem uma surpresa legal. Foi quase uma agonia. Parecendo ter vontade própria, ela (a mala) decidiu na conexão do Panamá ir até Orlando, sem avisar, achando que ia me tirar do salto. Ledo engano. Tirei de letra entrando em uma store. De pantufas a escova de dentes, me brindei com  umas comprinhas inesperadas. A agonia virou alegria.  Sem bagagem, mas nada que tirasse o misto de emoção da ansiedade da chegada e a concentração no encontro com meu filho. Algo mágico que incidente algum conseguiria jamais apagar.

Aquele reencontro em lágrimas pela 'perda' da mala e pelo abraço tão esperado e, logo depois, o famoso café do Starbucks (arghhh forte rsss)

correria no trânsito de NYC, saindo do JFK para deixar Klênyo (amigo de Leo) no La Guardia (dois extremos) em meio às habituais piadas de quem não perde o humor pra nada.



Semana seguinte:
Passeio em NYC- Um dia inteirinho de caminhadas em lugares os mais diversos. Com direito a pit stop pra tomar chocolate quente no Central Park apreciando o povo esquiando e a parada inevitável no McDonalds no caminho para a Times Square.
Eita Nova York que me pegou de jeito! Já conhecia cidades deslumbrantes mas esse lugar é particularmente apaixonante. Voltei lá outras vezes. Cidade viciante rss Encanta-me a sua beleza estonteante, suas paisagens naturais, suas pontes gigantescas e edificações suntuosas.



A experiência mágica de enxergar o belo nos cento e oitenta graus do Empire States ou na leveza romântica de um bondinho por sobre uma ponte dourada.


Os pacotes enxutos e práticos transportando aos mais variados sonhos e magias que variam de visitas em parques, museus, estações de esqui e cassinos. A magia do teatro, os shows que resistem a décadas, as lendas vivas do rock, do blues e do jazz. Um parque que parece não ter fim assim como tantas outras atrações que não dá tempo para se apreciar...


Mas tudo isso não me encanta mais do que as pessoas. Local de convergência das maiores divergências em perfeita harmonia. Afinal, conviver diariamente com muitas diferenças, muda a mentalidade. A diversidade encontrada provoca um choque de comportamento no provinciano ao se deparar com o apinhamento de pessoas de todas as classes sociais. Gente diferenciada, classes diferentes, gostos e idiomas diferentes, cheiros diferentes, cabelos diferentes, roupas diferentes, cores diferentes. (Con)vivendo em democracia que culmina naturalmente em tolerância de tão repetitivo convívio. Pelo menos essa é a ideia...


E agora que já acertei o caminho, vou curtindo a saudade do meu filho, (re) vendo as fotos, lembrando com carinho todos os momentos que passei ao seu lado e, lendo de vez em quando, a carta que ele me escreveu logo que retornei.

Eis uns fragmentos dela:

Desde que a sra viajou que eu venho tendo lembranças contínuas em minha mente.
Do dia em que nos reencontramos no aeroporto.
Do choro misturado pela perda da mala e o abraço de saudade.
(...)

Do voo cancelado de Klênyo e a correria no trânsito de NYC.
Do café do Starbucks (que a sra não gostou) pra passar um pouco da fome de almoço vencido.
Da nossa vinda para Bridgeport e jantar/almoço no Mall, com aquela comida chinesa.
Da sua primeira ida a sua segunda casa por aqui: a Marshall's. Ahhh a Marshall's...

(...)
Do dia em que cheguei mais cedo e assistimos Em Busca de Liberdade.
Da ida a Marshall's.
Da ida à Ikea.
Do burrito naquele dia frio em New Haven.



Do dia todo de caminhada em NYC (e o frio).
Do chocolate quente no Central Park apreciando o povo esquiando.


Do McDonalds mais para descansar do que para comer, no caminho para a Times Square.
Da ida a Marshall's.
(...)

Do café da manhã no Ihop de Orange.


Das fotos naquele dia gelado na casa enfeitada para o natal.
Do nosso passeio na praia de Bridgeport.


Do nosso passeio pelas mansões de Westport.
Da ida a Marshall's.
Da nossa ida ao Mall de Milford.
Do nosso passeio no centro de Fairfield.
Da nossa ida ao Walmart de Shelton (a cidade do filme O Massacre da Serra Elétrica).
Do dia que a sra conheceu nosso College em Norwalk.
Da ida a Marshall's.
Da visita ao Christmans Tree.
Da segunda ida a NYC para o encontro com o Tio Demóstenes.
Do trem perdido em cima da hora.
Dos incríveis passeios em NYC.
(...)
Do almoço no buffet chinês em Orange.
Do natal ao som de Gonzaguinha.
Do ano novo com vinho e fondue de queijo.
Do meu aniversário surpresa com a decoração impecável.
Da ida a Marshall's.
Das infinitas perseguições aos presentes e encomendas.
Da nossa primeira vez de jogos em cassinos e aquele passeio mágico.


(...)
Das nossas idas à igreja.
Das músicas tocadas lá que marcaram muito.

Das nossas idas semanais à Laundry.



Da sua primeira experiência dirigindo nas ruas dos EUA.
Das nossas conversas sem hora para terminar, sobre tudo, quase todos os dias quando em voltava do trabalho...
E a partir daqui eu quero lembrar do que mais ficou em minha memória e em meu coração, que era te ver todos os dias quando eu chegava em casa.
Isso não tem preço.



Outra, dessas coisas que me emocionam muito ao lembrar, era o beijo de boa noite de todos os dias, que quando eu esquecia e deitava para dormir levantava-me correndo ao lembrar, para não perder a oportunidade que aquele dia estava me dando.
Dos abraços e colos no sofá daqui de casa.
Ouvir a sua voz todos os dias.
Ver seu sorriso tímido, ainda não adaptada ao ambiente.
Sua emoção ao ver a neve pela primeira vez.



E as vezes que eu ouvia da sra a frase "eu te amo" com a resposta imediata de "eu também te amo".
É isso aí!
Não foram apenas férias, foram momentos que eu precisava viver, sem ser egoísta na declaração, mas ser grato pela experiência.

(...)
Nos sentimos especiais por receber esse "visita" que percorreu uma distância considerável, enfrentou o desconhecido em lugares estranhos e incomuns, desafiou a diferença de línguas, superou todas as expectativas, tudo isso para nos dar o prazer de tê-la aqui.
Parabéns por isso, por essa grandeza.
Te amamos demais, sem tamanho.
Eu confesso, choro quase todos os dias, desde que a sra se foi.
Chorei feito bebê quando a sra viajou.
Conte sempre conosco, com a nossa amizade, apoio, verdade, sinceridade, carinho, força...
Eu te amo e quero sempre repetir isso o quanto e enquanto eu puder.
Um beijo bem grande e bem forte!
Que Deus te abençoe muito, pois Ele nos abençoou grandemente com a sua vinda à nossa casa.
Te amo!
Seu filhinho,
Leo


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ungido do Senhor no templo do Senhor?!




Não existe um cara especial 'ungido do Senhor'.

Líderes religiosos têm a péssima mania de se colocarem acima dos fiéis, e estes, por sua vez - os ingênuos fiéis! - acreditam que Deus só se manifesta em suas vidas por meio desses líderes. Como se Deus estivesse restrito e dependesse de homens 'especiais' para abençoar as pessoas. Ora, convenhamos! Isso anula totalmente a Nova Aliança, o Evangelho da Graça, o Sacrifício da Cruz!

É certo que Deus usa as pessoas do jeito que Lhe apraz, porém, de acordo com o Novo Testamento TODOS os que creem são 'sacerdotes', indicando não somente um privilégio especial de acesso ilimitado a Deus, como a oportunidade de servir em Seu Nome, anunciando Suas maravilhas. Isso não deve ser confundido jamais com as funções eclesiásticas de servir dentro de uma igreja enquanto instituição religiosa. TODOS os crentes são chamados a atender as necessidades dos que sofrem, dos que estão doentes, dos que estão passando por algum tipo de problema, edificando e exortando uns aos outros no 'Corpo de Cristo'. E, assim, intercedendo e apresentando Cristo ao mundo por meio desse testemunho pessoal.

Tem muita gente bem intencionada que acredita piamente que Deus só fala dentro de sua igreja, dentro de seu culto, conforme os moldes de sua doutrina, porque assim lhe foi ensinado e isso é heresia pura! Ainda há pouco lia um comentário num blog ali onde uma moça diz que sentiu Deus falando com ela várias vezes porque foi 'por meio' de irmão tal, chefe da comunidade dela, em momento de culto. Ora, Deus não requer de nós sentimentos, ele não espera que a gente 'sinta'. Ele espera que a gente 'seja'. Não é sentir, é SER!

Deus ministra nossos corações independente de emoção, de sentimento, de oração, de choro, de comoção coletiva, de hinos belíssimos entoados, de lugar, de pessoa. O Espírito Santo de Deus é multiforme e age com liberdade e soberania. Precisamos deixar dessa mania pagã de achar que encontramos Deus em determinado lugar e que, por isso, estamos voltando pra casa 'cheia do Espírito de Deus'. Não podemos confundir emoção e sentimento pelo lugar, com a prática consciente de quem se é! Seja em casa, no trabalho, seja qual for a posição que exerça, a situação em que vive, é no chão da existência que se é. E não o que se 'sente' em determinados momentos...

O líder que induz o ingênuo fiel a pensar que ele é porta-voz de Deus, manipulando-o com suas doutrinas convenientes, está cometendo erro tão grave quanto aquele que manipula com outras unções igualmente abomináveis. Não há diferença.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Templo do SENHOR!






Não confieis em palavras falsas dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este'.(Jr 7.4)


Confiança no templo (na igreja, na denominação religiosa, etc) não traz NENHUMA garantia de segurança.



Só o arrependimento e a justiça trazem libertação. E não, o local e o ritual.



Todos os 'tabernáculos' erigidos e reconstruídos foram 'desativados' pelo SENHOR. E, com A Nova e Eterna Aliança, Sua morada passou a ser os corações daqueles que Nele creem.



O povo continuou erguendo casas 'em nome de Jesus', porém, conforme Sua Palavra, os chamados templos e igrejas seriam 'apenas' locais de ajuntamento, nos quais os verdadeiros adoradores O adoram em espírito e em verdade, para, saindo de lá, cumprir no chão da existência, o propósito de servir. 



É destes que Ele está à procura...



Servo de Deus não tem plaquinha de igreja nas costas nem se apresenta com vestes externas padronizadas e robotizadas. Isso é invenção de instituição religiosa segregadora e que não traz qualquer garantia. 


Não é à toa que templos orgulhosos estão com suas paredes rachadas. 

Pra ruir de vez é questão de tempo...

'Já estava escrito'.

RF.

Comentário feito AQUI