"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Jugo desigual + Licença para pecar antes de batizar = Fé neurótica & crentes hipócritas.



Baseados em versículos soltos do NT* versus Lei Mosaica, ainda vemos, em pleno século XXI, denominações cristãs exigindo, de  seus membros, que se casem apenas com pessoas de ‘sua doutrina’. Os pais, por sua vez, pressionados por essa imposição, afligem seus filhos com tais exigências. Trazendo essa regra à risca para dentro de seus lares, dão continuidade a uma inadequação familiar advinda da religiosidade instalada em nome de Jesus.

Por acaso a Idade Média é aqui?!

É claro que não existe família perfeita, mas é claro também que, baseados em determinação rígida e usando versículos bíblicos aleatoriamente, não temos exatamente um perfil determinado de família saudável. Os exemplos estão aí aos montes, saltando aos nossos olhos, para nos provar isto. Ora, os jovens não são tolos e, obviamente, quando começam a se encontrar e percebem diferenças muito grandes nos valores e conceitos, eles mesmos nem chegam a se afinar com facilidade. O santo não bate - ouve-se com frequência. O bom senso diz que a própria divergência já se constitui um bloqueio natural, sendo desnecessária a atuação do guru espiritual para ditar normas doutrinárias sobre uma relação que se inicia.

Alguns aspectos são fundamentais como sinalizadores de uma união em potencial. Isso não se discute. Mas isso não compete aos pais, menos ainda à religião, e tão somente ao casal. Tudo se inicia na atração que se torna um estágio durante toda a vida conjugal. Atração esta, associada ao romantismo que se instala, produzindo o contentamento mútuo que, por sua vez, capacita o casal a ter zelo um pelo outro, promovendo segurança e lealdade. Assim, a amizade  instala-se gradativamente, à medida que o casal vai compartilhando os mesmos pensamentos. Junte-se tudo isso ao amor ágape que está ligado diretamente à ação, à vontade, à vida prática e tem-se um relacionamento em conformidade com a vontade de Deus. Ponto. Passou disso é imposição religiosa. 

Muitos pais colocam um fardo de expectativas religiosas em cima dos ombros dos filhos de tal maneira que nem percebem a crueldade de tais imposições que provocam danos terríveis à psiquê desses jovens. Esses mesmos pais, por sua vez, já estão adoecidos na alma, sendo frágeis, susceptíveis e vulneráveis, por lhes ter sido repassada ao longo da vida, uma verdadeira cartomancia bíblica onde a orientação para a existência está no púlpito/consulta. E a ansiedade em  ver desejos pessoais atendidos começa a gerar uma série de equívocos. Tudo em nome de Deus. Então, instala-se o caos: Deus disse isso. Deus disse aquilo. Deus mandou eu te dizer... E por aí vai. Tudo com base no sentimento e na vulnerabilidade circunstancial. ‘Eu senti que foi comigo’.  ‘Me senti de te falar’. E tudo fugindo do bom senso, da lucidez, do discernimento, da sensatez. Enfim, de tudo que, de fato, tem a ver com Deus. Sem contar que muitas mães, por não terem o domínio no comportamento do filho, aproveitam para manipular o que foi dito de púlpito, na tentativa de disciplinar pelo medo, inventando ‘profetadas’ e ‘revelamentos’, sempre colocando um pesinho sádico na mão de Deus.

Eu poderia citar vários e vários casos dessa doideira que daria um livro. Sei de vários casos específicos de meninas que vêm abrir o coração comigo. Tem um caso bem recente, que só não digo que é cômico porque, em si, é trágico. O rapaz com quem ela se relacionava foi ‘orientado’ a afastar-se dela porque ela é católica. ‘Orientado’ é eufemismo, pois chega a ser patética a apelação da mãe usando até de chantagem sobre a própria saúde física para que o rapaz se afastasse da moça. Como se ambas as denominações não confessassem o mesmo Jesus Cristo. Já começa daí a característica seitária. A parte que seria cômica fica por conta da restrição feita a quem ainda não se batizou na água mágica que purifica de todo pecado. Ele está aproveitando para ‘ficar’ com as outras meninas, sem relacionamento afetivo nem emocional. Puro sexo, mas não sexo puro. Putaria, dito em português claro. Relacionamento normal com uma menina católica, nem pensar. Isso não tem salvação, vai pra o inferno.

Por acaso esses pais pensam que o único abuso que provoca sérios distúrbios é só o abuso sexual?! Quem assim raciocina precisa rever seus conceitos urgentemente. Sob pena de presenciar seu filho e sua filha enveredando por uma rua sinuosa, escura e sombria que conduz a um sinistro abismo de conflitos interiores, muitas vezes sem volta. Daí o abuso emocional talvez ser mais grave ainda que qualquer abuso físico, em alguns aspectos. E a armadilha está na disfunção gradual e velada, que se inicia na suposta segurança do lar.

Mas, como adquirir formação saudável e equilibrada de pais equivocados, assustados e pressionados por uma constante cobrança religiosa? Infantis espiritualmente, orientam de maneira igualmente infantilizada acerca do Deus neurótico e coletivo que ‘a doutrina’ lhe apresentou, repassando essa herança maluca.  Sem conhecer a Deus pessoalmente nem poder amadurecer nesse relacionamento, como repassar aos filhos uma maneira correta, segura e serena de relacionar-se com Deus?

O filho, por sua vez, mesmo sabendo que chega o momento de andar com os próprios pés, de buscar novas informações, de filtrar o que era lenda, tabu e crença para poder respirar em paz, ainda assim enxerga um ‘cordão umbilical’ firme e resistente. Então, fica aquela salada na mente do jovem preso. E, por mais que ele receba ‘informações externas’, já está instalado um tremendo complexo de culpa, advindo da pesada carga de terrorismo que recebe do púlpito e que tem o enorme poder de aprisionar e engessar. Alie-se a isso, toda um gama de energia emotiva e afetiva que envolve os laços familiares. Então, ele se rende à confusão sentimental daqueles ambientes que, supostamente, lhe dá segurança.


Resumo da ópera: sem querer desagradar a mãe ( que, geralmente, é quem pega no pé), o filho treme de medo de um castigo dos céus, vivendo uma vida totalmente fake tentando despistar os próprios temores e vontades. Pra completar, é informado de que Deus vai pegar leve com quem ainda não se batizou. Isso é um flagrante incentivo (in)direto para o filho macho, advindo de uma cultura religiosa machista. Então, ele abre mão do relacionamento saudável rejeitado pela mãe, e ainda tem a benção dela para ‘ficar’ por aí sem compromisso. Enquanto não se batiza. Crente que Deus passa a mão na cabeça, já que a própria mãe o faz. Se bem que – bora combinar - lá no fundo da alma, algo lhe diz que ele está errado. Assim como diz também, à mãe, a mesma coisa. Mas ambos se calam e consentem no engano. E ele segue. Inventando uma realidade paralela para não se culpar, não se cobrar, e assim, não sofrer. Engavetando todos os sonhos e planos, mentindo para si mesmo. Repetindo silencioso e angustiado mantra que quer ser ‘servo de Deus’. Seguindo para o monte, onde o oráculo lhe dirá o que deve e o que não deve fazer. Neuroticamente. Paranoicamente. Esquizofrenicamente. Em nome de Jesus.

RF.


* 2Coríntios 6: 14-16

Paulo disse que não tem como juntar opostos de maneira harmoniosa. Ele pode ter se referido a associações de negócios e/ou relacionamentos com pagãos. Entretanto, era mais provável que ele estivesse se referindo a associações com falsos apóstolos, a quem ele considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a igreja de Corinto. (Adaptado de A Bíblia da Mulher - EMC -SBB - 2ª Edição- 2003- pag 1469)

(Ver também: 1Co 3.16; 6.19 - 2Co 11:13.15 - Lv 26.12 - Ez 37.27).


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Discurso Tendencioso



Enviaram para mim o texto abaixo para que eu o examinasse conforme a perspectiva de Jesus.

Muitas vezes queremos ajudar as pessoas a entenderem certas passagens bíblicas, no entanto, por estarmos muito apegados à mãe-denominação, findamos por fazer alguns acréscimos, no  intuito de fazer proselitismo e puxar tudo para a própria sardinha, sem nos darmos conta de que nossos discursos são verdadeiras heresias. É assim como eu enxergo nesse texto, daí fazer algumas ressalvas, pincelando em negrito, conforme cada parágrafo.

Adianto que não se trata de nada pessoal, até porque nem coloquei a autoria, interessando-me unicamente pelo teor, pela ideia colocada. Aliás, como sempre faço. Espero estar refutando corretamente. Caso não esteja cem por cento dentro da Verdade, por favor, quem tiver algo a comentar nesse sentido, fique à vontade. Obviamente, isento de qualquer ranço denominacional. Porque tal ranço, em vez de luz, convenhamos, é treva.

Eis o texto fracionado que assim se inicia:

‘O tipo de pecado que a Bíblia menciona como imperdoável não é simplesmente da categoria do furto, da mentira, ou do adultério e da imoralidade sexual. Estas coisas são sérias e graves e podem envolver o pecado imperdoável; mas não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável’.

Em Jesus, não existe nenhum comportamento que pode ‘envolver pecado imperdoável’. Baseados na lei mosaica - cujas regras eram severas em relação à sexualidade - os acusadores trouxeram uma mulher adúltera para ser apedrejada diante de Jesus, testando-o.  Este, por sua vez, disse, SIMPLESMENTE, que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. Quando Jesus diz isso, ele nivela TODOS os pecados a um único patamar. Não existe pecadinho nem pecadão. Na mesma circunstância, Jesus nivelou também a todos, pois Ele nos vê (a todos) com a mesma compaixão. O curioso, é que a narrativa diz que, com a resposta de Jesus, TODOS foram saindo, A COMEÇAR PELOS MAIS VELHOS. (Na minha leitura, os mais velhos tinham tido chance de 'acumular' mais pecados e eram habituados a repassar suas convicções arraigadas para os mais jovens).

‘Na Congregação Cristã de Corinto um cristão foi excluído da comunhão por sua imoralidade e falta de evidência de arrependimento (I Co 5:1-5). Este irmão cometera o grave pecado de incesto: abusou sexualmente de sua madrasta. Talvez ela já estivesse separada de seu pai; mas a antiga lei dada a Israel, que no aspecto moral não mudou para os cristãos, dizia: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai” (Lv 18:8).’

Em primeiro lugar, não houve uma sistematização religiosa/denominacional na igreja primitiva que concedesse esse título à igreja. Portanto, nunca houve uma ‘Congregação Cristã em Corinto’. Isso é uma colocação TENDENCIOSA para induzir as pessoas a pensarem que Jesus atua apenas na ‘Congregação Cristã’ enquanto denominação religiosa. Ao contrário, a partir de Jesus, Deus não habita mais em casas feitas por mãos humanas. A partir de Jesus, passamos a ter uma relação pessoal com Deus. Em Corinto - assim como em outras localidades - as pessoas se reuniam em casas, não para criar uma doutrina religiosa com um nome, mas para se ampararem umas nas outras, para servirem umas às outras. Com o passar do tempo as pessoas foram incorporando heranças ritualísticas judaicas e fazendo os acréscimos que a História nos conta, desfazendo o que Jesus fez e inventando um anti-Evangelho.

Quanto ao ‘grave pecado do incesto’, Paulo tratou nessa passagem, de um caso específico em que ele ficou impressionado com a banalidade com que a comunidade aceitava um homem que envolveu-se com a esposa do pai, sendo que isso era tabu na cultura grega. O rigor era tão grande nesse sentido que nem mesmo entre os gentios se tolerava esse comportamento. Algo que era resolvido com sumária pena de morte, estavam fazendo vista grossa.

Entretanto, isso não significa que caiba à ‘cúpula do Sinédrio’ atual, sair determinando quem vai para o inferno. A obediência que Paulo fala não diz respeito a normas igrejistas. Ele sabia – e falava – que não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo. Ele mesmo nos ensinou que a lei do Espírito da vida, em Cristo, nos livrou da lei do pecado e da morte.

‘No entanto, este homem foi readmitido mais tarde na Congregação, mostrando assim, que não havia cometido o pecado imperdoável contra o Espírito Santo (II Co 2:1-11). O pecado imperdoável é um pecado deliberado contra a operação manifesta do Espírito de Deus.

(...)

No blog do Douglas tem um texto simples e fácil de assimilar que nos ajuda nessa confusão religiosa sobre ‘Blasfêmia contra o Espírito Santo’.

‘Diferente de alguns que oram pelos “desviados que não pecaram” [absurdo!], Tiago apóstolo recomendou que “aquele que traz um desviado de volta cobre uma MULTIDÃO de pecados” (do que pecou evidentemente; Tg 5:19, 20 (...)

Tiago NUNCA recomendou que “aquele que TRAZ um desviado de volta cobre uma multidão de pecados”. Traz pra onde? Ora, minha gente,  em nenhum momento ele se refere a um local. Isso, sim, é um absurdo! Ele não faz qualquer alusão a ‘trazer de volta’ para nenhuma panelinha religiosa que se considere a Nova Jerusalém aqui na Terra. Até porque sua colocação inicial é: ‘se algum entre vós se desviar DA VERDADE’. Sendo tudo no nível da mente, da consciência. Jamais subordinando ninguém a lugares, a espaços físicos.

E isso, fazendo alusão ao autor de Provérbios (10.12), quando este diz que O AMOR encobre todas as transgressões. Em nenhum momento ele convoca seu rebanho a converter alguém a um sistema religioso, a uma regra denominacional. Inclusive, um pouco antes, no capítulo dois, ele ressalta que é a MISERICÓRDIA que triunfa sobre o juízo. E não o contrário. 

Por fim, o rigor de Paulo na disciplina à distância jamais pode ser confundido como incentivo a colocar alguém na marginalização religiosa. Ele mesmo falou que a lei jamais realizaria um bem na pessoa, visto que a natureza humana está irremediavelmente caída. Daí ser impossível que a lei nos salve. Ao contrário, ele diz que onde a lei impera não há Graça.


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*Resumo da ópera:


"Em princípio, seriam três equívocos básicos.


No primeiro parágrafo o autor lista alguns pecados, afirmando que "estas coisas são sérias e graves e PODEM ENVOLVER o pecado imperdoável". Entretanto, ele bem SABE que nenhum destes PODE ENVOLVER o pecado imperdoável. Afinal, logo em seguida, ele mesmo afirma que "não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável".

Na referência sobre o incesto do segundo parágrafo, ele lança mão de uma sutileza bastante tendenciosa quando INTITULA a comunidade que ia se formando em Corinto, como sendo preliminar de uma denominação atual.

E, no último parágrafo, onde a ênfase é para a expressão DESVIAR-SE DA VERDADE, ele afirma que Tiago recomenda sobre "TRAZER um desviado de volta", usando-se, novamente, de um jogo de palavras tendencioso e conveniente. Ora, não há recomendação para se TRAZER alguém para algum LUGAR. Até porque, conversão se dá no nível da consciência. O ‘desviar-se’ a que Tiago se refere é da VERDADE. E nunca desviar-se de uma denominação".

Esse foi meu comentário no Facebook quando 'perdi' um amigo de infância que ficou lá na infância tomando dores e advogando causa, sem conseguir alcançar que minhas LIVRES colocações nada têm de pessoais e que são, TODAS, a partir do que eu leio.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Prisões religiosas





Quando fazemos bobagens na juventude, quem nos escraviza, nos julga e nos condena, são os dirigentes religiosos pretensiosos. 

Jesus nos dá chance de restaurarmos nossos conceitos e valores e cabe a nós, não pelo igrejismo, mas pela nossa consciência, pela mudança, pelo arrependimento, pedir socorro a Jesus que lava todo e QUALQUER pecado, e, então, nos conduz a seguir em frente com outra consciência, outro comportamento. Onde abunda o pecado superabunda a graça. Foi o que ele fez com a mulher da Samaria, com 'a mulher adúltera', foi o que ele fez e faz com todos os que estão 'aos seus pés'.

A 'igreja' cura superficialmente as feridas, mas é a principal responsável pela angústia no peito do crente, porque em vez de colocar paz em seu coração, coloca a culpa e a obediência doutrinária que só oprimem, apontando e julgando, determinando um tipo de pena a ser cumprida, com base em versículos deturpados conforme sua limitada e equivocada forma de julgar. 

Só Deus tem esse poder de julgar e no entanto, Ele é longânimo! Desde sempre. Do AT ao NT!!!

'Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração, serei achado de vós e farei mudar a sua sorte'. 

'Então, romperá a tua luz como a alva, a tua CURA brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda'.

'Se o meu povo (...) se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, PERDOAREI os seus pecados e sararei sua terra'. 

SEJA QUAL PECADO FOR!!! 

Só que as pessoas pensam que se obedecerem à doutrina, à cartilha denominacional, então vão enriquecer, ganhar na loteria, etc. e não é nada disso! Isso já seria a consequência da cura, da vida saudável em todos os sentidos.

Quando Deus está restaurando a pessoa, Ele restaura DE VERDADE, de dentro pra fora. Ele APAGA tudo que ficou pra trás! Limpa, zera, reinicia! 

Mas aí vêm os religiosos e ousam apagar todo o acordo que Deus fez na cruz e sistematizam em normas, em regras, em cartilhas religiosas, tudo que o crente tem que seguir para poder ser perdoado. 

E classificam, de forma BIZARRA, o adultério em pecadão. 

Esses são os mesmos que seguem na hipocrisia, no casamento de fachada, sofrendo horrores na vida 'a dois', vivendo um verdadeiro inferno em vida, algo que sua religiosidade chama de 'casamento'.

Comentário feito AQUI