"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Convicções...



O dicionário me diz que convicção é a certeza adquirida por meio de demonstração.
A Palavra de Deus me diz que a é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem.

Ora, não se veem, não se pegam, não se usam.

Simplesmente se experimenta e se vive. Nessa ordem.

Ressalto aqui duas ocasiões diferentes nas quais fortes convicções foram postas abaixo pela única convicção capaz de persuadir verdadeiramente: JESUS.

Na primeira, Nicodemos.
O mestre justo e culto que fazia parte do Sinédrio, a suprema corte judaica. De currículo invejável, vinha de importante família aristocrática e ainda era um erudito nas Escrituras.

Trava-se então, entre Jesus e este homem, um diálogo sobre coisas terrenas e celestiais.

Não se sabe exatamente porque este homem letrado procura Jesus assim tarde da noite: se para não despertar críticas nos colegas, não disputar atenção ou simplesmente não quis esperar o dia amanhecer.

O certo é que, sendo um fariseu (santo, separado) alguma lacuna em seu peito o incomodava muito a ponto de ele passar por cima de todas aquelas convicções que o acompanhavam desde a mais tenra idade, fazendo-o sair do seu conforto e ir em busca da Verdade. E por mais que não conseguisse entender O REAL significado do nascer da água e do espírito, devido a uma vida recheada de exterioridades que o obrigava a viver em meio a cerimonialismos compostos de um rígido sistema de doutrinas e exercícios espirituais, CERTAMENTE algo diferente fez um grande reboliço em suas antigas e arraigadas convicções, para que mais tarde ele viesse a se expor publicamente levando mirra e aloe (caríssimas especiarias) ao sepultamento de Jesus.

Na segunda ocasião, a mulher da Samaria.
Adoradora de deuses estranhos e discriminada pelos da própria comunidade por causa de sua atitude leviana com os homens.
Teve vários maridos e o que com ela vivia nem seu marido era!

Por isso ela foi ao poço em momento incômodo, sol a pino, horário em que não encontraria ninguém para importuná-la.

E Jesus veio ao seu encontro.

E ali, junto ao poço é realizado um diálogo dos mais incríveis para mim!

Em metáfora que diz claramente qual a ÁGUA que nunca mais nos deixa com sede, Jesus a faz dizer acerca da sua própria sede e ânsia de uma eterna busca, falando daquele lugar onde os antigos de sua família adoravam a Deus.

Então Jesus lhe diz que os adoradores que Deus procura não são os dos templos enquanto espaços físicos e SIM que Ele busca adoradores em espírito e em verdade.

E Jesus disse “Vem a hora e já chegou”. (Referindo-se a Si mesmo)

E, bebendo daquela água, ali mesmo ela deixou seu cântaro correndo para falar do Messias às mesmas pessoas das quais ela se escondia.
E sua autoridade era tanta que os samaritanos CRERAM somente com o que ela lhes dizia.
E então vieram até a Ele confirmar a maravilha!

O primeiro caso – Nicodemos - conhecido e respeitado homem da corte.
O segundo caso, uma mulher qualquer que nem nome tinha na narrativa.


Ela, flagrante adoradora de deuses e ele suposto adorador de Deus, porém ambos adoradores de deuses, cujas convicções advindas por meio da persuasão dos costumes, da herança e da tradição de homens... se rendem diante da Verdade.

A mesma verdade que Pilatos não conseguia enxergar por estar cego pela própria justiça e vontade pessoal, mesmo tendo sido alertado pela esposa intuitiva.

Duas convicções que se curvaram diante de algo revolucionário que mudaria para sempre os CONCEITOS de cada um daqueles que viveram a vida inteira em meio a obedientes práticas religiosas que não tinham absolutamente nada com adoração a Deus. (Ler João 3 e 4)

Pois só nascendo de novo – da água e do espírito- para se livrar do lixo das doutrinas que ironicamente nos afastam de Deus e nos tornam adoradores de lugares, de pessoas, de templos, de normas, de instituições, de práticas religiosas. (Inclusive - pasmem!- tem um gritante engano doutrinário que afirma que nascer da água é batizar-se na sua denominação e nascer do espírito é falar em línguas)

Mas Deus amou ao mundo DE TAL MANEIRA, que providenciou o Cordeiro para ser Imolado ANTES mesmo da fundação do mundo!!!

Porque o amor de Deus é ilimitado ao ponto de enviar Jesus, não para nos julgar, mas para nos salvar.

E só uma experiência real com Jesus para se passar a entender as coisas espirituais.

É quando sou tocada por esse AMOR que minhas convicções caem por terra junto com todo aquele pacote pesado que me dizia que ali – naquelas coisas e lugares - estavam os elementos da minha salvação.

Porque viver com fé, por meio da GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, não tem absolutamente NADA a ver com performances.

Repudiemos portanto, e digamos NÃO a essa “graça” manifesta por meio da cultura evangélica à qual nos acomodamos com tal assiduidade que finda por transformar-se em meio de salvação através de obrigações como suposta obediência a Deus.

Viver na GRAÇA nada tem a ver com pacotes ou kits preparados por homens como modelo de conduta. O nome disso é convicção religiosa e religião nada tem a ver com o Evangelho.

Ora, salvação quer dizer CURA DA ALMA.

E salvar está incluída a CURA de nossas almas sofridas e cativas pelo conjunto de normas que as doutrinas do sistema religioso nos impõe para agradar a Deus e que findam por aprisionam nossas almas, anulando tudo que se consumou na Cruz .

E vida eterna começa daí: dessa cura aqui mesmo na terra. Cura que nos dá vida em abundância em paradoxo com todas as desilusões, cura que nos dá plenitude em meio às adversidades, cura que nos enche de amor para reconciliada com o pai – por meio do sacrifício da Cruz – nos reconciliarmos uns com os outros.

E só MESMO por meio de uma experiência REAL com Jesus para se viver e entender dessas coisas espirituais.

Que nos curam das nossas próprias convicções...

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