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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Débora- uma liderança incomum




Débora - hebr. abelha - era uma dona de casa quando foi escolhida para servir à sua nação.






Não sendo de linhagem aristocrática, ela é identificada simplesmente como a “mulher de Lapidote”, sendo contudo, a única mulher das Escrituras elevada a um alto cargo político por seu próprio povo.


Embora suas responsabilidades domésticas tenham sido colocadas em segundo plano durante seu serviço ao país, ela descreveu a si mesma como sendo mãe de Israel antes de tornar-se juíza, não havendo relevância bíblica sobre tal referência estar ligada à maternidade para com seus próprios filhos ou se uma expressão de maternidade espiritual para com todos os filhos e filhas de Israel.


Em uma nação sedenta de espiritualidade, caracterizada pela rejeição de Deus e pela determinação do povo em cada um agir a seu próprio modo, Débora foi, antes de tudo, uma conselheira, ao exercer sua liderança à sombra de uma palmeira próxima à sua casa, discutindo e sugerindo soluções para pessoas com problemas.


O sistema judicial civil era inepto; o exército era fraco demais para defender as fronteiras do país; o sacerdócio daquilo que havia sido uma teocracia era impotente e ineficaz.


Já não era possível ter uma vida normal e, assim, Débora tornou-se juíza e, por fim, uma libertadora de seu povo em tempo de guerra.


Nessa região, o desprezível rei Jabim perseguia os israelitas.


Débora convocou Baraque, da tribo de Naftali, na fronteira do Norte, e ordenou que ele recrutasse um exército de dez mil homens de sua própria tribo vizinha de Zebulom.


Baraque hesitou, insistindo que Débora o acompanhasse no cumprimento dessa tarefa. Ela não apenas ficou com ele durante o processo de criar um exército, mas também sugeriu a estratégia para a batalha.


No passado, Deus havia falado por meio de seus líderes Moisés e Josué, e naquele momento ele estava falando por meio de Débora.


Como profetisa e líder militar, ela liderou com autoridade, delegando tarefas; e agindo com o coração de uma serva, executou os planos de Deus em meio a exércitos praticamente invencíveis e, em reconstituição de menor escala à da travessia do mar Vermelho, as carruagens inimigas com seus cavalos atolaram na lama devido a violenta tempestade enviada por Javé.


A destruição do poder cananeu foi imortalizada por Débora e Baraque num exemplo do que havia de mais refinado na poesia hebraica – um cântico de louvor a Deus (Juízes 5) no qual são descritos os acontecimentos que deram a vitória a um povo que estava sofrendo enormes atrocidades.


Antes de Débora exercer sua liderança incomum e de demonstrar sua capacidade de tomar decisões para salvar a nação das dificuldades, ela foi uma dona de casa – esposa e mãe em Israel. Porém sua compaixão foi despertada por toda aquela opressão e ela então, tomando a iniciativa, colocou-se à disposição, tornando-se vitoriosa ao confiar em Deus, inspirando outros ao seu redor a terem a mesma confiança.



Adaptado-RF

(“A Bíblia da Mulher” – pags 321,322,323,324. - 2003 - Mundo Cristão e SBB)

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