Quem vem de uma cultura reprimida onde o pano de fundo político/social/familiar é altamente repressor, e onde é proibido até de pensar - que dirá de expor alguma idéia pessoal sem algum dano psicológico - passa a acreditar nessa coisa inversa acerca do debate como discórdia e mais ainda quando está implícito o confuso e neurótico peso religioso.
É por essas e outras que quem carrega o rótulo de contestadora que ousa romper com esses grilhões, colocando com clareza os pingos nos "is" acerca do que um mínimo de bom senso não aceita, finda por tornar-se alguém veladamente marginalizado. (Ler neste blog o texto "Retorno à Sensatez")
E isso, quando não é chamado abertamente de herege por algum mais fanático.
Parafraseando Paulo - o apóstolo - o que é reprovável é o tal bate-boca vão justamente porque em nada se aproveita, PORÉM debater, discordar, contestar nada tem a ver com confusão.
Confusão mesmo é não fazer nada disso.
Posto que fica uma confusão só na mente da pessoa.
E essa é mesmo a meta daquele que manipula as idéias e as palavras, principalmente quando emprega uma tática coerciva, deixando a pessoa confusa, minando-lhe as forças; e esta, enfraquecida em meio a toda essa CONFUSÃO instalada em seu peito, torna-se insegura e medrosa, passando a confiar desconfiando naquele pacote que a incha no peito, na vista e no ser, igualzinho aos idólatras de crenças estranhas.
E aí...
Quem se preocupa primeiro com a reputação, e consequentemente com a própria imagem, finda por subir em cima do muro e lá, vestido nas máscaras que lhe são impostas, nem se atreve a se pronunciar para não se queimar nem gerar suspeita acerca de sua proposta humilde e piedosa e daí ninguém pensar mal a seu respeito.
Quem se preocupa primeiro com a reputação, e consequentemente com a própria imagem, finda por subir em cima do muro e lá, vestido nas máscaras que lhe são impostas, nem se atreve a se pronunciar para não se queimar nem gerar suspeita acerca de sua proposta humilde e piedosa e daí ninguém pensar mal a seu respeito.
Essa coisa de dizer “ah, eu quero é paz” enquanto o coração está cheio de ressentimento e a resistência do ego diz não perdoa, não perdoa, é uma tremenda FARSA que vemos com muita freqüência em nosso meio.
Ora, paz onde não existe reciclagem desse lixo, não é paz.
É hipocrisia, falsidade... e fede pra caramba!
Basta ver nos círculos onde as pessoas tentam esconder seus rancores pra sentir o cheiro exalando pelo ar, uma nuvenzinha escura pairando por sobre os que dizem que estão em paz, rindo pra você, trocando banalidades, contando piadas até engraçadas e até lhe abraçando e lhe beijando.
Pessoas que falam do mesmo Jesus, confessam o mesmo credo e se esbarram nas cerimônias religiosas, nos encontros informais, nas celebrações em família e que vivem em eterno controle e só não se mordem em vez de se beijarem porque precisam manter a linha.
Esse arremedo de paz é a contenda mais repulsiva que eu conheço.
Enfim...
Colocar as tais máscaras e sair por aí "argumentando" silenciosamente com exterioridades é muito fácil.
Difícil é viver, provar, crer, AMAR, SER.
Não é fácil sair do si-mesmo e entregar meu coração ferido e amargurado a Quem já resolveu tudo por mim.
É simples demais pra ser verdadeiro, reagiriam os egos inchados dos presunçosos céticos religiosos.
Então Deus nos adverte acerca dessa falsa segurança colocada em lugares religiosos em detrimento da verdadeira segurança instalada pela Graça que SARA todas as feridas da alma e que nos faz viver verdadeiramente na paz que excede todo o entendimento.
“Curam superficialmente
a ferida do meu povo, dizendo:
a ferida do meu povo, dizendo:
Paz, paz; quando não há paz”.
(Meditando em Jeremias cap 7,8 e 9)
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