"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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sábado, 21 de novembro de 2009

O Evangelho não é religião.



Religião é sistema humano, disciplina humana, moral humana, sacrifícios humanos e desespero humano para agradar a Deus.

Religião é o homem tentando se religar a Deus, por seus próprios meios e justiças próprias e mediante um sistema de doutrinas ou exercícios espirituais, os quais, supostamente, fazem o homem chegar a Deus.

O Cristianismo como religião é melhor que o Judaísmo porque é mais aberto e não é uma religião cultural e étnica. É melhor que o Islamismo porque o Islã conseguiu ser mais louco e fanático do que o Cristianismo.

O Cristianismo é uma religião como qualquer outra, e, do ponto de vista do resultado histórico e existencial, é tudo, menos a melhor religião.

Até mesmo a Psicologia do Profundo, do Buda, é melhor do que o esquema moral e exterior das praticas religiosas cristãs por suas mensagens de amor ao próximo terem resultados mais proveitosos para a alma do que os obtidos pelo Cristianismo, visto que as morais e leis cristãs acabaram por matar a força do amor entre os cristãos.

O Cristianismo é religião.

Nele temos todas as formalidades das religiões, uma teologia moral, um corpo de doutrinas de forte influencia grega, e um sistema de governo inspirado pelos romanos, sem falar que a missa cristã é a repetição do sacrifício de Cristo, o qual é assim praticado para que a população pobre e simples fique sempre em permanente dependência do Cristianismo.

No Cristianismo Protestante e Evangélico, no inicio, se tentou resgatar a fé simples e original. No entanto, menos de 60 anos depois, tudo já era como dantes do Quartel de Abrantes.

Assim, os ritos, as formas, as imagens de santos, as heresias gritantes e a convergência do poder de Deus e da representação de Deus feita pelo Papa, apenas foram substituídas por outras coisas no Cristianismo Protestante e Evangélico

No Protestantismo se diz que os pilares da Fé são:
As Escrituras, Cristo, a Fé e a Graça.

Mas, na prática, as Escrituras no Protestantismo são maiores do que Cristo, o qual já não basta conforme a manifestação de Deus em Jesus, sendo necessário que a isso se junte um corpo de doutrinas morais tiradas das Escrituras, não importando se caíram ou não em obsolescência de acordo com o que diz o Novo Testamento (em Hebreus, por exemplo).

Cristo, no Protestantismo prático e histórico, acabou por ser feito o Salvador da Chegada. Depois o indivíduo O confessa diante da “igreja” e daí para frente tudo o mais depende da relação da pessoa com a “igreja”; e, sobretudo, a igreja que se diz capaz de manter a salvação por obras próprias.
Ou seja: Cristo salva de Graça na chegada; mas a “igreja” assumiu a franquia do pedágio.

A Fé, também no Protestantismo, se tornou um corpo de doutrinas, e não mais a coisa simples e singela ante a qual Jesus dizia a pagãos de todos os tipos: “A tua fé te salvou!”

E, por fim, a Graça no Protestantismo nada mais é do que a doutrina que justifica a razão pela qual Deus pôde se relacionar com os homens sem transgressão de Sua parte. No entanto, na pratica, isso só existe na chegada também.

Quando o individuo crê, diz-se que ele recebeu Graça. Porém - no Protestantismo - daí em diante, nada mais tem a ver com a Graça, mas sim com a justiça própria de cada um, a qual pode se manifestar como santidade moral, como legalismo de exterioridades, como participação assídua nas reuniões, como contribuição financeira feita como “ofertas” ou “pagamento do dízimo”, e como esforço de conformação à cultura evangélica, a qual, no curso dos anos, também, na pratica, se tornou meio de salvação.

A fé em Jesus nada tem a ver com as invenções feitas pelo Cristianismo.

Basta ler os evangelhos e ver se há no Cristianismo os sinais daquela leveza, singeleza, graça, amor, misericórdia, poder de curar; e aquela vontade compassiva e inclusiva que você vê em Jesus em todos os Seus gestos e movimentos.

A “igreja” diz que estão todos perdidos.

Jesus apenas disse que muitos publicanos, pecadores e meretrizes precederiam os mais rigorosos filhos da mais estrita e legalista religião da terra—o judaísmo dos dias de Jesus.

Jesus também disse que muitos haveriam de vir dos quatro cantos da terra a fim de assentarem-se com Abraão, Isaque e Jacó na mesa da Festa do Reino, enquanto muita gente com pedigree religioso ficaria de fora.

Paulo diz em Romanos 2: 12-16 que quem nada soube de coisa alguma, haverá de ser julgado pelo que recebeu, não pelo que não recebeu; posto que Deus não é como aquele que colhe o que não semeou e que ajunta o que não espalhou.

O fato é que Jesus é SUMO SACERDOTE segundo uma Ordem sacerdotal não religiosa, e que não se prende a nenhuma genealogia sacerdotal, cultural, étnica, moral ou religiosa.

Além disso, João diz que Ele é a Luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem.

Portanto, eu digo: Ele é um Deus que fala de si mesmo e que não se deixou prender ao capricho perverso da boca de homem algum.

“Por toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e as Suas palavras até os confins da terra”—e isto com ou sem testemunho de homens; isto se a utilização que Paulo faz do salmo 19 (onde tais palavras estão escritas), em Romanos 10, for coerente com o que o salmo anuncia; ou seja: que há um testemunho de Deus no mundo, na natureza, na vida, nos sonhos, nas noites, nos dias, nos acontecimentos da existência — e que carrega a voz de Deus até ao coração dos homens.

Deus é amor e Seu amor é justo e gracioso.


A quem ouviu o Evangelho, cabe abraçar essa dádiva como imensa Graça, e, assim, usufruí-la, e, quem sabe, fique tão cheio dela e do amor de Deus, que descobre que quem prega a Boa Nova o faz porque deseja que todos os homens conheçam a libertação do medo da morte, da tirania dos espíritos, da angústia do diabo, do controle dos homens, do poder manipulador do curso deste mundo e da influencia maligna que alcança com entendimentos falsos as mentes da maioria dos seres humanos.

Assim, deixemos as religiões, crendo que Deus ama e cuida de todos os homens; e abracemos o Evangelho, descansemos na Graça, e caminhemos pela Fé no que Jesus já fez e consumou em favor de todos os homens, reconciliando o mundo com Deus mediante a Sua Cruz.

ADAPTADO

Um comentário:

Fernanda Müller disse...

Pois é..achei interessante essa matéria..até msm pq,eu sempre digo que não tenho religião,que eu sigo a Jesus,muitas pessoas não entendem isso!