"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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domingo, 25 de dezembro de 2011

Então é NATAL...

Alguns grupos evangélicos divulgam essa data comemorativa como algo oriundo do paganismo. As razões alegadas são as mais diversas: sua origem está ligada ao culto pagão ao deus Mitra, que a data real do nascimento não é essa, que 25 de dezembro está incorreta e ligada a cultos pagãos, que a árvore de natal é originária de Babilônia, que não existem referências bíblicas que justifiquem tal celebração...

Enfim: os adeptos da Teologia Conspiracionista expõem uma galeria de argumentos de aparência piedosa. Mas eles resistem a um contra argumento simples?

1) “Jesus não nasceu em 25 de dezembro”.
Provavelmente não. Mas a legitimidade do Natal não exige essa exatidão, já que a celebração comemora a encarnação de Deus entre os homens, assim como não existe unanimidade na exata idade em que foi crucificado, ou até, no ano em que nasceu.

Convencionar uma data não torna a celebração pagã, já que mesmo a Páscoa tem a data alterada a cada ano. Muitos não têm ideia da dimensão do milagre ocorrido quando a data é celebrada, já que o criador dos Universos dos Universos se fez um pequeno bebê nas poeirentas terras do Oriente Médio de 2000 anos atrás. A data escolhida por Ele só teria real importância para aqueles que querem fazer mapa astral, com seus ascendentes e descendentes.

2) “25 de dezembro era a data romana onde se comemorava a adoração ao Sol Invictus”.
Fato: a partir do momento que Roma experimenta a conversão ao Evangelho, as homenagens antes feitas ao sol, agora são direcionadas a Jesus. A associação do Messias a um brilho que ofuscava o próprio Sol tornou-se uma ideia cada vez mais aceita entre os novos convertidos, já que a crença local não o via apenas como ser iluminado, mas autor, inclusive, da própria luz.

Imaginemos – minha fé hoje não é tão grande assim – que os brasileiros se convertessem a ponto do Carnaval não ser mais uma festa aceita, e se transformasse numa celebração ao Espírito. Haveria algum tipo de problema com a conversão dessa data atualmente tão nociva?

3) “A árvore de Natal descende da antiga Babilônia, desde tempos de Ninrode...”

O detalhe - mesmo se essa informação for constatada como verdadeira - é que uma coisa não invalida a outra, já que a árvore não é um simbolo exclusivo desse culto pagão. Se, em alguma longínqua tribo de 10.000 anos atrás, nômades cultuavam deuses pagãos como Astarote, Moloque ou Baal, hoje o simbolismo poderia ligá-la à Árvore da Vida.

O pinheiro mantém suas folhas verdes, mesmo no mais duro inverno ou na mais extenuante seca, sempre apontando para o alto, reta, em direção ao céu.

Se para o pagão, o Domingo é o Dia do Sol (Sunday), para o cristão é o Dia do Senhor. Se para o movimento GLBT, o arco-íris é o símbolo deles, para nós é o sinal da aliança entre Deus e a terra (Gn 9.13). Simbolismos variam de grupos para grupos.

4) “A Bíblia não prescreve essa comemoração”.

A igreja é, por excelência, um lugar de celebração. Nela celebramos o culto a Deus, mas também celebramos as ações de graças, nascimento dos filhos, o casamento, as bodas de ouro de nossos pais, os 15 anos da filha, o aniversário da igreja, o aniversário de seus membros. Porque então ela não celebraria o maior evento de todos, que é a Encarnação do Verbo? Muitos que são contrários ao natal, deveriam ser coerentes e nem se lembrar do aniversário da esposa. Aí eu quero ver!

Detalhe: as igrejas contrárias ao Natal fazem grandes festas celebrando o próprio aniversário.

5) “Trocar presentes é invencionice do Natal”

No passado, o povo de Deus separava um mês do ano para fazerem banquetes e trocarem presentes uns com os outros (Ester 9.22-23).

6) “O Natal foi comemorado a primeira vez somente no ano 356”.

Engano: o 1º Natal foi comemorado junto às campinas onde um grande coral de anjos louvou: “Glória a Deus nas maiores alturas....”

7) “Não é bíblico”

Se nas igrejas não há nenhum impedimento de se realizar cultos temáticos alusivos ao Pentecostes, à Páscoa, à Paixão, por que não realizar cultos alusivos ao nascimento de Jesus num determinado mês do ano? Se em maio as igrejas fazem cultos alusivos à Família, porque em dezembro – ou qualquer outro mês - não pode fazer alusivo ao Nascimento de Jesus, que é um tema bíblico tão detalhadamente narrado pelos evangelhos?

8)É uma data apenas para o consumismo.

Quando eu não conhecia a Cristo, a data que mais me aproximava Dele – ou onde mais se falava desse Nome – era o Natal. Como cristão praticante, todos os dias são próprios para falar de Jesus. Mas podemos imaginar o que um homem como o apóstolo Paulo faria, se tivesse uma data dessas, com boa parte da população mundial se atendo ao assunto, como não faz o ano inteiro.

9) Natal é uma festa mundana.

Negativo: ouça a Simone cantando que é uma festa cristã. Qualquer distorção mundana é uma apropriação indevida que os interesses desse mundo implantaram em prol de seus benefícios. O uso das agências de propaganda do natal para alavancar as vendas não transforma o nascimento de Jesus, confirmado na História, em um presépio de eletrodomésticos, TVs de 50' e celulares de última geração.  Quem faz isso somos nós.

Justificar a não comemoração da data pelas distorções impostas pelo sistema é dizer que nossa devoção pelo Deus Altíssimo perde o valor por conta das abominações humanas. É incoerente. Vivemos de acontecimentos cotidianos, mas também de eventos especiais e marcantes em nossas vidas, vivemos de memórias e celebrações. Sem a lembrança das coisas passadas, dos eventos alegres e significativos, tornamo-nos duros, secos, e esquecemo-nos dos feitos do Senhor.  O salmista nos ensina: 'Recordarei os feitos do Senhor, sim, me lembrarei das tuas maravilhas' (Sl 77.11).

Na íntegra AQUI <---  (Grifos e negritos meus-RF)

3 comentários:

Ricardo Alexandre disse...

O NATAL não mascarou, mas substituiu; ANIQUILOU, com a festa pagã ao SOL, astro-rei.

A celebração agora é para e sobre outro REI - JESUS, o SOL DA JUSTIÇA.


Muitos dilemas da consciência cristã são resolvidos com os três "Éles" (L).


Sirvamos a CRISTO sem Legalismo, sem Libertinagem, mas com Liberdade.

Liberdade - de uma boa consciência;
Libertinagem - de má consciência;
Legalismo - sem consciência.

Regina Farias disse...

Ricardo,

A- M - E - I !

Disse TUDO em poucas palavras,que coisa mais linda...

Isso é um dom!

Feliz Ano Novo pra vc e todos os que lhe são caros,

R.

Regina Farias disse...

Salviano,

Paz pra ti tb...

E que Deus abençoe teu lar nesse dois mil e 12.

Beijo grande!

R.