Hoje eu tomei conhecimento (de maneira bem peculiar), que uma sobrinha muito amada havia se batizado nas águas de determinada denominação. E, embora meu coração tenha acreditado e se alegrado com a sua sinceridade e gesto espontâneo nesse evento, confesso que não entendi porque fui incluída na lista de e-mail em que havia uma mensagem para ela. Afinal, eu sou das primeiras a ser discriminada sutilmente por esse grupo religioso, por não ter me rendido ao seu pacote doutrinário.
Prova concreta é que todos eles testemunharam minha conversão genuína que inclusive foi totalmente independente de programação/ritual religioso e, no entanto, passaram a me olhar pelo rabo do olho, silenciosos e desconfiados. Alguns chegaram a dizer em tom de deboche da minha empolgação apaixonada à época, como sendo soberba espiritual. E nenhum deles creu totalmente nem passou a me chamar de irmã, nem a me saudar de maneira específica. Ninguém me disse nada contra, pessoalmente. Mas as conversas soltas e as silenciosas palavras religiosas soavam muito alto em meus ouvidos. Só que era perda de tempo, eu já havia sido liberta...
Entretanto, por mais que isso não seja capaz de me tirar a alegria e a PAZ instaladas definitivamente, e por mais que eu saiba que isso é coisa de religião que nada tem a ver com a irmandade proposta pelo Evangelho de Cristo, vou sempre ficar intrigada com essa atitude sectária entre pessoas que confessam o mesmo NOME.
Ora, o que o Evangelho me diz, é que o que nos torna membros da Igreja de Jesus é fazer a confissão de que Jesus Cristo é Deus. Que Jesus Cristo é a encarnação da Graça de Deus; que Jesus é a encarnação da glória de Deus. 'E o verbo se fez carne e habitou entre nós' - disse João no início do seu escrito evangelístico.
Queria lembrar, inclusive, que o verbo confessar, traduzido em FRUTOS - significa muito mais que simplesmente dizer 'da boca pra fora'. Pelos frutos os conhecereis - alerta-nos Jesus sobre quem O conhece.
Queria lembrar, inclusive, que o verbo confessar, traduzido em FRUTOS - significa muito mais que simplesmente dizer 'da boca pra fora'. Pelos frutos os conhecereis - alerta-nos Jesus sobre quem O conhece.
Minha tristeza reside na incoerência no tratamento - respeito, aceitação, admiração, atenção especial - em relação a pessoas que são do mesmo grupo citado, mas que, na prática, DENUNCIAM escancaradamente todos os dias que não confessam o NOME de Jesus, posto que sua mente e seu coração/ação estão na contramão da proposição da verdadeira CONVERSÃO.
Entretanto, como tais pessoas seguem publicamente alguns rituais religiosos, então o deus sectário vem e passa a mão na cabeça delas. E todos se reúnem em nome de Jesus com indumentária acima de qualquer suspeita, se saúdam com ósculo santo, cantam em 'adoração', se alegram, oram, choram e falam até em línguas de anjos, para atestar uma visitação coletiva. Depois se confraternizam, comem, conversam e vão para suas casas do jeito que entraram, sem nenhuma visitação pessoal, nenhuma mudança interior, posto que - independente de liturgia e de horário de adoração marcados - mudança se faz e se percebe é lá fora, no chão da existência.
E, também, como falei dias atrás no blog do Mário, confesso que fui surpreendida pela Graça completamente FORA dos portões religiosos, mas entendo que o Espírito de Deus, em Sua soberania, sopra ATÉ dentro dos templos mais legalistas, pois Ele não age em coletividade paranóica, mas nos corações, individualmente, em momento único, especial, pessoal e intransferível. Para que, então, curados na alma, possamos viver em coletividade de maneira saudável, agradável aos olhos de Deus. É assim que eu vejo sentido na vida. E não que seja uma cura pronta, mágica, fast food, mas um início de uma longa caminhada na qual sabemos onde está a fonte dessa cura, com a certeza de que nela nunca estaremos áridos, pois que sendo curados todos os dias.
E, também, como falei dias atrás no blog do Mário, confesso que fui surpreendida pela Graça completamente FORA dos portões religiosos, mas entendo que o Espírito de Deus, em Sua soberania, sopra ATÉ dentro dos templos mais legalistas, pois Ele não age em coletividade paranóica, mas nos corações, individualmente, em momento único, especial, pessoal e intransferível. Para que, então, curados na alma, possamos viver em coletividade de maneira saudável, agradável aos olhos de Deus. É assim que eu vejo sentido na vida. E não que seja uma cura pronta, mágica, fast food, mas um início de uma longa caminhada na qual sabemos onde está a fonte dessa cura, com a certeza de que nela nunca estaremos áridos, pois que sendo curados todos os dias.
Quanto a batismo em água, embora não dê pra explanar em poucas palavras, tenho minhas restrições. E, com base no Evangelho, digo que não é no batismo em determinada denominação que recebemos a 'senha de acesso a Deus'. Essa senha nos é dada quando cremos que JESUS É! Não creio que uma imersão em água provoque nenhuma ‘mágica’ nos corações. Ora, o batismo na denominação, nada mais é, do que uma confissão pública de fé. Apenas isso. Nada além disso. Hoje eu tenho essa lucidez que me dá respaldo ante todas as superstições religiosas que um dia me oprimiram. E até sabemos de inúmeras pessoas que se batizaram nessas supostas águas santas e não tiveram qualquer mudança. Certa feita, conversando com uma pessoa religiosa sobre as atitudes de um cara super mala, ela me fez a pergunta desconcertante: ué! mas ele não se batizou?! Como se o batismo nas águas bentas daquela denominação provocasse uma mudança mágica no caráter das pessoas. Eu mesma, nelas fui batizada em busca sincera, mas não obtive mais do que angústias e dúvidas. E ali Deus já estava operando em meu coração e eu nem sabia! Ali, a minha dor e a minha luta estavam sendo LAVADAS porque Ele ouve a nossa oração sincera. E, no tempo Dele, tudo é revelado.
E o fiz com toda sinceridade e busca verdadeira, antes participando de cultos que, ironicamente, me levavam de volta pra casa com o peito mais oprimido do que quando lá entrava. Até que um dia, saí de dentro dessa tal água mágica, mais angustiada e aflita do que qualquer pessoa é capaz de imaginar. Sem falar que o sujeito lá quase me afoga. Acho que ele pensava que eu ia encontrar Jesus ali embaixo, literalmente. Foi um dos piores dias da minha vida, mas sei que alguns religiosos leem isso com estranheza (alguns até escandalizados com minha heresia) por acreditarem piamente/ingenuamente que é somente em determinados espaços físicos que Deus opera.
Eu creio no arrependimento e na mudança dos conceitos conforme a mente de Cristo. Isso é conversão. Eu creio na conversão de qualquer pessoa, desde a mais bem intencionada e ética ao mais corrupto ser humano. Inclusive, sou testemunha disso, pois tenho acompanhado casos de inúmeras pessoas com as mais variadas histórias. E, justamente por isso, não creio que isso acontece apenas se for em determinado LOCAL ou determinada denominação religiosa. Essa exclusividade espiritual em que alguns se colocam, é avessa ao Evangelho de Jesus, por ser contrária ao caráter de um Pai que acolhe em perdão e não escolhe lugar nem forma específica para demonstrar seu imenso amor a quem O busca com sinceridade.
Jesus disse a um Nicodemos até bem intencionado e profundamente conhecedor das doutrinas judaicas, que O VENTO SOPRA ONDE QUER. Ele não entendeu, porque estava impregnado pelas leis religiosas que regiam sua existência e o impediam de enxergar a ação multiforme do Espírito. Isso ainda acontece nos nossos dias. E o mais triste, é que pessoas tão bem intencionadas quanto ele, caem no mesmo equívoco considerando-se superiores espiritualmente apenas porque pertencem a uma suposta casta.
Ora, a igreja de Jesus é invisível! Ele não nos vê dentro de lugares nem nos separa pelo muro ou nome de determinada denominação. Ele nos separa pelo nosso coração arrependido e completamente entregue, desarmado. Temos um relacionamento PESSOAL com Ele. Falo com propriedade, pois tenho a mudança em mim operada por um Deus SOBERANO que age de maneira multiforme. Portanto, ninguém queira que eu concorde que é por meio de rituais de homens (liturgia) e que é em tal lugar que se dá o batismo verdadeiro em Cristo. Principalmente porque o meu encontro verdadeiro e definitivo com JESUS não dependeu de nada externo. Meu encontro com Ele foi completamente fora dos muros religiosos.
Aliás, não tem um testemunho mais contundente do que o nosso próprio e não tem palavras que consigam definir. Sim, pois quando voltei e me perguntavam se gostei, eu não conseguia expressar em palavras, só repetia, exaltada: é muito bom, muito bom, muito bom! Só que eu não sabia ainda que aquilo ‘muito bom, muito bom, muito bom’ era o amor de Deus que eu estava experimentado em doses homeopáticas e que jamais iria acabar. Eu ainda não sabia, mas era o amor de Deus agindo em todo meu ser, minhas entranhas, minha mente e meu espírito. De maneira contundente e completamente irreversível.
Esse êxtase aconteceu (teve seu início) durante o trajeto para casa, voltando de um retiro de fim de semana quando comecei a falar com alegria despudorada das coisas de Deus (Algo que antes eu achava piegas, cafona e desnecessário). Algum tempo depois, mais amadurecida - sim, pois que esta compreensão do que já temos em Cristo, é um processo para a vida inteira - entendi que aqueles dias serviram para Ele colocar abaixo todas as superstições religiosas que me afligiam ao longo da vida. Foi uma limpeza, um batismo completamente diferente do frio, mecânico e impessoal ao qual eu havia sido submetida. Desta feita, inquestionável submissão a Deus e que não depende de nenhuma performance, nenhuma exterioridade, nenhuma obrigação religiosa.
E, como falei em outro momento aqui neste blog, você pode se batizar cem vezes com a água do batismo da sua religião, mas o batismo no Espírito Santo tem seu momento especial, único. Intransferível. E que independe de religiosidade, de qualquer informação doutrinária ou aconselhamento denominacional. Pode ser em qualquer espaço ou ambiente físico, pois acontece no ambiente do SER.
E, como falei em outro momento aqui neste blog, você pode se batizar cem vezes com a água do batismo da sua religião, mas o batismo no Espírito Santo tem seu momento especial, único. Intransferível. E que independe de religiosidade, de qualquer informação doutrinária ou aconselhamento denominacional. Pode ser em qualquer espaço ou ambiente físico, pois acontece no ambiente do SER.
Enfim, fico muitíssimo feliz por essa mais nova 'irmã' que se batiza. E meu sincero desejo e minha oração é para que ela não se deixe impregnar pelo faccionismo tão abominável aos olhos de Deus. Que não prevaleça em seu coração o espírito sectário que gera presunção. Que prevaleça em seu ser e seu agir, conforme o Jesus do Evangelho, o modelo que a conduzirá a um 'caminho de flores e frutos ao seu redor onde as pessoas serão mais humanas, mais descomplicadas e mais sadias'.
E que, essa 'melhor notícia do ano', como foi colocada, seja o início de um processo pelo qual o Espírito Santo vá esvaziando seu coração de todas as crendices religiosas que nos afastam da adoração que o PAI procura.
E que, essa 'melhor notícia do ano', como foi colocada, seja o início de um processo pelo qual o Espírito Santo vá esvaziando seu coração de todas as crendices religiosas que nos afastam da adoração que o PAI procura.
Talvez alguns achem que não se encaixa em nada aqui, mas lembrei-me da pregação do Ariovaldo Ramos que ouvi ontem, onde ele faz um paralelo entre Jairo e a mulher do fluxo de sangue. Ela, rompendo com todos os cerimonialismos, aproxima-se ousadamente de Jesus; pois crê que basta tocar na veste de Jesus para ficar curada. Ele não precisa fazer nada; se ela simplesmente tocar-Lhe as vestes, estará curada. Ela nem mesmo fala com Jesus! Ela simplesmente crê!
Jairo, entretanto, no mesmo momento, aparece a Jesus com um enunciado bíblico: 'vem, impõe as mãos sobre ela, (sua filha) para que ela seja salva, e viverá'. (Crença na ação dos profetas à época)
Ele, religioso, cheio de crença. Ela, cheia de FÉ.
Em enunciado prévio e oração fria, ele via Jesus como mais um dos profetas. E, que seguindo os rituais religiosos corretamente, certamente a salvação aconteceria.
A mulher O via como Deus.
...E Jesus para quando ela LHE toca!
...E Jesus para quando ela LHE toca!
E, como diz sabiamente o pregador, este momento é suficiente para se saber com quem Deus se relaciona.
Naquele, que nos capacita a falar com mansidão, temor e boa consciência, acerca da esperança e do amor com os quais Ele nos impregnou todo o nosso ser, pela sua Graça e Misericórdia,
Regina.
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