Está ficando enfadonha essa repetitiva técnica de catar uma frase solta
na intenção de pegar outra pessoa em contradição e constrangê-la nos comentários. E se fosse apenas repetitivo e enfadonho, vá lá. Até aí tudo bem, afinal cada
um que absorva e administre seu grau de paciência (afff!) na hora em que for ler os
comentários. O problema é que, justamente pela repetição, já deu pra perceber
até demais que a colocação é bem tendenciosa e maliciosa.
Geralmente, quem lança mão desse artifício não tem muito o que dizer do texto
em geral, então procura algo que possa
comprometer sua autoria. E, mais grave ainda! – algo para distrair a atenção
do que se está dizendo, com a finalidade de denegrir a imagem da pessoa em
questão. Duas leviandades num pacote só. Por que será que isso me faz lembrar os fariseus na cola de Jesus pra
pegá-lo em contradição e desmerecê-Lo?! E até já houve quem dissesse que isso era
tática de simpatizante. Será que
aqueles intransigentes simpatizavam mesmo com Jesus? Então, se eles tinham simpatia por Jesus eu imagino como seria se fosse
perseguindo… Ué! E não era?!
Lamentavelmente, algumas pessoas não sabem discutir ideias sem conseguir
levar para o lado pessoal, tendo sempre que dar um toque malicioso de achismo
sobre o estilo pessoal do outro, quando não acusa, aponta, rotula e traça o
perfil do outro precipitadamente e sem nenhum constrangimento. Há quem vasculhe o
blog da gente pra procurar algo que queime nosso filme. Lembro-me de uma frase jocosa mas verdadeira, dessas de facebook, que diz assim: ‘se
você for falar mal de mim, me chame, sei coisas terríveis a meu respeito’. Sim,
porque muitas dessas pessoas equivocadas pensam que, se estamos falando do amor
de Jesus é porque nos achamos perfeitinhos e então inicia uma devassa na vida
pessoal da pessoa com os instrumentos que possui, faz uma tosca análise pessoal
e a expõe só por pura maldade. Alguns chegam ao cúmulo de denegrir, descaradamente,
a imagem do pai e da mãe da comentarista, como fez comigo um senhor 'cristão' bem adulto,
e já avô, esquecendo-se que quando se julga, imediatamente está se expondo ao
julgamento também.
O termo ‘cristão’ nos remete a alguém se parecer com Cristo, andar como Cristo, pois assim foram chamados (rotulados) os que O imitavam. E o termo ‘ortodoxo’ refere-se ao que defende com unhas e dentes leis e regras. Enquanto Jesus – pelo Seu imenso Amor – foi o primeiro a quebrar regras rigorosas da lei mosaica. E ainda há quem se apavone equivocadamente e se auto rotule como ‘cristão ortodoxo’... Aí eu fico a me perguntar: como assim?! E aí eu me pego criticando... Igualzinha aos outros que me criticaram (risos). Afinal, quem critica está exposto a críticas também...
Vejam que Paulo, escolhido a dedo pelo Mestre, mesmo assim deu os seus
vacilos! Só que, muitos denominacionais o comparam a Jesus e
quase chegam a acreditar que ele é a Quarta Pessoa da Santíssima TRIndade,
confundindo suas ordens disciplinadoras com o Evangelho, escandalizando-se
com certas referências a São Paulo. E não é de hoje que se percebe essa
confusão onde as cartas de Paulo – endereçadas especificamente e muitas vezes
como disciplinadores puxões de orelha – são transformadas em pontos
doutrinários em nome de Jesus. Por acaso Paulo não é um homem igualzinho aos outros? Sendo réu confesso em suas cartas, ninguém melhor do
que ele mesmo para dizer que é falho como qualquer mortal. Demonstrando humildemente ser passível de erro como qualquer
outro ser humano na face da terra.
A contradição é o ódio que exala do
coração opressor de algumas pessoas cristãs que se manifestam contra quem fala diferente delas. Pois, como diria o
Mestre, a boca fala do que o coração está cheio. Ora, convenhamos: é urgente descer do pedestal religioso e ter um mínimo de humildade e coerência. O que mais me entristece é que são pessoas que confessam o mesmo Jesus. Porque, se não fossem pessoas falando em nome
de Jesus, certamente eu mesma nem me importasse, não perderia minhas energias
e passasse longe daquilo que leio. Ou, no máximo, lesse as sandices e apenas desse
ótimas risadas. Mas isso não é algo de que se deboche. Isso causa, no máximo,
perplexidade. Afinal, o que há de engraçado nesse engano terrível? Há quem
confunda ironia com deboche. Ora, como falei dias atrás sobre isso em
comentário, vejo a ironia como uma ferramenta da retórica para criticar e denunciar
um ato reprovável. O que, por outro lado, isso não signifique, de jeito nenhum, ser indiferente. A indiferença sim, é que é oposto do amor. Já o ódio é um intenso sentimento de
raiva que é traduzido em antipatia, aversão e rancor que gera inimizade,
geralmente provocado pela vontade de reprimir um desejo, um objetivo. Assim, junte-se a indiferença ao ódio e temos o ‘xiita’ cristão na sua
mais perfeita tradução.
E o mais alarmante, é que se está falando de vida, de plenitude de vida,
de vida em abundância, de ser livre, leve e feliz entregando o peso da bagagem
a Quem se confia de verdade. Mas, infelizmente quem só enxerga a dureza da lei
não consegue atinar para algo tão simples.
É como falei há poucos dias no blog de outro amigo sobre um texto cujo
título é “O Conceito Jesus’. Esse Conceito que precisa ser implantado urgentemente nos corações, mas
principalmente, no coração do que bate no peito dizendo: Templo do Senhor é
este! - E não referindo-se ao próprio ser como deveria, mas à estrutura
religiosa à qual ele passou a PERTENCER e que passou a ser o seu objeto de
adoração. A Virgem Maria Igreja Imaculada - como diria um pregador que eu
admiro. E, achando ter o aval de Jesus, saem falando coisas absurdas, usando
expressões próprias do evangelho da condenação que tanto pregam talvez sem nem
notar, posto que é algo que já vem embutido na carga que lhe foi colocada nos
ombros – enquanto batem no peito, dizendo orgulhosamente: graças dou por não
ser como ‘os outros’.
Infelizmente a defesa denominacional que se vê em alguns corredores da vida é tão
ferrenha que acaba-se perdendo o foco e não se percebe que o foco original é sempre sobre os males que causam a opressão religiosa, e não,
particularmente de determinada denominação. Acontece sempre de alguém se doer,
por acreditar piamente que ela (a denominação) é imaculada, levando para o lado
pessoal e aí começam os achismos pessoais. Percebe-se isso, claramente, pela
sequência dos comentários. E o fato de eu não usar clichês religiosos de falsa piedade, não
significa que o que eu falo não seja em amor. Apenas os que acreditam nessa
conspiração neurótica de que se quer ‘acabar’ com essa ou aquela instituição, é
que caem nessa cilada. Um puxão de orelha - como já disse um anônimo sobre meu
‘estilo’ - é muito mais atitude de amor do que palavras condescendentes. Além do mais, eu não faço bem o tipo de quem está preocupada com reputação, esperando elogio,
aplauso ou reconhecimento acerca do que falo. Deus conhece cada coração. Ele o
esquadrinha e conhece cada intençãozinha dele lá no mais recôndito do seu
espaço.
Definitivamente, eu não faço mero discurso de liberdade. Não, meu amigo
de fé, meu irmão, camarada. Eu simplesmente VIVO essa liberdade. O que digo é
reflexo de uma vida autêntica. E, com a ajuda de Deus, vou sempre
comentar onde me for cabível, sobre tudo que tira esse maravilhoso direito
natural concedido pelo próprio Jesus e que a religião tem o desplante de tirar.
É Nele que sou livre. O único bem que importa Jesus o tem realizado em mim na sua plenitude.
E isso, nenhuma denominação é capaz de fazê-lo! Isso é experiência pessoal! E é um suprimento pra todo o sempre que não nos faz melhores
que ninguém, mas nos faz confiantes de que Nele estamos seguros. Simplesmente
assim. Como falou um dia um pregador da Palavra, é uma vertigem que poucos
entendem e poucos aceitam, posto que não se vê e não se pega. E
apenas se SABE e se experimenta, errando e aprendendo, caindo e se levantando, sabendo de onde vem o amparo, testemunhando no chão da existência, não
pensando em bonificação, mas como consequência natural de quem espalha o que se
recebeu de GRAÇA. E que os religiosos acostumados com o contrário, resistem em
enxergar, pois não querem deixar suas
seguranças visíveis e aplaudidas pelos seus conservos. Seguranças tão exaltadas
repetidas vezes e que denunciam, assustadoramente, onde está, de fato, sua
verdadeira adoração.
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