"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Que cristão sou eu?!




Está ficando enfadonha essa repetitiva técnica de catar uma frase solta na intenção de pegar outra pessoa em contradição e constrangê-la nos comentários. E se fosse apenas repetitivo e enfadonho, vá lá. Até aí tudo bem, afinal cada um que absorva e administre seu grau de paciência (afff!) na hora em que for ler os comentários. O problema é que, justamente pela repetição, já deu pra perceber até demais que a colocação é bem tendenciosa e maliciosa.

Geralmente, quem lança mão desse artifício não tem muito o que dizer do texto em geral, então procura algo que possa comprometer sua autoria. E, mais grave ainda! – algo para distrair a atenção do que se está dizendo, com a finalidade de denegrir a imagem da pessoa em questão. Duas leviandades num pacote só. Por que será que isso me faz lembrar os fariseus na cola de Jesus pra pegá-lo em contradição e desmerecê-Lo?! E até já houve quem dissesse que isso era tática de simpatizante. Será que aqueles intransigentes simpatizavam mesmo com Jesus? Então, se eles tinham simpatia por Jesus eu imagino como seria se fosse perseguindo… Ué! E não era?!

Lamentavelmente, algumas pessoas não sabem discutir ideias sem conseguir levar para o lado pessoal, tendo sempre que dar um toque malicioso de achismo sobre o estilo pessoal do outro, quando não acusa, aponta, rotula e traça o perfil do outro precipitadamente e sem nenhum constrangimento. Há quem vasculhe o blog da gente pra procurar algo que queime nosso filme.  Lembro-me de uma frase jocosa mas verdadeira, dessas de facebook,  que diz assim: ‘se você for falar mal de mim, me chame, sei coisas terríveis a meu respeito’. Sim, porque muitas dessas pessoas equivocadas pensam que, se estamos falando do amor de Jesus é porque nos achamos perfeitinhos e então inicia uma devassa na vida pessoal da pessoa com os instrumentos que possui, faz uma tosca análise pessoal e a expõe só por pura maldade. Alguns chegam ao cúmulo de denegrir, descaradamente, a imagem do pai e da mãe da comentarista, como fez comigo um senhor 'cristão' bem adulto, e já avô, esquecendo-se que quando se julga, imediatamente está se expondo ao julgamento também.

O termo ‘cristão’ nos remete a alguém se parecer com Cristo, andar como Cristo, pois assim foram chamados (rotulados) os que O imitavam. E o termo ‘ortodoxo’ refere-se ao que defende com unhas e dentes leis e regras.  Enquanto Jesus – pelo Seu imenso Amor – foi o primeiro a quebrar regras rigorosas da lei mosaica. E ainda há quem se apavone equivocadamente e se auto rotule como ‘cristão ortodoxo’... Aí eu fico a me perguntar: como assim?! E aí eu me pego criticando... Igualzinha aos outros que me criticaram (risos). Afinal, quem critica está exposto a críticas também...

Vejam que Paulo, escolhido a dedo pelo Mestre, mesmo assim deu os seus vacilos!  Só que,  muitos denominacionais o comparam a Jesus e quase chegam a acreditar que ele é a Quarta Pessoa da Santíssima TRIndade, confundindo suas ordens disciplinadoras com o Evangelho, escandalizando-se com certas referências a São Paulo. E não é de hoje que se percebe essa confusão onde as cartas de Paulo – endereçadas especificamente e muitas vezes como disciplinadores puxões de orelha – são transformadas em pontos doutrinários em nome de Jesus. Por acaso Paulo não é um homem igualzinho aos outros? Sendo réu confesso em suas cartas, ninguém melhor do que ele mesmo para dizer que é falho como qualquer mortal. Demonstrando humildemente ser passível de erro como qualquer outro ser humano na face da terra.

A contradição é o ódio que exala do coração opressor de algumas pessoas cristãs que se manifestam contra quem fala diferente delas.  Pois, como diria o Mestre, a boca fala do que o coração está cheio.Ora, convenhamos: é urgente descer do pedestal religioso e ter um mínimo de humildade e coerência. O que mais me entristece é que são pessoas que confessam o mesmo Jesus.  Porque, se não fossem pessoas falando em nome de Jesus, certamente eu mesma nem me importasse, não perderia minhas energias e passasse longe daquilo que leio. Ou, no máximo, lesse as sandices e apenas desse ótimas risadas. Mas isso não é algo de que se deboche. Isso causa, no máximo, perplexidade. Afinal, o que há de engraçado nesse engano terrível? Há quem confunda ironia com deboche. Ora, como falei dias atrás sobre isso em comentário, vejo a ironia como uma ferramenta da retórica para criticar e denunciar um ato reprovável. O que, por outro lado, isso não signifique, de jeito nenhum, ser indiferente. A indiferença sim, é que é oposto do amor. Já o ódio é um intenso sentimento de raiva que é traduzido em antipatia, aversão e rancor que gera inimizade, geralmente provocado pela vontade de reprimir um desejo, um objetivo. Assim, junte-se a indiferença ao ódio e temos o ‘xiita’ cristão na sua mais perfeita tradução.

E o mais alarmante, é que se está falando de vida, de plenitude de vida, de vida em abundância, de ser livre, leve e feliz entregando o peso da bagagem a Quem se confia de verdade. Mas, infelizmente quem só enxerga a dureza da lei não consegue atinar para algo tão simples.

É como falei há poucos dias no blog de outro amigo sobre um texto cujo título é “O Conceito Jesus’. Esse Conceito que precisa ser implantado urgentemente nos corações, mas principalmente, no coração do que bate no peito dizendo: Templo do Senhor é este! - E não referindo-se ao próprio ser como deveria, mas à estrutura religiosa à qual ele passou a PERTENCER e que passou a ser o seu objeto de adoração. A Virgem Maria Igreja Imaculada - como diria um pregador que eu admiro. E, achando ter o aval de Jesus, saem falando coisas absurdas, usando expressões próprias do evangelho da condenação que tanto pregam talvez sem nem notar, posto que é algo que já vem embutido na carga que lhe foi colocada nos ombros – enquanto batem no peito, dizendo orgulhosamente: graças dou por não ser como ‘os outros’.

Infelizmente a defesa denominacional que se vê em alguns corredores da vida é tão ferrenha que acaba-se perdendo o foco e não se percebe que o foco original é sempre sobre os males que causam a opressão religiosa, e não, particularmente de determinada denominação. Acontece sempre de alguém se doer, por acreditar piamente que ela (a denominação) é imaculada, levando para o lado pessoal e aí começam os achismos pessoais. Percebe-se isso, claramente, pela sequência dos comentários. E o fato de eu não usar clichês religiosos de falsa piedade, não significa que o que eu falo não seja em amor. Apenas os que acreditam nessa conspiração neurótica de que se quer ‘acabar’ com essa ou aquela instituição, é que caem nessa cilada. Um puxão de orelha - como já disse um anônimo sobre meu ‘estilo’ - é muito mais atitude de amor do que palavras condescendentes. Além do mais, eu não faço bem o tipo de quem está preocupada com reputação, esperando elogio, aplauso ou reconhecimento acerca do que falo. Deus conhece cada coração. Ele o esquadrinha e conhece cada intençãozinha dele lá no mais recôndito do seu espaço.

Definitivamente, eu não faço mero discurso de liberdade. Não, meu amigo de fé, meu irmão, camarada. Eu simplesmente VIVO essa liberdade. O que digo é reflexo de uma vida autêntica. E, com a ajuda de Deus, vou sempre comentar onde me for cabível, sobre tudo que tira esse maravilhoso direito natural concedido pelo próprio Jesus e que a religião tem o desplante de tirar. É Nele que sou livre. O único bem que importa Jesus o tem realizado em mim na sua plenitude. E isso, nenhuma denominação é capaz de fazê-lo! Isso é experiência pessoal! E é um suprimento pra todo o sempre que não nos faz melhores que ninguém, mas nos faz confiantes de que Nele estamos seguros. Simplesmente assim. Como falou um dia um pregador da Palavra, é uma vertigem que poucos entendem e poucos aceitam, posto que não se vê e não se pega. E apenas se SABE e se experimenta, errando e aprendendo, caindo e se levantando, sabendo de onde vem o amparo, testemunhando no chão da existência, não pensando em bonificação, mas como consequência natural de quem espalha o que se recebeu de GRAÇA. E que os religiosos acostumados com o contrário, resistem em enxergar,  pois não querem deixar suas seguranças visíveis e aplaudidas pelos seus conservos. Seguranças tão exaltadas repetidas vezes e que denunciam, assustadoramente, onde está, de fato, sua verdadeira adoração. 

Texto construído a partir de comentários feitos AQUI <--- p="">

RF.


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