Jackson do Pandeiro foi o homenageado da edição do dia 24, sexta, no Som Brasil. Paraibano de Alagoa Grande, nascido em 1919, filho de uma catadora de coco, ganhou da mãe seu primeiro instrumento, o pandeiro. Quando foi pro Rio tentar a carreira, adotou o nome de Jack, em homenagem a um dos seus ídolos do cinema, Jack Perry, ator de filmes de faroeste. Um programador de rádio, sugeriu usar o nome "Jackson", porque teria mais força e assim nasceu seu nome artístico: Jackson do Pandeiro.
Considerado pela crítica como um dos maiores ritmistas, Jackson, com sua capacidade de improvisar em cima das melodias, criou um estilo todo próprio com base nos ritmos nordestinos. Baião, Coco, Xote. Tudo com uma levada jazzística, chegando a influenciar o mestre da Bossa Nova, João Gilberto. Foi - ao lado de Luiz Gonzaga - o grande responsável pela descoberta da música nordestina dos grandes nomes da música brasileira.
Faleceu em 1982, deixando 30 discos gravados, muitas composições de sua autoria como "Cantiga de Sapo", "Cumpadre João" e "Xote de Copacabana", além de colocar sua marca em outros sucessos como "Forró do Limoeiro", "Dezessete na Corrente" e "Ele Disse".
Esse artista notável ganha justa homenagem no programa "Som Brasil" com a BANDA CASCABULHO (acima) que empresta sua voz e sua arte para entoar alguns dos seus grandes sucessos. Estas músicas fazem parte do melhor acervo do Forró Tradicional que representa a verdadeira cultura do povo nordestino.
Forró autêntico não precisa de apelação.
Lute pela preservação da cultura brasileira de qualidade.
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