"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O que significa EVANGELIZAR?




Evangelizar é boanovizar o mundo, dizendo a todos que Deus se reconciliou com os homens em Cristo!

Assim, eu anuncio a reconciliação porque eu mesmo fui reconciliado, mesmo antes de aceitar que estava reconciliado. Eu não me reconciliei com Deus, e, então, Deus vendo minha atitude, se reconciliou comigo.

Não! Não foi assim! Eu apenas fiquei sabendo que já não havia mais morte a me matar, posto que Jesus havia vencido aquele que tem o poder da morte, a saber: o diabo; e que havia matado a minha morte na Cruz. Assim, eu cri; e, assim, encontrei paz. Ora, é este encontro de amor aquilo que me motiva a pregar a Palavra, com palavras e com ações; com falas e com sinais e prodígios do amor de Deus.
Para nós, cristãos, entretanto, a coisa toda virou uma missão de angústia e desespero, posto que passamos a crer que tudo depende de nós, e que se não levarmos os homens a “aceitarem a Jesus”, nós estamos em situação difícil—é o tal do sangue do outro na cabeça da gente—; ou, então, a gente fica com raiva de quem não aceitou, e mandamos logo o cara para os quintos dos infernos.

O que a gente não leva em consideração é que o “Jesus dos cristãos” já não é o Jesus dos evangelhos. O “Jesus” dos cristãos é uma criação da igreja e do cristianismo; e também não percebemos que o nome de Jesus, para os de fora, representa apenas esse fenômeno religioso que a gente diz que carrega a salvação. Assim, sinceramente, o mundo todo já está perdoado por não “aceitar a Jesus”, posto que o próprio Jesus também não “aceitaria Jesus”, se o que se apresentasse a Ele fosse justamente aquilo que nós apresentamos aos homens.

Sim, Jesus não “aceitaria Jesus”, conforme os evangélicos e os cristãos em geral o “pintam”. E digo isto sem nenhum temor, com total ousadia, e certo do que digo.

Evangelizar, antes de ser sair vendendo um pacote de salvação religiosa, é, e somente é, viver de modo tão pacificado e tranqüilo, que as pessoas percebam que o que nos habita é o resultado de nossa vinculação com o próprio Deus.

Nenhuma evangelização realiza o bem proposto no Evangelho enquanto o que se prega é o “Jesus da igreja”. O “Jesus da igreja” não é melhor do que os demais sábios do mundo, e, num certo sentido, é infinitamente mais raso e pequeno do que os maiores sábios da Terra. Assim, na maioria esmagadora das vezes, os homens não rejeitam a Jesus, mas sim a sua representação, e que é feita pela religião cristã e pela igreja. Sim, um “Jesus” que Jesus não aceitaria.

Desse modo, eu mesmo digo: se eu não tivesse, pela Graça de Deus, conhecido a Jesus mesmo, conforme o Evangelho, saiba, muito provavelmente eu estaria entre aqueles que seriam visto como "perdidos", apenas porque, em mim, quase tudo rejeita essa falsificação de Jesus, feita pela religião. Nesse caso, não aceitar o “Jesus da igreja” é até uma afirmação de busca mais excelente, posto que somente seres muito básicos e satisfeitos com quase nada, é que aceitam um "Jesus" tão pouco parecido com Deus e com o homem.

E para que se prega? Ora, para que as pessoas gozem na Terra, ainda, a paz e a alegria de serem de Deus, sem medo, sem culpa, sem as aflições da morte, e sem as entregas à tirania do poder da morte, que é aquilo que desgraça a alma dos homens e destrói o mundo.

Nele, em Quem Deus reconciliou o mundo consigo mesmo,




6 comentários:

Ricardo Mamedes disse...

Regina,

Você sabe de uma coisa? Na verdade nós não aceitamos mesmo a Jesus, pois foi Ele quem nos Escolheu antes (João 15:16, 6:44 e 6:65). Nós apenas O recebemos. A graça, unicamente ela, nos capacita a ter fé (Efésios 2:8-9), e não temos qualquer mérito nesse processo.

Mas 'este século' se esqueceu mesmo dessas verdades bíblicas, tentando desconstruí-las incessantemente com esse maldito humanismo/liberalismo, que leva a tantos outros "ismos". A revelação já não tem mais qualquer importância, pois o que conta mesmo é a "metodologia" para se chegar até ela. E quantos "métodos" eles têm. E posso dizer que nunca chegam à revelação verdadeira, mas somente a mais enganos e mentiras, e heresias.

Grande abraço!

Ricardo.

Regina Farias disse...

Então, Ricardo...

É o que se assiste no cotidiano. Assiste-se e assusta!

E insistem!

E nem precisa sair de casa para se constatar essa coisa tão triste, tão lamentável, essa louca babel.

Basta ler blogs "cristãos"...

De um lado, teólogos de plantão com suas metodologias cansativas que "nem se tocam" que despejam suas verborragias na tela, usando e abusando dela como se fosse espelho rss de forma tão extremada que nem percebe que, na verdade, ali está sendo pintado o quadro de sua alma envaidecida pelo pincel de um conhecimento tolo que de nada se aproveita para uma vida de relacionamento pra valer!

De outro lado, pentescostais "carismáticos" apegados desesperadamente a normas e exterioridades vãs que NADA dizem acerca do real conteúdo do Evangelho. (e AINDA juram de pés juntos que foi "Jesus quem ordenou").

Ambos gastando exaustivamente o seu grego rsss na ânsia de provar que a eles foi dada "a revelação".

E assim caminha a humanidade, cheia de si mesma e cada vez mais"convertida".

E ironicamente mais distante...

Beijos pra você e pra sua linda família!

R.

Ricardo Mamedes disse...

Regina,

Sobre o seu comentário, quero fazer uma pequena crítica: A teologia não é culpada da incredulidade; o conhecimento, ou a busca dele, envolvendo Deus (e isso é teologia!)não pode ser envolvido por um véu de preconceito.

Eu penso que a revelação caminha junto com a teologia - esta última, usada como instrumento para apreender Deus e alguns dos Seus mistérios.

O erro de grande parte dos pentecostais é exatamente esse, o abandono do saber, da teologia, dos grandes estudiosos do passado (também alcançados pela revelação!), colocando no 'sobrenatural' e nas manifestações humanas (experiência)toda a 'espiritualidade'.

Concordo que a discussão não pode e não deve levar ao envaidecimento, mas a busca do saber genuíno, ainda que de Deus, é proveitosa e edificante.

Falíveis todos somos, "tanto cá como lá". Em qualquer lugar devemos mesmo evitar a arrogância, soberba e vaidade, pedindo a Deus que nos liberte desses grilhões do inimigo.

Grande abraço,

Ricardo

Regina Farias disse...

Pois é, talvez eu não tenha me expressado bem, mas você critica igualmente o que eu critico. Meus textos que o digam!

Ou seja: estamos falando a mesma língua rss

E quando eu digo "teólogos" e os "avivados"(veja as aspas) são os tais que, de plantão, colocam o seu conhecimento/revelamento acima da compaixão proposta pela SIMPLICIDADE do Evangelho. Só isso.

Não estou aqui "condenando" estudo nem carisma :)

Aliás..

Ah, se os dois andassem juntos harmoniosamente e nós aprendêssemos que não é atributo de Deus o que é exclusivo da natureza humana.

Abs...

R.

Ricardo Mamedes disse...

Cara regina,

Lendo o este seu post, e após fazer os comentários aqui, decidi por escrever algo a respeito (ou com sentido semelhante). Por isso venho para INTIMÁ-LA a uma visita ao meu blog, com comentário! rsrs.

Bem, te espero por lá.

Abraço,

Ricardo

Regina Farias disse...

Então, Ricardo...

Intimação cumprida que eu num sou doida rsss

Já fiz meu comentário - inclusive ácido rss- lá no seu blog

E valeu por abrilhantar o meu singelo espaço com suas sábias palavras.

Abs...

R.