"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Remorso e Arrependimento

 

Muitos confundem remorso com arrependimento.

 

A direção de um é para o passado e a direção do outro é para o futuro, ambos com implicações para O HOJE.

 

O primeiro acontece quando olhamos para trás e perguntamos: por que eu fiz isso? O segundo acontece quando olhamos pra trás e falamos: buscarei ser melhor.

 

O primeiro olha para trás com lamento; o segundo olha para trás com gratidão.

 

O primeiro é negação do perdão; o segundo é fruto de um coração que se sabe perdoado.

 

O primeiro nos anula; o segundo nos projeta.

 

O primeiro nos faz ter cara de gente responsável; o segundo soa aos outros como irresponsabilidade.

 

O primeiro é pura agonia; o segundo é contentamento apesar de

 

O primeiro inviabiliza a relação consigo mesmo, com os outros e com Deus; o segundo é caminho de vida para a Vida.

 

O primeiro nos aprisiona ao passado; o segundo acontece como compromisso com a vida hoje e amanhã.

 

O primeiro é dor para morte; o segundo é dor que gera vida, consciência e paz.

 

O primeiro é manifestação da nossa lei moral que fantasmagoriza o nosso presente; o segundo é manifestação da graça de Deus no coração de quem simplesmente crê no Seu amor AGORA.

 

O convite de Jesus é para o arrependimento, que nada mais é que o processo permanente de mudança de mente. Mudança das disposições mentais e emocionais ante os desafios da vida, ante a velha natureza e os estimulos que o sistema filosófico, psicológico e espiritual buscam realizar em nós.

 

A consciência do Evangelho em nós é perdão, sem a qual se torna impossível fazer a viagem existencial de mudanças interiores.

 

Sem o perdão de Deus, como consciência, deixamos de fazer usufruto das benesses da graça de Deus na vida.

 

“Arrependei-vos e crede no Evangelho” – disse Jesus.

 

Ou seja: mudem a maneira de pensar, redirecionem o vosso olhar e deem razão ao que Cristo diz e É, pois o Evangelho é a Boa Notícia de que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

 

Este é o decreto da graça de Deus para a morte do remorso essencial de todos nós e para todos os remorsos objetivos em nossa história, para que vivamos livres em gratidão, responsabilidade e amor.

 

Agora você sabe o que é remorso e arrependimento. O que você vai fazer?

 

Nele, que simplesmente me ama e quer me ensinar todos os dias a viver,

 

Samuel Andrade <--- clique aqui

Grifos e negritos meus - RF


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13 comentários:

Anônimo disse...

Oi Bispa,
eu ouvi de alguém uma vez, que muitos dizem 'não se arrependerem de nada que fizeram na vida' e isso é desesperador, pois o arrependimento é que, em muitos aspectos, nos faz seguir em frente.

O remorso é bem diferente. Vide o caso de Judas que com o coração cheio de remorso de seu erro, foi e suicidou-se. Se houvesse arrependimento.... (bom, não entrarei nesse mérito, pois acarretaria uma discussão teológica desnecessária).

Eu me arrependo SEMPRE, de coisas que fiz.

Anônimo disse...

Olá Regina.

Muito edificante seu texto,parabéns,eu acredito que é melhor combater o que nos faz mal,se errar é melhor admitir do que ficar remoendo,nossa!!! ai acaba numa indigestão.rsrs
Beijos
queira receber um abraço fraterno

Ass:anônima da pergunta sobre ''manifestações da fé''

Henrique P disse...

Regina,

Que a Paz do Senhor Jesus esteja em teu coração.

Quando dizes:
"Ou seja: mudem a maneira de pensar, redirecionem o vosso olhar e deem razão ao que Cristo diz"

Se o pensamento é estabelecido no célebro e este comanda o corpo humano, mudar "a maneira de pensar" leva a pessoa a mudar seus atos, seus valores, seu caráter diante de Cristo. Podemos dizer que essa mudança é fruto de Cristo dentro da pessoa, pois o pecado que antes de entregar seu coração a Cristo, hoje com Cristo ela tem força de rejeitar.

Sei que rejeitas veementemente o legalismo. Sei que não são as obras que salvam, mas também entendo que as obras são frutos manifestos por uma pessoa modificada por Cristo.

Assim sendo, aguardo uma resposta tua.

Que Deus abençoe teus caminhos.

Henrique

Regina Farias disse...

W. (Sei que é você, mesmo sem assinar rss Conheço seu estilo e teu modo de pensar...)

Qto ao primeiro parágrafo colocado por ti, euzinha também já ouvi falarem isso e eu mesma (na velha pretensão humana rss), já falei isso muitas vezes, mas antes da minha conversão, claro! Até porque eu não sabia o que era arrependimento. Ora, arrependimento é sinal de humildade! E como agradar a Deus sem humildade?

Inclusive achava meio fanático quando lia nas paredes por aí 'arrependei-vos e crede no Evangelho', pois via tipo uma neurose, uma ameaça, apontando para um Deus sisudo e vingativo. E o pior é que isso só nos estimula a não querer nada com esse 'evangelho' ameaçador e a repetir que não se arrepende de nada, mas no fundo, no fundo é porque morre de medo de perder a lucidez, o bom senso e o controle da própria vida. Veja o que faz a religião na nossa mente...

Aí você tem um encontro pessoal com Jesus e fica mais lúcido, mais sensato, mais verdadeiro... E em paz. Suas ideias se alinham com a do Altíssimo e então vc passa a experimentar uma vida de paz e descanso verdadeiramente genuíno e não aquela paz mecânica e terrorista da religião. Passa a viver uma segurança completamente diferente de todas aquelas aparente seguranças que te acompanharam durante a vida inteira. É a história dos velhos conceitos que vão abaixo... E são substituídos por outros. Os de Deus.

Quanto ao teu segundo parágrafo, também não me interessa essa discussão teológica, até porque não leva a nada, só faz acirrar os ânimos e principalmente a vaidade dos que se propõem a isso. Tô forinha da silva. O propósito do texto nem é esse...

Beijo grande!

R.

Regina Farias disse...

Anônima, se apresente, não dói :)

Agradeço pelo abraço mas fico meio sem jeito de receber pois nem sei teu nome.

E o texto não é meu, mas assino embaixo.

Volte sempre!

Regina Farias disse...

Henrique,

Não entendi teu comentário como pergunta, mas sem me conhecer (ou você me conhece?! rss) já sabes o que penso sobre legalismo, então suponho que seja a esse respeito o teu questionamento.

E, olha, não é o que penso, simplesmente. É porque bate de frente com o Evangelho da Graça.

Pois o grande risco das leis, como Jesus bem coloca ao longo do Seu ministério terreno, assim como Paulo em suas cartas, é o equívoco que as pessoas cometem a todo instante nas suas cartilhas religiosas (e não me venha dizer que isso não é notório!)ao associar boas obras com passagem garantida para o céu. (Por ironia, algumas denominações seguem um ferrenho legalismo supostamente determinado por Paulo como mandamento).

"Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. NÃO DE OBRAS. Para que ninguém se glorie".(Cf Ef 2:8.9 - caps meus)

Ora, Deus nos dá consciência e derrama sobre cada um, a GRAÇA de fazer o que é bom. Por outro lado, onde impera a lei, não há revelação da Graça. Há de se escolher.

Aí as pessoas usam as palavras de Tiago, mas não atentam para o contexto que diz simplesmente que a fé induz à ação. Não precisa de nenhuma 'exegese' pra sacar que sua preocupação era com aqueles cristãos que tinha fé imatura e destituída de boas obras. Pois que a fé genuína MOTIVA o coração a glorificar a Deus por meio de ações práticas. De forma natural, consciente, espontânea, sincera, com disposição no coração. E não por obrigação ou por evangelismo programado e mecânico como muitas denominações religiosas se propõem.

Como você mesmo diz, as boas obras são o resultado NATURAL da fé.

É assim que procuro viver...

Abs,

Henrique P disse...

Perfeito.

Deus te abençoe!

Douglas disse...

A paz de Deus seja contigo irmã Regina!

Maravilhoso o seu texto, realmente alimentou a minha alma e falou no íntimo do meu coração. Quero e desejo me arrepender sempre!
Que Deus te abençoe ricamente

Um grande abraço,
no amor de Deus,
Douglas

Anônimo disse...

Oi Regina...
Estou num dilema num problema muito grande...pequei contra o Senhor e no momento que pequei me senti suja me senti enganada fiquei com vontade de bater em mim mesma...não quero mais fazer isso! acontece que é a segunda vez que faço e não quero mais, não quero mesmo, não sei o que fazer parece ser mais forte que eu...me ajude, se puder...

Altamirando Macedo disse...

Remorso é um sentimento nobre. Arrependimento é uma condição do caráter.
Remorso é uma reprovação da consciência quando sente que se cometeu uma falta
Arrependimento é quando se tem consciência de reparar esta falta cometida. Nem sempre um, vem acompanhado do doutro.
Abraços.

Regina Farias disse...

Anônima,

Espero sinceramente que seja algo que te incomoda a consciência, e não algo gerado pelas pressões neuróticas das religiosidades impostas. Até porque, a religião é mestra em criar as neuroses, mas a verdade nua e crua é que não existe uma fórmula mágica religiosa que conduza a pessoa a não mais cair nessa ou naquela tentação. Isso vai do domínio próprio de cada um e que é concedido pelo Espírito Santo, individualmente. Então, quando nos submetemos ao Senhor, pedimos a Ele que nos ajude a fazer escolhas conforme Sua perspectiva.

O que acontece é que o ser humano que não se converte ao Senhor é expert em racionalizações e quando ele quer permanecer no erro não vai lhe faltar pretextos e desculpas. O senso de realidade altera em função de suas conveniências de tal maneira que aquilo que é uma mentira instala-se como verdade em sua mente adoecida e acomodada por aquele ‘bem’ que está acontecendo em sua vida. A pessoa fica se remoendo, mas permanece no erro. Sabe que fez mal a si e a outrem, mas não muda de atitude. Ou seja: tem remorso, mas não está arrependida (Arrependimento = mudança). Sente o peso da vacilada que deu, mas não tem a coragem de se auto-denunciar de modo que dê início a uma nova vida completamente LIVRE daqueles pesos da culpa que só leva a caminhos cada vez mais tortuosos.

Como diz o clássico ditado, ‘errar é humano, permanecer no erro é diabólico’. ('diabólico' no sentido de te deixar oprimida, te adoecer, te apertar o peito, pois essa é a função do tinhoso. João 10.10)

Vejo em seu caso, um ‘pecar’ específico, mas mesmo assim, não se deixe oprimir, pois, conforme você mesma afirma, já há uma CONFISSÃO, que é o início de um tratamento interior. A consciência de que pisou na bola, ainda que se sinta fraca. Vejo isso TE FORTALECENDO, pois como início de uma CURA, aliás, DA CURA, que começa com o reconhecimento do poder de Deus sobre nossas vidas e a nossa total incapacidade de vencer com as próprias forças aos convites diários com seus encantos e fascínios.

Não tem grande segredo. É pedir socorro a Deus. Pedindo com sinceridade de alma e entregando-se em total impotência Ele nos socorre, creia! Como disse um pegador dias atrás: Deus não resiste à confissão de um coração quebrantado e contrito.

Enfim, não se deixe oprimir pelas religiosidades nem se deixe levar pela culpa de ter uma relação temerosa com Deus. Creia que a solução para a culpa é justamente a constatação dela (a culpa) pela nossa ‘iniquidade’. E que a CURA vem da apropriação da Graça de Deus em nós. Isso nos 'limpa' e é um processo constante. Ninguém é perfeito, ninguém é cem por cento correto, quem disse que não peca é um grande mentiroso!

Conte com minha oração. Não sei quem tu és, mas Deus o sabe!

Receba o meu abraço sincero!

R.

Regina Farias disse...

oops! Correção: ...como disse um PREgador dias atrás... :)

Regina Farias disse...

Altamirando,

Então...

Sentimento nobre ou não, o que eu sei, para a vida prática, é que nobreza de sentimento sem ação, sem mudança de conceito e de atitude, não serve de nada para um relacionamento sadio.

Por isso mesmo, nada tem a ver com arrependimento, que se caracteriza por mudanças profundas no agir a partir do redirecionamento dos conceitos.

Abs,

R.