As três principais religiões monoteístas que dominaram a história da humanidade (judaísmo, cristianismo e islamismo) deixaram explicitados os estragos causados todas as vezes que a religião procurou institucionalizar o divino e o sagrado.
Por diversos momentos, na história da humanidade, a religião virou o próprio “diabo”, perseguindo, condenando, e matando homens e mulheres em nome de Deus.
O evangelho de Jesus Cristo é a própria contraversão da religião adoecida que deseja submeter, escravizar, e condicionar almas moribundas que necessitam de salvação.
É evidente que em meio a esse panteão religioso existem os discípulos do caminho, aqueles que Jesus chamou de “suas ovelhas”, mas é estarrecedor observar a sagacidade e a crueldade praticada pela religiosidade subversiva.
Dentro do nosso contexto religioso (brasileiro) é incomum observarmos os estragos causados pela religião no nível da agressão, perseguição ou morte física, mas é alarmante o acumulo de estragos no nível da subjetividade, aquela que acontece na dimensão da mente e das emoções.
Eu reprovo o modus operandis dessa religião porque ela propaga a repressão, enquanto o evangelho proclama a expressão. Quantas pessoas vivem reprimidas, imaginando estarem vivendo o real significado da santificação, enquanto na verdade estão vivendo as agruras da repressão, que culminará em algum momento em loucura e desequilíbrio. O evangelho nos convida para a moderação e o crescimento através de uma consciência livre e renovada em Deus.
Eu reprovo a religião, porque ela proclama o evangelho como um produto e não como um processo de Deus em nós. Infelizmente é crescente a ideia de que a salvação é adquirida por procedimentos ou méritos humanos e não através da graça e do agir de Deus no homem. A religião defende o engessamento do individuo, enquanto que, o evangelho promove a continuidade consciente da pacificação com Deus através de Cristo Jesus.
Eu reprovo a religião, porque ela promove a falsa sensação de bem estar para seus adeptos, enquanto que, o foco do evangelho é desnudar o homem através da verdade eterna de Deus. Uma vez que, o evangelho não é fruto da humanidade, mas é a manifestação do favor de Deus em Cristo Jesus, sua mensagem na maioria das vezes choca-se com as atitudes humanas, marcadas pelo pecado e rebeldia contra o criador. A religião de contrapartida é o esconderijo perfeito em nome de “Deus” para o pecador, que procura se esquivar do confronto com a verdade do verdadeiro Deus.
Eu reprovo a religião porque ela manifesta-se de acordo com a vontade humana, enquanto que, o evangelho ecoa e manifesta-se de acordo com a vontade divina. É incrível notar a facilidade com que a religião se adapta no tempo e no espaço. Basta olhar para a história e veremos atrocidades religiosas que autenticam a sua eliminação imediata do contexto humano, porém, observe que a religião continua presente adaptada ao novo conceito de mundo.
Eu reprovo a religião porque ela formata os homens, enquanto que, o evangelho regenera o homem. Uma característica de todo religioso é a estagnação em todos os níveis. A sensação é que a religião condiciona o homem dentro dos seus muros, impossibilitando-o de ser livre através de uma consciência amadurecida pela palavra de Deus. A regeneração, por sua vez, é a própria influencia de Deus em nós, transformando nosso estado pecaminoso em uma nova realidade de vida e percepção de mundo.
Eu reprovo a religião porque ela aliena as pessoas, enquanto que o evangelho inclui o homem na vida. É comum encontrar religiosos sincronizados com as programações, campanhas, rituais, ilusões e sacrifícios de suas congregações, enquanto que o crack, desigualdade, pedofilia, desastres naturais, e todo tipo de violência e morte aumentam do lado de fora dos muros da igreja. Uma das máximas do evangelho é a inclusão dos filhos de Deus como sal , luz, e testemunhas, em um mundo de trevas e pecado.
Eu reprovo a religião porque ela fragmenta os homens, enquanto que o evangelho unifica as pessoas. A religião sempre foi um dos maiores fenômenos que fragmentou ou dividiu pessoas na história humana. O evangelho por sua vez, sempre visou a unidade mesmo em meio as diversidades (diferenças humanas) através do espírito de amor e serviço manifestados em Cristo Jesus.
Eu reprovo a religião... Enquanto amo cada dia mais o Evangelho de Cristo Jesus.
Extraído DAQUI (Grifos meus - RF)
5 comentários:
Excelente texto!
Gostei principalmente disso:
A religião "propaga a repressão, enquanto o evangelho proclama a expressão"
Aqui na blogosfera não é difícil a gente descobrir quem ainda está oprimido pela religiosidade. São aqueles que tentam nos impedir de expressar nossa opinião, tentando nos obrigar a pensar como eles através da força, da intimidação.
Jesus permitia que as pessoas expressassem sua opinião, ou mesmo interpretação das Escrituras (Lc 10:26). Precisamos cada vez mais aprender com nosso Mestre.
Graça e paz!
Rê, EU REPROVO A RELIGIÃO porque ela "monstrifica" o ser criado a imagem e semelhança de Deus, fazendo dele um produto do inferno!
Um ABRAÇÃO mana,
Franklin
Meus queridos:
Eu reprovo a religião porque o que ela faz na mente das pessoas é exatamente aquilo que está na imagem acima.
Ali, quando se está entre quatro paredes, está pintado de maneira horrorosa o quadro da insanidade provocada pela "crentice" religiosa.
Falo por experiência própria, pois quantas vezes me vi como nessa imagem, com as mãos na cabeça, atormentada pela pressão e pelo peso que a religião causa em nossas mentes.
De pessoas neuróticas, crentes, evangélicas, religiosas, o mundo está cheio, as igrejas lotadas... Mas o retorno à LUCIDEZ é condição essencial para se viver o Evangelho de Jesus Cristo.
Jugo SUAVE e fardo LEVE... Somente NELE!
Beijos,
Rê.
Eu tbm reprovo a religião pq ela mascara, aparte, denigre, regride, deturpa, destrói, agride...eu fui subjetivada pela religião, e carrego ainda resquícios dela, por isso a rejeito.
Bjs Rê.
Elídia, minha amiga!
Igual a você, eu também rejeito com todas as minhas forças, porque vivenciei essa religiosidade na sua forma mais perversa, mais opressora.
Amei sua participação curta e contundente!
Beijo grande,
Rê.
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