"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A velha tentação



Tentações de todos os tipos e de todas as formas, indo de realidades subjetivas às mais grotescas vontades de realizações objetivas e concretas. Quem não as tem? Quem nunca as teve? Quem jamais as terá?

Não é de admirar que o Evangelho inicie praticamente com este tema e que Jesus tenha nos mandado vigiar e orar para não se cair em tentação. E com este cair em, Ele revela as estações da tentação e que têm a ver com as dinâmicas psíquicas de nosso ser.

E quando Ele mandou orar para evitar a tentação, não ensinava a devoção neurótica (vou orar contra a tentação) nem a atitude paranóica (poderei ser atingido pela tentação a qualquer momento).  O que Ele ordena é que se encha a mente de oração, de um falar constante com Deus, um falar consigo mesmo em Deus; de tal modo que o pensar não é de si para si, mas acontece em Deus, vivendo em permanente estado de conferência com Ele.

No Pai Nosso, Ele vincula o 'não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal', ao contexto antecedente, que fala de estar cheio e tomado pelo Pai; pelo desejo de que Seu nome seja em nós santificado; que seu reino cresça em nós; que a vontade Dele tenha seu lugar e chão em nós; além de nos remeter para a busca do que é do céu aqui na Terra. 

Esse tema da tentação é interminável, como infindáveis são as pulsões de tentação humana. E o melhor que se pode fazer por si mesmo na hora da tentação, não é pensar que podemos vencê-la, mas sim que não temos o poder, em nossa carne, para combatê-la. E descansarmos em relação à tentação, pois ela se alimenta de nossa luta contra ela. Ou seja: quanto mais se enfrenta a tentação como tal, mais ela cresce em nós; e se orarmos contra ou em razão dela, mais ela se 'fixa' em nós; tornando-se uma devoção diabólica; fazendo-nos 'orar' contra aquilo que só se torna o que tememos quando é tratado como tal.

A única maneira de enfrentá-la é nos desobrigarmos de conversar com ela ou de respondê-la. Ou de mostrar para Deus e para nós mesmo que temos o poder do livramento e que, por isso, a venceremos. Porque o 'poder do livramento' do qual nos fala Paulo - escrevendo aos coríntios - só se efetiva na vida daquele que descansa no livramento que já é; e que não apenas será se o tornarmos real por nossas próprias forças!

Quando confiamos na Graça e no amor de Deus por nós, toda tentação perde seu poder; e se descansarmos na certeza de que Jesus já foi também tentado por nós, conhecendo cada uma de nossas fraquezas ou tendências, mais vicária e transferível, pela fé, será a vitória de Jesus em nosso favor. E isto, se houver confiança e descanso, pois descansando é que se vence a tentação, confiando na fidelidade e na imutabilidade do amor de Deus. Somente assim recebemos o poder de resistir. Ou de suportar a tentação. Desse ponto em diante as tentações deixam de ser “sobre-humanas”, e se tornam apenas humanas; e, portanto, reduzidas ao nosso próprio nível, deixando de ser um poder irresistível.

As tentações crescem na medida em que nossas pulsões psicológicas, provocadas pelas nossas próprias cobiças (insegurança essencial) - e que são os agentes progenitores do que chamamos tentação - se aninham e se fixam em nós como medo de Deus e de Sua punição. Por essa via elas apenas aumentam, visto que tal realidade existencial e psicológica aceita a provocação do "medo de estar sendo tentado".

Do mesmo modo elas crescem em razão de nosso debate com elas. Tentação come medo e se alimenta do seguinte cardápio: oração amedrontada, debate psicológico, discussão com ela, medo de Deus; e também de seu oposto, que é a arrogância que julga que por força própria se pode vencê-la. Quem já não tem justiça própria, não tem mais assunto com nenhuma tentação!

Quando a gente aprende isso, a tentação começa a perder o poder; posto que se alimenta de nossas importâncias; e sobretudo de nossa justiça-própria, de nossa necessidade de dar explicações a nós mesmos e aos céus; e, sobretudo, do medo de estar sendo tentado!

Quem desejar, pratique; e verá como as tentações não suportam a confiança e o descanso na Graça; e isso, em silêncio que nem ora contra, mas apenas ora em gratidão! O grande problema é aprender isso como confiança, na prática. E não, como 'teoria'.

E mais: aprender a ser grato e natural com Deus mesmo em tais horas críticas...

Jesus ou a religião. Escolha.



Jesus combateu os líderes religiosos de sua época com muita firmeza; eles eram falsos, impunham suas regras moralistas e policiavam as pessoas; sentiam-se superiores e rejeitavam os pecadores.  Esqueciam-se da misericórdia, da fé e da justiça. Eles tinham aparência de justos e Jesus os chamou de hipócritas, raça de víboras e filhos do diabo.

A religião cristã dos nossos dias, seja ela católica ou evangélica, não está em situação muito diferente dos dias de Jesus. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio e a corrupção.

O convite de Jesus a cada um continua sendo simples: SIGA-ME!

Seguir a Jesus é receber o amor dEle e amá-Lo! 

É ir com Ele pelo Caminho; é por o pé na estrada e não olhar para trás; seguir a Jesus é continuar caminhando a cada dia, aprendendo com Ele, ouvindo Sua voz cheia de ternura e misericórdia!

Seguir a Jesus é ir no caminho do amor, da compaixão e da graça, que é favor imerecido.

Seguir a Jesus é ir abraçando os pecadores pela estrada, é ir sem pedras nas mãos, é ir perdoando e sendo perdoado, é ir chorando ou rindo, sempre olhando para Ele!

Seguir a Jesus é ir, sem o fardo dos pecados ou da religião; é apenas ir ao lado daqueles que também decidiram ir por onde Ele for e o vento do Espírito levar!

É ir com Ele até a cruz, onde os pecados foram encravados; seguir a Jesus é abraçar esta Graça que perdoa e aceita; seguir a Jesus é celebrar a ressurreição, a vitória sobre a morte!

Se você quer seguir a Jesus, sem os pesos mortos da religião, se você quer seguir a Jesus por nada, porque Ele é TUDO em sua vida, junte-se a nós! Somos todos pecadores, seguindo a Jesus por termos sido atraídos pelo amor dEle!


Extraído DAQUI  (Grifos meus)

Eu acrescentaria que seguir a Jesus inclui, SIM, 'acidente de percurso', no qual cometemos vacilos, permitindo-nos enveredar pelo caminho da ilusão, PORÉM, ainda que aceitemos convites fascinantes e sutis, sabemos que podemos voltar ao primeiro amor.

RF

domingo, 19 de junho de 2011

Convite Irrecusável (parte dois)






A figura pública do século passado que mais me impressionou foi Mahatma Gandhi. Mais do que qualquer cristão, ele viveu o Evangelho com muito mais simplicidade, praticidade e verdade do que praticamente todos os cristãos que eu conheci. Como figura pública, então, não tem igual! Ele se distancia anos luz de todas as demais. Até Martin Luther King precisaria chegar perto da sandália de Gandhi.

Entretanto, ele era apenas um homem. A mulher dele tinha outra história pra contar sobre os nervosismos dele, suas inseguranças e aflições, as relatividades, as lascívias, as cobiças, os ataques de luxúria. Tudo isso passou pela vida de um homem que tentou se manter firme no seu comportamento mas dentro dele todos os movimentos humanos estavam presentes. 

Portanto, se ele está na presença de Jesus, não é porque ele foi o Mahatma Gandhi, é porque a graça de Deus foi tão misericordiosa sobre ele que fortaleceu o espírito dele pra se agarrar às verdades simples que Jesus ensinou e poder dizer depois para os cristãos: “No vosso Cristo eu creio, eu não creio é no vosso cristianismo.”

Por outro lado, Mahatma Gandhi não poderia chegar diante de Deus dizendo: “Olha, sou o Mahatma Gandhi, muito prazer, abra a porta que eu to entrando, põe tapete vermelho..." -  porque não é nada disso! Todos pecaram e todos igualmente carecem da glória de Deus. E a escritura diz que se eu sou obediente a todos os mandamentos da lei mas eu sou relativizado e fraquejo num deles, eu me torno réu de todos os demais de modo que não há nem um justo, não há nem um sequer! Não há ninguém que por si mesmo chegue e diga: “Eu agrado a Deus!” Essa história não existe, é engano! E é o engano que a religião ensina, que o indivíduo pode agradar a Deus de si mesmo e por si só. O Evangelho diz o oposto, ninguém consegue fazer isso,pois isso tudo provém de Deus. 


Eu não estava pensando em Deus, Deus é que pensou em mim! Eu não estava amando a Deus, Deus é que me amou! Eu não queria a Deus, Deus é que me quis! Eu não tenho nenhum interesse em submeter minha vida a Deus, Deus é que me constrangeu a isto. Tudo provém d'Ele! E Ele me reconciliou com Ele de graça, em Cristo, e uma vez que Ele fez isto, eu sei que eu estou pago, por isso eu tenho certeza de que se eu cair morto aqui eu estou diante de Deus, ninguém tem a menor dúvida disso. 


Isso não tem nada a ver com nenhuma virtude pessoal, tem a ver apenas com fé na virtude absoluta de Jesus, fé no que está completado, feito, realizado na cruz, fé que todo escrito de dívida que havia contra mim, contra você e que constava de muitas ordenanças que nós não cumpríamos e quebrávamos, foram todos eles removidos e pregados na cruz de Jesus. 


Eu fui liberto disto para que hoje eu possa servir a Deus com liberdade e sem medo. 

Estamos reconciliados com Deus por meio de Cristo, porque Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. O mundo, o mundo inteiro! Cada criatura do planeta terra já está reconciliada com Deus em relação ao olhar de Deus para o ser humano. O mundo está reconciliado com Deus em Cristo! O mundo é que não sabe disso ou o mundo é que sabendo, não quer; que, insistentemente sabendo não acolhe, não aproveita, e prefere continuar essa vida sem Deus, de mal com Deus, hostil a Deus, indiferente a Deus, fugindo de Deus dizendo que crê que existe uma força suprema mas fique lá que eu fico por aqui, como um determinado indivíduo amigo da minha sogra que estava morrendo,um oficial de marinha, e muito, muito, muito assim tipo galinha, pegador de mulheres e tal, enfartou. E aí foram pegando o cara, puseram na maca, levando pro hospital e a minha sogra muito preocupada em dizer a ele uma palavra de Jesus, ficou ao lado da maca andando e dizendo a ele: “Almirante, almirante, chame por Jesus, almirante, chame por Jesus! Aí ele virou pra ela e falou: “Lizete, por Jesus eu até que chamo desde que ele não chame por mim.” É basicamente assim que o pessoal fica, eu chamo por Jesus se Ele não me chamar, quero mais é ter o máximo de tempo possível que eu puder, longe dessa história de Deus. E é assim que acontece por aí. A maioria gosta, acha legal, uma maravilha, mas fica só nisso, não quer dar passo nenhum na direção dessa reconciliação com Deus que nos reconciliando consigo mesmo em Cristo, nos tornou ministros da reconciliação.

Eu jamais trocaria nenhuma outra situação por esse privilégio que Deus me deu de ser ministro da reconciliação, de ser chamado servo da reconciliação. Portanto, venha pra Deus! Venha, porque Ele não está de mal com você. Venha, pois Ele já reconciliou o mundo consigo mesmo, em Cristo. Já está tudo pago, consumado.


Este é o convite para que, por fé, você se reconcilie com Deus, e de todo o meu coração eu rogo a você que não perca essa chance, não deixe o evangelho na sua vida ser uma informação que não foi aproveitada, mas que ele seja palavra da vida, que revolucione o seu ser, faça bolição do medo, reconcilie você com Deus e ponha você num chão de paz! Uma vereda que pouca gente escolhe, mas que é caminho de vida pra você, aqui, hoje, já, agora, agora nesse momento! 


Se você crê, pegue! A fé é a mão do espírito! Com fé, você pega tudo! Aproprie-se! Pegue, em nome de Jesus!


Adaptado DAQUI <---clique aqui

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A vaidade nossa de cada dia...




Por esses dias, eu andei refletindo um pouco mais sobre a vaidade humana, ao me deparar com um ‘evento’ recente que envolve um grande equívoco acerca de atitudes consideradas altruístas como a disponibilidade, a hospitalidade e a solicitude. Pensei em como a vaidade funciona, ocupando grande parte de nosso tempo e em como ela nos prega uma verdadeira peça ao fazer-nos acreditar que, desta forma, estamos agradando a Deus.

E assim acontece no nosso cotidiano...


Vivenciamos algumas situações que nos levam a tomar determinadas atitudes consideradas nobres pela sociedade, quando na verdade, lá no nosso íntimo, sabemos que não é bem assim, que tudo não passa de um afago no próprio ego adoecido; no fundo, sabemos que as nossas atitudes são meras demonstrações de vaidades que nos impulsionam a torná-las bem visíveis e enriquecer o nosso currículo de "DO BEM". E a maior cilada é aquela em que a ajuda aparentemente despretensiosa vem carregada de velada manipulação.


E o mais intrigante nas relações humanas - e suas racionalizações convenientes - é que nos achamos tão necessários, que justificamos nossa iniciativa como ajuda despretensiosa; viajamos tanto nessa expressão/obsessão, que, invertendo as situações, achamos que são os outros que não creem na bondade, que não conseguem enxergar ‘o bem’ e deturpam as nossas falas e comportamento. Ora, para começar, ajuda para ser eficaz, se dá quando se pede. O vacilo já começa daí. Além disso, não é difícil enxergar uma ajuda, se de fato, esta é despretensiosa. O que acontece é que a manipulação velada, travestida de ajuda, acende uma luz em nossos sensores de lucidez e prudência. Por outro lado, na ação verdadeiramente despretensiosa não há risco de ser mal interpretada, pois ela não gera nenhum mal estar. Pelo contrário, é benéfica. E justamente porque foi feita com amor.

Na verdade, geralmente a pessoa está nua, se vê nua, se sabe nua e miserável, os outros também sabem que ela está nua, mas seguem todos em aplausos na ilusão de que aquelas vestes santas (reputação, aparência, performance) são ferramentas suficientes para aumentar o prestígio e, claro, a visibilidade de ações supostamente piedosas. Então, os que estão ao redor, começam a espalhar a fama dizendo que fulano é o cara. E o cara vai se inchando, acreditando ser um mix perfeito de São Francisco de Assis, Madre Tereza e Irmã Dulce. Daí, começam a distanciar-se da verdade e do amor e, consequentemente, perdendo o valor diante de Deus.

O Livro de Eclesiastes nos aponta o vazio enorme que se instala no ser a partir de uma existência sem um relacionamento com o Senhor; nos diz que a sabedoria humana, distanciada de Deus, é futilidade que não traz nenhum sentido para a vida prática. E refere-se ao esforço do homem como uma competição tola e vã:

“Então vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo”. (4.4)

Entretanto, quando nos despimos de nós mesmos e começamos a enxergar a existência dentro da perspectiva de Deus, nossa ficha cai e começamos a ver o quanto nossos esforços inúteis haviam nos tornado cada vez mais vazios; olhamos para trás e percebemos que à medida que fazíamos o melhor, nos orgulhávamos, porém nunca nos satisfazíamos. E isso apenas porque, sem amor, não há qualquer proveito. Sem amor, o coração permanece árido. Por mais aplausos que se receba cá fora, fica lá dentro aquela sensação inquietante de que falta algo para nos preencher. É aquela tal plenitude que só vem Dele. Como diz ainda o Livro de Eclesiastes, "Deus pôs a eternidade no coração do homem", ou seja, só Ele sacia a fome da sua alma.



E, ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres 
e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado,
se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
(1Co 13.3)

  

Convite Irrecusável



"O convite de Jesus é para o ARREPENDIMENTO, 

que nada mais é que o processo permanente de mudança de mente. 

Mudança das disposições mentais e emocionais 

ante os desafios da vida, ante a velha natureza 

e os estimulos que o sistema filosófico, psicológico e espiritual 

buscam realizar em nós". 


(Extraído do texto "Remorso e Arrependimento")

Do blog de Samuel Andrade


segunda-feira, 13 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Crônica do AMOR




Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Ele gosta de rock e você de chorinho, ele gosta de praia e você tem alergia a sol, você abomina Natal e ele detesta o Ano Novo. Nem no ódio vocês combinam. 

Então?

Então, que ele tem um jeito de sorrir que a deixa imobilizada, o beijo dele é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ele e ele adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não telefona, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?!

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?!

Ah, o amor, essa raposa! Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! 


(Texto de Arnaldo Jabor) -  ADAPTADO-RF

sábado, 11 de junho de 2011

Um mulher enferma



O evangelista Lucas narra a história de uma mulher corcunda que passou 18 anos olhando para o chão, incapaz de andar ereta, ou sentar-se, ou até mesmo de esticar suas costas recurvadas.

Jesus e seus discípulos estavam passando por sua cidade, na Peréia, no caminho entre a Galiléia e a Judéia, e entraram na sinagoga, num sábado, para ensinar, quando encontraram essa mulher encurvada, certamente com sério problema de coluna. Sentindo o seu drama, Ele a tocou e ela foi curada imediatamente. Ela não pediu para ser curada, a iniciativa partiu de Jesus que teve profunda compaixão pelo seu problema. 

Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. (Lc 13.12)

Aquele ato de restauração em pleno sábado provocou grande polêmica entre os religiosos que ali se encontravam. E, quando o chefe da sinagoga o repreendeu indiretamente por realizar a cura, (Lc 13.14) desrespeitando a lei do sábado, Jesus expôs, com veemência a incoerência daqueles homens legalistas e inflexíveis que levariam um boi para beber água num sábado, mas se mostravam insensíveis à cura de uma sofredora.

Jesus deu àquela mulher humilde uma posição de honra diante dos religiosos arrogantes, ao afirmar que ela também pertencia à família de Abraão. Referindo-se a ela, quebrava outro paradigma, pois embora fosse comum a expressão 'filhos de Abraão', raramente era associada a uma mulher, especificamente. 

Então, depois do terno toque de Jesus, aquela 'filha de Abraão' esticou as costas, alcançou sua plena estatura e, diante dos filhos de Abraão - que certamente se encurvaram  envergonhados - ERGUEU-SE pela primeira vez, em dezoito anos, para a glória de Deus.

Não há nada que honre mais o Salvador do que um coração cheio de gratidão e um espírito de adoração! 


Adaptado - RF


sábado, 4 de junho de 2011

A piada é boa e o caso é sério





A piadinha (engraçada, por sinal, rsrs) demonstra de forma humorística o quanto essa nossa geração se tornou patética. 

É claro que houve no passado exageros, mas hoje não é diferente. E pior, hoje em dia todo mundo tá ficando de louça. Vivemos um processo de frescalhização da sociedade. Tá todo mundo ficando fresco e possesso pelo espírito chamado de "meu direito".

Esse tal de "meu direito" tá matando as possibilidades das relações humanas. Hoje tudo tem que ser resolvido nas barras dos tribunais ou em uma delegacia, algemado.

O governo, por sua vez, quer até fazer o papel de pai e mãe. Quer assumir questões relacionadas a família, tirando a autoridade legítima dos pais. Se um filho quer fazer cocô na cabeça dos pais, tudo bem! Mas se um garoto levar uma palmadinha  por causa de excessos por ele praticados - ai meu Deus! -, o negócio pode pegar para o lado dos pais. 

Tem homossexuais que se forem postos para fora do trabalho por incompetência se sentem no direito de chegar em uma delegacia, no sindicato ou no ministério do trabalho para acusar o patrão de preconceito, quando o cara foi posto para fora por incompetência. Isso tem ocorrido por ai.

Há uma ditadura ideológica, politica e dogmática por trás do tal movimento gay.

Certo dia um homossexual gritou na porta do meu carro, com o rosto voltado para os que estavam dentro do carrinho que tínhamos, dizendo assim: "o mundo é gay!".

Não sou homem violento, mas deu-me vontade de puxar o cara pelo colarinho e dar-lhe uma porrada no meio da cara, pois minhas crianças estavam no banco de trás. Contive-me e falei o seguinte para o individuo: "O mundo pode ser gay para vc, para mim não. Vc deveria respeitar ao menos minhas crianças que estão ouvindo a sua bobagem". O cara ficou murchinho.

A Presidente Dilma suspendeu a cartilha da campanha contra a homofobia nas escolas, que trazia imagens inadequadas para crianças em idade que não carregam uma definição psicológica de sua sexualidade. Tive notícia de uma professora que para seguir o politicamente correto chegou a perguntar a uma criança se ela era homossexual e o menino perguntou: "o que é isso, tia?".

Homossexualidade é uma condição, cujas razões são diversas (cada caso é um caso), mas está distante de ser uma condição universal como o é a condição étnica. Como disse o Rev. Caio Fábio, em sua análise sobre a PL 122:

"Direitos Universais são caracterizados pela inafastabilidade objetiva da condição existente. Assim, etnias e raças carregam a si mesmas em seus direitos universais. Ora, o mesmo não se pode dizer da homossexualidade, a qual existe em estado de profunda subjetividade, além de que está há anos luz de distancia de qualquer coisa que se possa chamar de condição universal. Desse modo, creio que a presente PL 122 faz universal um particular da existência humana. Ora, em tal caso, creio que uma outra PL deve ser proposta, mas que não carregue em si “direitos” que soneguem outros direitos universais já estabelecidos e por todos aceitos como fruto do bom senso".
Se a homossexualidade é uma condição que precisa ser analisada caso à caso e o homossexual um ser humano e cidadão que precisa ser respeitado, o homossexualismo é um sistema ideológico de um grupo que não só busca lutar por direitos por meio de oposição, mas fazendo também imposição sobre uma sociedade majoritariamente hétero. Há, sem dúvida, um processo de homossexualização da sociedade. Políticos, comércio e a mídia tem sido grandes parceiras do movimento. É um aspecto que não pode ser desconsiderado nesta história toda.

Não sou contra o homossexual, mas não gosto do movimento gay. Repito: é ideológico, político e dogmático. Do mesmo modo e pelas mesmas razões não gosto do feminismo corrente em nossos dias. Mulheres são importantes e admiro o fato delas terem chegado onde chegaram. Mas não gosto da desvalorização que muitas têm feito do homem. Falo como homem e macho que não gosta do machismo. Contudo, penso que quando Deus criou homem e mulher, os fez com características peculiares, cada um, que são características de caráter funcional.

O discurso da igualdade entre os sexos é uma das falácias na nossa presente história, pois só existirá igualdade, de verdade, quando houver aceitação das diferenças.

Sinto que a sociedade está em pane e que as famílias vivem uma convulsão relacional como nunca antes. 

Precisamos acalmar mais os nosso ânimos. Precisamos recuperar o respeito ao próximo. Talvez, se os homens não tivessem sido tão tiranos no passado, não houvesse hoje, como reação e resposta, todos estes movimentos de luta, de natureza nitidamente raivosa e tirana. Este é o tempo das tiranias (da mulher, do homossexual, das crianças...) travestidas pelos chamados Direitos Humanos.

Enquanto o espírito for o do "meu direito" o mundo continuará caminhando para uma grande cova coletiva. Será o decreto da morte das possibilidades naturais e espontâneas de relações humanas saudáveis. Ninguém se esforça pela paz. Todo mundo só quer garantir o que chamamos de "MEU DIREITO". Sendo assim, tenham certeza, o mundo estará (se já não está) lascadinho da Silva. 


Os "Silvas" que me perdoem... Sem preconceito!

Samuel F. Andrade do Blog Reflexão & Vida

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EM TEMPO, POIS AINDA HÁ TEMPO!

Sou negro e sei o que é pobreza. Fui alvo de preconceitos e bulling quando criança, mas nunca  precisei me afirmar diante da sociedade a partir de um movimento contra isso ou aquilo. Sei quem sou e isto basta. Uma das muitas provas disso, foi a resposta que meu filho (que é pardo, se é que posso classificar meu filho assim), colocou na prova de ética para responder a seguinte pergunta (na semana da consciência negra): "Você acha que o negro goza de respeito hoje?" Resposta do meu filho: "Sim, pois o meu pai é negro e é muito respeitado". Nos tornamos referencias quando apenas somos o que somos, mas se não somos, deixamos de ser referências para abraçarmos as nossas preferências. É ai que nasce o preconceito, o partidarismos e o que chamamos idolatricamente de "meu direito". Assim sendo, já tolerei homossexuais que me faltaram com respeito. Nunca os denunciei, pois sei que o espírito raivoso do mundo não será vencido pela lei dos homens, mas pela lei do amor. A lei estabelece comportamentos politicamente corretos, mas só o amor gera bom senso e relações verdadeiramente humanas. Pense nisso, em tempo!

Grifos meus - RF


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um elefante incomoda...

Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros
e orai uns pelos outros, para serdes curados.


"Hoje foi um dia como outro qualquer - às vezes, tenho a impressão de que os dias são sempre iguais. O sofá estava afastado da parede e, introvertidamente, deitei no chão entre o sofá e a parede. Fechei os olhos e... Resolvi bater um papo com o meu passado. Foi uma conversa árida, sombria, sem sabor, sem cor, dolorida.

Meu passado lançou-me na face coisas que fiz - das quais não me orgulho nem um pouco - pessoas que decepcionei, gente que deixei de ajudar. Não consegui ser um bom filho para meus pais; destruí a paz de minha família. Fui um péssimo aluno no ensino fundamental... Desvarios de um ser humano tentando ser normal!

Devolvi a afronta. Coloquei o dedo na cara do "meu passado", apontando-lhe uma lista de fatos rudes que me marcaram e que me influenciam até hoje: poucas pessoas gostavam de mim por causa da minha aparência (oras, nunca fiz sucesso com as meninas); meus tios debochavam de mim; minha mãe me batia por não entender que a culpa de não conseguir aprender era da dislexia; estudei em escolas de nível educacional questionável; por culpa da anemia, mamãe me encheu de "suco" de fígado de boi, além das incontáveis mamadeiras com leite e farinha láctea (o que resultou num garoto BEM REDONDINHO).

Ah, e falando nisso... Que coisa, einh?! O garoto redondinho cresceu, comendo feito um demônio-da-tazmânia, tornando-se num adolescente obeso, retraído, cheio de complexos e irritado por não conseguir achar tamanho de calça suficientemente grande. Uma época de poucas amizades e muitas revoltas... Muitas! Revoltado com a sociedade, com o governo, com a superficialidade das pessoas, com a falta de recursos. Por vezes tinha vontade de morrer.

Quando lembro desses tempos quero tão somente me afastar de pessoas. Dá uma vontade de fazer cara-feia, cruzar o braços e gritar "afastem-se, tenho lepra!"

É, eu sei! Solidão nunca resolveu nada. Racionalmente tento evitá-la. Solidão não passa de uma armadilha funda, escura e fria. Mas, ao mesmo tempo, é tão difícil pra mim, entender os humanos, criaturas nascidas sem nenhuma glória, em meio a fezes, sangue e dores, num pedaço de pano que chamamos por lençol.

Oh, quão miserável e hipócrita eu sou! Tão cheio de defeitos quanto qualquer outro...
Não quero mais conversar com meu passado. Saí daquele diálogo mancando e sangrando. Abri meus olhos, e ainda estava lá, atrás do sofá, ridiculamente deitado no chão feito criança tristonha.

Ainda sou o mesmo. Cheio de defeitos, meio-revoltado, obeso, complexado e grisalhamente um pouco mais velho. Minha aparência continua não agradando a maioria. Para mim, é comum observar as pessoas ocupando todos os lugares do ônibus, menos aquele que está ao meu lado. Afinal, "um elefante incomoda muita gente", não é mesmo?

Quem sabe eu emagreça pra me vingar do "meu passado". Talvez eu decepcione menos e ajude mais. Isso sim, é um bom pensamento! Essa é a parte da história que me arranca sorrisos".
     
        Autoria e título original AQUI


'O coração alegre é bom remédio, 
mas o espírito abatido faz secar os ossos'
(Provérbios 17.22)


quarta-feira, 1 de junho de 2011

PORQUE EU REPROVO A RELIGIÃO




As três principais religiões monoteístas que dominaram a história da humanidade (judaísmo, cristianismo e islamismo) deixaram explicitados os estragos causados todas as vezes que a religião procurou institucionalizar o divino e o sagrado.


Por diversos momentos, na história da humanidade, a religião virou o próprio “diabo”, perseguindo, condenando, e matando homens e mulheres em nome de Deus.



O evangelho de Jesus Cristo é a própria contraversão da religião adoecida que deseja submeter, escravizar, e condicionar almas moribundas que necessitam de salvação.



É evidente que em meio a esse panteão religioso existem os discípulos do caminho, aqueles que Jesus chamou de “suas ovelhas”, mas é estarrecedor observar a sagacidade e a crueldade praticada pela religiosidade subversiva.



Dentro do nosso contexto religioso (brasileiro) é incomum observarmos os estragos causados pela religião no nível da agressão, perseguição ou morte física, mas é alarmante o acumulo de estragos no nível da subjetividade, aquela que acontece na dimensão da mente e das emoções.



Eu reprovo o modus operandis dessa religião porque ela propaga a repressão, enquanto o evangelho proclama a expressão. Quantas pessoas vivem reprimidas, imaginando estarem vivendo o real significado da santificação, enquanto na verdade estão vivendo as agruras da repressão, que culminará em algum momento em loucura e desequilíbrio. O evangelho nos convida para a moderação e o crescimento através de uma consciência livre e renovada em Deus.



Eu reprovo a religião, porque ela proclama o evangelho como um produto e não como um processo de Deus em nós. Infelizmente é crescente a ideia de que a salvação é adquirida por procedimentos ou méritos humanos e não através da graça e do agir de Deus no homem. A religião defende o engessamento do individuo, enquanto que, o evangelho promove a continuidade consciente da pacificação com Deus através de Cristo Jesus.



Eu reprovo a religião, porque ela promove a falsa sensação de bem estar para seus adeptos, enquanto que, o foco do evangelho é desnudar o homem através da verdade eterna de Deus. Uma vez que, o evangelho não é fruto da humanidade, mas é a manifestação do favor de Deus em Cristo Jesus, sua mensagem na maioria das vezes choca-se com as atitudes humanas, marcadas pelo pecado e rebeldia contra o criador. A religião de contrapartida é o esconderijo perfeito em nome de “Deus” para o pecador, que procura se esquivar do confronto com a verdade do verdadeiro Deus.



Eu reprovo a religião porque ela manifesta-se de acordo com a vontade humana, enquanto que, o evangelho ecoa e manifesta-se de acordo com a vontade divina. É incrível notar a facilidade com que a religião se adapta no tempo e no espaço. Basta olhar para a história e veremos atrocidades religiosas que autenticam a sua eliminação imediata do contexto humano, porém, observe que a religião continua presente adaptada ao novo conceito de mundo.



Eu reprovo a religião porque ela formata os homens, enquanto que, o evangelho regenera o homem. Uma característica de todo religioso é a estagnação em todos os níveis. A sensação é que a religião condiciona o homem dentro dos seus muros, impossibilitando-o de ser livre através de uma consciência amadurecida pela palavra de Deus. A regeneração, por sua vez, é a própria influencia de Deus em nós, transformando nosso estado pecaminoso em uma nova realidade de vida e percepção de mundo.



Eu reprovo a religião porque ela aliena as pessoas, enquanto que o evangelho inclui o homem na vida. É comum encontrar religiosos sincronizados com as programações, campanhas, rituais, ilusões e sacrifícios de suas congregações, enquanto que o crack, desigualdade, pedofilia, desastres naturais, e todo tipo de violência e morte aumentam do lado de fora dos muros da igreja. Uma das máximas do evangelho é a inclusão dos filhos de Deus como sal , luz, e testemunhas, em um mundo de trevas e pecado.



Eu reprovo a religião porque ela fragmenta os homens, enquanto que o evangelho unifica as pessoas. A religião sempre foi um dos maiores fenômenos que fragmentou ou dividiu pessoas na história humana. O evangelho por sua vez, sempre visou a unidade mesmo em meio as diversidades (diferenças humanas) através do espírito de amor e serviço manifestados em Cristo Jesus.



Eu reprovo a religião... Enquanto amo cada dia mais o Evangelho de Cristo Jesus.

Extraído DAQUI (Grifos meus - RF)


Leitura COMPLEMENTAR:


Beatriz



Beatriz (Chico Buarque)

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz?
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz?
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz?
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

Clap, clap, clap!

Lindo, lindo!


De chorar, de se arrepiar, de amar...
Uma das interpretações desse gatíssimo rss que eu considero mais perfeita.



Sem falar no violão (também) impagável...

Vi em seu show anos atrás e espero curtir de novo esta semana aqui em Recife. RF