Ufa! Não existe nada mais enfadonho do que regras, regras, regras; normas, normas, normas; leis, leis, leis; já dizia o super sábio Salomão. Por outro lado, É ÓBVIO que quando agimos de forma sensata e coerente, dentro de nossos princípios e valores, isso vai refletir na nossa maneira de nos portarmos e nos vestirmos. Este último - o ato de vestir-se- estando geralmente ligado à época e ao fator cultural. O que é absurdo e inaceitável é que isso tenha que ser necessariamente imposto como norma obrigatória e, muito menos, determinado por alguma denominação religiosa a pretexto de constituir-se um mandamento divino.
Deus não nos fez robozinhos sem criatividade no vestir, para sairmos por aí usando roupas feitas em série para aqueles 'escolhidinhos/preferidinhos'. É por causa de certas normas absurdas travestidas de 'ensinamentos', que muitas jovens entram em conflito e, ao querer libertar-se do padrão exigido pela denominação, perdem a noção do bom senso e findam por lançar modismos 'jecas' e vulgares. Bora combinar, isso se vê com frequência. É só olhar dentro (e fora) de um templo fundamentalista.
Por exemplo: (lá fora, claro rss) um vestidinho lindérrimo - de manguinha e colo perfeitamente coberto, conforme manda o figurino religioso, mas tão curtinho, tão curtinho, que simplesmente não dá pra apanhar qualquer objeto que caia no chão. Outro exemplo: uma saia loooonga... E justíssima! Com corte lateral avantajado que quase se vê o útero rss. E quando o corte é atrás? Affff abafa! Nos dois sentidos he he
Enfim... Na vã e neurótica tentativa de 'agradar' a gregos e troianos, optam pelos extremos totalmente nada a ver que denotam suas próprias angústias e conflitos internos: saia longa, cumprindo a norma denominacional; e justíssima, como uma espécie de fuga a esta mesma norma sem sentido que sufoca; e a ironia cruel é que isso ocorre justamente (sem trocadilhos) porque a própria exigência denominacional lhes tolheu a capacidade de discernir o que é coerente e sensato. Eis a cilada religiosa! Acreditando que estão ajudando (será que acreditam mesmo ou é apenas mais uma exigência em nome de Deus?) muitos líderes expõem suas jovens, forçando-as a um 'modismo' totalmente nonsense que chegam às raias do mau gosto e da vulgaridade. Sem falar que um curtinho básico no verão, dependendo da idade e do tipo físico, não leva ninguém ao inferno. Ou seja: sem falsos moralismos também, né?!
Por essas e outras, é sempre importante repetir que coerência e sensatez nada têm a ver com norma religiosa e, sim, com valores e princípios internalizados que norteiam e acompanham em qualquer lugar que se vá. E que NENHUMA denominação concede. Ao contrário, quando a denominação intervém de forma reacionária - seja em que campo for - tem-se efeitos devastadores.
Por fim, em relação ao lance da roupa e da 'barba bem feita' que sempre complementam o mesmo papo chato da indumentária feminina denominacional... E já que nos tempos de Jesus não havia terno nem lâmina de barbear... E já que tanto Ele quanto seus discípulos usavam e abusavam largamente de cabelões, barbas e túnicas enoooormes... Assim como a multidão que o acompanhava... Ou não...
Sim, pois justamente nos tempos de Jesus - tempos em que nem se cogitava o uso do terno impecável exigido atualmente nos interiores de alguns templos - 'a moda da vez' eram as túnicas e os tecidos superpostos que hoje teriam os nomes de lenços, echarpes e cachecóis. Tanto para homens como para mulheres.
Eu fico me perguntando como se encaixaria ali, naquele contexto, uma denominação inflexível em relação a tudo; principalmente no que diz respeito aos usos e costumes colocados pelo fundamentalismo religioso nos dias atuais do nosso país tropicaliente.
Fica a reflexão. Afinal, pensar faz um bem enoooorme... E liberta que é uma beleza!
N´Aquele, que não nos fez robozinhos imbecilizados em série,
Regina.
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