"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Suicídio - bilhete para o inferno?



O assunto de tirar a própria vida é repugnante de ser discutido, mas acho necessário fazer isso porque muitas pessoas têm uma visão sem base bíblica sobre ele.




A despeito da crença generalizada que o cristão que comete suicídio perde sua salvação e vai para o inferno, precisamos estar cientes que em parte alguma a Palavra de Deus define esse conceito!

Como muitas outras crenças sem base bíblica, essa noção teve sua origem no dogma católico romano e depois propagou-se para toda a cristandade.

Qualquer assassinato, incluindo o de si mesmo, é errado; é pecado e a Bíblia diz isso no Velho e no Novo Testamento.

Mas o único pecado específico que garantidamente resultará na separação eterna de Deus — porque Ele não o perdoará — encontra-se no seguinte verso:

"Portanto, eu vos digo:
Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens;
mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra
contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado;
mas, se alguém falar contra o Espírito Santo,
não lhe será perdoado,
nem neste século nem no futuro."
[Mateus 12:31-32].

Quando examinamos esses versos no contexto, descobrimos que os fariseus tinham acusado o Senhor Jesus Cristo de operar milagres pelo poder de Belzebu — "o príncipe dos demônios" (verso 24). Ao fazerem essa acusação, eles blasfemaram contra o Espírito Santo, porque Ele é quem estava fornecendo o poder espiritual para os milagres de Cristo.

Pode alguém cometer esse pecado específico hoje?

Em minha opinião, isso não é possível porque as demonstrações públicas desses milagres para autenticarem o ministério do Messias de Israel não estão mais ocorrendo. Mas mesmo que eu esteja enganado e esse pecado ainda possa ser cometido, o fato permanece que esse pecado em particular de blasfêmia contra o Espírito Santo é o único que não será perdoado aos homens. Suicídio, então, obviamente não é esse pecado!

É triste dizer isto, mas o conceito doutrinário do pecado perdoado é tão mal compreendido pela maioria daqueles que são salvos que muitos vivem preocupados, com pavor de fazer alguma coisa que os faça perder a salvação!

Em nosso artigo P190, "A Segurança Eterna dos Salvos Genuínos", mostramos que uma vez que nascemos de novo e passamos a fazer parte da família de Deus, a perda da salvação é impossível. Embora o novo nascimento não remova a realidade presente do pecado (como cristãos, continuamos a pecar por causa de nossa natureza humana pecaminosa, mas precisamos nos esforçar para manter isso em um mínimo), posicionalmente falando, estamos agora, e para sempre estaremos, inculpáveis aos olhos de Deus! A doutrina da justificação absolutamente exige isso.

Como tentamos mostrar no artigo sobre a segurança eterna, a justificação é o ato judicial por meio do qual Deus declara o pecador como "justo" — literalmente inocente — à sua vista. Essa é uma declaração eterna de total inocência — não apenas um perdão.

Portanto, quando nossos pecados foram perdoados por meio do sacrifício expiatório e vicário de Cristo, o perdão foi total e para sempre.

Meu amigo cristão, isso inclui aqueles pecados que ainda cometeremos no futuro.

Lembre-se que quando o Senhor morreu na cruz do Calvário, todos os nossos pecados ainda estavam no futuro e todos foram gratuita e graciosamente perdoados por Deus o Pai!

Assim, com esses fatos fundamentais em mente, pode um genuíno filho de Deus fazer alguma coisa que acarrete a perda de sua salvação? A resposta é um sonoro NÃO!! E isso inclui o suicídio.

Certamente todos concordamos que nenhuma pessoa racional tiraria sua própria vida e, quando isso ocorre, é um ato irracional de uma pessoa que está com algum distúrbio mental. Pode um cristão sofrer de doença mental? É claro que sim e eu pessoalmente conheço alguns casos.

Embora alguns especialistas argumentem corretamente que a mente humana é abstrata e, portanto, não pode adoecer, o cérebro é uma entidade concreta e está sujeito às enfermidades físicas. As teorias sobre insanidade lidam com a diferença entre o órgão físico e os pensamentos que ele "processa", mas um fato é irrefutável — desequilíbrios químicos no cérebro comprovadamente provocam comportamento irracional, chegando até e incluindo o suicídio.

Alguns cristãos estão entre aqueles que sofrem do distúrbio bipolar (são "maníacos-depressivos") e precisam tomar medicamentos (à base de lítio, etc.) para controlar a enfermidade.

Depressão severa e pensamentos sobre suicídio, junto com "vozes" que incentivam a pessoa a se matar são características trágicas dessa doença mental. Se não for diagnosticada ou tratada, ela pode e de fato leva os indivíduos a cometerem atos impensáveis, mas fique descansado que quando isso acontece com um dos filhos de Deus, eles nunca estão sob o risco de perderem a salvação.

Se um dos seus familiares queridos tirou sua própria vida e você sabe em seu coração que a pessoa no passado exibiu o fruto do Espírito Santo em sua vida diária, console-se nessas lembranças porque o terrível resultado final daquele pecado específico não pode apagar o fato de seu relacionamento com Cristo.

O pecado foi perdoado antes mesmo de ser cometido.

Louvado seja o Senhor!!

(Extraído de "A espada do Espírito" - grifos meus-RF)

Clique aqui ---- > "Blasfêmia contra o Espírito Santo"




12 comentários:

Regina Farias disse...

Visitando o blog do Pastor Renato "linkei" esse texto que me foi muito esclarecedor e, de repente, pode ser também para aqueles que por aqui dão suas passadinhas.

Que Deus nos ilumine!

R.

Naylla disse...

Interessante texto!
Mas temos sempre que lembrar que existem enfermidades que são corporais e outras espirituias.
Sabemos que existe apenas um pecado que não tem perdão (que é blasfemar contra o Espírito Santo) mas isso não significa que todos os outros pecados já foram perdoados e não serão julgados quem os cometou. (Minha opinião)
Além de tudo acho bem possível ou melhor é bem provável que exista ainda hoje a blasfêmia contra o Espírito Santo.
É só entrar em certas igrejas que veremos as pessoas atribuindo ao diabo uma manifestação do Espírito Santo.
Por incrível que parece certas pessoas que não conhecem a Palavra de Deus ou céticas dizem que a evidência de línguas é coisa de maus espíritos.

Regina Farias disse...

Naylla
Olha, com todo meu amor e carinho, eu digo sinceramente que até entendo seu posicionamento principalmente considerando a sua cultura religiosa e dela eu posso falar com categoria, pois se não vim exatamente dela, convivi e convivo intensamente com pessoas que vivem nela, mas veja bem, não está aqui em pauta opinião pessoal e sim o que se reflete à luz da bíblia.

O que você coloca como “blasfêmia” não tem nada a ver com o exposto no texto e que se refere à pessoa de JESUS.

Mas eu sei do que você está falando e deixo claro que isso não é pessoal, e sim à luz da bíblia, inclusive não sendo à toa que tal assunto me faz reportar ao povo de Corinto que procurava se sobressair querendo ser mais espiritual, se exibindo ao falar em línguas...

E o que foi que aconteceu?!

Paulo os repreendeu severamente, pois Deus não dá dons para exibicionismo e sim para edificação própria e da igreja.

Pra não me estender muito veja o que ele diz de forma clara e contundente em 1Co 14 mas leia tudo, não gosto de verso isolado; contudo, leia mais demoradamente os versos 19, 27 e 28.

Infelizmente ainda hoje se vê muito isso nas igrejas.

Eu mesma repudio esse tipo de prática e isso nada tem a ver com “blasfemar contra o Espírito”.

Só pra dar um exemplo rapidinho, um dia eu estava na casa de um pessoal amigo quando chega a adolescente da casa com um machucado no nariz e eu perguntei o que foi aquilo. E ela toda orgulhosa e satisfeita me disse que tinha “caído no Espírito”. Aí eu não me contive e disse: êpa, pera lá! O Espírito não faz isso, não! Foi sua emoção, seu afã, sua empolgação, qualquer coisa desse tipo, menos o Espírito de Deus. Ela ficou calada, olhando pra mãe e pra outros presentes e ninguém falou mais no assunto.

Regina Farias disse...

Quanto às doenças do corpo, da alma e do espírito, elas não existem separadamente porque antes de tudo somos espírito, mente e corpo, em um só pacote..
Não existe doença “separadamente”. Os especialistas são quase unânimes hoje em dia em admitir que somos seres holísticos, ou seja, não dá pra dissociar o corpo (a parte fisiológica) da mente (alma, "coração") nem do espírito; tá tudo intrínseco/inter-relacionado e existe si, uma interligação muito forte, combinada ainda a fatores externos. (crenças, valores, costumes, hábitos alimentares, etc)

Naqueles tempos bíblicos, Salomão em sua imensa sabedoria já via o ser humano nessa esfera global e até já alertava os jovens sobre isso ao longo do livro de Provérbios.

Não dá pra citar muita coisa senão vira outro texto rss, mas tem um que é muito claro: o coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. (17.22)

Posso citar ainda um exemplo bem básico: muita gente quando recebe uma notícia bombástica imediatamente tem uma diarréia ou “prende” o intestino; ou quando está ansiosa com algo, urina de dez em dez minutos, ou então fica sem ar... e por aí vai.

Isso sem falar das doenças da alma que começam com uma tristeza que não é bem canalizada e que levam a depressões terríveis que culminam em doenças irreversíveis. Eu tenho uma amiga um ano mais velha que eu, que está em estado vegetativo há mais de três anos por causa de uma tristeza profunda advinda de uma baita decepção devido a infidelidade na relação conjugal. Uma mulher linda, viajada, alegre e inteligente e que foi definhando por causa da tristeza que se apoderou da sua alma e do seu espírito. E não sou eu quem afirma, e sim a equipe médica que a acompanhou inclusive em SP com direito a escolher os melhores especialistas. O nome da doença é nada menos que a velha Alzheimer. Isso é só um exemplo entre milhares.

Na minha família eu tive recentemente três casos quase simultâneos de câncer (minha mãe, um irmão e uma irmã- três tipos diferentes com tratamentos diversos) e eu sei que foi devido a emoção reprimida/dissimulada ao longo de anos. Todos três têm o mesmo temperamento/estilo de vida/crença religiosa. Coincidência? Não mesmo! Não precisa esquentar banco de faculdade pra se ver o óbvio!
Ora, se você não está com seu espírito abatido certamente ficará “imune” a essas doenças oportunistas.

Os próprios médicos hoje em dia chamam o câncer de “a tristeza das células”.

Então, nosso espírito é uma espécie de termômetro que vai definir como anda nossa saúde do corpo e da mente, de um modo geral.
Eu não sou expert nisso, mas procure ler mais a respeito em fontes idôneas que você vai entender.

Aí vai uma dica http://www.anadaraujo.com.br

Tem até um pequeno texto nesse meu blog de autoria de uma psicoterapeuta cujo título é “Doenças & Emoções Reprimidas (jun/09) que diz alguma coisa muito básica sobre isso tudo, dê uma espiada.

Deus te abençoe!
R.

João Carlos disse...

Aiii... pessoalmente creio que o suicídio é a negação da fé em Deus e em seu cuidado, provisão... a negação da capacidade de Deus em cuidar daquela área específica que gerou a dor insuportável, à ponto de levar o indivíduo a abreviar seu sofrimento através do suicídio.

Complicado. Eu já quis morrer várias vezes, até mesmo sendo cristão. Mas daí a concretizar o fato havia um abismo. No máximo pedia para Deus me levar, oração esta totalmente sem resposta.

Como você, também faço uma ponte entre o suicídio e a blasfêmia contra o Espírito Santo.

Ele nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Se calamos sua boca com nossa argumentação, entendo (ponto de vista pessoal, fique bem claro...) que estamos dizendo que o que Ele está nos dizendo não é suficiente, não é verdadeiro.

Até escrevi um texto em Novembro desse ano a respeito. Bem pobrezinho, apenas minha opinião pessoal. http://superjotablog.blogspot.com/2009/11/o-que-e-blasfemia-contra-o-espirito.html

Ô assunto polêmico!

Na dúvida não pule!!!!!

Um abraço minha irmã!

JC

Regina Farias disse...

João
Obrigada por suas palavras esclarecedoras.
Eu também vejo assim como vc, pois antes de me converter eu tinha era um medo excessivo, não era medinho rss era algo extremamente apavorante em relação a essa história snistra da pessoa se matar.
Hoje mais não, pois vivo com meu coração aquietado no Cristo da Cruz em relação a esse lance de crise existencial, por ter a consciência, a clareza, a lucidez, de que a minha vida simplesmente pertence ao Autor da Vida!
Abs...
R.

Ricardo Mamedes disse...

Olá Regina,

Penso exatamente como o joão no que se refere ao suicídio e destino da alma. Até fiz um comentário no post do Pr. Renato Vargens.

Há verdades que não podem ser relativizadas e uma delas é a verdade bíblica. Essa verdade não pode ser relativizada, tampouco minimizada em razão da experiência humana. E nesse sentido, ninguém poderá alcançar a Deus sem o arrependimento, que leva à regeneração, e esta, a um processo gradual de santificação. Porém, arrependimento é condição 'sine qua non' para alcançar a salvação. Ao suicida, por seu turno, é negada essa possibilidade, uma vez que o seu 'último ato' é tirar a própria vida. E a Bíblia é clara em asseverar que "os homicidas não alcançarão a Deus" - a menos, claro, que haja arrependimento.

A minha teoria é que andam pregando muito a bondade de Deus e omitindo a Sua justiça e o seu "justo juízo". A ira de Deus, segundo J. I Packer (tenho um post sobre isso), se revelará no juízo, quando afastar os reprovados dos eleitos.

Não acredito ainda que qualquer doença ou debilidade mental excluam ou minimizem a verdade bíblica citada em epígrafe, posto que Ele mesmo afirma em Sua Palavra que a "Sua obra será completa". Ou seja, o plano de salvação sendo completo, não admite o não livramento de Deus e, por conseguinte, a possibilidade de um eleito suicidar-se. Não posso crer nisso. Muitas pessoas não ousam afirmar isto por medo da reação das pessoas, posto que tais verdades podem doer. Todavia, à luz do entendimento bíblico é assim que eu teorizo sobre o assunto suicídio. Entretanto, respeito as opiniões contrárias.

NEle,

Ricardo

Regina Farias disse...

Ricardo

Eu também não creio em bondade dissociada de justiça.

Até um pai terreno é "bonzinho", põe no colo, perdoa, mas aplica sua disciplina, seu corretivo, sua digamos, "pena".

Se bem que confesso que fiquei simplesmente maravilhada quando pude experimentar esse Deus amoroso que procurei em uma vida inteirinha quando "conhecia" o Deus carrasco/repressivo/punitivo/malvado.

E olha, é justamente em cima de um fragmento da sua colocação que eu contra-argumento de certa forma, talvez por ser uma eterna sonhadora, sei lá. Mas não por teimosia imatura nem tampouco jamais por querer passar por cima da Palavra ou jeitosamente manipulá-la de modo agradável pra mim. Eu não teria essa presunção.

Bom... suas palavras, são:

"...arrependimento é condição 'sine qua non' para alcançar a salvação. Ao suicida, por seu turno, é negada essa possibilidade, uma vez que o seu 'último ato' é tirar a própria vida. E a Bíblia é clara em asseverar que "os homicidas não alcançarão a Deus" - a menos, claro, que haja arrependimento".

É nesse finalzinho que eu penso, entende? alguém que fez a bobagem, tipo ingerir um monte de comprimido e ver que não tem volta e sabe-se lá o que ocorre naquele curto espaço de tempo entre a agonia e o desfecho. Só Deus está ali e mais ninguém. É só nisso que me pego, mas como esperança, apenas isso. Não questiono o que está claro. E nem o que, de repente, não é pra estar claro, pois essa parte fica por conta da fé. Concordo contigo e justamente por ser pautado na Palavra.

Obrigada pelo comentário. Ele é sempre bem vindo e esclarecedor.

Abs...
R.

Ricardo Mamedes disse...

Nesse ponto eu concordo com você, porém essa não é a regra, mas a exceção. Quando o suicida tem a possibilidade de arrepender-se, certamente há aquela possibilidade de, digamos assim, "corrigir o erro". Na maioria das vezes não é assim que acontece - o suicídio passa a ser um engano de satanás oferecendo um paraíso inexistente (como no islam e as suas 70 virgens - rsss).
Olha, gostei muito da exceção apresentada, me fez refletir nesse ponto, especificamente.

NEle.

Ricardo

Regina Farias disse...

Então...
Fico aliviada quando vejo que não estou assim tão sozinha nas minhas viagens malucas :)
Valeu!
R.

Anônimo disse...

"
Qualquer assassinato, incluindo o de si mesmo, é errado; é pecado e a Bíblia diz isso no Velho e no Novo Testamento. "

diga a passagem exata que diz isso

Regina Farias disse...

Anônimo, identifique-se rapaz ;) Num dói nadinha... rss

Tudo que traz um mal pra si ou pra outrem finda sendo um pecado. A parte boa é que pela nova aliança que Deus fez com a humanidade por meio do Único Cordeiro, estamos lavados até dos que ainda cometeremos!

Quanto a referências bíblicas, encontrei um link que pode servir pra começo de leituras e reflexões sobre isso...

http://www.bibliacomentada.com/Busca.aspxPalavra=assassino#axzz3BuxDqA7P

Espero que sirva.

Abs!