"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Jugo desigual + Licença para pecar antes de batizar = Fé neurótica & crentes hipócritas.



Baseados em versículos soltos do NT* versus Lei Mosaica, ainda vemos, em pleno século XXI, denominações cristãs exigindo, de  seus membros, que se casem apenas com pessoas de ‘sua doutrina’. Os pais, por sua vez, pressionados por essa imposição, afligem seus filhos com tais exigências. Trazendo essa regra à risca para dentro de seus lares, dão continuidade a uma inadequação familiar advinda da religiosidade instalada em nome de Jesus.

Por acaso a Idade Média é aqui?!

É claro que não existe família perfeita, mas é claro também que, baseados em determinação rígida e usando versículos bíblicos aleatoriamente, não temos exatamente um perfil determinado de família saudável. Os exemplos estão aí aos montes, saltando aos nossos olhos, para nos provar isto. Ora, os jovens não são tolos e, obviamente, quando começam a se encontrar e percebem diferenças muito grandes nos valores e conceitos, eles mesmos nem chegam a se afinar com facilidade. O santo não bate - ouve-se com frequência. O bom senso diz que a própria divergência já se constitui um bloqueio natural, sendo desnecessária a atuação do guru espiritual para ditar normas doutrinárias sobre uma relação que se inicia.

Alguns aspectos são fundamentais como sinalizadores de uma união em potencial. Isso não se discute. Mas isso não compete aos pais, menos ainda à religião, e tão somente ao casal. Tudo se inicia na atração que se torna um estágio durante toda a vida conjugal. Atração esta, associada ao romantismo que se instala, produzindo o contentamento mútuo que, por sua vez, capacita o casal a ter zelo um pelo outro, promovendo segurança e lealdade. Assim, a amizade  instala-se gradativamente, à medida que o casal vai compartilhando os mesmos pensamentos. Junte-se tudo isso ao amor ágape que está ligado diretamente à ação, à vontade, à vida prática e tem-se um relacionamento em conformidade com a vontade de Deus. Ponto. Passou disso é imposição religiosa. 

Muitos pais colocam um fardo de expectativas religiosas em cima dos ombros dos filhos de tal maneira que nem percebem a crueldade de tais imposições que provocam danos terríveis à psiquê desses jovens. Esses mesmos pais, por sua vez, já estão adoecidos na alma, sendo frágeis, susceptíveis e vulneráveis, por lhes ter sido repassada ao longo da vida, uma verdadeira cartomancia bíblica onde a orientação para a existência está no púlpito/consulta. E a ansiedade em  ver desejos pessoais atendidos começa a gerar uma série de equívocos. Tudo em nome de Deus. Então, instala-se o caos: Deus disse isso. Deus disse aquilo. Deus mandou eu te dizer... E por aí vai. Tudo com base no sentimento e na vulnerabilidade circunstancial. ‘Eu senti que foi comigo’.  ‘Me senti de te falar’. E tudo fugindo do bom senso, da lucidez, do discernimento, da sensatez. Enfim, de tudo que, de fato, tem a ver com Deus. Sem contar que muitas mães, por não terem o domínio no comportamento do filho, aproveitam para manipular o que foi dito de púlpito, na tentativa de disciplinar pelo medo, inventando ‘profetadas’ e ‘revelamentos’, sempre colocando um pesinho sádico na mão de Deus.

Eu poderia citar vários e vários casos dessa doideira que daria um livro. Sei de vários casos específicos de meninas que vêm abrir o coração comigo. Tem um caso bem recente, que só não digo que é cômico porque, em si, é trágico. O rapaz com quem ela se relacionava foi ‘orientado’ a afastar-se dela porque ela é católica. ‘Orientado’ é eufemismo, pois chega a ser patética a apelação da mãe usando até de chantagem sobre a própria saúde física para que o rapaz se afastasse da moça. Como se ambas as denominações não confessassem o mesmo Jesus Cristo. Já começa daí a característica seitária. A parte que seria cômica fica por conta da restrição feita a quem ainda não se batizou na água mágica que purifica de todo pecado. Ele está aproveitando para ‘ficar’ com as outras meninas, sem relacionamento afetivo nem emocional. Puro sexo, mas não sexo puro. Putaria, dito em português claro. Relacionamento normal com uma menina católica, nem pensar. Isso não tem salvação, vai pra o inferno.

Por acaso esses pais pensam que o único abuso que provoca sérios distúrbios é só o abuso sexual?! Quem assim raciocina precisa rever seus conceitos urgentemente. Sob pena de presenciar seu filho e sua filha enveredando por uma rua sinuosa, escura e sombria que conduz a um sinistro abismo de conflitos interiores, muitas vezes sem volta. Daí o abuso emocional talvez ser mais grave ainda que qualquer abuso físico, em alguns aspectos. E a armadilha está na disfunção gradual e velada, que se inicia na suposta segurança do lar.

Mas, como adquirir formação saudável e equilibrada de pais equivocados, assustados e pressionados por uma constante cobrança religiosa? Infantis espiritualmente, orientam de maneira igualmente infantilizada acerca do Deus neurótico e coletivo que ‘a doutrina’ lhe apresentou, repassando essa herança maluca.  Sem conhecer a Deus pessoalmente nem poder amadurecer nesse relacionamento, como repassar aos filhos uma maneira correta, segura e serena de relacionar-se com Deus?

O filho, por sua vez, mesmo sabendo que chega o momento de andar com os próprios pés, de buscar novas informações, de filtrar o que era lenda, tabu e crença para poder respirar em paz, ainda assim enxerga um ‘cordão umbilical’ firme e resistente. Então, fica aquela salada na mente do jovem preso. E, por mais que ele receba ‘informações externas’, já está instalado um tremendo complexo de culpa, advindo da pesada carga de terrorismo que recebe do púlpito e que tem o enorme poder de aprisionar e engessar. Alie-se a isso, toda um gama de energia emotiva e afetiva que envolve os laços familiares. Então, ele se rende à confusão sentimental daqueles ambientes que, supostamente, lhe dá segurança.


Resumo da ópera: sem querer desagradar a mãe ( que, geralmente, é quem pega no pé), o filho treme de medo de um castigo dos céus, vivendo uma vida totalmente fake tentando despistar os próprios temores e vontades. Pra completar, é informado de que Deus vai pegar leve com quem ainda não se batizou. Isso é um flagrante incentivo (in)direto para o filho macho, advindo de uma cultura religiosa machista. Então, ele abre mão do relacionamento saudável rejeitado pela mãe, e ainda tem a benção dela para ‘ficar’ por aí sem compromisso. Enquanto não se batiza. Crente que Deus passa a mão na cabeça, já que a própria mãe o faz. Se bem que – bora combinar - lá no fundo da alma, algo lhe diz que ele está errado. Assim como diz também, à mãe, a mesma coisa. Mas ambos se calam e consentem no engano. E ele segue. Inventando uma realidade paralela para não se culpar, não se cobrar, e assim, não sofrer. Engavetando todos os sonhos e planos, mentindo para si mesmo. Repetindo silencioso e angustiado mantra que quer ser ‘servo de Deus’. Seguindo para o monte, onde o oráculo lhe dirá o que deve e o que não deve fazer. Neuroticamente. Paranoicamente. Esquizofrenicamente. Em nome de Jesus.

RF.


* 2Coríntios 6: 14-16

Paulo disse que não tem como juntar opostos de maneira harmoniosa. Ele pode ter se referido a associações de negócios e/ou relacionamentos com pagãos. Entretanto, era mais provável que ele estivesse se referindo a associações com falsos apóstolos, a quem ele considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a igreja de Corinto. (Adaptado de A Bíblia da Mulher - EMC -SBB - 2ª Edição- 2003- pag 1469)

(Ver também: 1Co 3.16; 6.19 - 2Co 11:13.15 - Lv 26.12 - Ez 37.27).


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Discurso Tendencioso



Enviaram para mim o texto abaixo para que eu o examinasse conforme a perspectiva de Jesus.

Muitas vezes queremos ajudar as pessoas a entenderem certas passagens bíblicas, no entanto, por estarmos muito apegados à mãe-denominação, findamos por fazer alguns acréscimos, no  intuito de fazer proselitismo e puxar tudo para a própria sardinha, sem nos darmos conta de que nossos discursos são verdadeiras heresias. É assim como eu enxergo nesse texto, daí fazer algumas ressalvas, pincelando em negrito, conforme cada parágrafo.

Adianto que não se trata de nada pessoal, até porque nem coloquei a autoria, interessando-me unicamente pelo teor, pela ideia colocada. Aliás, como sempre faço. Espero estar refutando corretamente. Caso não esteja cem por cento dentro da Verdade, por favor, quem tiver algo a comentar nesse sentido, fique à vontade. Obviamente, isento de qualquer ranço denominacional. Porque tal ranço, em vez de luz, convenhamos, é treva.

Eis o texto fracionado que assim se inicia:

‘O tipo de pecado que a Bíblia menciona como imperdoável não é simplesmente da categoria do furto, da mentira, ou do adultério e da imoralidade sexual. Estas coisas são sérias e graves e podem envolver o pecado imperdoável; mas não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável’.

Em Jesus, não existe nenhum comportamento que pode ‘envolver pecado imperdoável’. Baseados na lei mosaica - cujas regras eram severas em relação à sexualidade - os acusadores trouxeram uma mulher adúltera para ser apedrejada diante de Jesus, testando-o.  Este, por sua vez, disse, SIMPLESMENTE, que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. Quando Jesus diz isso, ele nivela TODOS os pecados a um único patamar. Não existe pecadinho nem pecadão. Na mesma circunstância, Jesus nivelou também a todos, pois Ele nos vê (a todos) com a mesma compaixão. O curioso, é que a narrativa diz que, com a resposta de Jesus, TODOS foram saindo, A COMEÇAR PELOS MAIS VELHOS. (Na minha leitura, os mais velhos tinham tido chance de 'acumular' mais pecados e eram habituados a repassar suas convicções arraigadas para os mais jovens).

‘Na Congregação Cristã de Corinto um cristão foi excluído da comunhão por sua imoralidade e falta de evidência de arrependimento (I Co 5:1-5). Este irmão cometera o grave pecado de incesto: abusou sexualmente de sua madrasta. Talvez ela já estivesse separada de seu pai; mas a antiga lei dada a Israel, que no aspecto moral não mudou para os cristãos, dizia: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai” (Lv 18:8).’

Em primeiro lugar, não houve uma sistematização religiosa/denominacional na igreja primitiva que concedesse esse título à igreja. Portanto, nunca houve uma ‘Congregação Cristã em Corinto’. Isso é uma colocação TENDENCIOSA para induzir as pessoas a pensarem que Jesus atua apenas na ‘Congregação Cristã’ enquanto denominação religiosa. Ao contrário, a partir de Jesus, Deus não habita mais em casas feitas por mãos humanas. A partir de Jesus, passamos a ter uma relação pessoal com Deus. Em Corinto - assim como em outras localidades - as pessoas se reuniam em casas, não para criar uma doutrina religiosa com um nome, mas para se ampararem umas nas outras, para servirem umas às outras. Com o passar do tempo as pessoas foram incorporando heranças ritualísticas judaicas e fazendo os acréscimos que a História nos conta, desfazendo o que Jesus fez e inventando um anti-Evangelho.

Quanto ao ‘grave pecado do incesto’, Paulo tratou nessa passagem, de um caso específico em que ele ficou impressionado com a banalidade com que a comunidade aceitava um homem que envolveu-se com a esposa do pai, sendo que isso era tabu na cultura grega. O rigor era tão grande nesse sentido que nem mesmo entre os gentios se tolerava esse comportamento. Algo que era resolvido com sumária pena de morte, estavam fazendo vista grossa.

Entretanto, isso não significa que caiba à ‘cúpula do Sinédrio’ atual, sair determinando quem vai para o inferno. A obediência que Paulo fala não diz respeito a normas igrejistas. Ele sabia – e falava – que não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo. Ele mesmo nos ensinou que a lei do Espírito da vida, em Cristo, nos livrou da lei do pecado e da morte.

‘No entanto, este homem foi readmitido mais tarde na Congregação, mostrando assim, que não havia cometido o pecado imperdoável contra o Espírito Santo (II Co 2:1-11). O pecado imperdoável é um pecado deliberado contra a operação manifesta do Espírito de Deus.

(...)

No blog do Douglas tem um texto simples e fácil de assimilar que nos ajuda nessa confusão religiosa sobre ‘Blasfêmia contra o Espírito Santo’.

‘Diferente de alguns que oram pelos “desviados que não pecaram” [absurdo!], Tiago apóstolo recomendou que “aquele que traz um desviado de volta cobre uma MULTIDÃO de pecados” (do que pecou evidentemente; Tg 5:19, 20 (...)

Tiago NUNCA recomendou que “aquele que TRAZ um desviado de volta cobre uma multidão de pecados”. Traz pra onde? Ora, minha gente,  em nenhum momento ele se refere a um local. Isso, sim, é um absurdo! Ele não faz qualquer alusão a ‘trazer de volta’ para nenhuma panelinha religiosa que se considere a Nova Jerusalém aqui na Terra. Até porque sua colocação inicial é: ‘se algum entre vós se desviar DA VERDADE’. Sendo tudo no nível da mente, da consciência. Jamais subordinando ninguém a lugares, a espaços físicos.

E isso, fazendo alusão ao autor de Provérbios (10.12), quando este diz que O AMOR encobre todas as transgressões. Em nenhum momento ele convoca seu rebanho a converter alguém a um sistema religioso, a uma regra denominacional. Inclusive, um pouco antes, no capítulo dois, ele ressalta que é a MISERICÓRDIA que triunfa sobre o juízo. E não o contrário. 

Por fim, o rigor de Paulo na disciplina à distância jamais pode ser confundido como incentivo a colocar alguém na marginalização religiosa. Ele mesmo falou que a lei jamais realizaria um bem na pessoa, visto que a natureza humana está irremediavelmente caída. Daí ser impossível que a lei nos salve. Ao contrário, ele diz que onde a lei impera não há Graça.


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*Resumo da ópera:


"Em princípio, seriam três equívocos básicos.


No primeiro parágrafo o autor lista alguns pecados, afirmando que "estas coisas são sérias e graves e PODEM ENVOLVER o pecado imperdoável". Entretanto, ele bem SABE que nenhum destes PODE ENVOLVER o pecado imperdoável. Afinal, logo em seguida, ele mesmo afirma que "não foi sobre esse tipo de pecado que Jesus falou como imperdoável".

Na referência sobre o incesto do segundo parágrafo, ele lança mão de uma sutileza bastante tendenciosa quando INTITULA a comunidade que ia se formando em Corinto, como sendo preliminar de uma denominação atual.

E, no último parágrafo, onde a ênfase é para a expressão DESVIAR-SE DA VERDADE, ele afirma que Tiago recomenda sobre "TRAZER um desviado de volta", usando-se, novamente, de um jogo de palavras tendencioso e conveniente. Ora, não há recomendação para se TRAZER alguém para algum LUGAR. Até porque, conversão se dá no nível da consciência. O ‘desviar-se’ a que Tiago se refere é da VERDADE. E nunca desviar-se de uma denominação".

Esse foi meu comentário no Facebook quando 'perdi' um amigo de infância que ficou lá na infância tomando dores e advogando causa, sem conseguir alcançar que minhas LIVRES colocações nada têm de pessoais e que são, TODAS, a partir do que eu leio.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Prisões religiosas





Quando fazemos bobagens na juventude, quem nos escraviza, nos julga e nos condena, são os dirigentes religiosos pretensiosos. 

Jesus nos dá chance de restaurarmos nossos conceitos e valores e cabe a nós, não pelo igrejismo, mas pela nossa consciência, pela mudança, pelo arrependimento, pedir socorro a Jesus que lava todo e QUALQUER pecado, e, então, nos conduz a seguir em frente com outra consciência, outro comportamento. Onde abunda o pecado superabunda a graça. Foi o que ele fez com a mulher da Samaria, com 'a mulher adúltera', foi o que ele fez e faz com todos os que estão 'aos seus pés'.

A 'igreja' cura superficialmente as feridas, mas é a principal responsável pela angústia no peito do crente, porque em vez de colocar paz em seu coração, coloca a culpa e a obediência doutrinária que só oprimem, apontando e julgando, determinando um tipo de pena a ser cumprida, com base em versículos deturpados conforme sua limitada e equivocada forma de julgar. 

Só Deus tem esse poder de julgar e no entanto, Ele é longânimo! Desde sempre. Do AT ao NT!!!

'Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração, serei achado de vós e farei mudar a sua sorte'. 

'Então, romperá a tua luz como a alva, a tua CURA brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda'.

'Se o meu povo (...) se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, PERDOAREI os seus pecados e sararei sua terra'. 

SEJA QUAL PECADO FOR!!! 

Só que as pessoas pensam que se obedecerem à doutrina, à cartilha denominacional, então vão enriquecer, ganhar na loteria, etc. e não é nada disso! Isso já seria a consequência da cura, da vida saudável em todos os sentidos.

Quando Deus está restaurando a pessoa, Ele restaura DE VERDADE, de dentro pra fora. Ele APAGA tudo que ficou pra trás! Limpa, zera, reinicia! 

Mas aí vêm os religiosos e ousam apagar todo o acordo que Deus fez na cruz e sistematizam em normas, em regras, em cartilhas religiosas, tudo que o crente tem que seguir para poder ser perdoado. 

E classificam, de forma BIZARRA, o adultério em pecadão. 

Esses são os mesmos que seguem na hipocrisia, no casamento de fachada, sofrendo horrores na vida 'a dois', vivendo um verdadeiro inferno em vida, algo que sua religiosidade chama de 'casamento'.

Comentário feito AQUI

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Da inutilidade do conceito de ortodoxia



Já passou o tempo em que uma posição doutrinária era uma questão de vida ou morte. Este foi o caso de Atanásio, bispo de Alexandria no século IV, que foi submetido a torturas, exílios e perseguições de todos os tipos por defender a dupla natureza de Cristo contra os arianos. Em nossos dias as discussões teológicas são feitas em amplos gabinetes, tomam como ponto de partida a "superior revelação anglo-saxã" que desemboca nesta "terrae brasilis" por meio de massudas traduções, distribuídas em todo território nacional e prendem-se às filigranas de questões exegéticas, que se decidem, via de regra, pela redução a um alinhamento de natureza mais ideológica, que propriamente teológica. É fácil notar como os progressistas são politicamente de esquerda e os conservadores são alinhados com a direita política. Em outras palavras, as teses bíblicas não passam de pretextos para embates de cosmovisões e de ideais de organização social.

Neste ambiente, algumas expressões perderam completamente o seu significado. Uma delas é o vocábulo "ortodoxia". O termo é de origem grega e é composto pelo prefixo "ortós", que significa "correto" e "doxa", que é "opinião" ou "crença". Assim, ortodoxia seria a correta crença acerca de algo. No ambiente cristão, a expressão designa a virtude daqueles que não se deixaram levar por heresias e ensinos que distorcem a verdade do Evangelho de Cristo Jesus. Em tese, é um conceito maravilho ao qual eu desejo me aferrar com todas as minhas forças. O problema é que ele é de natureza analógica, ou seja, só é possível mensurar algo como "correto" se soubermos ao certo o que é "reto". Aí reside uma dificuldade crítica. Cada grupo denominacional tem a sua própria ortodoxia: calvinistas, arminianos, pentecostais, fundamentalistas. Todos partem de uma teologia sistemática sua para aferir às demais, que neste caso não poderiam ser chamadas senão de "heterodoxias", que em grego significa "outras crenças" ou "crenças diferentes".

Isto já seria suficiente para afirmarmos que ortodoxia é, em última análise, uma ideia narcisista, que premia com tal rótulo "os que pensam como eu", seja lá quem for este "eu". Contudo, o mais grave é que não podemos falar de um calvinismo, um arminianismo, um pentecostalismo etc. Há várias subdivisões teológicas no interior destas grandes tradições. Por exemplo, o calvinismo de Calvino não é igual ao dos Hodges, que pontificaram em Princeton na segunda metade do século XIX. Estes jamais poderiam admitir Jesus indo em espírito ao inferno para ser fustigado pelo diabo, no período entre a sua morte e ressurreição, como faz Calvino nas Institutas. Quem estudou em uma seminário presbiteriano nos anos 70 e no início dos 80, sabe que a escatologia ensinada era Premilenista e que no final da década de 80 ela se tornou Amilenista. É a questão da ortodoxia da moda, no tempo e lugar em que se está.

Contudo, o que mais me incomoda e que me motivou a escrever este pequeno artigo, é o fato de que toda a discussão de natureza teológica que se trava há muitos anos e consome a melhor das energias de nossos jovens pensadores, nada ou muito pouco diz a respeito do verdadeiro desafio do Evangelho, que é viver como Jesus viveu e ensinou. Foi Ele quem nos advertiu, em vários momentos, que o que se diz em nada se compara com o modo como se vive, apenas este último interessa a Deus (a parábola dos dois filhos, das casas edificadas sobre dois fundamentos etc). Queria que hoje os nossos seminários fossem plantados no meio das favelas e entre as populações em situação de risco, porque é entre eles que o nosso Mestre seria encontrado e é ali que o maior desafio intelectual se nos apresenta: como falar do amor de Deus em um mundo em que as pessoas só encontram o descaso dos homens?

Paz e Bem!

Martorelli Dantas (By Facebook)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tudo o que eu preciso para servir a Deus.





Seis minutinhos de Evangelho genuíno! 
O mais é acréscimo pretensioso.
Regina Farias




domingo, 2 de fevereiro de 2014

FOFOCA



Quando não somos prudentes nas nossas colocações e perdemos o controle (domínio próprio) permitimos que emoções ruins influenciem nas nossas críticas. Então, nos deixamos levar por sentimentos mesquinhos e irresponsáveis, transformando o assunto em FOFOCA, que não apenas desagrada profundamente a Deus, como também coloca em risco nossa liberdade como cidadãos.

A FOFOCA começa no atrevimento de se misturar assuntos gerais com conversas de natureza íntima e pessoal, com o intento capcioso de tornar sensacionalista, no claro intuito de difamar e estragar a reputação e a dignidade de alguém.

A Constituição do nosso país é firme quanto a DIFAMAÇÃO e INJÚRIA, estabelecendo penalidades nos artigos 139 e 140 do Código Penal vigente.

A PALAVRA DE DEUS lista os fofoqueiros ao lado dos inimigos de Deus, dos desleais, dos insolentes e dos homicidas. (Rm 1:28.32)

Lembrando que Deus condena igualmente quem assim age e também quem aprova esse tipo de atitude!

A Bíblia é clara quanto aos PREJUÍZOS (Pv 11.13 – 16.28 – 18:6.8 – 26.20) e também quanto às CONSEQUÊNCIAS da fofoca e da maledicência (Sl 101.5 – Pv 8.13 – 17.9).

Espalhar mentiras e também sair contando fatos parcial ou inteiramente verdadeiros da vida pessoal de alguém pode também atrair a ira de Deus. Assim como dar ouvidos a boatos ser tão ruim quanto o ato de espalhar palavras perversas. (Pv 17.4)

A carta de Tiago dedica um capítulo inteirinho (3) sobre o pecado da língua e o dever de refrear esse pecado.

A FALA é uma espécie de barômetro da espiritualidade, por revelar o conteúdo do coração. Ou seja: quem é enganoso e inconstante para com Deus em seu coração também será enganoso e inconstante em SUA FALA.

Tiago aponta a língua como um instrumento do mal ou um condutor de bênçãos, dependendo se ela está, ou não, envolvida pelo Espírito de Deus.

Jesus nos ensina que não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai dela, posto que a FONTE de TODA a impureza de um homem está no seu CORAÇÃO. (Marcos 7) Pois a boca fala do que o coração está cheio – Palavras de Jesus, dentro de um contexto onde Ele aponta que se conhece uma boa árvore pelos seus frutos! (Mt 12.34b)

O livro de Provérbios nos diz, no capítulo 6, dos versos 16 a 19, que SEIS coisas aborrecem o SENHOR, e, a sétima, ELE ABOMINA!

1. Olhos altivos
2. Língua mentirosa
3. Mãos que derramam sangue inocente
4. Coração que trama projetos iníquos
5. Pés que se apressam a correr para o mal
6. Testemunha falsa que profere mentiras
7. E O QUE SEMEIA CONTENDA ENTRE IRMÃOS.

A propósito, vamos esclarecer isso aqui, de uma vez por todas: não podemos mais ser infantis e sair por aí confundindo a expressão ‘CONTENDA’, transformando isso em ‘ponto de doutrina’, ou, pior, premissa de salvação. Sejamos sensatos e maduros ao analisar o sentido de contenda dentro de cada contexto; mais precisamente, o que nos disse Paulo sobre isso. Ora, apontar equívocos feitos em nome de Deus, jamais foi condenado por Paulo, uma vez que ele mesmo foi alvo de muitas contendas nas quais esteve presente e atuante, justamente nesse sentido. Ele não fugiu de nenhuma delas. Foi ridicularizado de todas as formas e sempre se manteve coerente com o Evangelho; rebatendo no Espírito e com a veemência típica de seu temperamento, toda sorte de equívoco doutrinário; fosse pessoalmente ou por carta.

Não confundamos mais, por favor, sob risco de ser posto à prova o nosso quociente de inteligência. A contenda (discussão) no âmbito da arenga pessoal, esta sim, é vista por Paulo, não apenas como desperdício de tempo, mas ainda como algo não proveitoso. E mesmo assim, ele não saiu ‘condenando’ ninguém por isso e, tão somente, disciplinando, chamando à atenção, levando as pessoas à reflexão. Caso concreto está no conflito entre duas de suas cooperadoras no Evangelho (Fp 4), cujas personalidades marcantes estavam interferindo na harmonia e bem estar daquela comunidade que ora surgia.

E levando para o lado pessoal, então… Aí é que a coisa fica mais séria e grave!

E, tratando-se de FOFOCA…


"O conflito é inevitável nos relacionamentos interpessoais. É humanamente impossível viver em total harmonia com os outros o tempo todo. Por isso, a bíblia trata desse assunto de diversas maneiras: Jesus ensina como deve resolver as discussões, Paulo resolveu sua contenda com Marcos e João advertiu os cristãos a não ter ódio uns dos outros. 

A fofoca não é, JAMAIS, um ato de bondade. Ela diminui a pessoa pela qual se fala. Ela degrada o cristão que a pratica. Ela serve de TENTAÇÃO e de ARMADILHA para o ouvinte que PARTICIPA dessa maldade". (Adaptado – A Bíblia da Mulher- SBB – Ed. Mundo Cristão).

Outro dia vi uma imagem numa rede social com os seguintes dizeres:

"FUJA DA MALEDICÊNCIA. O LODO AGITADO ATINGE A QUEM O REVOLVE".

Comentário feito AQUI


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

IGREJA





No primeiro item, a passagem em Mateus 16:15.19 é usado pra afirmar que foi o próprio Jesus quem falou o termo ‘igreja’. Só que todos nós sabemos qual sentido Jesus deu ao termo IGREJA. Ele, que ‘derrubou o templo’ em demonstração prática do que seria IGREJA dali pra frente.

Não consta na Bíblia que Jesus fundou igreja. Nem, tampouco, que tenha mandado alguém fundar. A ordem que Ele deu foi para pregar o Evangelho a toda criatura. Jesus poderia ter aproveitado a oportunidade nesse momento em que os autores das traduções chamam de ‘A Grande Comissão’. Excelente oportunidade pra Ele estabelecer a igreja e suas normas em Seu nome. No entanto, Ele não fez isso nem determinou a ninguém que o fizesse.

Essa 'organização' que o autor fala é algo inerente ao homem. O homem precisa de ajuntamento pra compartilhar, pra ajudar, pra se reforçar com outros. Isso é comum união = comunhão. Então, nesses ajuntamentos, volta a praticar antigos ‘cerimonialismos’ para não esquecer a perspectiva de vida real com Deus; infelizmente, não está gravado em seu coração. Jesus não é suficiente. Ele precisa ir ao monte, precisa de lugares, precisa de sacrifício, precisa ‘se punir’ para voltar ao pó, à condição diária de ‘servo inútil’ que se dispõe a servir sem esperar QUALQUER recompensa, seja no Céu ou na Terra.  

No AT foram estabelecidas festas e celebrações, memoriais, altares, rituais bem elaborados e com datas definidas, tudo isso para que o homem não esquecesse quem era o seu Deus assim como todas as coisas que Ele havia feito. Na Nova Aliança isso tudo foi abolido porque esse altar foi transferido para dentro do nosso ser! Nosso coração, nosso espírito, nossa consciência! Portanto, não se pode dizer que esse ajuntamento/instituição foi ordem de Jesus. Quem quiser diga, mas assuma que está usando O NOME. Aí é com a consciência de cada um.

No segundo item, onde é colocada a passagem em Mt 18:15.20, Jesus estava modificando aquilo que foi estabelecido drasticamente no AT (Dt 17.6; 19.15) no sentido de, primeiro tentar resolver o conflito por meio do diálogo, pela conversa franca, com o depoimento isento de quem presenciou o evento. Se não funcionasse, levasse o caso à igreja. Se ainda assim a igreja não desse ouvidos, então considerasse o 'vacilão' como ‘gentio ou publicano’, que era o que havia de mais reprovável e excludente naquela época. Vemos aqui um fragmento do que representava o RIGOROSO sistema jurídico/religioso, já que naquela época, tanto do AT como nos tempos de Jesus, a religião era quem determinava a sentença.

Lembremos que quando Jesus diz ‘igreja’, ele não se refere à instituição e seus líderes, mas ao grupo de irmãos que ora se formava e que, comungando da mesma ideia de ética e justiça, é colocado para analisar a situação em questão. Inclusive, diga-se de passagem que, naquele contexto, a instituição religiosa e seus líderes era o que Jesus mais repudiava em termos de fazer justiça.

Portanto, em nenhum momento nessa passagem, Jesus está exaltando igreja/instituição, MAS GRUPO que comunga a mesma ideia e teria interesse em resolver problemas de relacionamentos.  Muito me admira alguém como Nicodemus falar nesses termos e, achando pouco, relacionar isso a 1Co5 quando ali o assunto era algo totalmente inaceitável que não requeria diálogo. Tratava-se de incesto, algo ultrajante!  A lei judaica proibia o filho de casar-se com a madrasta, pois esta era como mãe!!! Nessa passagem um rapaz se envolveu com a esposa de seu próprio pai. Por isso a advertência para não se associar com os ‘impuros.

Em relação ao terceiro item, há um erro, talvez de digitação, pois ele faz referência a 1Tm 31.13, quando essa carta só tem seis capítulos. De qualquer forma - como trata de organização/hierarquia - sabemos que, por menor que seja um grupo, organiza-se um ‘corpo funcional’.  Dando continuidade, o quarto item reafirma a necessidade dessa hierarquia. Porém, o grande equívoco nas denominações religiosas é que, quem ‘lidera’ se acha no direito de ser capataz da fazenda de Deus. Aí vem Jesus e nos dá uma lição enfática sobre esse lance de SER O MAIOR.  (Ver Mt 20:26.27; 23:11 – Mc 9:35; 10:43.44 – Lc 22:26).

E, no quinto item, vemos a parte dos rituais. Ele afirma que 'Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele'. Ora, o que Jesus fez foi mudar o foco! Ele disse apenas que fizesse em sua memória, Ele não ordenou a celebração.  Até porque já havia uma celebração. A principal festa judaica: uma ceia especial onde se matavam cordeiros para fazer as celebrações da Páscoa. E que foram abolidas A PARTIR DE JESUS.  

E o que eu acho mais CONTRADITÓRIO e que, inclusive, DERRUBA TUDO QUE ELE MESMO FALOU ANTERIORMENTE é que, depois de usar partes da bíblia e das cartas para embasar sua tese, ele mesmo ANULA tudo que disse, com a seguinte pérola:

'Para mim a Igreja de Cristo é muito mais do que uma denominação – inclusive a minha. As igrejas denominacionais instituídas e organizadas não são a única expressão válida da Igreja de Cristo. Onde houver um grupo de cristãos que fazem estas coisas prescritas por Jesus e pelos apóstolos (itens 1 a 5 acima), ali está a igreja, ainda que imperfeita'.

De que foi dito lá, só tem correta essa frase: 'Para mim a Igreja de Cristo é muito mais do que uma denominação – inclusive a minha. As igrejas denominacionais instituídas e organizadas não são a única expressão válida da Igreja de Cristo’. 

O restante do parágrafo (bem como praticamente o texto todo) é leviano e tendencioso no sentido de fabricar igrejas: ‘Onde houver um grupo de cristãos que fazem estas coisas prescritas por Jesus e pelos apóstolos (itens 1 a 5 acima), ali está a igreja, ainda que imperfeita'. - Além de determinar o que seja a ‘doutrina de Jesus’, rebate o que disse Jesus sobre dois ou três reunidos em Seu Nome.  

Ora, minha gente, tudo que Jesus ‘prescreveu’ resume-se ao AMOR! Ele manda fazer discípulos ensinando a guardar os seus mandamentos: amar a Deus e ao próximo. Como diz um pastor muito conhecido: tão simples quanto desconcertante!

Infelizmente, os líderes religiosos não entenderam nada. Pegaram o que disse Jesus e transformaram em sistematização religiosa pesada que nem eles mesmos aguentam!

Que pena...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.




De vez em quando, ao final de uma de suas parábolas, Jesus mandava essa: 
. “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 

Fico a imaginar o que ele queria dizer...

. “eu sei que um bocado de gente não entendeu nada, mas vai chegar a hora em que vai entender”

. “eu sei que os ouvidos de vocês são seletivos, incapazes de ouvir algo que contraria suas ideias fixas”

. “eu sei que que o que estou dizendo exige que vocês mudem de vida, e então é mais fácil que vocês finjam que não entenderam”

. “eu sei que vocês estão em estágios diferentes de iluminação espiritual”

. “eu sei que muitos de vocês venderam a alma ao diabo e não querem abrir mão de seus malditos privilégios e infernais benesses”

. “eu sei que muitos de vocês são preconceituosos mesmo”

. “eu sei que muitos de vocês preferem ouvir os mestres que concordam com vocês”

. “eu sei que tem gente que vai morrer sem entender”

. “eu sei que muitos de vocês acreditam que já sabem tudo e que não há nada de novo a aprender”

. “eu sei que tem gente que não está sequer ouvindo, muito menos entendendo”

. “eu sei que tem gente que já entendeu, mas não tem coragem de assumir a bronca”

. "eu sei que tem gente que pensa que entendeu, mas não entendeu"

. "eu sei que tem gente que acha que entendeu, e que ninguém mais entendeu"

. “eu sei que um monte de gente vai entender, e essa gente vai virar o mundo de cabeça para baixo”

(Ed René Kivitz)


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Eleotério disse...



Eleotério disse:
Quando passei a crer em Cristo e na Vida Eterna no céu, entendi que necessitava de um lugar para cultuar a Deus e a Cristo.

A Palavra de Deus diz que quando passamos a crer em Cristo, entendemos que a nossa ‘vida eterna’ começa aqui na Terra e que o lugar de culto é no chão da existência. Aprendemos que Deus e Cristo são um só. ‘E o Verbo se fez carne e habitou entre nós’. (João 1.14)

Com a Nova e Eterna Aliança, os hábitos antigos perdem sua função. A partir de Jesus, não se cultua mais a Deus em lugares (Atos 7:48.49.50.51). Ele habita nos corações e o culto se faz no ser e se aplica na prática. Lugar de ajuntamento a que chamamos de igreja não é a morada Dele. Além de tudo, 'Deus não tem nenhum lugar de culto fora do amor ao próximo' - disse o pregador.

Eleotério disse:
Passei a ser membro na CCB, onde vou cantar louvores, orar, buscar consolo espiritual para alma, minha alma entre outras coisas.

A Palavra de Deus diz que Jesus condenou com firmeza a doutrina de homens que promove uma exterioridade vazia e que, num processo gradativo e sutil, leva a confundir igreja/denominação/instituição com presença constante de Deus na nossa existência. Com estes que assim agem e pensam, Jesus não teve misericórdia, chamando-os de hipócritas! (Ver Marcos 7)

O culto verdadeiro jamais se confunde com LOCAIS onde se louva a Deus em grupo. Locais, geralmente se transformam em instituições religiosas que ditam regras e mais regras conforme suas próprias doutrinas. Usando o nome de Jesus. Quando alguém diz que necessita ir a um lugar determinado onde ele crê que Deus lá está, e para que assim encontre consolo para a alma, está afirmando claramente que Deus está em lugares, e não, habitando dentro do próprio coração.

Nos tempos da Antiga Aliança, quando havia arrependimento e se fazia confissões coletivas, Deus já repreendia aqueles que confiavam no templo como garantia espiritual (Jeremias 7). Naquela época, em que os rituais ainda eram importantes, Deus já deixava claro que apenas o arrependimento e a justiça trariam libertação, e não os rituais, a celebração, a liturgia.

Eleotério disse:
Na CCB os irmãos sentam de um lado e as irmãs do outro, achei bom pois evita que as pessoas misturem culto com esposa, namorada, etc.

A Palavra de Deus diz: 'negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição de homens’ (Ver Marcos 7). Os líderes religiosos estabeleceram regras que foram compondo a tradição oral de suas crenças.  Criando um sistema próprio de interpretação para preservar e demonstrar ‘a lei de Deus’. Incorporando certos usos e costumes que eles mesmos passaram a acreditar e divulgar entre seu povo, que serviam para medir a santidade e a impiedade das pessoas, colocando-se acima das Escrituras. Esse costume judaico imitado por algumas denominações (ditas cristãs), difere da forma gritante do que fazia Jesus em seus dias missionários (e que nos manda imitá-Lo).

Contrariando os hábitos judaicos, Jesus rompeu com os rituais. Nunca ensinou nas sinagogas. O fazia à beira do rio, nos montes, no caminho. As pessoas se aproximavam juntas para ouvir o que Ele tinha a dizer:  jovens, namorados, amantes, adultos, crianças, homens e mulheres, casais, solteiros, prostitutas, malfeitores, todos com seus problemas. Era um culto de ‘tudo junto e misturado’. Fora do templo!

E assim, em todos os sentidos Ele derrubou o templo, seus hábitos e rituais que determinavam santidade. E, mesmo assim, os religiosos foram reconstruindo tudo aquilo que Jesus havia derrubado. Estes, ainda hoje não entendem o que diz Jesus há mais de dois mil anos: ‘publicanos e meretrizes vos procedem no Reino de Deus'. Apegados a seus próprios rituais, regras, dogmas e doutrinas, inventaram um novo evangelho, afirmando que  tudo que lá fazem é em nome de Jesus.

Eleotério disse:
As irmãs usam véu. Cobrem o cabelo e o homem (que é sua cabeça) que são a glória da mulher obedecendo Corintios que afirma que a mulher DEVE(deve) cobrir a cabeça com o véu, etc. Deve vem do verbo obrigação, nada a ver com costume na cidade de Corinto.

A Palavra de Deus diz: ‘Eis que O VÉU do santuário se rasgou em duas partes DE ALTO A BAIXO’; tremeu a terra, fenderam-se as rochas’. Mateus 27.51  (caps meus).

O grosso, pesado e enoooooorme véu do templo que separava o homem de Deus, foi rasgado de alto a baixo (ou seja, nenhuma mão humana seria capaz de fazer isso).  Sua presença era para lembrar a constante separação entra a humanidade e Deus. Mas, em Cristo, foi anulado; perdendo sua utilidade para estarmos em Sua presença (Hb 4.16).

E o que dizer de um pedacinho de pano hoje visto em cabeças femininas em algumas igrejas? Qual a sua serventia diante do sacrifício de Jesus? A Palavra de Deus diz: nenhuma! O fato de ter sido rasgado significa o momento oportuno (conforme falava o profeta) da remoção da barreira que havia entre Deus e QUALQUER PESSOA que aceita o sacrifício de Jesus .

A referência que Paulo faz tem uma analogia de reverência e submissão voluntária feita ÀS ESPOSAS (E não às mulheres de modo geral), aos maridos e à igreja. A mulher como ‘glória do homem’ era um conceito que remetia ao papel do marido. O marido, por sua vez, tinha compromisso com a esposa.  E, embora parecendo contraditório, Paulo deixa claro que não havia superioridade nem inferioridade entre homem e mulher, apenas papéis culturais diferentes  (época em que a mulher nem podia se dirigir ao homem em público!) Isso fica muito simples e fácil de assimilar quando se entende todo o contexto no qual tudo ocorria. Não podemos trazer isso para os dias atuais e transformar em doutrina em nome de Jesus. E, MENOS AINDA: aplicar o seu uso na igreja como sendo premissa de salvação. Pegar esse trecho escrito em uma carta de Paulo e aplicar na igreja/denominação como sendo mandamento de Deus, é um dos maiores equívocos doutrinários que tem acontecido. Fazer por costume religioso, hábito que se engessou, é outra história. Mas querer que essa tradição religiosa seja obedecida como OBRIGAÇÃO, como mandamento de Deus é, no mínimo, temeroso. Nenhum dos mandamentos de Deus está relacionado a performances, exterioridades. E, sim, a TODOS os desejos do coração. Porque é do coração que procedem maus desígnios (arrogância, indiferença, pretensão, falta de compaixão, enganos),  homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. Isso é o que contamina o homem, pois sai da boca vindo do coração. (Ver Mt 15:18.19.20)

Eleotério disse:
Tem aprox. 300 mil músicos, afora organistas. A maior orquestra do planeta !!   
  
A Palavra de Deus diz: Vaidade das vaidades, diz o autor de Eclesiastes a tudo que representa transitoriedade.   Deus ignora os palcos, os altares esplêndidos! Quando Balaão se encontra com Deus vai logo dizendo a quantidade de altares e ofertas especiais que preparou, mas Deus não lhe deu atenção indo direto ao ponto, colocando  a palavra em sua boca. O palco e o holocausto ficaram de lado e o Senhor o compeliu a falar verdades importantes sobre Israel.  E o que oferecemos quando estamos praticando ‘louvor’ coletivo e programado, Deus simplesmente ignora todas as pompas e olha diretamente para cada coração. Todo aparato vaidoso que o homem prepara com tanto esmero não tem qualquer valor para Deus. Não há número de fiéis, não há templo erigido, não há orquestra com seus instrumentos mais brilhantes e sons mais harmônicos. Deus não precisa que lhe amaciem o ego. O homem, sim!  O homem precisa de bajulação, de reconhecimento, de aplauso! Deus quer que anunciemos A BOA NOVA ao mundo.

Eleotério disse:       
Os homens e mulheres são orientados para irem aos cultos com vestimentas sociais, em demonstração de respeito ao Pai, Filho e Espírito Santo que alí se apresenta.

A Palavra de Deus diz:
O respeito ao Pai, Filho e Espírito Santo não se mede pelas vestimentas (sociais ou ‘a passeio’, informal ou ‘grunge’. Respeito (reverência) brota tão somente da disposição sincera do coração que reconhece a Soberania.

Jesus nos diz de diversas formas:
- Vem a mim do jeito que estás. Eu não ligo para tuas vestes exteriores. Quero te dar vestes espirituais. Desce daí, que eu hoje vou jantar na tua casa - disse Jesus a Zaqueu, mesmo conhecendo a roupagem sinistra da sua alma. Jesus poderia ter ido jantar na casa do impecável judeu com suas vestes e filactérios expostos ostensivamente para chamar a atenção para a sua suposta lealdade com as Escrituras. Mas, não. Jesus rejeitava esse tipinho arrogante. Ele quer tocar a alma e o coração do ‘perdido’ com a Sua presença. Ele detestava e continua detestando  o que se acha ‘achado’.

Jesus prefere dizer:
- Quando você vestir as minhas vestes espirituais, todo o teu ser será ético, sensato, equilibrado e tu saberás como entrar e sair em qualquer lugar, seja no ‘lugar de culto’ ou no verdadeiro lugar de culto, que é realizado na própria vida, no caminho. Sem que seja necessário o ‘sacerdote’ de plantão dizer que tipo de vestimenta é apropriada pra essa ou aquela ocasião.

Jesus usou uma metáfora à igreja de Laodicéia que se achava completa, rica e abastada. Ele propôs que adquirissem DELE, ‘riquezas’, vestes e colírio. Aqueles, cegos pela própria auto suficiência, nem frios nem quentes, estavam a ponto de ser vomitados da boca do Senhor. Justamente quando se achavam abastecidos de tudo, Jesus dizia: - nem sabes que és infeliz, miserável, pobre e nu.

Ironicamente, eles tinham o que representava o ouro e a riqueza (bancos), os medicamentos (escola de medicina) e as melhores vestes (indústria têxtil).  Em meio a toda essa performance de famílias perfeitinhas, típicas de comercial de margarina, Jesus se oferecia para jantar em suas casas. Casas que não são de pedra. Casas que são de carne. Casas chamadas corações.

Eleotério disse:
Todos os hinos são Sacros pois a melodia não é para agitação da carne e sim ligação da alma com Deus.

A Palavra de Deus diz: louvai ao Senhor ao som de trombeta, com saltério, harpa, instrumentos de corda, flauta, CÍMBALOS SONOROS E CÍMBALOS RETUMBANTES. Esses que pensam que a Deus só são agradáveis sons como os da harpa não têm noção do som que produz um címbalo sonoro e um címbalo retumbante. Aliás, nem sabem o que é címbalo! (Tia Wiki, socorre aqui)

Não se classifica um hino a Deus pela ‘melodia’ e, sim, pelo louvor sincero e verdadeiro. A ‘ligação da alma’ para com Deus não se faz com ‘música sacra’. Não existe ‘hino sacro’ e sim hino de louvor a Deus. Existe o homem inspirado por Deus para exercitar o que Ele deu. Na música, por exemplo,  qualquer estilo e qualquer instrumento utilizado com louvor sincero, é agradável a Deus. Até a música que 'não fale de Deus'.

Diga-se de passagem: louvor não está limitado a canção. Louvor é uma adoração do coração e deve ser feito em todo o tempo ( Sl 34.1); não tem um lugar específico para acontecer  podendo ser expresso por meio de palavras e de música ( Sl 33:1.2.3); e não se louva a Deus por bênçãos ou súplicas. Se louva a Deus pela Sua grandeza (Sl 150.2). Deus é digno de louvor ( Ap 5.12).

O que liga nossa alma com Deus não é ‘o estilo’ da música. O que nos liga a Deus é o sangue de Cristo.

Eleotério disse:
A liturgia nos cultos são iguais em aprox. 20 mil templos no Brasil. Somente o Espírito Santo poderia fazer o povo aceitar liturgia iguais.

Cada denominação religiosa tem sua própria liturgia e todas as suas ‘afiliadas’ seguem o mesmo modelo litúrgico. Isso é organização do homem. Deus lhe deu essa capacidade. Toda instituição religiosa de certo porte segue um determinado padrão estabelecido pelos seus líderes, que, por sua vez, é acatado por aqueles que se identificam com 'a cartilha religiosa'. Não há nada de sobrenatural nisso.

Eleotério disse:
Não cobra dízimo, lembrando que o tal nunca foi dinheiro ou moeda, mas, era 10% da colheita e levavam até os levitas que cuidavam do templo e depois distribuíam aos necessitados, órfãos e viúvas. Não encontra-se no novo testamento após a morte de Cristo, nenhum ponto falando do tal dizimo que foi substituído pelas coletas voluntárias(dá o que quer) e ao mesmo tempo em segredo, cumprindo o mandamento de Cristo; O que mão direita fizer a esquerda não saiba. Na obrigatoriedade do dizimo os pastores e administradores sabem quem deu e quanto a direita deu……Quem não dá é ladrão de Cristo !……rs,rs…….

A política e a religião se fundiam num único poder, e as taxas (ou impostos) eram chamadas de dízimo, que era pago na forma de bens. Ou seja: o pagamento do dízimo era obrigatório. Fazia parte da cultura socioeconômica e religiosa daquele contexto histórico. Como aquela cultura era essencialmente agrícola, então a grande maioria  exercia sua obrigação conforme o que plantava e colhia.

Jesus criticou os fariseus hipócritas que davam rigorosamente o dízimo ‘da hortelã, do endro e do cominho’ mas não exercitavam a justiça, a fé e a misericórdia. Entretanto, não consta que Jesus tenha condenado o dízimo. De modo contundente, Ele fez mais uma severa crítica aos fariseus hipócritas que cumpriam, de forma rigorosa, apenas uma parte da lei. E a parte que tinha ligação com o próximo eles negligenciavam (Mt 23.23).

Jesus não proibiu o dízimo, ao contrário:
- devíeis, porém, fazer ESTAS coisas (dízimo) sem omitir aquelas (justiça, fé e misericórdia). O que desmente a afirmativa de que o NT substituiu dízimo por coleta voluntária. Sensibilizado com tamanha pobreza na Judeia, Paulo mobilizou outras igrejas  organizando coletas para amenizar tanto sofrimento, conclamando os mais abastados a contribuir de suas abundâncias às necessidades do pobre. Enfatizando, entretanto, que os pobres deveriam trabalhar e sustentar-se fazendo o melhor, conforme suas habilidades. (2Co 8: 1-15)

Tem denominação que não cobra dízimo mas, usando equivocadamente o que diz Jesus (dar com a direita que a esquerda não saiba), FAZ COBRANÇA de oferta em seus discursos terroristas revelados no púlpito. Ora, como cobrar, se é oferta?!! Assim, a oferta perde o seu sentido literal e passa a ser uma aflita obrigação, já que se pressupõe um mandamento de Jesus, afinal ele ‘manda’ dar com uma mão e que outra não veja; ora, Ele não ordena que dê. Ele ordena que o faça daquela maneira. Aí a doutrina transforma numa equivocada obrigatoriedade travestida de oferta, que muitas vezes a pessoa não tem condição de fazer e se sente terrivelmente oprimida pela exigência que vem sempre em forma de ‘palavra revelada'.

Portanto, a oferta não é mandamento de Jesus nem foi inventada no NT. Nos tempos da Antiga Aliança já se fazia oferta. (Êx 35.21 e 36.7). No Novo Testamento, a ênfase é colocada no coração do que crê como também em sua atitude. Paulo declara que o ‘dar’ do cristão é uma questão de convicção diante de Deus.

O que eu estranho muito, é que alguns denominacionais só se lembram da parte que Jesus disse que é pra ‘dar com a direita de maneira que nem a esquerda veja’. Estes, em vez de sistematizar algumas partes bíblicas, deveriam entender o sentido de doação; o sentido de oferta que Jesus nos diz na Sua própria oferta de Si mesmo. 

Um coração generoso é marcado pela evidência da ação do Espírito de Deus. Dedicar tempo, energia e dinheiro é uma resposta natural do coração que se dá conta da graça (favor imerecido) que recebeu profusamente de Deus. (Ef 1:7.8.) Dando sem esperar recompensa. Sem acumular bonificações nem na terra nem nos céus. Livre das amarras doutrinárias.

Eleotério disse:      
Os ministros, porteiros, músicos não são assalariados.
Não comercializam, videos, Cd’s, DVD’s, livros escritos por teólogos e ou doutores.
Os ministros não participam de política, não pregam na TV nem no Rádio nem distribui revistas.

Várias instituições religiosas sérias que eu conheço não têm assalariados em seus quadros, não participam de política, não pregam na TV nem no radio nem distribuem revista de sua igreja; não sendo, portanto, tais requisitos, nenhum mérito de uma denominação isoladamente. Nem sinônimo de bonificação junto aos porteiros dos céus.

Por outro lado, não consta que  Jesus tenha condenado a divulgação, a publicidade, a mídia. Ele só não queria que alardeasse seus feitos porque ainda não era chegada a hora. Mas quando tudo se cumpriu Ele mesmo deu a ordem: IDE e pregai o evangelho a toda a criatura.

Ele não restringiu métodos nem determinou quais métodos deveriam ser usados. Ele mandou ‘ir’. Tem igreja que pega esse ‘ide’ literalmente e envia missionários pelo mundo afora. (Mas isso é outra história). Esse ‘ir’ acontece no caminho. Na vida. Na existência. Algumas igrejas usam largamente a eficaz ferramenta do ‘boca a boca’e isso é publicidade também, oras. (Que grande tolice essa de se achar a santa e imaculada nova jerusalém aqui na terra).

Paulo e seus discípulos são prova inconteste de que se deve usar largamente os recursos de comunicação que existem ao dispor, utilizando-os para expandir o Reino.

Quanto a leituras, Paulo era o primeiro a ler, estudar e pesquisar ‘outros livros’ de ‘teólogos’. Em uma de sua cartas a Timóteo ele diz:

- Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, BEM COMO OS LIVROS, ESPECIALMENTE OS PERGAMINHOS. 2Tm 4.13 (Caps meus).

Se há quem comercialize livro, cd, dvd, usando o nome de Deus para enriquecimento pessoal, isso é lá com cada um e Deus. Não se pode usar isso como parâmetro para exaltação de uma denominação cujos membros não têm essa prática. Ou seja: isso também não serve como parâmetro para receber bonificação junto aos porteiros dos céus (parte três).

Eleotério disse:
Mesmo sem nenhuma publicidade ou força da midia é composta de aprox. 3 milhões de membros que são enumerados ao participar da Santa Ceia.

Deus não se impressiona com números. As seitas estão aí mundo afora abarrotadas de fiéis em suas celebrações religiosas. Quanto a 'Santa Ceia', fato curioso é que os apóstolos procuravam um lugar especial para sua celebração e Jesus descartou qualquer lugar suntuoso preferindo em casa de um homem comum que fazia trabalho de mulher. (Dificilmente um homem era visto com um cântaro, isso era exclusivo de mulher). Um mero cenáculo que mais tarde foi transformado em 'O Cenáculo', parte do que hoje é um templo e foi onde Jesus realizou a ceia, mas que, na verdade era um lugar comum, de uma casa comum, onde se jantava e que era no máximo, espaçoso. Essa coisa de transformar tudo em pompa sagrada e religiosa é invenção do homem. Muita pompa (exterioridade) e pouca sinceridade.

Eleotério disse:
Tem os que não tomam pois não batizaram e congregam constantemente e não participam da contagem da Santa Ceia. Totalizando aprox. 7 milhões de membros.

Como já falei: não precisa de força da mídia pra conseguir publicidade. A propaganda boca a boca é ferramenta poderosa,  seja positiva ou negativa a propaganda que se faz.  Torna-se ainda mais poderosa e eficaz quando associa-se à prática desse tipo de divulgação,  a valorização da tradição oral que afirma ser a correta diante de Deus.  É batata! O povo vem aos milhares, feito robô. No caso de algumas denominações, além de se fazer os comentários que vão passando de boca em boca, tem o apelo forte do proselitismo recheado de ‘testemunhos’ (geralmente misteriosos e sobrenaturais) que despertam a curiosidade do mais simples, do mais susceptível e do mais vulnerável devido às  circunstâncias.

Em relação a números, já foi dito nas entrelinhas que é pura vaidade tola de denominacional infantilizado e que Deus nunca se impressionou com números. Multidões seguiam a Jesus mas só porque estavam interessadas em alguma benção. Jesus sabia tanto disso que já mandava deixarem um barquinho à Sua disposição para quando percebesse que as multidões O comprimiam demais (Mc 3:8.9).

Eleotério disse:
No lugar de cursos bíblicos aos ministros tem reuniões ministeriais, semanais, mensais, bimestrais e anuais onde reunidos decidem o que fazer.    
          
Reuniões para tomada de decisão, toda instituição religiosa que se preza, faz com frequência. Isso TAMBÉM não é mérito de uma denominação específica. Toda entidade religiosa SÉRIA estabelece sua estrutura organizacional, agendando as atividades relativas à sua funcionalidade. O que tem de especial nisso? Uma coisa é estruturar o corpo organizacional de uma instituição. Outra coisa é fazer ‘curso bíblico’. Organização na agenda não exclui estudo sistemático. 

Eleotério disse:
Não tem mestres nem papa, que vai de encontro ao que Cristo disse; A ninguém chameis de mestre e ou pai, etc, etc…………..
Afora tudo isso tem outras coisas que eu li na biblia e confere.

A Palavra de Deus diz: 
Dar­vos-eis pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento  e com inteligência. (Jeremias. 3:15).

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo. (Efésios 4:11.12)

O intrigante nessa história é que certos líderes religiosos condenam quem chame de ‘pai’, mas com seu rebanho agem como verdadeiros pais. Mas pais na sua forma mais tenebrosa e sombria. Se mostram donos dos seus ‘fiéis’, apresentando-se como pais turrões, castigadores, carrascos, cruéis e sem a menor compaixão. Achando-se no direito de constrangê-los, tiram sua liberdade reprimindo-os e oprimindo-os, levando-os a um sofrimento e vergonha ao publicar a conduta imprópria do ‘filho espiritual’. Estranho, muito estranho... Esse tipo de publicação é permitido. Tudo isso em nome de um Jesus que, ao contrário, acolheu os oprimidos, os envergonhados, os marginalizados.

Pegando carona nas palavras do próprio Eleotério, ‘afora’ tudo isso tem MUUUUITAS outras coisas que ele afirma e que EU NUNCA LI NA BÍBLIA, portanto não confere!

Eleotério disse:
Embora eu vejo falhas em alguns ministros e até alguns ensinamentos que precisam ser atualizados, considero a denominação que mais aproxima dos pontos doutrinais da bíblia.

‘Falha em alguns ministros’ nunca foi a questão. Aliás, falha sempre vai haver em TODOS os ministros de qualquer denominação religiosa. Sua natureza humana atesta isso! A grande questão é o erro doutrinário que acarreta essa falha em alguns ministros que vão se tornando bitolados, engessados, robotizados e robotizantes.

E termino ‘concordando’ quando o ilustre idólatra denominacional 'fecha' ao dizer que sua denominação é a que mais se aproxima de ‘pontos doutrinais da bíblia’. É verdade. Foram retirados uns PONTOS DOUTRINAIS da bíblia e sistematizados em uma doutrina. Doutrina que ele mesmo resume acima.

Mas... E o único ministério que me foi confiado por Deus?! O da reconciliação com Deus, comigo mesma e com o próximo...

Evangelista Cristão servidor somente de Cristo, falando o porque cultua(congrega) na CCB.

Regina Farias, como discípula de Jesus, buscando na Palavra de Deus (Atos 17.11) o porquê de se cultuar FORA das quatro paredes da religião.