"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

Translate

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sexo antes do 'casamento'.



Intriga-me essa falsidade toda onde as pessoas parecem estar na Idade Média quando não se podia nem ver a meia no tornozelo da mulher. Era proibido, não só em termos de lei, como era um desrespeito à amada que se sentia ultrajada se assim o amado se comportasse. Costumes da época. Não se podia ver, pegar ou abocanhar (Tirem as crianças da sala he he)

Contudo, nunca deixou de haver perversão sexual, o que é outra coisa completamente diferente! Nos tempos do AT então, a coisa estava tão feia que duas cidades foram destruídas literalmente pela ira divina.  Sem levantar bandeira (tampouco fazer apologia ao sexo livre), não é demais separar as coisas: sexo com o parceiro não é imoralidade, não é feio, não é pecado. O importante é não fazer salada. A pessoa pode, perfeitamente, fazer sexo com o parceiro e ser uma pessoa digna, séria, respeitadora e totalmente avessa à promiscuidade, permissividade, imoralidade ou perversão sexual. São coisas totalmente opostas e dissociadas.

Eu me casei virgem e não por moralismo, mas por um romantismo no qual o casal decide deixar maior intimidade para a noite de núpcias (escolhida pelo casal). Mas, convenhamos que  isso não excluiu outras intimidades... Eu só tinha dezenove anos e tinha total liberdade com meu namorado (logo depois, pai dos meus 4 filhos). Enquanto isso, minha irmã mais velha, rigorosa e moralista, casou grávida de três meses. Ou seja: as circunstâncias são diversas, não existe uma regra fixa e tudo se relaciona com o que vai no coração. Por exemplo, tem a menina que programa ter relação íntima para engravidar e casar (não foi o caso da minha irmã) porque assim ‘vai se dar bem’. Vemos muito isso ainda nos dias atuais, inclusive com o apoio velado da mãe religiosa. Um dia a verdade vem à tona - e com ela, vem também o desgaste natural de uma relação que não tem como se sustentar em mentiras.  

Casos específicos à parte, a maior ingenuidade que os pais sempre cometem é a tal proibição. A maior burrada que já se fez desde que o mundo é mundo. Ora, nenhum ser humano tem essa capacidade de barrar um casal jovem, super apaixonado e com os hormônios aflorando. A não ser que prenda a donzela na torre de marfim. Mesmo assim o príncipe vai dar sempre um jeito de libertá-la. E sempre encontra aliados nessa empreitada.

Enfim, só tem uma saída plausível aos pais que tanto querem proteger a honra da filha: orientar, conversar, ficar junto, apontar riscos dentro do sentido informativo de quem tem zelo. E jamais de quem quer controlar. Sendo amigo, na acepção da palavra. Apelações como meter medo, ficar na cola, fazer pressão, manipular, assustar e reprimir não transmitem valores e princípios, sendo apenas táticas pelas quais o abismo se instala; mesmo que a filhinha querida fique ali, à sua vista, 24 horas por dia para não perder a honra.

Observemos ainda que o pai defende a honra da filha, (honra, leia-se hímem) e não do filho (afinal ele não tem hímem), pois em pleno século 21 vivemos numa sociedade essencialmente machista, embora o pai religioso não admita que assim pensa e se comporta. Sendo que os mais inflexíveis fazem o mesmo discurso opressor para o filho também. E não funciona. Aí se dá uma sequência de fatos super nocivos que findam no divórcio ou no casamento de fachada. Porque Deus não aprova a separação.  Sim, tem mais essa: credita-se tudo a Deus por ser conveniente.

Não pode fazer sexo antes do contrato assinado? - Pois assine, diz o pai aflito e sem o controle da situação. Então, passada a fase mais louca da paixão vem a fase da prova concreta do amor onde se requer a tolerância e a flexibilidade que serviriam de base para o processo de maturidade na relação. Essa base viria do exemplo e da orientação equilibrada e saudável de pais que estavam muito ocupados com as crendices doutrinárias e a reputação religiosa.

Ora, minha gente, vamos deixar de bancar a avestruz e encarar os fatos com naturalidade. Porque a verdade é que um casal já tem intimidade desde quando começa a cuidar um do outro, compartilhando dos mesmos sonhos e planos e prometendo completa lealdade. Assumindo que se ama e tem responsabilidade mútua na relação. Isso é declarar o amor! O sexo é mera consequência NATURAL.

Ultimamente tem sido repetitivo, mas é simplesmente PERFEITA - e bem apropriada - a frase abaixo:

“No cartório a gente faz contrato. Na Igreja (templo) a gente mostra os que estão ‘se casando’. Mas tanto no cartório quanto na ‘igreja’ ninguém faz casamento. Ninguém tem o poder de casar a ninguém diante de Deus. Diante de Deus somente entram o homem e a mulher; e isto não é no dia da cerimônia, mas no dia em que assumem que se amam”. (Caio Fábio)







2 comentários:

HP disse...

É a tua foto de casamento?
Rsrs

Regina Farias disse...

Anraammm ;)
A loooong long time ago rss