Os amorreus, que antes tinham possuído a terra de Canaã, eram um povo extremamente corrupto.
Tão perversos, de fato, que Deus os tinha tirado da terra para dá-la ao seu próprio povo, a nação de Israel.
Quinhentos anos mais tarde, sob a influência de um homem, o reino do sul em Israel (Judá) tornou-se ainda mais corrupto do que os amorreus jamais tinham sido.
Quem foi este homem que teve uma influência tão terrível em Judá? Foi o rei Manassés.
Manassés tinha 12 anos de idade quando se tornou rei de Judá, e seu reinado durou 55 anos.
Foi dito que ele fez o que era mau à vista do Senhor, de acordo com as abominações das nações que o Senhor tinha desapossado diante dos filhos de Israel (2 Reis 21:2).
A lista dos seus pecados é repulsiva, até mesmo para aqueles que não se preocupam muito com Deus.
Ele se envolveu em todos os tipos de adoração idólatra, incluindo a de sacrifício humano.
Ele até fez passar pelo fogo alguns dos seus próprios filhos “como oferta no vale do filho de Hinom” (2 Crônicas 33:6).
Ainda mais, ele “derramou muitíssimo sangue inocente, até encher Jerusalém de um ao outro extremo” (2 Reis 21:16).
Em consequência dos seus pecados, Deus fez com que Manassés fosse levado embora com ganchos, amarrado com cadeias, para o cativeiro assírio (2 Crônicas 33:11).
Então Manassés se arrependeu! Sim, creia ou não, no cativeiro ele realmente se humilhou grandemente diante de Jeová e pediu a misericórdia de Deus (2 Crônicas 33:12-13).
Tão genuíno foi seu arrependimento que Deus realmente permitiu-lhe retornar a Jerusalém para terminar seu reinado.
E quando voltou para Jerusalém, ele completou seu arrependimento removendo todos os ídolos, restaurando a verdadeira adoração de Deus e ordenando à nação que servisse a Jeová novamente (2 Crônicas 33:14-16).
Mas, tristemente, o arrependimento do próprio Manassés não afetou o coração de seu filho, nem mudou o coração da nação em geral.
Os muitos anos de sua perversa influência simplesmente tinham sido demasiadamente fortes para se agarrarem ao povo.
A evidência disto é muito clara: quando Manassés morreu, foi dito que “Amom, seu filho, reinou em seu lugar... Fez o que era mau perante o SENHOR, como fizera Manassés, seu pai” (2 Crônicas 33:20-22).
Ainda que o próprio Manassés tivesse uma mudança de coração, seu arrependimento tardio na vida não pôde desfazer todo o terrível dano já causado pelo seu envolvimento anterior com depravada impiedade.
Não há, nisto tudo, uma lição para nós? Há, com toda certeza!
Quando decidirmos passar uma boa porção da nossa vida perseguindo ativamente feitos perversos e licenciosos, não fiquemos surpresos se isso afetar tragicamente outros em volta de nós.
Nossa recusa a fazer o bem influenciará outros, incluindo nossa própria família!
E ainda que possamos nos arrepender tardiamente na vida, não poderemos desfazer o dano que já causamos.
Sim, alguém poderá seguir nossos passos e afastar-se de seus pecados também.
Mas centenas de outros jamais sequer saberão de nosso arrependimento e quase certamente nunca mudarão.
E, quão partido nosso coração estará, se algumas das perdas forem de membros de nossa família, talvez até nossos próprios filhos!
Agora é hora de pôr ponto final em qualquer má influência que possamos ter sobre outros.
Tardio na vida pode ser tarde demais!
Autor: Rick Liggin
(Grifos meus - RF)
5 comentários:
Perfeito, Rê!
Quando Deus diz de Si mesmo "O SENHOR é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, AINDA QUE NÃO INOCENTA O CULPADO", está falando exatamente sobre cada um ter que amargar as consequências de seus atos, apesar de estar perdoado através da fé em Jesus, cujo sangue foi derramado para a salvação dos culpados, não para inocentá-los.
Então, que todos possam reconhecer e viver sob o senhorio de Jesus!
Abração e Paz!
R.
Perfeito foi seu comentário.
Salvar os culpados e não inocentá-los... Gostei!
Valeu!
R.
Ótimo texto.
É bom entendermos que Manssés, embora culpado por cada gota de sangue, arrependeu-se plenamente de seus erros, notar sua humilhação e resignação em tentar reverter os mesmos, nos faz lembrar de como é importante a Graça e o perdão de Deus em Jesus.
Lendo o texto fica impossível não fazer uma auto-análise. Em minha vida até então, embora tivesse errado em muitos pontos (e errado feio) tive a bênção de não sofrer as mesmas dores que infligí! Mas a conciência é algo que volta e meia me faz ver, como é indispensável o perdão, e o Sangue de Jesus!
Abraços!
W.
Exatamente! E o perdão vem pelo arrependimento sincero.
E essa conscientização que você fala é mesmo um processo sem fim.
Abs.
R.
E OUTRA:
Arrependimento sincero implica em MUDANÇA DE conceitos, de valores, MUDANÇA DE ATITUDE!
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