"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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domingo, 3 de julho de 2011

Seminário do IMF

Gisele (nora), euzinha, Luís, (irmão) Marta (cunhada)e Fernanda(sobrinha)

Ontem foi um sábado diferente, quando, assessorados pela chefe do TMO (Transplante de medula óssea) do HEMOPE, voltou a Recife a equipe do IMF para mais um seminário


Acompanhando meu irmão, portador de mieloma múltiplo, tive o prazer de participar do encontro (foto) no qual os palestrantes nos brindaram, não apenas com um pouco mais de informação, mas principalmente com suas presenças, numa demonstração de solidariedade e boa vontade.  

Para mim, o ponto alto da palestra, foi o enfoque dado por cada um, em relação à necessidade dessa troca e os benefícios da mútua cooperação. Mais uma vez, constatou-se que é imprescindível o acesso à informação. Uma boa qualidade de vida está atrelada a isso. Afinal, não se constrói uma trajetória de vida decente em cima de desinformação. E principalmente quando é algo relacionado à nossa saúde de modo geral.

Passeando por informações preciosas desde a origem do IMF no Brasil, e por depoimentos de profissionais, inclusive baseados em experiências pessoais, tivemos a feliz oportunidade de conhecer mitos e verdades em relação a essa doença ainda tão pouco explorada no Brasil, mas que, infelizmente, está se entranhando sutilmente nos nossos lares.

Sem desmerecer o trabalho de cada um, atraiu-me, particularmente, o testemunho de Vânia Tietsche pela sua experiência pessoal com o Linfoma, trazendo-a para o lado oposto, de médica para paciente. Depoimento super esclarecedor sobre o conhecimento da equipe médica não ser suficiente sem a participação do paciente. É quando se pode dizer com propriedade que, acerca desta condição, só sabe quem passa. E que, mesmo sendo médico, só a entende pra valer quando senta do outro lado. Convenhamos, médico que não ouve o paciente, não é confiável, pois não há médico ‘super’ experiente, principalmente nesse caso específico, já que não se trata de doença frequente. Ademais, o bom médico é aquele que divide a experiência com o paciente.

Enfim, nada de novo há nessas palavras, mas certamente é reconfortante para o paciente, ouvir isso de alguém competente que passou pelas duas situações. Vejo o exemplo do meu irmão, ao qual tenho acompanhado há quase sete anos nessa peregrinação, e que se constitui um verdadeiro laboratório vivo de pesquisas. Ou seja: cada reação/resposta do seu organismo ao tratamento é acréscimo importante para a equipe que o assiste.

Fechando com chave de ouro, tivemos a participação da psicóloga Gláucia Telles, apontando o AMOR como ingrediente principal de toda essa jornada. O amor, essa devoção incondicional pelo outro e principal responsável pela cura. Só o amor faz a gente colocar outra pessoa em primeiro lugar. Só o amor - diria Paulo ao povo de Corinto - tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


“Ainda que eu tenha o dom de profetizar 
e conheça todos os mistérios e toda a ciência; 
ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, 
se não tiver amor, nada serei.”
(ICo 13.2)






6 comentários:

Anônimo disse...

Mana, neste assunto eu realmente preciso de umas palestras, pois sou totalmente ignorante, não sei absolutamente nada deste assunto. Que bom que há pessoas que se dispõe em instruir e ajudar pacientes e familiares na busca da solução para esta doença. Muito bom saber disto. Beijo grande, paz e graça.

Regina Farias disse...

C.

Eu também não sabia de nada, até acontecer na minha família.
Mas como diz o texto e o depoimento da médica/paciente: só sabe quem passa...

Entretanto, nós familiares sofremos e ficamos juntos nessa 'empreitada', pois que, vivenciando a situação, finda respingando em cada um que se entrega à mesma causa.

bj

R.

Alan Capriles disse...

Agradeço por nos fazer participar de sua jornada pela saúde de seu irmão e de tantos outros que enfrentam o mesmo problema. Visitei o site do IMF e, além das informações, ficou bastante evidente a importância que se dá à solidariedade como fator de cura. Digo isso especialmente por causa da máxima "Pessoas ajudando Pessoas" que está destacada no topo do site. Também acredito muito no amor, não somente para ajudar em questões de saúde, mas em todas as demais questões da vida. Precisamos uns dos outros e, às vezes, o gesto mais importante de amor vem de onde menos esperamos.
Graça e paz!

Regina Farias disse...

Pois é, Pastor...

A melhor coisa do mundo é descobrirmos que o amor é muito mais do que um bom sentimento, ou seja, não é algo apenas que nos faça 'sentir bem'.

Aliás, muitas vezes o amor exige que tomemos atitudes práticas e até mesmo desconfortáveis que nos tiram do nosso 'eu' acomodado e conveniente.

E como vc diz, às vezes os gestos vêm de onde menos esperamos. Isso que é incrível, nos desarma. Como diz a Palavra de Deus, nos constrange :)

Graça e Paz pra ti tb!

R.

embaracos@hotmail.com disse...

Regina,
Excelente texto, esclarece ao tempo que informa e no final emociona também... laços familiares de Amor, difícil nos tempos de hoje. bjs

Regina Farias disse...

Oi, Sônia!

Então, menina...

Esclarecendo assim, e ainda mais com as pessoas queridas por perto, torna tudo mais leve e parece que a gente sofre menos.

Você bem sabe do que estou falando, não é?

Beijo grande!

R.