Denominacionais idólatras não
imaginam a tristeza que me vai n’alma sempre que os vejo despejando versículos
de maneira isolada nos comentários de certos blogs.
Tem um anônimo no blog de um amigo meu que tem batido recorde a esse respeito. A cegueira é tanta que ao mesmo tempo
em que ele abusa dessa insensatez, ele critica quem fala acerca do Evangelho,
rotulando de sofismático no sentido
mais pejorativo possível.
Não existe coisa mais
irresponsável e infantilóide do que descontextualizar frases! Ora, se isso já é
um crime em se tratando de qualquer texto o que diremos, então, dos escritos
bíblicos? E o mais grave é que a turba engessada aplaude...
Sinceridade?! Não sei se rio ou se choro quando leio certas coisas. Sim, porque é tragicômico!
É por essas e outras que eu me
solidarizo com alguns que rasgam o coração nesse sentido. Porque eu não apenas
imagino a angústia em seu peito, como sofro a mesma angústia vendo tantos
irmãos de uma denominação advogando a causa de Deus porque
foi assim que eles aprenderam; e eles, teimosos e resistentes, não querem sair
das tradições que afirmam que somente os que rezam sua cartilha são os que
ganham o prêmio celestial.
Sofro particularmente por
'determinada' denominação, porque nela estão pessoas muito próximas e muito
queridas. Pessoas que usam como premissa para suas vidas ditames que absorveram
a vida inteirinha. E que só servem para que elas acreditem que são melhores que
os outros; que estão na frente de todos para ganhar o céu. Porque cem anos
atrás um deus maluco e contraditório resolveu anular a Nova e Eterna Aliança revelando que
apenas quem está em determinada igreja subirá aos céus.
Aliás, essa história de escolhidinho se repete desde que o mundo
é mundo, e só mudam a época, o endereço da igreja e o nome dos grupos e das pessoas.
Os judaizantes se achavam os abençoados, filhos de Deus e herdeiros dos céus. O
Verbo se fez carne e habitou entre eles derrubando essa tese. Jesus disse-lhes
pessoalmente que havia filhos d'Ele fora
daquele aprisco. Mesmo assim, esses mesmos não entenderam e O mataram.
(Como O matam nos dias de hoje).
Depois vieram os discípulos de
Jesus; que, inevitavelmente, foram rotulados pelos de fora como cristãos, por se portarem como Cristo.
Até aí tudo bem, pois tal rótulo até que cabia. ‘Cristão’ era um termo que
combinava com o discípulo que buscava seguir os passos de Cristo, mesmo com
todos os desacertos e a certeza de falhos e dependentes da misericórdia de
Deus. Os escritos de Atos e das cartas do NT falam dessas falhas e desacertos
dos próprios discípulos e apóstolos; FALHOS mesmo andando com Jesus, absorvendo Seus ensinamentos face to face, tête-à-tête, cara a cara! Bem ali, aos pés do Mestre, literalmente!
Pois bem...
Aí inventaram o Cristianismo como
conveniência política e as pessoas começaram a ser cristãs sem ter nada de
Cristo. Não demorou e o Catolicismo tomou
pra si a patente de dono do céu, determinando normas para alcançar as
bonificações aqui mesmo na Terra. Uma maioria incauta e inculta seguia cegamente o que lhe era
determinado, sendo extorquida e saqueada. De todas as formas. As mais cruéis.
Um belo dia, na Idade Média,
surgiu um católico (Lutero) que não compactuava com aquela falta de compaixão
para com a ignorância de um povo que sofria por falta de entendimento
(conhecimento, estudo). Alguém que lhes abriu os olhos ao traduzir as
escrituras, apontando o Evangelho como libertação e dizendo não à escravidão cultural
e religiosa da época. Protestando, dando a cara a tapa, pagando preço altíssimo
ao romper com o sistema. Ajudando o povo a enxergar o quanto estava sendo
explorado não apenas materialmente, mas, acima de tudo, psicologicamente. Que
sua capacidade de pensar por si mesmo estava sendo constantemente engessada
para ser constantemente escravizado.
Surgiram novos doutrinadores e
(re) inventaram novas doutrinas com os acréscimos que Jesus falou em
Marcos 7. Antes de Jesus, depois de Jesus e naquela época da Idade Média já
acontecia isso que vemos hoje. Lamentavelmente, nunca parou de acontecer, pois
afinal trata-se do ‘bicho-homem’. Pretensioso e equivocado em suas famigeradas
interpretações.
Então - devido à natureza humana
- inevitavelmente surgiram novas doutrinas que continuavam a dar ênfase a
terríveis maus hábitos religiosos; doutrinas que não apenas falavam sobre
escolhidos, servos, abençoados, mas que determinavam quem são estes eleitos com base em
limitados parâmetros do homem.
‘E fazem muitas outras coisas
semelhantes’ - diria o próprio Jesus na passagem citada acima, sendo enfático e contundente contra os que se achavam mais abençoados por seguirem meia dúzia de regrinhas religiosas e, no entanto, seus corações estavam longe Dele, adorando-O em vão, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.
E o homem segue nessa presunção
anulando o Sacrifício realizado na Cruz e que determina a Nova e Eterna
Aliança...
Enfim:
Crer na ‘expiação apenas pelos
eleitos’ não nos dá o direito de acreditar que os escolhidos são somente os que
estão na linha de frente de uma determinada linha doutrinária. Inclusive se
pode crer nessa limitação, baseado nas inúmeras passagens que estão nas
escrituras. Tudo bem, beleza! Afinal, essa é a ideia! Mas, convenhamos, não se
pode jamais determinar quem são os tais.
Essa presunção de apontar quem é e
quem não é eleito, com base em doutrinas de homens gera arrogância, afastamento,
frieza, indiferença, desamor, boçalidade, inveja, malícia, falta de humildade, dolo ( a velha intenção astuciosa para se atingir um fim) e a tal da pseudopiedade.
Tudo isso Jesus repudiou com todas as Suas forças!
Tudo isso Jesus repudiou com todas as Suas forças!
Os que têm a mente de Cristo
também repudiam.
Eu repudio!
Os que se dizem ‘cristãos’, os
seguidores de Cristo - crentes, católicos, evangélicos, protestantes, servos, discípulos - deveriam fazer o mesmo.
Não importando a reputação pessoal.
'Naquele dia haverá muitas
surpresas'.
RF.
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