"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

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quinta-feira, 31 de março de 2011

A espiadinha sob outro ângulo (Parte II)




(Aos preconceituosos, intransigentes e pseudo-intelectuais, sugiro nem passar dessa linha a fim de que não se escandalizem).


Sabe, é que eu achei muito interessante a vitória da Maria nesta última terça-feira...

Veladamente discriminada entre os próprios `brothers and sisters´ com aquele jeitinho, ora de menina boba e inocente, ora de mulher sensual e decidida; ora com pijaminha pronta para dormir com os anjinhos, ora (des) vestida para matar, incomodando a muita gente do bloco moralista, inseguro e recalcado. Ameaça constante a este grupinho, representava exatamente o que muitas lá dentro (e aqui fora), não tinham peito para encarar. E ser. E viver.

Presença leve e descontraída. Engraçada e divertida. Corajosa e ousada, deu a cara a tapa; sabendo aproveitar até mesmo os rótulos preconceituosos e apelidos jocosos que lhe emprestavam; impondo-se silenciosamente e provando em doses homeopáticas que ser gostosa não é sinônimo de ser puta.

Ouviu com tranquilidade todas as críticas que lhe faziam, porém de burra não tinha nada. É que o bicho-homem se extingue e não aprende nunquinha que ser pacífico nada tem a ver com ser passivo. E olhe que ela pegou carona até na agressividade dos invejosos, para mostrar, por meio do próprio comportamento despretensioso, que não se rende a picuinhas e baixarias disfarçadas de aconselhamento.

Aqui fora, os hipócritas e maliciosos de plantão cavavam com ânsia doentia a sua vida pregressa para, munidos de meias verdades, poderem atirar as clássicas pedras na primeira oportunidade que surgisse, como se nunca tivessem dado uma vacilada na vida.

Lá dentro, alguém a quem ela havia confiado seus sentimentos mais íntimos, arvorava-se no direito de maltratá-la por se achar apossado de certa informação acerca de sua conduta. De peito inflado e voltando à casa com ares de juiz implacável, ainda conseguiu abocanhar alguns seguidores que não se cansavam de aplaudir suas atitudes machistas e arrogantes. Sem um pingo de dó, soube fazer jus ao apelido duplamente; o mesmo Mau-mau que usava da boca pra fora o slogan “amor, paz e esperança”, esbanjava crítica ferrenha e boçalidade, esnobando e abusando de indelicadeza em constantes situações de humilhação, num mix de crueldade travestido de bandeira do bem.

Entretanto, surpreendentemente, os equívocos e as sucessivas inversões de papéis não perduraram. Enquanto alguns acreditavam que a força estava com aqueles supostamente “do bem”, o povo aqui fora começava a entender quem era quem. As máscaras foram caindo enquanto o cordão dos puxa-saco diminuía, pois que iam saindo, um a um, em uma sequência absurdamente lógica.

Talvez a ficha do Mau-mau não tenha caído ainda. Mas o certo é que a burra não foi ela. Afinal, se ela fosse burra não ganharia dois prêmios, simultaneamente. Um, em grana; o outro, em um filé que atende pelo nome de Wesley e que disse em sábias e curtas palavras que o que passou, passou. E, se eles vão ficar juntos não se sabe; se Maria aprendeu a lição, também não...

E mais: pode quem quiser repetir o velho chavão “foi manipulado”, mas o certo é que o mais novo verbo mariar – apesar do forte teor constrangedor - não tardou a ganhar outra conotação. E que foi um baita dum tapa de luva de pelica, ah, isso foi!

RF.


PREconceito – conceito ou opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia preconcebida; julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste. (Copiei do Aurélio)

quarta-feira, 30 de março de 2011

A espiadinha sob outro ângulo.




Espiar a vida dos outros é algo que, de modo geral, sempre mexeu com a curiosidade das pessoas. Quem não já deu um sorrisinho velado quando um porteiro conta uma novidade jocosa acerca de um morador problemático? Sim, porque porteiro de edifício residencial sabe tudo e mais alguma coisa da vida dos moradores. E não só dos moradores. Sabe também da vida de amigos, familiares, quem entra, quem sai, gato, cachorro, periquito e papagaio. Ou seja: o porteiro pobre sabe e o rico morador chique também sabe do mesmíssimo tititi. (Embora quem leve a fama de curioso e fofoqueiro seja sempre o primeiro pelo que deixa escapar, enquanto o segundo, muito esperto, `mantém a linha´).

Há quem diga que, em cidades maiores e mais movimentadas, esse lance de curiosidade pela vida alheia não existe, porque o povo já vive super mega hiper atarefado com outras pendengas. Pura lenda. Quem mora nos grandes centros - e é honesto consigo mesmo – pode até afirmar isso pelo hábito, mas fala isso sem muita convicção quando olha para seu prédio, para o clube que frequenta, a igreja da sua comunidade, vixeeeee! Sua faculdade, seu ambiente de trabalho, sua coleguinha ao lado, seu chefe, a mulher do seu chefe, a filha do seu chefe, huuuuummm... E quando olha para o computador/câmara/celular e suas inúmeras possibilidades sem ninguém para lhe tolher? Então, furtivamente como quem rouba, olha pra dentro de si mesmo e não vê coisa muito bonita. E, discretamente, olha para fora e logo se desfaz das pedras à mão, ao cair em si e reconhecer que sabe e divulga algo picante a respeito de alguém. Sabe, interpreta, pré-julga, se precipita... E pior: transmite.

Se a notícia for de gente famosa, então, nem se fala. Tem sempre quem gosta de estar a par da vida romântica/afetiva/conjugal de alguém; quem fica horrorizado com o fim do casamento de famosos que mal começou; quem se delicia com as imagens minuciosas do interior da mansão desse ou daquele artista; quem gosta de ver as tendências de moda lançadas por algum bonitinho de musculatura definida; quem vê a modelo ao lado dele (do bonitinho) cheia de estria e celulite; quem critica a cara caída da atriz que não entrou na neurose do botox; quem critica a atriz de cara inflada de botox; quem lê minuciosamente as fofocas da QUEM na sala de espera do dentista; quem curte visualizar o perfil completo de determinado blogueiro...

Dias atrás eu estava vendo a Oprah em seu programa, pedindo a cinco apresentadoras de peso que confessassem o que levam a tiracolo por aí. Para deleite das curiosas de plantão – inclusive da própria Oprah e da telespectadora aqui rss- de Ipad a livro volumoso, se viu alguns hábitos pessoais  sendo captados em meio a risadas gostosas e sadias. Bem, sadias até certo ponto, pois vai saber o que se passa na cabeça de quem está ali se divertindo com aquele flagrante da vida pessoal daquelas famosas... Aliás, é sempre bom estabelecer o limite da paranóia até mesmo em uma inofensiva exposiçãozinha assim. Ou seja, tudo depende do que rola lá no nosso coraçãozinho malicioso. É onde entra esse pequeno órgão que a nossa boca abriga e que é chamado língua. (Mas isso já é outra história. Ou não.)

Portanto, comecemos por relaxar, despindo-nos das vestes rigorosas e inflexíveis, pois até no mais orgulhoso nariz pra cima intelectualóide e corretíssimo que possa existir, uma ponta de curiosidade acerca da vida do outro sempre rola; seja curiosidade acerca de quem ele considera inferior ou daquele que o ameaça no seu troninho de araque. E todo mundo comenta alguma coisa. Faz parte das relações sociais. Principalmente em época de total exposição como hoje, onde privacidade é o que menos se resguarda nas redes sociais pelo mundo afora, estimulando um voyeurismo em novíssima versão.

Bora combinar, pra que coisa mais exposta do que blog? Nele somos permissivos apesar de acionarmos a ferramenta disfarces/justificativas. É um verdadeiro convite a uma espécie de voyeurismo literário por meio do qual cada um se expõe, se indispõe, se coloca por inteiro, curte glamour e popularidade, desabafa, dá a cara a tapa, faz provocações, perde tempo precioso com questões tolas, escancara a alma... E ninguém venha me dizer que vez por outra não se diverte. Portanto, apesar de detestar rótulos, arrisco dizer que somos uma espécie de reality show mais comedida. Daí o cuidado em qualificar esse ou aquele programa como inadequado ou deseducativo. (E aqui eu nem me refiro às aberrações televisivas, pois um mínimo de bom senso é sempre bom)

Essa tal curiosidade inerente ao ser humano é simplesmente alimentada por determinados programas como realities shows. Trata-se de um entretenimento no qual o exibicionismo combina com a vontade de assistir. Daí a audiência de milhares de brasileiros de todos os credos e faixas etárias, as mais diversas, a esse tipo de programa. Eu, pelo menos, adorei assistir a vida da família Osbourne tempos atrás. Não se trata de um programa cultural, nada que me `edificasse´, mas também nada que eu dissesse a mim mesma em tom boçal e intransigente: “desligue essa porcaria e vá ler um livro”. Foi meu momento cultura inútil no qual euzinha me diverti pra caramba e pronto! Amo abobrinha, faz um bem enooooorme para a pressão arterial.

Veja o BBB, por exemplo. Tão criticado e tão visto! Sim, pois (quase) todo mundo sabe pormenores a respeito... E (quase) ninguém assiste! Que mágica é essa?! É adivinhação, bruxaria?! Como se detesta tanto assistir a algo e ao mesmo tempo o define com riqueza de detalhes super atualizados? Ora, em qualquer coisa que detesto ver, estabeleço um mínimo de coerência entre minha aversão e as informações quentinhas a respeito. Se eu tenho aversão, como posso supervalorizar nas suas minúcias? Pois entendo que quando detestamos uma coisa, uma pessoa, uma ideia, seja lá o que for a tendência é mantermos distância, nos afastarmos, sermos indiferentes. Caso contrário, denunciaremos uma simpatia, uma atração, um não-querer mais que querer demais e que faz jus ao emprego da máxima “quem desdenha quer comprar”.

Contrariando um repente que circula por aí criticando B.B.B., eu não acredito que uma pitada de preguiça mental provoque alienação. Pra que esse rigor todo? Tanta coisa que eu não curto e nem vejo como entretenimento também, e aí? Gosto é gosto, como disse outro dia minha amiga Rita a esse respeito. Euzinha da Silva é que não vou bancar a seletiva chata e deixar de consumir as minhas abobrinhas e dar boas risadas só porque tem uma parcela que simplesmente não curte o mesmo que eu. (Será?! rss) E confesso que foi bem divertido, além de um incrível exercício de liberdade pessoal, como em tudo na minha vida...

Ora, espiar a vida dos outros é hábito muito antigo e remonta a vida em tribos. Hoje, essa vida tribal apenas mudou o nome para global acompanhando sua devida evolução. Evolução que, diga-se de passagem, estranhamente tem aproximado as pessoas de maneira muito superficial. E as redes sociais são alguns dos vilões modernos que, muitas vezes, além de nem aproximarem tanto as pessoas, ainda reduzem irônica e drasticamente a sua privacidade. Chegam a dizer que perdeu a graça porque não há mais o gostinho de espionar a vida do outro, uma vez que já está tudo tão explícito. Só que, isso não é `culpa´ da tecnologia, mas tão somente das perversões do coração que desvirtuam o sentido das ferramentas utilizadas nas relações sociais desde que o mundo é mundo. Enfim, suponho ser uma boa dica, que em vez de posar de bom moço quando se está criticando certos serviços oferecidos, se use de determinado critério. Não um critério falso-moralista. Mas uma dosagem (ou filtro) que seja simplesmente ético. Sem jamais esquecer de ser LEVE...


Texto relacionado:

B.B.B.


terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar




É enorme o esforço que faço, porém não consigo me lembrar de homens brasileiros que tenham carregado em si tamanha notabilidade enquanto empresário, político e pessoa humana, como este homem.  A tal ponto que, ao morrer, nos deixa emocionados e nos enche de saudade porém com grande sensação de serenidade no peito.

Eis uma de suas mais admiráveis frases em relação à doença que o acometeu:
“Quero dizer que não estou entregue. Estou entregue a quem sempre estive, a Deus”,

Apresento aqui o meu eterno agradecimento, meu enorme respeito, minha grande admiração e minha simples homenagem a esta incrível figura humana.

E agradeço muito a Deus  por nos ter presenteado com um homem público exemplar. 

Que Ele possa nos confortar os corações e principalmente os corações dos seus entes mais próximos e mais queridos.

RF

domingo, 27 de março de 2011

Deus e as organizações religiosas


O governo estabelecido por Deus para a Sua Igreja, é algo muito diferente daquilo que encontramos nos milhares de sistemas ou organizações religiosas que os homens criaram e denominaram segundo seus próprios caprichos. O que vemos hoje não são manifestações locais da única e mesma igreja, mas diferentes igrejas independentes, fundadas sobre diferentes fundamentos, lideradas por diferentes homens e até mesmo identificando a si mesmas e aos seus membros diferentemente, cada uma com sua própria denominação. Nem precisamos nos debruçar muito sobre a questão para percebermos que um projeto assim não veio de Deus, mas do homem.

O que fazer numa situação assim?

Sair desse "arraial" religioso para voltar aos princípios encontrados no Novo Testamento: estar congregado somente ao nome de Jesus, sem nenhum outro nome ou identidade; ter a Ele no centro como motivo de nossa reunião - e não um pregador, uma banda, uma doutrina; e nos livrarmos de tudo que nos faça distintos de nossos irmãos salvos por Cristo e nos identifique por uma denominação que não possa ser usada por todos, sem distinção.

Existe apenas UMA igreja da qual TODOS os salvos fazem parte, mesmo aqueles que não estejam congregados conosco. No entanto, vemos cristãos serem desta ou daquela igreja, e mais ainda, alguns se acharem que são de Cristo, como se os outros não fossem. É preciso reconhecer que as divisões criadas pelo homem na forma das diferentes denominações é um pecado do qual Deus não quer que tomemos parte. Não se trata de nos livrarmos de alguns erros, mas de abandonar todo o princípio denominacional e sectário por ser contrário à Palavra de Deus. Aliás, nem é preciso dizer que Deus não reconhece denominações, pois não há fundamento bíblico para tal.

Ao examinarmos as Escrituras, sem qualquer preconceito implantado na nossa mente pelo denominacionalismo, veremos que hoje não há qualquer indício de uma classe sacerdotal como havia no Antigo Testamento. Em Cristo, cada crente é um sacerdote apto para entrar na presença de Deus sem qualquer intermediário que não seja o próprio Jesus, nosso único e suficiente Sumo Sacerdote. Tendo isto em mente evitamos cair no erro do clericalismo, hoje tão difundido na cristandade, o qual SEPARA os crentes em duas classes: clero (ou liderança) e leigos.

Segundo a Palavra de Deus, pastorear é um dom e não um posto de liderança. Por ser um dom, é concedido pelo próprio SENHOR, não por uma junta de homens, o mesmo ocorrendo com os dons de mestre, doutor e evangelista. Os evangelistas pregam o evangelho aos incrédulos, os pastores apascentam ou cuidam do bem estar daqueles que se tornaram ovelhas de Cristo, e os mestres ou doutores as alimentam com a sã doutrina.

Nenhum destes dons - pastores, evangelistas e mestres - é limitado a uma assembleia local. Tais dons foram dados à igreja como um todo. Portanto, não é correto limitar a atuação de qualquer um deles a uma assembleia local. Não existe base bíblica para dizer algo como "o pastor da igreja tal" referindo-se ao dom de pastor. Tampouco eles ocupam um papel de liderança.

Quanto aos presbíteros (anciãos) eles ocupam uma função ou ofício, independente dos dons que possuam, e são funções locais, não universais. Um ancião na assembleia de Corinto não era ancião da assembleia de Éfeso (e vice-versa) embora obviamente fossem reconhecidos por seu trabalho local em sua assembleia de origem. É bom lembrar que não existia um único presbítero ou ancião numa localidade, mas a designação sempre aparece no plural: "anciãos", "presbíteros", "bispos" - neste caso são sinônimos. Nas passagens onde encontramos sendo chamados de "pastores" (Hb 13:7 e 17), também no plural, por sua função ter algumas características de cuidado e pastoreio. A palavra "presbítero" poderia ser traduzida em termos modernos como "supervisor". Então encontramos "supervisores", e não "diretores", nas assembleias bíblicas. Supervisor é quem observa, vigia, acompanha. Diretor é quem dirige, mas ninguém pode querer dirigir o que o Espírito Santo de Deus já faz por ser esta a Sua função. (1Co 12:11 - 2Co 3:17)

Vemos que Paulo ordenou o estabelecimento de presbíteros a Tito. Trata-se de uma ordem direta de um apóstolo a uma pessoa de nome Tito, e não de uma instrução geral do tipo: "irmãos, estabeleçam presbíteros de cidade em cidade". Portanto, o que temos na passagem é uma autoridade apostólica delegando um poder ou autoridade a uma pessoa. Trata-se de uma procuração com dois nomes nela, Paulo e Tito. Mais ninguém. Qualquer outro que queira apropriar-se deste poder está indo além do teor dessa procuração. Paulo não está mais entre nós, e tampouco estão os outros apóstolos, portanto ninguém mais tem tal "procuração" para sair por aí estabelecendo presbíteros.

Alguém que se arvore na condição de "dirigente" dos santos quando estes estão reunidos, dizendo que fulano deve fazer isso, sicrano deve fazer aquilo, beltrano deve fazer aquilo outro, precisa pensar duas vezes no que está fazendo, pois pode estar usurpando uma posição que não lhe pertence. Alguns cristãos interpretam erroneamente a liberdade do Espírito nas reuniões como o líder ou "pastor" distribuir tarefas durante o culto, mas isso nada tem a ver com a liberdade e direção do Espírito. Trata-se de um homem assumindo um papel que não é dele.




 

quinta-feira, 24 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Deus do Impossível




Deus do Impossível



O meu Deus é o Deus do impossível!

Jeová Jiré, O Grande El Shadai

Que abriu o Mar Vermelho

E ao seu povo fez passar

Que da rocha água limpa fez brotar



O meu Deus é o Deus do impossível

Que liberta encarcerados das prisões

Faz da estéril, mãe de filhos

Restaura a alma do ferido

E dilata o amor nos corações.



Que dá vista ao cego

E ao surdo faz ouvir

Faz a tempestade se acalmar

Andou por sobre o mar

E ao mudo fez falar

Paralíticos e coxos fez andar.



O meu Deus é o Deus do impossível

É o mesmo hoje e sempre há de ser

O meu Deus é o Deus do impossível

E fará o impossível pra você,

E fará o impossível por você.

************************************************


Decidi postar esse "louvor" devido a dois eventos que me ocorreram hoje; um, enquanto dormia. E outro, quando acordei. Explico rss

Primeiro eu acordei procurando um cântico que me enchesse o coração e esse apareceu "de primeira". Como alguns dos meus leitores sabem, eu não suporto nem ouvir a grande maioria dessas músicas gospel por aí e hoje, dando uma espiada em alguns blogs, vi a grata notícia que o L.G. estará aqui em Recife na próxima semana. Achei interessante porque essa sua composição me reporta a meu tempo de "menina na fé" e, fazendo um paralelo, hoje me faz refletir sobre "um Deus do impossível" que tentaram me enfiar goela abaixo, que tem mais a ver com mágicas supostamente divinas e caprichos/vontades pessoais. Enquanto que o Deus do impossível me tem feito ver que Ele tudo pode, mas não me fazendo descobrir o que eu quero, o que eu desejo pra mim, mas, acima de tudo, me fazendo conhecer do que Ele quer pra mim; que Ele faz milagres, mas que o Seu maior milagre Ele já realizou em meu coração!

Em segundo lugar - e pode até parecer surreal - porque associei tudo isso ao que falei em sonho a alguém que dizia estar orando para que Deus soubesse do que ela estava precisando. A pessoa dizia "vou orar para que Deus abençõe os meus planos". E eu dizia: "ore para que Deus a faça enxergar os planos que Ele tem pra ti". 

Em seguida, eu acordei. No meio da noite. Fiquei pensativa e fui orar. 

R.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Edificação & Exibicionismo



(Resposta ao Michel França em comentário no texto SER IGREJA - IGREJA SER)

Caro Michel

Não se preocupe, pois comentário contrário ao meu não me constrange, afinal não tenho mais doze anos de idade.

Não me constrange, mas não concordo em nada do que você diz em relação ao “falar em línguas estranhas”. Não por mera discordância, mas pela coerência que me é concedida pela simplicidade do Evangelho.

Primeiro:

É claro que somos falhos, cometemos erros e vivemos da misericórdia de um Pai que conhece a natureza humana.

O meu questionamento sobre a reação da mulher foi que em um momento ela fazia uma oração de certa maneira e, ao findar aquele momento “mágico”, ela se mostrava completamente diferente. O que eu entendo por vida cristã tem a ver com vida prática e não com um momento mágico e fugaz. É dia a dia, é batente, é cotidiano. Isso é exercício de vida “no espírito”. De que me adianta falar línguas estranhas se não trago para a prática o mandamento principal que é buscar viver em harmonia com o próximo? (No caso, aquela colega de trabalho lá citada) Isso é coerente? Vida com Jesus é, acima de tudo, vida COERENTE.

Você diz que ao falarmos em línguas, falamos “no espírito”, claro, óbvio, até aí tudo bem, mas quando Deus diz que procura novos adoradores que o adorem em espírito e em verdade, ele deixa claro que não quer um adorador alienado que diz uma coisa nos lábios e que no coração diz/faz outra. Tem que ser “em espírito e EM VERDADE. E, a Verdade é a nova vida que experimentamos “em Cristo”, abrindo mão da nossa soberba, do nosso orgulho, do nosso “eu”. Como você bem diz, tendo paciência. Se aquela mulher que falava línguas estranhas pra dizer que tinha uma relação especial com Deus, tivesse paciência com a colega de trabalho e não esbravejasse o que falou, ela demonstraria muito mais essa intimidade que ela quer demonstrar - IMPRESSIONAR - por meio de línguas estranhas.

Sem falar o que Paulo alertou sobre línguas estranhas a um povo que supervalorizava esse hábito em detrimento do dom maior: O AMOR.

“... prefiro falar cinco palavras com meu entendimento, para INSTRUIR outros, a falar dez mil palavras em outra língua”. (ver em 1Co14.19)

“No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou três, e isso sucessivamente, E HAJA QUEM INTERPRETE. Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus”. (cf 1Co 14:27.28)

Ora, se a congregação não entende absolutamente nada do que está sendo dito “em espírito”, qual a UTILIDADE então? Só posso crer que para EXIBICIONISMO. Isso sim é que é falar “pela carne”. Veja você a contradição! Pois, para mim, falar “pelo espírito” é falar coisas que deem ânimo, que nos console, que sirva de bálsamo, que nos encha o coração de esperança de alegria, de paz. É assim que entendo o Evangelho, é assim que procuro trazer o Evangelho para a minha vida de pecadora que se sabe falha mas que não busca impressionar com frases de efeito meia hora no dia e que no resto do dia não sabe como aplicar os ensinamentos de Jesus para que se tenha uma vida saudável, um relacionamento harmonioso com o próximo. Sim, pois Evangelho é isso, é aprendizagem, é processo pra vida inteira, de glória em glória.


E, minha atenção para isso, a ponto de ocupar uns minutinhos em te responder reside no fato de que eu tenho PAVOR de performances, daí a minha ênfase para isso. Não deixo de amar a irmãzinha em questão, deixo de amar - aliás, abomino - atitudes como essa. Quem estava com o coração cheio de ódio ao se expressar era ela, não eu. O que eu fiz – e que infelizmente percebo que você não entendeu - foi justamente colocar esse exemplo, para mostrar a contradição entre o que ela dizia da boca pra fora, com o que havia, de fato, em sua alma.

Inclusive, diga-se de passagem, não se tem registro de que Jesus saiu por aí impressionando as pessoas com “outras línguas” nem quando do seu batismo que você cita, nem durante o seu ministério. E olhe que Ele tinha pano pras mangas pra impressionar multidões...

Afinal, bora combinar. Adoração coletiva é para edificação coletiva. E não, exibicionismo e alienação.

É isso que entendo de Evangelho.

Isso - pra mim - é SER IGREJA.

RF

quarta-feira, 9 de março de 2011

Isso pode, aquilo não pode...



Se seu interesse é em Deus, em Jesus e na Vida Eterna, então, é vida que você quer.

E se é vida que você deseja ter, então, é de vida que você tem que se ocupar. Assim, não falamos de normas de homens, mas apenas do que Deus chama vida para o homem.

Você pode o que você quiser, devendo apenas se perguntar: Que bem isso me faz?

Ou ainda: Isso que eu gosto tanto pode fazer mal a alguém que não tem o mesmo entendimento que eu?

Ou também: Esse sexo sem amor e sem significado que eu gostaria tanto de fazer por fazer, porque eu gosto, de fato realiza o quê de bom em mim e na pessoa da qual me sirvo?

Você não “magoa a Cristo” quando faz qualquer das coisas acima. Jesus não faz beicinho. Ele já nasceu Deus. Crescido. E mais: Ele não é tolinho e nem escandalizável. Ele aguenta tudo. Ele é amor. O amor é invencível.

Você faz mal a você mesmo, ao seu futuro, e, sobretudo, ao seu dia de hoje, no qual são forjadas e reforçadas as suas fibras de ser. Entretanto, você só se fará mal se fizer mal a si mesmo no fazer e usar tais coisas.

Fumar você pode; e pode fumando ir para o céu. Mas e daí? A porcaria do cigarro faz mal aqui, já, no dia de hoje, e, com certeza, fará mais mal ainda amanhã. Portanto, o que há de bom em voltar para ele se você pode estar já livre dele para sempre?

O problema não é o céu, é a terra, é o pulmão, o coração, a circulação, a vitalidade física e sexual. Sem falar no tempo gasto, no dinheiro e também no condicionamento psicológico e físico que o cigarro produz.

Beber? Ora, beba. Mas não se embriague. Beba, mas não dirija. Beba, mas esteja sempre sóbrio e lúcido. Beba, mas não seja bebido pela bebida. O maior sinal de que a bebida bebe a pessoa é quando a pessoa passa a ter que beber todos os dias, ainda que não se embriague.

Quando o indivíduo se jacta de não se embriagar embora beba todos os dias, é porque a bebida já o bebeu e ele não sentiu ainda. Mas logo sentirá pelas mudanças súbitas de humor, ao ponto de que ficará cada vez mais bem-humorado quando beber, e, por isto, beberá mais.

Música secular? O que é isso? Deve ser coisa de crente! Ora, ouça boas músicas. Apenas isto. E tome cuidado com uma tal de “música Gospel” que tem por aí, pois, em geral, faz muito mal aos crentes, embora muitos não saibam disso.

Sexo? Deus diz que sexo é bom. Foi Ele que fez. Portanto, o que há de errado com o sexo, exceto com o que o homem fez dele? Sexo é coisa tão boa que não deve ser feita de modo tão ruim e sem significado. Sexo sem significado, promovido apenas pela avidez que tem sua fonte na insegurança dos seres aflitos por afirmação pela via genital, faz muito mal à alma. Sexo deve ser o resultado de um encontro que gerou um significado profético no amor: ambos, homem e mulher, olham para frente e imaginam o quão melhor a vida seria se ambos fizessem de suas existências individuais uma vida só para os dois.

Quando a consciência é essa, e ambos são responsáveis o suficiente para tomarem tal decisão, então, o sexo é apenas a continuidade simples e natural. Assim, acaba a questão de transar antes ou depois de casar, pois, em tal caso, tendo a consciência que acima descrevi, somente quem é casado transa, posto que a transa é o rito mais essencial de todo verdadeiro casamento. Quando se tem consciência do significado do sexo ele se torna o rito supremo do casamento dos que já estão casados pelo amor consciente e responsável.

No cartório a gente faz contrato. Na “Igreja” [templo] a gente mostra os que estão “se casando”. Mas tanto no cartório quanto na “igreja” ninguém faz casamento. Aliás, ninguém tem o poder de casar a ninguém diante de Deus. Diante de Deus somente entram o homem e a mulher; e isto não é no dia da cerimônia, mas no dia em que assumem que se amam.

Agora, saiba:

Só vale fazer qualquer coisa ou deixar de fazer, se for por amor e em fé. Sem fé a gente se condena em tudo o que faz. E sem amor nada aproveita. Portanto, você e eu temos que fazer tudo com fé e amor grato.

Transar, comer, beber, namorar, casar, trabalhar, ser amigo, ser pai, mãe, filho, irmão, ou qualquer outra relação, têm que ser feitos e realizados com fé e amor; pois, sem ambos, nada é puro e aproveitável.

Afinal, Jesus disse que aquele que é Seu discípulo faz tudo com amor. Esta é a obediência aos Seus mandamentos: amar sempre.

Assim, você tem apenas que perguntar se você ama a pessoa que você pensa em usar por uma noite apenas. É amor? Ou então se é amor namorar alguém e usar outras pessoas sexualmente. Ou se é amor beber até cair ou falar um monte de bobagens. Ou se é amor fazer qualquer coisa que possa deixar a você mesmo mal e outros infelizes.

Quanto a se dever frequentar uma igreja, a resposta é: não, necessariamente. Você deve ser parte da Igreja, e você já é porque crê em Jesus. Assim, você deve congregar-se em algum lugar no qual você seja de fato edificado na fé e no entendimento do Evangelho. Mas frequentar de modo mágico, como se não indo a desgraça fosse chegar, não, mil vezes não!

Tudo em Jesus tem a ver com vida. Se a frequência a algum grupo lhe traz graça e vida em Jesus, ajudando você a crescer em fé, amor e entendimento espiritual, então, frequente um lugar que seja assim.

Deus deseja levar você às coisas excelentes, e não às medíocres. Busque entender a razão de seu chamado em Cristo, pois você não foi chamado para não fazer, e sim para ser.

Texto Adaptado. <--- dê clique AQUI

terça-feira, 8 de março de 2011

Deus e a Mulher




Metáforas à parte, quando Deus fez o primeiro homem, viu que não era bom que ele ficasse só, da mesma forma que nunca quis que a mulher ficasse em segundo plano em absolutamente nada. No casamento então, nem dois seriam, mas "uma só carne”, PORÉM, sempre exaltando a individualidade da mulher, dando-lhe valor e responsabilidade ao longo da existência humana, tomando inclusive medidas preventivas para o caso do casamento não dar certo ou em situação de viuvez.

Os povos antigos já seguiam o princípio de que a mulher que se tornasse espólio de guerra poderia ser usada como escrava sexual ou para o trabalho; mas Deus deu a seu povo regulamentos totalmente diferentes, que serviam para proteger a dignidade da mulher capturada. (A Bíblia da Mulher – O cuidado de Deus com as mulheres)
No AT vemos o exemplo de Débora que era profetisa e uma simples dona-de-casa sendo escolhida por Deus para liderar uma nação, tornando-se juíza e líder militar, libertando seu povo em tempos de guerra.

Tem também Ester, a quem Deus concedeu enorme coragem e grande sabedoria para livrar Israel da destruição.

Tem Rute, a moabita, que renunciou à sua herança cultural (adoradora de deuses pagãos) para ir viver com a sogra, em uma das maiores demonstrações de compromisso da História; mesmo tendo havido um casamento entre culturas e nações diferentes, Deus lhe deu a oportunidade de experimentar do Seu amor.

Miriã, que desde criança mostrou-se inteligente ao conduzir e vigiar o irmãozinho, tornando-se mais tarde grande líder; considerada a mais notável mulher hebraica da sua época, foi ainda grande musicista e profetisa.

Havia ainda tantas outras mulheres expressivas tais como Ana, mãe de Samuel, e Abigail, que ao usar de grande habilidade mudou o rumo da vida do futuro rei Davi.

Tempos depois, em Sua perfeita Soberania, Deus não precisaria de uma mulher para realizar Sua obra salvífica, mas escolheu uma menina-mulher - Maria - como instrumento, fazendo triunfar a fé sobre o dogmatismo. Esta, por sua vez, compreendendo que o foco era Jesus, disse: "Que se cumpra em mim conforme a Tua Palavra".

Isabel, parenta e mãe espiritual de Maria, destacou-se duplamente: como sua mentora extraordinária e como mãe do pregador que viria a ser o portador da mensagem de arrependimento, preparando o caminho para o Messias.

Quando Jesus nasceu, outra Ana servia no templo e vivia ajudando no serviço religioso oficializado naquele local. (Lc 2:36.38)

Nos tempos do NT, Jesus SEMPRE enfatizou o ministério das mulheres no evangelismo, ficando bem evidente sua atitude revolucionária quando apareceu para a mulher no poço de Sicar, já que por razões culturais era considerado impróprio para um rabino abordar uma mulher, principalmente uma mulher com aquele perfil.

Enquanto ela era discriminada, Jesus a restaurou fazendo-a evangelizadora, com o dom de exortação, persuadindo e incentivando outras pessoas a conhecerem-NO.

" Muitos samaritanos daquela cidade creram nele EM VIRTUDE DO TESTEMUNHO DA MULHER!" (Cf. Jo 4.39)

Observe-se que no Sermão do Monte, onde Jesus deixou a todos maravilhados com Sua doutrina, não existe nenhuma alusão-proibição no que concerne à atuação da mulher evangelizadora. (Mt caps : 5-6-7)

Jesus exaltou o fato de Maria de Betânia ficar aos seus pés, ouvindo seus ensinamentos e repreendeu Marta, sua irmã, que queria que a mesma a ajudasse no serviço doméstico, numa reação típica de uma cultura que achava que uma mulher não devia receber ensino sobre as verdades espirituais. Jesus rebateu com o intuito de ensinar-lhe e encorajá-la a aprender. “Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. Se Ele seguisse a cultura judaica à época, diria:  Ela tem razão, Maria. Por que você não vai pra cozinha, ajudar sua irmã?

A bíblia relata também a passagem da mulher que em silêncio, estava prestes a ser apedrejada e Jesus dirige a palavra justamente a ela - ignorando questões culturais hipócritas que responsabilizavam a mulher pela luxúria (ora, ela transou sozinha?!) e por isso deveria estar isolada do homem – sendo essa mulher particularmente discriminada não apenas pela sua condição feminina, mas ainda pela sua conduta.

Ressalte-se também a permissão de Jesus para que Maria Madalena fosse a primeira mulher a vê-Lo e a falar com Ele, tendo sido inclusive, a primeira pessoa a contar as Novas aos outros, ainda que nos moldes da época o testemunho de uma mulher fosse considerado inválido.

E muitas outras mulheres cooperaram das mais diversas formas, no ministério de Jesus... (Lc 8:1.2.3).

Há destaque até para a mulher intituitiva de Pilatos que, convencida da inocência de Jesus, mandou-lhe um bilhete em meio ao julgamento, descrevendo-o como um homem justo.

O Evangelho se propagou e, mais tarde, Paulo começou a enviar cartas específicas para as localidades.

Em algumas denominações religiosas atuais há certa confusão em interpretações doutrinárias devido a uma suposta discriminação feita por Paulo às mulheres de Corinto, quando na verdade tratava-se de um meio disciplinador, uma vez que as mulheres da alta sociedade manipulavam grande parte do poder econômico e faziam valer suas vontades.

Era comum elas usarem de capricho para com seus maridos, influenciando-os sobre o que deveriam ou não fazer. Esse era um costume feminino quase generalizado permanecendo por muito tempo na igreja primitiva.

Na carta que escreve ao povo de Filipos (4.3), fica claro que Paulo não dispensa a ajuda das mulheres, lembrando ainda de Lídia e Priscila que eram cooperadoras em seu ministério de evangelização.

Aos gálatas (3.28), ele diz que não há distinção de sexos.

Em Tito 2:3.5 as mulheres recebem ordem para ensinar na igreja.

Quando ele diz aos efésios para a mulher ser submissa ao marido, deixa claro que o marido AME a mulher, comparando à relação de Cristo com a Igreja (Ef 5.23), numa alusão ao que Deus requer numa relação conjugal, pois ELE não quer submissão em detrimento da responsabilidade da esposa de andar em santidade e retidão diante dEle. Afinal, o marido não é Salvador e sim, protetor. Dessa forma, na submissão VOLUNTÁRIA, a esposa serve a seu marido, com liberdade e dignidade, ASSIM COMO, a Igreja serve a Cristo.

O objetivo de Paulo era impor uma nova concepção conforme o que Jesus havia pregado sobre a vida espiritual, desfazendo conceitos, erradicando costumes, mudando a visão e o pensamento dos novos convertidos. Daí ele achar por bem interferir até mesmo na indumentária e performance das novas mulheres convertidas de modo que se destacassem das prostitutas e falsas profetisas.

E, este, continua sendo o nosso objetivo – nós, mulheres cristãs – quando precisamos estar cada vez mais atentas ao papel que nos foi confiado, pois mesmo tendo passado mais de dois mil anos, ainda existe enorme disputa e grandes equívocos em nome de Jesus e onde ironicamente, nós mulheres, nos tornamos vítimas da nossa própria influência no meio religioso em que vivemos.

Nesta data, uma manifestação de reivindicação por uma vida mais digna culminou em tragédia covarde e criminosa. Por isso, não apenas se comemora a atuação da mulher na sociedade, mas principalmente, promovem-se debates e conferências que discutem o papel da mulher no contexto atual. A ideia é erradicar o preconceito e a desvalorização da mulher em relação a salários, violência doméstica, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na área profissional. Na verdade, tudo conforme o plano que Deus sempre teve para a mulher em Seu profundo cuidado e amor visando sua proteção e restauração.

Regina Farias

segunda-feira, 7 de março de 2011

Os dois tipos de Igreja




Há dois modelos básicos de igreja: os chamados para fora e os chamados para dentro.

De acordo com Jesus, Igreja é comunhão de dois ou três em Seu Nome e em qualquer lugar. Podem ser quaisquer dois ou três. E não apenas certo tipo de dois ou três, conforme os manequins da religião.

Igreja - de acordo com Jesus - é algo que acontece como encontro com Deus, com o próximo e com a vida no caminho do Caminho. Prova disso é que o tema igreja aparece no Evangelho quando Jesus e Seus discípulos estavam no 'caminho' para Cesareia de Filipe: um lugar 'pagão' naqueles dias. Assim, tem-se o tema igreja sendo tratado no 'caminho' e em direção à 'paganidade' do mundo.

Para Jesus o lugar onde melhor e mais propriamente se deve buscar o discípulo é nas portas do inferno, no meio do mundo! Não posso conceber - lendo o Evangelho - que Jesus sonhasse com aquilo que hoje chamamos de 'igreja'. Não vejo Jesus tentando criar uma comunidade fixa e fechada, como também não percebo em Seu espírito qualquer interesse em reclusão comunitária.

No Evangelho o que existe em supremacia é a Palavra, que tanto estava encarnada em Jesus como era o centro de Sua ação.

No Evangelho nenhuma igreja teria espaço, posto que não acompanharia o ritmo do Reino e de seu caminhar hebreu e dinâmico.

Jesus escolhe doze para ensinar e não para que eles fiquem juntos. Ao contrário, a ordem final é para ir. São treinado a espalhar sementes, a salgar, a levar amor, a caminhar em bondade, e a sobreviver com dignidade no caminho, com todos os seus perigos e possibilidade (Lc 10).

No caminho há de tudo. Jesus é o Caminho em movimento nos caminhos da existência. E Seus discípulos são acompanhantes sem hierarquia entre eles.

Quanto às multidões, Jesus organiza apenas uma vez, e a fim de multiplicar pães. No mais elas vem e vão, ficam ou não, voltam ou nunca mais aparecem, gostam ou se escandalizam, maravilham-se ou acham duro o discurso. Mas Jesus nada faz para mudar isto. Ele apenas segue e ensina a Palavra, enquanto cura os que encontra. Ao contrário, vemos Jesus dificultando as coisas muitas vezes, outras mandando o cara para casa, outras dizendo que era preciso deixar tudo, outras convidando a quem não quer ir ou mesmo perguntando: vocês querem ir embora?

Não! Jesus não pretendia que Seus discípulos fossem mais irmãos uns dos outros do que de todos os homens.

Não! Jesus não esperava que o sal da terra se confinasse a quatro dignas e geladas paredes de maldade.

Não! Jesus não deseja tirar ninguém do mundo, da vida, da sociedade, da terra. Apenas deseja que sejamos livres do mal.

Não! Jesus não disse "Eu sou o Clube, a Doutrina e a Igreja; e ninguém vem ao Pai senão por mim".

Assim, na igreja dos chamados para fora, caminha-se e encontra-se com o irmão de fé e também com o próximo que não tem fé. E a todos se trata com amor e simplicidade.

Em Jesus não há qualquer tentativa de criar um ambiente protegido e de reclusão; nem tampouco a intenção de criar uma democracia espiritual na qual a média dos pensamentos seja a lei relacional.

Em Jesus o discípulo é apenas um homem que ganhou o entendimento do Reino e vive como seu cidadão, não numa 'comunidade paralela', mas no mundo real.

Na igreja de Jesus cada um diz se é ou não é; e ninguém tem o poder de dizer diferente. Afinal, por que a parábola do Joio e do Trigo não teria valor na 'igreja'?

Na igreja de Jesus pode-se ir e vir, entrar e sair. E sempre encontrar pastagem.

O outro modo de ser igreja é, todavia, aquele que prevaleceu na história.

Nele as pessoas são chamadas para dentro, para deixar o mundo, para só considerarem 'irmãos' os membros do 'clube santo', e a não buscarem relacionamentos fora de tal ambiente.

A comunidade de Jerusalém tentou viver assim e adoeceu! Claro!

Quem fica sadio vivendo num mundo tão uniforme e clonado?

Quem fica sadio não conhecendo a variedade da condição humana?

Quem fica sadio se apenas existe numa pequena câmara de repetições humanas viciadas?

Sim, quem pode preservar um mínimo de identidade vivendo em tais circunstâncias, nesse sapatinho de japonesa?

É obvio que os discípulos precisam se reunir. E, juntos, devem ter prazer em aprender a Palavra e crescer em fé e ajuda mútua. Todavia, tal ajuntamento é apenas uma estação do caminho, não o seu projeto; é um oásis, não o objetivo da jornada; é um tempo, não é o tempo todo; é uma ajuda, não é a vida.

De minha parte quero apenas ver os discípulos de Jesus crescendo em entendimento e vida com Deus, em amizade e respeito uns para com os outros, em saúde relacional na vida e com liberdade de escolha, conforme a consciência de cada um.

O 'ajuntamento' que chamamos igreja deve ser apenas esse encontro, essa estação, esse lugar de bom ânimo e adoração.

O ideal é que tais encontros gerem amizade clara e livre, e que pela amizade as pessoas se ajudem; mas não apenas em razão de certo espírito maçônico-comunitário, conforme se vê, ou porque se deu alguma contribuição financeira no lugar.

A verdadeira igreja não tem sócios, tem apenas gente boa de Deus que se reúne e ajuda a manter tudo aquilo que promove a Palavra na Terra.

Tenho pavor de comunidades! Elas são ameninantes para a alma, geram vilas de doenças, produzem inibição dos processos de individuação, e tornam os homens eternos imaturos, sempre com medo do mundo e da vida. Sem falar que em todo mundo muito pequeno, como o da 'comunidade', as doenças tendem a aumentar e a ganhar caras e contornos de perversidade travestida de piedade.

A escolha que se tem que fazer é essa: ou se quer uma 'comunidade' que existe em função de si mesma, e para dentro, ou se tem um 'caminho de discípulos', e que se encontram, mas que não fazem do encontro a razão de ser da vida.

No dia em que prevalecer o modelo do 'caminho', conforme Jesus no Evangelho, a vida vai arrebentar em flores e frutos entre nós e no mundo à nossa volta; e as pessoas serão sempre muito mais humanas, descomplicadas e sadias.

Mas se continuar a prevalecer o modelo 'comunitário de Jerusalém', que de Jerusalém tem apenas o intimismo e o espírito sectário, não se terá jamais nada além do que se teve nesses últimos dois mil anos.

Ou seja: esse lugar de doentes presunçosos a que chamamos de 'igreja'.


Adaptado DAQUI


sábado, 5 de março de 2011

Deus e o Carnaval.



Eu sonho fervorosamente com pessoas se reunindo apenas para conhecer mais de Deus. Dedicar a Ele "momentos de louvor", ou seja, ter o reconhecimento da sua grandeza, santidade, misericórdia, soberania. Provar do Seu amor apenas porque é inevitável aproximar-se Dele sem que isso aconteça. Fazê-Lo conhecido pelo amor ali cultivado. Ser Igreja de Cristo como corpo que faz valer, vai à luta, arregaça as mangas da camisa para ajudar a quem precisa, gastando tempo com quem necessita de um apoio, seja financeiro, psicológico, espiritual, o que for. Há - e como há! - quem precise de apenas um pão, um abraço, um teto, um cobertor.

Enquanto isso, perdemos nosso tempo, que já não é muito, com conversa fiada entre quatro paredes “santas”. Estamos completamente equivocados. Já ouviu falar em boas intenções? Dizem que o inferno está cheio delas. Para toda essa loucura é preciso um remédio que anestesie o clamor que nasce no nosso coração buscando respostas, uma fagulha do “fogo divino”. Inventaram então os famosos retiros espirituais com nomes e temas diversos.

Já vi de tudo. É como se fosse um final de semana com Deus. É tudo que você precisa: maravilhoso, inesquecível, transformador! De fato, Deus em sua infinita misericórdia, responde aos que o buscam, pena que dura só até o domingo. Na maioria destes encontros, tenta-se aplicar uma cura espiritual de males causados pela própria instituição. Aproveita-se para falar em dons espirituais, aqueles que deveríamos buscar com zelo. Renovação, reconciliação, cura, perdão, entre outros que não praticamos no dia a dia. Guardamos para que se realize em um momento especial.

Algo parecido acontece no carnaval. Festa popular mais querida no Brasil, país em que nasci e vivo até hoje. Mas essa manifestação do povo é ignorada pelos evangélicos, crentes, cristãos protestantes, chame do que quiser. Nós também nos retiramos nesta época. Todos os terreiros de macumba ficam em carga total, nós, estamos ausentes. “É um evento do diabo”. Foi o que sempre ouvi de alguns pastores, líderes religiosos e de juventudes. Quase uma semana de brincadeiras, músicas, danças, bebidas e diversão de todo tipo que se possa imaginar. O sexo parece ser mais atrativo nesta época, os apelos se intensificam.

E a igreja? Bem longe dali! Nossas ovelhinhas precisam estar protegidas das tentações. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Quem está fugindo afinal? Mas tem outra trupe, a galera do evangelismo. Essa é crente de verdade. Eles chegam abalando no carnaval. Todos com a mesma camisa (branca, é claro!), com uma pomba desenhada, alguns com bandeiras para que não reste dúvidas, bíblia nas mãos, panfletinho e uma língua afiada. São os santos no meio dos perversos. Vez ou outra passa um membro da igreja que saiu para as ruas para brincar e sem querer esbarra com essa “turma do bem” e se sente a pior pessoa do mundo, um imundo, sujo, um pecador sem perdão.

A minha família brinca carnaval desde sempre. Cresci ouvindo Vassourinhas, frevo muito conhecido por aqui onde moro. Aliás, o frevo é o ritmo mais característico de nossa terra, porém desconhecido pela igreja, pelo povo que todo ano se retira. As troças de carnaval e a irreverência apenas vistas nesta época do ano são deixadas de lado e nada aproveitadas por este povo. Alheios a tudo isto, nós seguimos ignorantes a tantas outras coisas que são vistas no carnaval, como o coco, ciranda, maracatu, caboclinho, a cultura local em sua maior expressividade. (O Carnaval, historicamente, como festa popular, foi visto pela primeira vez em Veneza, na Itália, com pierrôs e colombinas, máscaras que foram criadas para que o povo se misturasse, entre classes sociais).

Quando aqui estamos no período de carnaval, e decidimos participar da festa, nos colocamos como os melhores, os detentores da verdade, os salvos que levarão a salvação para todos. Quando meus tios e tias, meu pai, primos e primas, saem às ruas para brincar carnaval, eles se divertem, participam de movimentos irreverentes, descontraídos, ficam juntos da família. Se nós não fugíssemos do carnaval, ou se não estivéssemos ali apenas para sermos os melhores, talvez a gente também aproveitasse esta festa do povo. Como crentes mesmo, servos de Deus. Por que não? “A alegria do Senhor é a nossa força”. Não precisaríamos falar nada, nem de papeizinhos para entregar. Seríamos reconhecidos pelo amor que há em nós. Não há no mundo, nem na nossa cidade, momento melhor para isso. Para brincarmos também. A vida é divertida. Mas isso é discurso de desviado, diriam alguns crentes que conheço. É exatamente isso: estou completamente desviado, desligado, desarraigado daquele pensamento preconceituoso e segregador. É lindo ver uma troça passando, um frevo ao fundo e fantasias engraçadas e inteligentes. E é uma pena pensar que a idéia de que a verdade está nas mãos de apenas um povo - além de romper gerações - está cada vez mais sólida.

E pensar que os colonizadores, ao chegarem por estas terras, contemplaram a maravilha da criação de Deus... Eles tinham em suas mãos toda a pretensão de que eram os portadores do conhecimento divino, pregando, evangelizando e violentando tudo que encontravam pela frente, certos de que se não realizassem tal feito, Deus deixaria de ser conhecido pelo povo que aqui vivia. Esse retrato se repete ao longo da história. Agimos assim também, cheios de verdades absolutas, idéias separatistas, capazes de criar fronteiras. Eu tô fora! Deus é infinito, não cabe nos nossos conceitos limitados. Tanta gente que acreditamos ser infiel, incrédula ou algo do tipo, tem experiências maravilhosas com Deus; ou de fé, para compartilhar conosco. Basta baixar a guarda, ter humildade, se render e crer que o Pai se revela aos seus filhos, da forma Dele, não da nossa.

Grande é a surpresa, assim aconteceu comigo. Ao encher um copo com água, percebo que se ultrapassar o limite, a água irá transbordar, escorrer pelo vidro do lado de fora e molhar a superfície que se encontra o copo. Posso concluir que se eu estiver cheio de alguma coisa, quem se aproximar de mim será naturalmente alcançado pelo que me encheu. Acredito que é assim que funciona com o amor de Deus. A busca continua...

Tenho bom ânimo. Irei perseverar até o fim! Que a Água da Vida transborde em mim e seja derramada, onde, como e quando Ele quiser.

Amém!

Leo F.Rocha


Fragmento de um texto AQUI postado. (Parágrafos e sublinhados meus- RF mãe do autor do texto)

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E o mais interessante é que, quem lê isso, certamente pensa que eu caio na folia he he 
Mas aí é porque não leu meu texto sobre carnaval...
E, como enfatizo lá, na parte de comentários (em bate bola instigante com o próprio Léo que comentou por e-mail), não estou sendo contraditória; pois o texto é claro quando eu digo do meu repúdio em relação a certas manipulações; da mesma forma que está claro que "carnaval em si" não é ruim, as pessoas é que não sabem brincar de forma saudável e transformam essa folia em uma grande insanidade coletiva.
Enfim, creio que ambos os textos me dão uma lucidez tremenda acerca do que seja válido para mim, a partir das minhas experiências pessoais, e espero que cada um reflita e procure viver de forma leve e coerente sem se deixar submeter a ditames religiosos que colocam a pessoa em aparente redoma espiritual superior usando o nome de Deus.
É disso que eu falo...
R.



sexta-feira, 4 de março de 2011

Resposta a um amigo blogueiro




Olá, Amigo.

Saudade de ti...

Saudade dos tempos que trocávamos figurinhas...

Mas aí, por ti encontrar em espaço coletivo eu me cansei de ler tanto tratado filosófico/teológico... Ufa!

Não tenho mais idade pra isso e deixei para os mais jovens. Aliás, desde o início eu dizia isso, lembra?

Na boa, já tive essa tua idade e já fui muito visceral, muito apaixonada, muito tudo.

Por isso entendo perfeitamente alguns - digamos - exageros, apesar de perfeitamente evitáveis.

A blogosfera é imensa e tem de tudo que se imagina e até o que não se imagina.

E isso é simplesmente maravilhoso, principalmente porque há uma gama de informação e você pode ler ou não, concordar ou não, rir, se entreter, se divertir, refletir, aprender e, por fim, trazer para a existência. Ou não. Enfim, é de uma diversidade e riqueza inesgotáveis.

Gosto de ler de tudo e não me restrinjo a sites ditos "cristãos". Pelo contrário, fujo bastante disso como já demonstrei em carnavais passados. Por outro lado, parei de dar murro em ponta de faca, acalmei o coração e comecei a dar preferência aos que têm a mesma visão de Reino que tenho. Aos demais, digo que façam como eu. Leiam por aí e retenham o que é bom (Não o que "acharem" bom)

Não que eu seja de seguir regrinhas restritas, longe de mim! Curto demais a irreverência marcante da minha personalidade que me impulsiona a sair da mesmice, do lodo, da água estagnada. Mas, bora combinar, tem textos que são tão extensos e maçantes que fogem da ideia de blog e, consequentemente, nos tiram do foco.

Confesso que já escrevi alguns textos mais longuinhos, mas tenho aprendido que texto de blog é pra ser mais curtinho e principalmente leve e bem humorado; sem jamais confundir humor inteligente com ironia grotesca ainda que seja em forma de cutucada e puxada de orelha. Comentários então... Se há empolgação e a gente finda por se estender, que pelo menos haja a leveza que nos conduz ao final sem que nos pesem as pálpebras. Afinal não temos o dia todo à frente de uma tela de web por mais que esta esteja literalmente à nossa mão.

Por outro lado, polêmica cabe melhor em fóruns. Não que eu seja avessa a uma boa polêmica, mas polêmica sempre é uma coisa muito chatinha e cansativa. E é o que eu tenho captado em alguns blogueiros e seus comentários. Destes, tenho me distanciado por mais que eu simpatize com a pessoa, entende?

Já disse no meu blog que não curto muito esse lance de textos pesados e muito menos comentários prolongados/repetitivos que não levam a nada, tipo discussão sobre o sexo dos anjos he he

Não é pretensão minha, creia. É porque me cansam a mente e o espírito.

Mas tenho grata lembrança de um curto período em que conversamos numa boa, gosto particularmente de ler o que você e mais três escrevem por lá e vez por outra dou uma espiada também nos blogs particulares de vocês, simplesmente por me passarem algo muito agradável, ainda que nem sempre eu concorde com o que lá esteja escrito. Normal...

Então, eu tomei outros rumos e fui procurar minha turma -  como se diz. :)

Desculpe se me alonguei (contrariando o que venho desistindo de fazer rs), mas é que se não fosse o carinho e a admiração que eu tenho por ti, o certo é que nem perderia tempo em te escrever.

No amor de Cristo que nos uniu, (Apesar das diferenças)

R.





Obs.: pequenas alterações da mensagem original feitas no intuito de preservar nomes.



quinta-feira, 3 de março de 2011

Meme Literário





Passada de bola do irmãozinho Cláudio:

(O acréscimo do “Por quê” é meuzinho da silva. Nova pitada, pode ser? rss)

1 - Existe um livro que você leria várias vezes sem se cansar? Qual? E Por quê?

Resposta:

Neemias, um Modelo de Liderança - de Gene Getz. Estou sempre “consultando” porque é uma espécie de estudo/aprendizado rápido e eficaz que pode ser aplicado em todos os segmentos da vida e a qualquer ser humano desde o mais “bem sucedido” pastor ou empresário até uma simples dona de casa.


2 - Se pudesse escolher apenas um livro para ler o resto de sua vida qual seria?

Resposta:

O único livro que não me canso de ler e a cada leitura ele se renova e aprendo mais e mais é a bíblia. (Pegando carona na frase construída pelo Cláudio) - O célebre LPA (livro preto anacrônico) como adotou nosso irmãozinho Jotacê. Se bem que o meu mais recente é lilás he he.


3 - Indique três dos seus livros favoritos.

Resposta:

Médico de Homens e de Almas – Livro de Taylor Caldwell (Autora de Os Capitães e Os Reis) – Fala da vida do médico Lucas e aponta para o pano de fundo “o poderoso e esplêndido Império Babilônico”.

Risíveis Amores – Milan Kundera – Mesmo autor do famoso “A insustentável leveza do ser” que ficou mais conhecido por virar badalado filme no final dos anos oitenta. “Risíveis Amores” trata essencialmente da vulnerabilidade a que é exposto o casal numa comunicação que nunca chega a níveis profundos, porém havendo inevitáveis situações que o coloca em ângulo novo que pode ser revelador ou ameaçador. Excelente para nos ajudar a desvendar nossa própria alma. (O meu já está amarelado, mas é um dos preferidos, pois sou fascinada pela alma humana e por abordagens assim)

Obra Completa de Leon Tolstoi – “por sua vastidão e variedade de gêneros – o conto, a novela, o romance, a doutrinação estética e moral”. Uma infinidade de páginas contidas em apenas três volumes e de uma enorme riqueza literária. Excelente!

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Repassando para:

Dri





Fábio e Lu

Com carinho,

Rê.

Águas de Março.



É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é um tremendo desconto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho,resto, toco, pouco, sozinho,caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.



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Dois ícones da música brasileira
Melodia perfeita sobre vida cotidiana e promessa de renovação.
Isso pra mim é um canto de Deus aos nossos corações.
Regina Farias.