A História nos conta que, desde
que o mundo é habitado por gente, se tem notícia dos adornos que homens e
mulheres colocam em seus corpos para se tornarem mais atraentes. Nos dias
atuais, com o avanço da Cosmética contra a natural ação do tempo e da agressiva
ação externa, podemos lançar mão de muitos produtos cujo uso nos beneficia não somente em relação à higiene corporal, como no cuidado com os agentes externos
agressivos (que podem causar não apenas manchas senis como câncer de pele), havendo ainda os inúmeros produtos que agem de forma saudável no retardamento do avanço do
tempo. São cosméticos de todas as marcas e preços que beneficiam nossas unhas,
nossa pele e nossos cabelos.
Sou capaz de apostar que não
existe uma pessoa que não tenha lançado mão de certos truques para melhorar a
aparência de alguma forma. Digo isso, porque muitos que seguem usos e costumes
de determinadas doutrinas, repetem mecanicamente a vaidosa, equivocada e paradoxal afirmativa:
‘eu não tenho vaidade’. Ora, pode usar a indumentária exigida pela
religiosidade, mas vaidade tem, sim. Abra os armários dos banheiros e observe se
não tem uma gama de produtos de beleza, mesmo que sejam singelos xampus sem álcool,
sabonetes perfumados, hidratantes, sais de banho, cremes clareadores de dentes,
bloqueador solar e vários perfumes com fragrâncias diferentes.
As pessoas, de tão bitoladas na
performance doutrinária, se policiam e se punem quanto à beleza exterior, e
findam por confundir vaidade com o cuidado com o corpo. Aliás, essa vaidade que
apregoam, não passa de mais um ponto doutrinário do kit faça isso, não faça aquilo, pois, afinal, a vaidade que desagrada a Deus está
ligada às coisas do coração. Inclusive, o simples fato de inchar o peito e
dizer, orgulhosamente, não tenho vaidade já consiste
em vaidade, uma vez que a pessoa acredita que essa posição a faz melhor diante
de Deus, o que não é verdade. Trata-se de mais um equívoco doutrinário que usa
exterioridades como ‘virtudes’.
É óbvio que nenhum tratamento de
beleza esconde um coração feio, maldoso e desagradável. Mas, bora combinar que as roupas exigidas
pela doutrina, também não conseguem esconder um coração com essas mesmas
características. Deus não olha para a exterioridade
e, sim, para as intenções e atos advindos do coração. Além disso, não há nenhum
mérito em nós, para que Deus nos faça Seus queridinhos. Ele usa de Sua
compaixão e Sua misericórdia não pela bondade que, eventualmente, habite em nós, mas pela bondade que habita n’Ele.
Portanto, tratamento de beleza,
adereços e roupas de boa qualidade têm seu devido valor, uns apenas como
enfeites e não sendo condenáveis por isso. A questão é que algumas mulheres
supervalorizam como sendo seu estilo de vida, sua segurança, sua arma. Então, nem
tanto ao céu nem tanto ao mar. Usemos tudo com moderação e bom senso e está
tudo certo.
Muitos líderes machistas (que usam excelentes loções pós barba!!!), se baseiam em narrativas
de cartas do NT (1Pe 3.3 e 1Tm 2.9), para impor suas teses doutrinárias, mas a
ideia ali não foi desvalorizar a aparência exterior da mulher, e sim, chamar a atenção
para as suas qualidades internas como sendo o que há de mais importante. Pois, as mulheres
mais influentes se exibiam com seus adornos, distraindo e desviando o foco. Como
acontece ainda nos dias de hoje. Observando o texto dentro do seu devido contexto,
entendemos claramente que o que ali é dito não serve, de maneira nenhuma, como
regra religiosa. E, menos ainda, como medida de salvação. O bom senso é que
deve ser sempre o fiel da balança. Em qualquer lugar, espaço ou situação.
Por outro lado, as narrativas
bíblicas nos falam tanto sobre beleza interior, como sobre beleza exterior.
Muitas mulheres da Bíblia se destacam. Sara, Rebeca, Raquel, Abigail, Bate-Seba,
Rute e Ester usaram seus truques de beleza. A rainha Ester fez um verdadeiro
tratamento de beleza. No seu livro podemos encontrar a descrição de um completo
concurso de beleza. Esse ‘banho de lua’ que usamos atualmente e que inclui
depilação, esfoliação, hidratação, não tem nada de novo. A rainha Ester já
fazia uso desse ‘truque’ com os óleos aromáticos e especiarias importados da Pérsia.
(Et 2.12). Os exemplos bíblicos são vários, mas ressalto o de Ester porque sua
história faz parte da obra salvadora de Deus na História. E nem por isso ela
reprimiu seus atributos de beleza exterior.
A aparência da mulher cristã deve
ser complemento de seu espírito interior, e beleza é mais do que um rostinho
bonito e atraente ou o hábito de andar na última moda, seguindo as tendências
atuais. Boa higiene, pele bem cuidada, saúde dos dentes e dos cabelos como
sendo reflexo de uma alimentação equilibrada, trajes adequados à ocasião e modos
apropriados, dão elegância e graça, sendo uma forma exterior de exibir um
estilo interior.
Portanto, manter uma boa
aparência, limpa, bonita e apropriada, é responsabilidade de toda mulher
cristã. Afinal, convenhamos, uma mulher desleixada com a própria aparência não
pode ser exemplo de cristã. E não se trata de marketing ou algo forçado, mas de
coerência. Além do mais, o rosto da mulher é, em geral, o espelho do seu
coração. Pois, quando ela confia no amor de Deus, suas feições se suavizam e as
rugas se atenuam. Aquela expressão típica de quem está aflita e preocupada não
faz parte dessa imagem, já que a paz e a alegria interiores refletem-se
naturalmente na expressão facial. Aliado a isso, ações e atitudes indicam
claramente onde está a segurança da mulher.
Se o seu coração está firmado na verdadeira paz que excede todo entendimento e na alegria que vem de Deus, independentemente das circunstâncias, sua aparência exterior vai refletir o entusiasmo e uma profunda sensação de bem-estar. E, claro, nenhum truque de maquiagem consegue esse tipo de feição. Pois, a verdadeira beleza - que não desaparece nem com o tempo - vem de dentro e se manifesta pela entrega total a Jesus.
Se o seu coração está firmado na verdadeira paz que excede todo entendimento e na alegria que vem de Deus, independentemente das circunstâncias, sua aparência exterior vai refletir o entusiasmo e uma profunda sensação de bem-estar. E, claro, nenhum truque de maquiagem consegue esse tipo de feição. Pois, a verdadeira beleza - que não desaparece nem com o tempo - vem de dentro e se manifesta pela entrega total a Jesus.
Euzinha e meu cabelito he he |
Um comentário:
Tem um amigo meu que diz:
"Na Bíblia diz que TUDO debaixo do sol É VAIDADE. Porque então pregam que mulher maquiada, de brinco, cabelo cortado é 'vaidosa' se TUDO é vaidade?"
'Doutrina da feiúra' como eu digo...
"Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental" - quem disse isto? Rsrs
Postar um comentário