A busca do equilíbrio tem sua
eficácia no coração despojado de tradições e inflexibilidades e aberto à
prática da misericórdia e da compaixão. O resto é falácia da natureza pretensiosa do homem que talvez nem saiba que, com seus rigores inúteis, está cada vez mais distante de Deus.
"Quando Jesus acabou de proferir estas palavras,
estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina." (Mt 7.28)
'SUA DOUTRINA', como assinala o
versículo, começa no 'sermão do monte' conforme o Evangelho de Mateus, cap. 5,
6 e estendendo-se até o verso 29 do capítulo 7.
Sermão em um monte...
Fora dos muros segregadores...
Sermão em um monte...
Fora dos muros segregadores...
A bíblia diz que Jesus
ASSENTOU-SE e passou a ENSINÁ-LOS. Começando pelas bem- aventuranças.(Bem-aventurado=
FELIZ!)
Ao atentarmos para as palavras de
Jesus, totalmente despidos de religiosismos, igrejismos e denominacionismos,
percebemos que o seu ensino é sobre os RELACIONAMENTOS pessoais. Relacionamento com Ele, com nós mesmos e, consequentemente, com o próximo. Lembrando sempre que este 'próximo', não é, necessariamente, o meu irmão de denominação. (II Co 5: 18 a 20)
Quando paramos para observar
melhor a simplicidade do evangelho, encontramos tudo referente
ao CARÁTER da pessoa. Não há, absolutamente N-A-D-A acerca de liturgia,
tradições ou costumes. Isso tudo Ele colocou em 'décimo plano', ou seja, não tem
importância para Ele. 'Até' no AT tem inúmeras passagens em que Deus
simplesmente não supervalorizou as performances e o empenho de Seu povo. Sua
atenção era para o que tramava O CORAÇÃO deles.
Em relação a ‘como jejuar', por
exemplo, Ele esclarece que é algo entre a pessoa e Deus. Nada tendo a ver com
aparências, exterioridades, performances. Pois que, a oração e as 'boas obras'
são práticas de vida cristã que
devem ficar entre o crente e Deus.
E então Jesus discorre sobre o
uso adequado das riquezas, sobre ansiedades vãs, sobre juízo temerário mas
também sobre o critério para julgamento; e também sobre a oração dominical (que antes eu pensava ser de domingo; 'dominus'=DEUS);
Ele nos ensina ainda como SAUDAR (Não como algo mecânico e exclusivista de um grupo) e sobre a oração constante que, por ser constante, é um ESTILO DE VIDA. E que
NADA tem a ver com exterioridades e doutrinas exclusivistas.
Pra completar o pacote, de forma
explícita e contundente, Jesus 'puxa a orelha' de fariseus e escribas que têm a
pretensão de condenar e punir quem não segue regras, leis, dogmas e tradições.
Que coisa mais atual...
Jesus adjetivou de 'raça de
víboras'- forte linguagem de acusação - para
com aqueles legalistas (escribas e fariseus) que exibiam seus filactérios de
modo bem ostensivo, chamando atenção à sua suposta lealdade para com as
Escrituras. Em linguagem que nos dias atuais diríamos 'curto e grosso', chamou
os escribas e fariseus de hipócritas porque eram implacáveis, acusadores e exigentes, apresentando-se exteriormente a rigor, sem erro, impecáveis, conforme mandava o
figurino, mas Jesus estava vendo seus corações e não era nada agradável o que
Ele via.
A 'parte boa' é que, apesar
de abominar tais PERFORMANCES de falsa piedade e hipocrisia, Jesus tem enorme desejo
de perdoar em Seu coração que arde de tanta dor ao ver determinadas
situações...
O capítulo 23 do Evangelho de
Mateus se refere duramente a práticas
exteriores, abomináveis aos olhos de Deus. Inclusive, nada dizendo sobre
conservar qualquer performance e exterioridades, mas, dizendo claramente, em
momento seguinte:
"E, por se multiplicar a
iniquidade, O AMOR se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que PERSEVERAR
até o fim, ESSE será salvo". (Cf Mt 24:12.13 - caps meus)
(Adaptação de um comentário que fiz meses atrás em outro blog...)
Um comentário:
Faz alguns dias que encontrei seu blog;
Não sou evangélica, mas cresci em um lar evangélico e não poderia deixar de parabenizá-la pela iniciativa e que Deus continue te abençoando.
Adorei seu posts;
beijos
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