Intriga-me essa falsidade toda
onde as pessoas parecem estar na Idade Média quando não se podia nem ver a meia no tornozelo da mulher. Era proibido, não só em termos de lei, como era um
desrespeito à amada que se sentia ultrajada se assim o amado se comportasse.
Costumes da época. Não se podia ver, pegar ou abocanhar (Tirem as crianças da
sala he he)
Contudo, nunca deixou de haver
perversão sexual, o que é outra coisa completamente diferente! Nos tempos do AT então, a coisa estava tão feia que duas
cidades foram destruídas literalmente pela ira divina. Sem levantar bandeira (tampouco fazer apologia ao sexo livre), não é demais separar
as coisas: sexo com o parceiro não é imoralidade, não é feio, não é pecado. O importante é não fazer salada.
A pessoa pode, perfeitamente, fazer sexo com o parceiro e ser uma pessoa digna, séria, respeitadora e totalmente avessa à
promiscuidade, permissividade, imoralidade ou perversão sexual. São coisas totalmente
opostas e dissociadas.
Eu me casei virgem e não por
moralismo, mas por um romantismo no qual o casal decide deixar maior intimidade
para a noite de núpcias (escolhida pelo casal). Mas, convenhamos que isso não excluiu outras intimidades... Eu só
tinha dezenove anos e tinha total liberdade com
meu namorado (logo depois, pai dos meus 4 filhos). Enquanto isso, minha irmã
mais velha, rigorosa e moralista, casou grávida de três meses. Ou seja: as
circunstâncias são diversas, não existe uma regra fixa e tudo se relaciona com o que vai no coração. Por exemplo,
tem a menina que programa ter relação íntima para engravidar e casar (não foi o
caso da minha irmã) porque assim ‘vai se dar bem’. Vemos muito isso ainda nos
dias atuais, inclusive com o apoio velado da mãe religiosa. Um dia a verdade vem à tona - e com ela, vem também o desgaste
natural de uma relação que não tem como se sustentar em mentiras.
Casos específicos à parte, a maior
ingenuidade que os pais sempre cometem é a tal proibição. A maior burrada que
já se fez desde que o mundo é mundo. Ora, nenhum ser humano tem essa capacidade
de barrar um casal jovem, super apaixonado e com os hormônios aflorando. A não
ser que prenda a donzela na torre de marfim. Mesmo assim o príncipe vai dar
sempre um jeito de libertá-la. E sempre encontra aliados nessa empreitada.
Enfim, só tem uma saída plausível
aos pais que tanto querem proteger a honra
da filha: orientar, conversar, ficar junto, apontar riscos dentro do sentido
informativo de quem tem zelo. E jamais de quem quer controlar. Sendo amigo, na acepção da palavra. Apelações como meter medo, ficar na cola, fazer pressão,
manipular, assustar e reprimir não transmitem valores e princípios, sendo apenas táticas
pelas quais o abismo se instala; mesmo que a filhinha querida fique ali, à sua
vista, 24 horas por dia para não perder a honra.
Observemos ainda que o pai defende a honra da filha, (honra, leia-se hímem) e não do filho (afinal ele não tem hímem), pois em pleno século 21 vivemos numa sociedade essencialmente machista, embora o pai religioso não admita que assim pensa e se comporta. Sendo que os mais inflexíveis fazem o mesmo discurso opressor para o filho também. E não funciona. Aí se dá uma sequência de fatos super nocivos que findam no divórcio ou no casamento de fachada. Porque Deus não aprova a separação. Sim, tem mais essa: credita-se tudo a Deus por ser conveniente.
Observemos ainda que o pai defende a honra da filha, (honra, leia-se hímem) e não do filho (afinal ele não tem hímem), pois em pleno século 21 vivemos numa sociedade essencialmente machista, embora o pai religioso não admita que assim pensa e se comporta. Sendo que os mais inflexíveis fazem o mesmo discurso opressor para o filho também. E não funciona. Aí se dá uma sequência de fatos super nocivos que findam no divórcio ou no casamento de fachada. Porque Deus não aprova a separação. Sim, tem mais essa: credita-se tudo a Deus por ser conveniente.
Não pode fazer sexo antes do
contrato assinado? - Pois assine, diz o pai aflito e sem o controle da situação. Então, passada a fase mais louca da paixão vem a fase
da prova concreta do amor onde se requer a tolerância e a flexibilidade que serviriam de base para o processo de maturidade na relação. Essa base viria do exemplo e
da orientação equilibrada e saudável de pais que estavam muito ocupados com as
crendices doutrinárias e a reputação religiosa.
Ora, minha gente, vamos deixar de
bancar a avestruz e encarar os fatos com naturalidade. Porque a verdade é que um
casal já tem intimidade desde quando
começa a cuidar um do outro, compartilhando dos mesmos sonhos e planos e
prometendo completa lealdade. Assumindo que se ama e tem responsabilidade mútua
na relação. Isso é declarar o amor! O sexo é mera consequência NATURAL.
Ultimamente tem sido repetitivo,
mas é simplesmente PERFEITA - e bem apropriada - a frase abaixo:
“No cartório a gente faz
contrato. Na Igreja (templo) a gente mostra os que estão ‘se casando’. Mas
tanto no cartório quanto na ‘igreja’ ninguém faz casamento. Ninguém tem o poder
de casar a ninguém diante de Deus. Diante de Deus somente entram o homem e a
mulher; e isto não é no dia da cerimônia, mas no dia em que assumem que se
amam”. (Caio Fábio)
2 comentários:
É a tua foto de casamento?
Rsrs
Anraammm ;)
A loooong long time ago rss
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