"NÃO EXISTE NENHUM LUGAR DE CULTO FORA DO AMOR AO PRÓXIMO"

Translate

sábado, 30 de junho de 2012

Mudam as palavras e não nos avisam


Sou discípulo dele e não da leitura que a religião faz dele e me diz como é que tem que ser'. 


As palavras estão em constante mudança de significado. Uma palavra que carrega um sentido hoje, não dirá a mesma coisa amanhã e eu posso dar algumas demonstrações simples do que estou dizendo.


A palavra "gato", por exemplo, há 100 anos se referia aos bichanos, felinos. Há 30 ou 40 anos já era usada para se referir a um homem bonito. Hoje se diz que "gato" é uma ligação clandestina numa rede elétrica e, amanhã ou depois, esta mesma palavra poderá ser utilizada para se referir a outra coisa que nem sabemos ainda. Isto é um ciclo interminável: as palavras sempre brincam de mudar de sinônimos. Se não percebermos o contexto no qual está sendo usada podemos incorrer em alguma confusão.



O mesmo acontece ao inverso, mantendo o significado mas com novas e diferentes palavras. Há algum tempo, nas comunidades de periferia do Rio, usava-se a palavra "sangue" (derivado de sangue bom) para se referir a alguém que era parceiro e em quem se podia confiar. Hoje a palavra substituta para parceiro/sangue é "braço" que faz referência à expressão "braço direito".



Uma palavra em um contexto pode ser entendida de forma completamente diferente em outro contexto. Nem sempre as pessoas conseguem se libertar das formas fechadas e entender que mais importante do que a palavra utilizada é o significado que ela carrega no momento, em contextos fora de sua realidade imediata.



Na religião este problema de significados é maior ainda. Parece que algumas instituições "santificam" determinadas palavras como se somente aquele determinado grupo de fonemas fosse o "correto", mas se esquecem que os significados se alteram com o tempo e, também, que algo pode ser dito ou explicado com outras palavras, mesmo que não façam parte daquele ambiente religioso.



Eu sou pastor em uma comunidade muito carente. Não é sempre que digo isso, mas eu sou pastor, sim. Na maioria das vezes, quando conheço novas pessoas, não falo imediatamente que sou pastor. Não é por vergonha do chamado espiritual. Muito pelo contrário. Mas porque esta palavrinha, atualmente, está muito distante e distorcida do que ela realmente significa. Só depois de alguma convivência e com mais tempo é que eu falo que sou pastor e o que REALMENTE um pastor faz ou deveria fazer.



Em primeiro lugar, um pastor não deveria ir para a televisão ou rádio pedir dinheiro e vender produtos, livros e CDs usando como apelo a fé das pessoas. Pastores não devem ser vistos como seres com poderes especiais e mais importantes para Deus do que qualquer outra pessoa, por menor e mais simples e até mesmo pecadora que seja. Pastores também erram, falham, são humanos, não estão acima do bem e do mal.



Pastores nem sempre são iletrados, ignorantes, presunçosos, arrogantes, superiores, donos da verdade, estrelas, distantes, egocêntricos, megalomaníacos e golpistas. Pastores nem sempre enganam os membros de suas comunidades e enriquecem com dinheiro dos dízimos e ofertas. Nem todos os pastores utilizam técnicas de autossugestão para fazer fiéis chorarem, se emocionarem, entrarem em transes de catarse coletiva e entregarem todo o dinheiro que têm. Mesmo que seja isso que apareça o tempo todo nas televisões.



Infelizmente, se alguém disser hoje que é pastor, será logo lembrado como aqueles homens de roupa branca, da televisão, expulsando demônios falsos e pedindo ofertas. Ou pior ainda: serão, invariavelmente, fora dos arraiais das igrejas, vistos como pessoas totalmente desconexas da realidade, quando não muito, tidos por neuróticos e até mesmo hipócritas por pregarem uma coisa na igreja e fazerem outra totalmente diferente fora dela.



Prefiro não ser chamado de pastor a ser associado a um destes modelos atuais de empresários da fé.



Outro dia um amigo me perguntou se na faculdade de teologia já se saía com a "cabeça moldada e fechada contra outras religiões". Eu disse que sim e também que não. Depende de quem sai e como sai da faculdade. Uma coisa é demonizar indiscriminadamente tudo o que não seja chamado de "bíblico" ou "evangélico", como se tudo o que não carregasse essas palavrinhas e fonemas fosse do diabo. O problema é que muita gente, a maioria, entra e sai da faculdade fazendo e pensando assim. Outra coisa, muito diferente, é ter o olhar da Graça de Deus mesmo para as coisas que aparentemente são antagônicas à fé cristã. Lembro sempre do exemplo do centurião romano que era provavelmente pagão e Jesus viu nele uma fé que nem em Jerusalém, a "cidade santa", ele encontrou.



Não defendo denominações, não brigo para dizer que minha religião e suas regras de fé e práticas são melhores do que outra. Nem mesmo ao cristianismo imputo a infalibilidade, porque sei que nenhuma instituição religiosa ou filosófica tem em si mesma resposta para salvação de ninguém.



Olho para Jesus e vejo nele o Pai, um Deus pessoal, que se relaciona comigo como sou, mesmo que eu não mereça tal cuidado dele. Simples assim. Longe de eu ter alcançado o status de "perfeito" ou "sabedor de toda a verdade", aprendo com ele na Bíblia. Sim, na Bíblia. Um pouco a cada dia. Sou discípulo dele e não da leitura que a religião faz dele e me diz como é que tem que ser. Livre da carga institucional, eu o vejo e o percebo no meu dia a dia, nas coisas mais simples e também mais complexas e importantes. Do culto que dirijo em minha comunidade ao encontro romântico que tenho com minha esposa ou uma reunião de negócios que eu tenha a tratar com algum cliente. Em tudo Deus está presente na minha vida.



Não creio num Deus esotérico, que somente seja compreendido por um grupo restrito de "iluminados". Não creio em um Deus onde só se tenha acesso através de algum ritual ou palavras apropriadas. Creio num Deus que fala comigo, mas também fala com o PHD em neurociências, com uma pessoa muito humilde e até mesmo uma criança.


Vou além: creio em um Deus que não precisa nem mesmo ser chamado pelo nome que as religiões dão a ele para ouvir o pedido sincero de um coração aflito por respostas. Não é por acaso que Jesus disse que muitos viriam do oriente e do ocidente (Mateus 8.11), até mesmo prostitutas e pecadores, tomariam lugar à mesa no Grande Dia, a frente daqueles que se consideram "santos" ou "exclusivamente salvos".


Outro aspecto incompreensível de Deus para as instituições religiosas é que Ele entende o coração, os sentimentos das pessoas, e não somente o que elas conseguem externar em palavras. Logo, alguém que não saiba identificar Deus exatamente como um cristão consegue, poderá se surpreender um dia com a Graça infinita do Deus que não leva em consideração o tempo de ignorância, mas vê a sinceridade e a verdade do coração que o busca até sem saber dizer seu nome. 



A salvação e o relacionamento com Deus não são exclusividade de alguma religião ou grupo de sacerdotes. Pertence ao Deus que é essencialmente amor.




O Deus que nos entende até sem palavras te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!
(Negritos meus-RF)

sábado, 16 de junho de 2012

O verdadeiro discípulo de Jesus



Enquanto os ‘cristãos’ se incham envaidecidos, brigando, xingando, criticando e se rotulando de luteranos, anglicanos, arminianos, ortodoxos, heterodoxos, liberais, neoliberais, pentecostais, neopentecostais, fundamentalistas, católicos apostólicos romanos, anglocatólicos, renovados, calvinistas, protestantes, fransesconistas, paulinos... (Ufa!) O AUTOR DA VIDA diz:

- Nisto conhecerão todos que são meus discípulos: SE TIVERDES AMOR UNS COM OS OUTROS.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

TERAPIA



As pessoas são exatamente como os olhos do nosso coração as veem. Há um provérbio bíblico que diz: 'como imaginamos na alma, assim é a pessoa'. Isso significa que a impressão que temos de outra pessoa tem tudo a ver com o que vai no nosso coração. Nossos conceitos. Nossos valores. Nossos achismos. Nossa justiça própria.

Jesus nos diz que se nossos olhos forem bons, todo nosso corpo terá luz, mas se forem maus, todo nosso corpo será tenebroso.

A psicologia básica diz que o nosso achismo acerca do outro, é exatamente aquilo que somos e que não temos coragem (consciência) pra assumir que somos; ou humildade, pra reconhecer que aquilo de ruim que vemos no outro é também o que há em nós na sua forma mais mesquinha e dissimuladaAí apontamos no outro, condenando-o.

É por isso que uma boa psicoterapia leva a pessoa a conviver melhor com o outro. Porque ela passa, não exatamente a conhecer o outro, mas a conhecer a si mesma, tornando-se uma pessoa menos intolerante e mais acessível.

Entretanto, uma reconciliação genuína consigo mesma só começa a acontecer com uma disposição do próprio coração, e somente Deus coloca essa disposição no nosso coração. Ou seja: eu não teria o poder ou a capacidade, de olhar para os meus 'vacilos' e determinar: estou zerada, perdoada, pacificada comigo mesmo.

Muitas pessoas até bem intencionadas, costumam falar, equivocadamente:

- Você carrega muita culpa no peito, precisa se perdoar mais.

Somente por meio de Cristo o homem é reconciliado consigo mesmo. Para isso, há antes, um encontro pessoal com Deus que possibilita uma visão real do seu mais íntimo ser, onde ele cai em si descobrindo-se pobre, nu e miserável. É quando ele se reconcilia, primeiro, com Deus. Então, consciente de suas próprias deformidades e limitações, mas sabendo-se perdoado, ele segue no exercício da tolerância e da convivência pacífica consigo mesmo e com o outro. 

Essa terapia é infalível sendo ainda um processo constante. Para a vida inteira. Lembrando sempre que convivência pacífica não exclui conflito e divergência ocasional. Afinal, nossas relações são dinâmicas e sujeitas a sofrer altos e baixos. Então, enquanto os inevitáveis desgastes vão acontecendo, vamos nos despindo dos velhos vícios. A começar pela desistência do achismo acerca das deformidades do outro. 

Essa é a loucura da CURA. A Cura que impõe uma condição, como nos diz Jesus:

"PORQUE SE PERDOARDES AOS HOMENS AS SUAS OFENSAS, TAMBÉM VOSSO PAI CELESTIAL VOS PERDOARÁ; SE, PORÉM, NÃO PERDOARDES AOS HOMENS [AS SUAS OFENSAS], TAMPOUCO VOSSO PAI VOS PERDOARÁ AS VOSSAS OFENSAS". (Palavras de JESUS)

'SE tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça. o falar injuriosoSE abrires a tua alma ao faminto* e fartares a alma aflita, ENTÃO, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; Serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam'. (Grifos meus)

Essa é a OBEDIÊNCIA que promove a cura genuína. O mais é acréscimo doutrinário que, em vez de curar, adoece mais, posto que promove uma rasa espiritualidade e RE-alimenta a falsa piedade e a pseudo compaixão inerentes à velha e corrompida natureza humana.

RF.

*sentido metafórico.


E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; 
as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
2Co 5.17



Leitura Complementar: SEM PERDÃO NÃO HÁ SALVAÇÃO




segunda-feira, 11 de junho de 2012

Reciclando lixo...








Não tenho o HÁBITO de remexer em lixo, afinal lixo não apenas FEDE pra caramba como está REPLETO de bactérias que transmitem as mais diversas doenças. 


Mas eu tinha que confessar ao leitor que cometi um crime HOR-RÍ-VEL. Afirmei que ia deletar a postagem que gerou esse -->TEXTO... E não o fiz! Também confesso que foi por mera distração... (Considerando isso, será que a pena seria tão implacável quanto o autor da queixa?!)



Resultado: hoje (09.06.12), quando 'abro' minha caixa postal, me deparo com uma notificação do serviço de suporte do blog explicando que está redefinindo a bendita postagem para o status de 'rascunho'. 



"Se não fizéssemos isso, estaríamos sujeitos a uma ação judicial de violação de direitos autorais, independentemente de seus méritos". - diz a mensagem.



Sem conseguir enxergar onde está a violação de direitos autorais em fazer uma adaptação com respectivo link, fico MUITO MAIS INTRIGADA em ver que tudo isso foi desencadeado a partir de quem prega incoerências ditas cristãs. Pois o mais irônico e contraditório é que o texto fala do irrecusável convite de Jesus.



Bom, pelo que entendi na leitura clara e objetiva da mensagem do support@blogger.com, a pena implacável seria a exclusão do meu blog e encerramento da conta caso eu revertesse a condição de 'rascunho'.. (Ui! Será que eu ainda sobreviveria?!)



"Se soubermos que você publicou novamente a postagem sem remover o conteúdo/link em questão, iremos excluir sua postagem e considerar isso como uma violação de sua conta (...) incluindo a exclusão de seu blog e/ou o encerramento de sua conta". - encerra o texto da mensagem, dizendo sobre consultar advogado em caso de dúvida e finalizando com o indicador URL.



Ai, que meda!



E assim caminha a humanidade...


Voltei ao blog do pastor/advogado/filhonetobisnetogenroirmãotiosobrinhodeadvogado e, em reconstituição do crime, reli atentamente a postagem comparando-a com a minha adaptação... Ficando com a clara dedução de ter tocado profundamente na raiz da sua tola vaidade! (Perdão pela redundância, afinal toda vaidade é sempre uma grande tolice).



Mas também notei uma coisa curiosa por lá:



A exclusão espontânea da nota infantil e chamativa 'LIDA EM MAIS DE SESSENTA PAÍSES'. (Ora, que bobagem! É claro que finda por ser lido em diversos países já que se trata de 'www'). 



Sabe... Fico feliz com essa última exclusão feita lá. Que bom que blogando aqui e ali vamos aparando em nós mesmos, ainda que quase imperceptíveis, algumas arestas de vários nomes como vaidade, orgulho, boçalidade, arrogância e legalismo que só servem para realimentar a autoafirmação e levantar muros. 



Por fim, arriscando parafrasear o autor a partir do mesmo texto, a nossa 'sorte' é a misericórdia de Deus em buscar novamente o que já foi convertido. Ele sabe do nosso coração enganoso, de nossa fraqueza e, consequentemente, da facilidade de nos afastarmos Dele com as nossas medidas rígidas e intolerantes.



Parafrasear é crime?! rss


Se for, tragam as algemas, então. Algemadas as mãos, porém feliz com o enorme privilégio de convivência familiar com as mais variadas vocações/profissões que nos LIBERTAM a mente em meio às diferentes possibilidades... 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

NAS MÃOS DO ENTREVISTADOR




- Eu não leio jornal!

Foi o que disse em uma entrevista de emprego tempos atrás. Logo fui ‘fuzilado’ com o olhar do entrevistador, que, em seguida, deu o exemplo de um entrevistado anterior que respondeu essa pergunta como deveria ser respondida – em sua opinião, acredito – dizendo que lê todos os dias, sendo capaz de expor a cotação do Dólar e o preço do barril de petróleo.

Eu não me dou com o cheiro das folhas do tradicional tablóide, sua textura lacrimeja meus olhos, não consigo me acostumar. Em minha opinião o jornal impresso é lento e está sempre atrasado. Sou da máxima: “O jornal de hoje é o embrulho do peixe de amanhã”. Mas o principal disso tudo é que jornais são tendenciosos, político-partidários e engessados. Gosto de escolher meus próprios colunistas e escritores. Ler bons livros, sites e blogs. Comparar tele-jornais e comentaristas de rádio. Enfim, o velho periódico impresso não me atrai.

Foi determinante na bendita entrevista. Não deu tempo de me explicar. O entrevistador era arrogante e estressado. Sua opinião era lei e seus gostos a sua estratégia para seleção dos profissionais da empresa. Desconfio que, por conta da sua fraqueza nas avaliações, ele tenha deixado escorregar entre seus dedos bons candidatos.

Leio blogs sobre cultura, esportes (futebol e fórmula um são os meus preferidos), notícias do esporte no meu Estado, economia, blogs do cotidiano. Estes são alguns exemplos específicos, porém, eu leio os principais colunistas dos jornais locais e nacionais mais tradicionais pela internet, que são atualizados a cada cinco minutos, entre outros. Tenho todos os atalhos no meu computador.

Assisto, quando posso, telejornais nacionais e internacionais para aprender expressões técnicas em inglês e para reforçar a minha compreensão da língua; quando estou no trânsito sempre escuto rádios de notícias e gosto de ouvir emissoras da frequência AM com a velha e boa resenha diária do futebol.

Mas não me pergunte a cotação do dólar. Eu não sei. Nem o preço do barril de petróleo. Também não faço ideia. Posso até indicar alguns sites. Fiquei estigmatizado pelo entrevistador, na ocasião. Sua pergunta foi sobre o que eu gosto de ler quando pego em um jornal. Confesso que a minha resposta não foi das melhores naquele momento. Eu leio sim jornais! Não leio a gazeta diária impressa. Mas estou constantemente lendo o que há de novidade na internet sobre as diversas áreas, artigos, colunas e opiniões enquanto trabalho e estudo no computador. Costumeiramente ouço rádios e assisto telejornais.

Ficou a experiência de como responder aos entrevistadores rasos, limitados e mal preparados.

Leonardo Farias Rocha (meu filho)




Texto relacionado: